Buscar

Adolescentes em conflito com a lei: uma revisão dos fatores de risco para a conduta infracional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

TEXTO 6 – “Adolescentes em conflito com a lei: uma revisão dos fatores de risco para a conduta infracional” (Alex Eduardo e Lúcia Cavalcanti)
Ocorrências policiais adolescentes como autores:
· População infanto-juvenil como um dos segmentos mais prejudicados pelos problemas socioeconômicos-culturais do país
· Violência estrutural – a sociedade lhes nega as possibilidades + repressão do Estado – compromete a saúde, bem-estar e/ou desempenho social do indivíduo 
· Narcotráfico – possibilita a realização dos sonhos (consumo, vantagens, heroísmo, afirmação, poder, etc.)
Problemas de comportamento: 
· Transtorno desafiador opositivo – comportamento negativista, hostil 
· Transtorno da conduta – violação persistente dos direitos básicos dos outros e das regras sociais 
OBS: o adolescente é exposto a diversos fatores de risco pessoais, familiares, sociais, escolares e biológicos.
· Christiansen e Knussmann (1987) – fatores ambientais: papel fundamental na determinação das condutas agressivas 
· Punição extrema (provoca ou inibe) 
· Pobreza + violência endêmica dos bairros mais pobres 
· Violência exibida e propagada 
· Péssimas condições de moradia 
· Fracasso no emprego
· Problemas familiares 
· Uso de drogas 
· Capacidade verbal baixa e problemas na aprendizagem – deficiências em habilidades sociais e resolução de problemas, baixo nível intelectual, ineficácia dos métodos educacionais, ambiente instrucional desfavorável ao ensino. 
· Violência na família – vínculos pouco afetivos 
· Disciplina ineficiente 
· Maus tratos (físicos, psicológicos e sexuais), consumo excessivo de álcool e drogas 
· Famílias monoparentais 
· Punição física grave 
· Abandono, morte ou doença dos pais 
· Violência doméstica (pai-mãe)
Teoria da aprendizagem social de Bandura: A teoria da aprendizagem social postula que os valores e as condutas agressivas dos adultos e companheiros servem como normas a ser seguidas, que podem ser imitadas pelos filhos.
· Estressores extrafamiliares – ausência de apoio com outros adultos, dificuldades econômicas, rejeição de colegas (bullying), baixa autoestima, etc. 
· Consumo de drogas – anfetamina e cocaína (aumentam a agressividade), esteroides anabolizantes (provocam episódios psicóticos de mania), álcool/inalantes, LSD/sedativos.
Condições socioculturais (macrocontingências) associam-se a condições pessoais (microcontingências) 
Toda a prevenção realizada no Brasil nessa área é em nível terciário - apesar de a comunidade científica conhecer os fatores de risco, pouco se faz para evitar o surgimento de problemas de comportamento em crianças pequenas antes que ela se torne adolescente.
TEXTO 7 – “Adolescência em conflito com a Lei: A Intensidade da História de Vida em Ato” (Laura Oliveira e Mônica Medeiros)
Violência e Adolescência – Precariedade de recursos emocionais no enfrentamento das adversidades dentro de uma etapa fundamental na construção do sujeito.
A violência para o adolescente é uma forma de descarga pulsional, os resultados dessas ações são os que a diferenciam de atuações típicas da adolescência. 
	Verdade histórica (Freud) – a vivência humana transcende à crítica lógica e à realidade objetiva, mas diz respeito a interpretação dada por cada sujeito aquilo que foi vivido. 
	Ficha de Dados Pessoais e Sociodemográficos – abandono parental no período da infância 
· Desamparo, negligência e abandono – falha no exercício de funções essenciais ao desenvolvimento psíquico da criança 
· Negligência com eles mesmos (pais) – uso de drogas, DST’s 
· A ausência paterna – falta de representação dos limites e valores 
· Violência como recurso de “educação” 
O motor da vida pulsional do sujeito são as palavras e afetos que, através de uma energia pulsional que o outro viabiliza, estruturam os recursos básicos do ego – objeto de identificação. 
O desamparo é essencial na viabilização da instauração do desejo, mas associado a uma condição excessiva (condição de falha) acaba gerando drásticos efeitos psíquicos. 
	Deprivação (Winnicott) – Modalidade de desamparo; uma das raízes do comportamento delinquente – a criança possuiu uma experiência positiva com seus cuidadores e foi destituída disso. 
· Instaura-se quando o ego já é maduro o suficiente para perceber a falha externa – prejuízo na personalidade e busca da cura num novo contexto ambiental, o violento. 
Desqualificação primária (Bleichmar) – o processo de narcisação – o desprazer do outro significativo resulta na identificação da criança com essa atitude.
· A conduta de abandono parental relata falhas narcísicas dos próprios cuidadores e reflete a precariedade de como narcisisaram seus filhos 
· Prejuízo na autoestima, frágeis recursos emocionais, descuido por si mesmo 
· Impulsividade – deficiência na organização psíquica interna, fracasso do recurso de simbolização 
A proteção – promover um registro no qual apareça o sujeito através da fala e não da violência. 
· Acolhimento institucional

Outros materiais