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RESUMO IMUNOLOGIA (2)

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IMUNOLOGIA
SP1
INFLAMAÇÃO
● Barreira de contenção que evita a disseminação de um patógeno que não pôde ser
destruído. Também atrai células que farão o combate direto do antígeno.
● Sintomas:
○ Calor;
○ Rubor;
○ Edema;
○ Dor;
○ Perda de função;
● Resposta Imune:
1- Macrófagos e mastócitos reconhecem os microrganismos.
2- Há liberação de proteínas sinalizadoras como a citocina.
3- Essas proteínas atuam como mensageiros nas células endoteliais para recrutar
outras células, os neutrófilos, que estão circulando dentro do vaso sanguíneo. os
neutrófilos vão começar o processo de marginação e rolamento pela proteínas
receptoras integrinas e selectinas. Pela vasodilatação, as células do vaso vão estar
mais espaçadas, permitindo a diapedese.
4- Uma vez no tecido, os neutrófilos são capazes de ajudar os macrófagos a fazerem a
fagocitose (ingestão e destruição dos microrganismos)
5- Após a eliminação dos microrganismos, os macrófagos (M2) fazem a limpeza do
campo de batalha e sinalizam novamente para as outras células, informando que está
tudo bem e que elas podem voltar ao normal, ou seja, ao estado de homeostase.
→ Em alguns casos, a resposta imune inata não consegue dar conta desse trabalho,
aí é preciso chamar as células da imunidade adaptativa, os linfócitos, que vêm
auxiliar na resposta contra os microrganismos.
● Reconhecimento:
→ Reconhecimento de patógenos: receptores TOLL-LIKE que reconhecem os PAMP’s
(padrões associados a patógenos)
→ DAMP’s (padrões moleculares associados a danos) são substâncias endógenas
produzidas ou liberadas por células mortas ou danificadas.
TIPOS DE RESPOSTAS IMUNE:
RESPOSTA IMUNE INATA
● Imediata e sempre presente (elementos já estão prontos)
● Não produz memória
● Ativada quando a barreira física falhou (reflexo de vômito, espirro, tosse etc)
● Produz uma resposta não específica
● Microrganismos que adentram a barreiras são imediatamente reconhecidos por células da
resposta imune inata
● Participam: macrófagos / neutrófilos / células dendríticas / células NK / citocinas /
sistema complemento
MECANISMO:
● Dano tecidual promove liberação de fatores vasoativos e quimiotáticos
● Atração de macrófagos
● Macrófagos e células dendríticas possuem receptores TLR que reconhecem os
receptores PAMP dos patógenos
○ TLR: “toll like receptors”
● Identifica receptores específicos e não-próprios
○ PAMPS: “padrões moleculares associados a patógenos”
● Peptideoglicano nas GRAM+
● LPS nas GRAM-
● A ligação de TLR + PAMPS induz o englobamento da partícula (fagocitose) e a
liberação de citocinas
● Atração de neutrófilos – início do processo inflamatório
● Adesão dos leucócitos às células endoteliais e diapedese até o local da infecção
● Identificação da célula infectada pelas células NK
○ Células próprias possuem receptores que inibem a célula NK
○ Células infectadas substituem esses receptores por outros que ativam as células
NK
○ Ocorre indução da morte celular
RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA:
● Adquirida (demora +/- 3 dias para ter início)
● Entra em ação quando a resposta inata não foi suficiente
Depende de sua ação primária
● Tem ação muito específica
● Mais eficiente
● Tem formação de memória
● Iniciada nos tecidos linfóides secundários
● Participantes: macrófagos / células dendriticas / linfócitos / anticorpos
MECANISMO:
1. Célula apresentadora de antígeno vai ate os órgãos linfoides
2. Linfócito T circulante reconhece seu antígeno especifico (na superfície de uma célula
dendritica ativada)
→ Ligação do TCR do linfócito à molécula daquele antígeno (especifica)
✔ Os tipos de TCR de cada pessoa são herdados geneticamente
3. Linfócito T CD4 organiza e direciona a resposta imune que será feita (humoral ou celular)
com liberação das citocinas correspondentes
→ HUMORAL: envolve a ativação de linfócitos B, que produzem anticorpos.
Eficiente para invasores extracelulares.
→ CELULAR: envolve a ativação de fagócitos e a atividade dos linfócitos T CD8,
que induzirá a morte da célula infectada.
4. Proliferação e diferenciação dos linfócitos T (expansão clonal)
→ Formação de linfócitos T CD4, CD8, CD25 e CD45
→ Fase mais demorada
5. Diferenciação em plasmócitos e produção de anticorpos específicos
6. Combate ao antígeno
7. Formação de memória imunológica
Em um contato secundário com o antígeno, haverá mais linfócitos específicos
circulantes, facilitando a sua apresentação. Além disso, já haverão anticorpos formados.
A resposta se torna mais rápida, mais intensa e mais duradoura.
LESÃO CELULAR:
As lesões fundamentais são separadas em reversíveis e irreversíveis. Lesões reversíveis
possibilitam a célula a voltar ao seu estado original, uma vez que o agente agressor seja
retirado. Lesões irreversíveis ultrapassam a capacidade da célula retornar ao estado de
homeostasia, levando ela à morte.
a) Lesões reversíveis:
Degeneração – Por conta da agressão, a célula apresenta uma diminuição em sua
função, fazendo com que produtos de seu metabolismo se acumulem no meio
intracelular ou no interstício do tecido;
Adaptação – A célula “se acostuma” com o agente agressor, passando por mudanças
para adequar o tecido ao agente
● Atrofia – Diminuição do volume do órgão por diminuição do volume celular
● Hipertrofia – Aumento do volume do órgão por aumento de volume celular
● Hiperplasia: Aumento do volume do órgão por aumento da quantidade de células. A
grande maioria das hiperplasias é benigna, porém, uma parcela delas pode ser
pré-neoplásica
● Metaplasia: Substituição de um tecido maduro por outro tecido maduro mais resistente
ao agente agressor. As áreas metaplásicas, por conta de sua maior atividade mitótica,
são suscetíveis a agentes carcinogênicos
● Displasia: proliferação de um tecido com anomalias, geralmente pré-neoplásica
b) Lesões irreversíveis:
● Necrose – existem vários tipos de necrose, elas são classificadas de acordo com a
etiologia causadora e a proporção entre fenômenos autolíticos e heterolíticos.
Cicatrização: Com a destruição tecidual, DAMP liberados induzem a liberação de mediadores
inflamatórios. Os leucócitos migrados digerem os restos teciduais e liberam fatores de
crescimento que induzem proliferação de vasos e de tecido conjuntivo para formar a cicatriz.
Em poucos dias, a área de necrose fica cicatrizada. Pela contração dos miofibroblastos, a
cicatriz tende a se retrair e a reduzir o volume da área comprometida.
Regeneração: Ocorre por meio da proliferação das células que sobrevivem à lesão e que
mantêm a capacidade proliferativa como, por exemplo, o epitélio que se divide rapidamente, na
pele e nos intestinos, e em alguns órgãos parenquimais, principalmente o fígado
AGENTES AGRESSORES
• Fatores Intrínsecos ou genéticos :
Os portadores herdam genes alterados que se manifestam e causam doenças.
• Fatores Extrínsecos ou Adquiridos
Agentes infecciosos, nutricionais, químicos, físicos.
• Fatores Intrínsecos + Extrínsecos:
Muitas doenças são consequências de fator genético + ação ambiental (fatores externos). Ex:
Câncer
ARCO REFLEXO
Em um ato reflexo atua um órgão sensorial – pele, olhos, ouvidos,... - ligado a neurônios
sensoriais ou aferentes que o comunicam com a medula espinhal por uma raiz dorsal e, no
interior desta, fazem sinapse com neurônios associativos que, por sua vez, fazem sinapse com
neurônios motores ou eferentes cujos axônios saem da medula por uma raiz ventral,
comunicando-a com um órgão efetor que executa uma resposta ao estímulo recebido – como
músculos ou glândulas.
SP2
VÍRUS
CLASSIFICAÇÃO:
Vírus: São parasitas intracelulares obrigatórios com complexidade e estratégias de
replicação variadas. Alguns produzem infecção aguda e são eliminados do hospedeiro,
enquanto outros persistem indefinidamente, produzindo doença tardia.
● Um vírion é uma partícula viral infecciosa completa, totalmente desenvolvida, composta
por um ácido nucleico e envolta por um revestimento proteico que a protege do meio
ambiente. Os vírus são classificados de acordo com o ácido nucléico que possuem e
por diferenças nas estruturas de seus envoltórios.● Estrutura do vírus: núcleo de RNA ou DNA, capsídeo, e envelope.
● Podem ser diferenciados de acordo com o seu material genético, se RNA, DNA dupla
fita ou simples. No RNa ainda podem ser polaridade + ou -.
● Vírus helicoidais: Os vírus helicoidais assemelham-se a longos bastonetes que podem
ser rígidos ou flexíveis. ex: Ebola
● Vírus poliédricos: Muitos vírus animais, vegetais e bacterianos são poliédricos, isto é,
têm muitas faces
● Vírus envelopados: Quando os vírus helicoidais e os poliédricos são envoltos por um
envelope são denominados vírus helicoidais envelopados ou vírus poliédricos
envelopados. Um exemplo de víruhelicoidal envelopado é o vírus influenza. Um
exemplo de um vírus poliédrico (icosaédrico) envelopado é o vírus do herpes humano.
● Vírus complexos: Alguns vírus, particularmente os vírus bacterianos, têm estruturas
complicadas e são chamados de vírus complexos
CICLOS REPRODUTIVOS: RESPOSTA IMUNE
CICLO LISOGÊNICO: No ciclo lisogênico, o vírus incorpora seu material genético na
célula hospedeira, não interferindo no funcionamento celular. Quando a célula sofre
divisões mitóticas, ela multiplica junto a si o material genético viral (fase latente). O vírus
pode ou não evoluir para o ciclo lítico
CICLO LÍTICO: insere seu material genético na célula hospedeira, passando assim a
controlar seu metabolismo. Suas etapas são:
• Adsorção: reconhecimento e fixação do vírus na célula.
• Penetração: inserção do genoma viral na célula hospedeira. Pode ocorrer de três
formas: direta – apenas o material genético é introduzido no interior da célula. Fusão do
envelope viral – esse é fundido à membrana celular, o capsídeo se desfaz e o genoma
introduz a célula (vírus envelopados). Endocitose – vírus englobado pela invaginação da
célula.
• Síntese: começa a determinar as atividades metabólicas, produzindo proteínas e
material genético agora para o vírus.
• Montagem: organização para a construção de novos vírus.
• Liberação: lisozima: ruptura da célula hospedeira (lise celular) ou pelo esgotamento
celular (por não produzir mais suas necessidades).
• Infecção das células vizinhas e recomeço do ciclo.
RESPOSTA IMUNE:
São intracelulares e não alcançáveis pelas células imunes. A célula infectada sinaliza e
atrai células NK e linfócitos T CD8, que induzem a célula a sofrer apoptose ou que
jogam grânulos citotóxicos. Após destruição da célula infectada, o vírus é liberado
para o ambiente extracelular e fagocitado por macrófagos.
IMUNOGLOBULINAS:
- Estrutura:
a. Zona constante que determina a função efetora (FC):
- Formada por uma cadeia pesada
- Vai definir a classe do anticorpo - IgA,IgM ,IgG…
- Se liga aos receptores de membrana das células fagocíticas
b. Zona variável que determina a especificidade (Fab):
- Altamente específica a cada patógeno
- Se liga às proteínas/antígenos dos patógenos,
- Bactéria apresenta muitos antígenos, logo para cada bactéria terá muitos
anticorpos
- Ligação antígeno-anticorpo é uma reação de Van der waals
- Classes
➔ IgA: cadeia pesada α
- Cadeia dimérica
- Proteção de mucosas, pois sua maior concentração está na lâmina
própria. Impede que o Ag se ligue e penetre na superfície do epitélio
- Muito presente em secreções externas como saliva, lágrima, muco, suor,
sendo a principal transmitida no colostro e leite materno
- Transportada através da mucosa pela cadeia J
- Neutraliza vírus e é bactericida contra Gram positivas
- Infecções de repetição (especialmente pneumonia e gastroenterocolites)
indicam deficiências eletivas/congênitas de IgA
➔ IgM: cadeia pesada μ;
- Alto peso molecular devido a sua cadeia pentamérica - não se distribui
nos tecidos, fica retida no espaço intravascular
- É a primeira a ser produzida após infecção ou imunização, sendo
importantes na resposta precoce - indicador de fase aguda de doença
- Tempo de meia vida curto
- Não ultrapassa barreira placentária mas é produzido pelo feto já no
quinto mês de gestação. Níveis altos de IgM no feto indicam infecção
congênita ou perinatal
- Importante ativador do sistema complemento
➔ IgD: cadeia pesada δ
- Baixa concentração e função pouco conhecida
➔ IgE: cadeia pesada ε
- Proteção contra helmintos
- Relacionada com alergias, pois induz a degranulação de mastócitos e
eosinófilos
➔ IgG: cadeia pesada Y (Gamaglobulina X).
- Mais importante (75% do total)
- Melhor perfusão para os tecidos - mais eficaz
- Tempo de meia vida de 5 meses.
- São utilizados no soro → efeito de proteção imediata.
- Existem 4 subclasses IgG1, IgG2, IgG3, IgG4, os quais se diferem em
estrutura e função e distribuição nos tecidos (cada tecido encontramos
diferentes subclasses - exceção é o SNC, líquor não tem sist imunológico
pois um processo inflamatório no SNC é perigoso).
- Único que passa pela barreira placentária, permitindo a mãe conferir
imunidade ao feto. Isso porque a placenta tem receptores para ligação
com à porção Fc. Vacinas da mãe imunizam o filho, mas não pode se dar
vacinas atenuadas (com o vírus), somente inativadas. A partir dos 3 a 4
meses após o nascimento diminui os níveis de IgG da mãe no RN e se
inicia a produção de IgG pelo neonato
- Funções:
1. Aglutinação: formação de complexos Ag-Ac insolúveis que são facilmente
fagocitáveis e destruídos por células fagocíticas
2. Opsonização: marcação das bactérias, tornando a velocidade de fagocitose
muito mais rápida.
3. Sinalização: citotoxicidade dependente de anticorpos (ADCC). Marcam
células infectadas e células tumorais, sendo reconhecidas pelas células NK,
as quais possuem receptores para Fc, direcionando ação das células NK
para destruir o alvo
4. Neutralização: se liga nos receptores dos vírus impedindo que estes
infectem as células. Ocorre também com toxinas.
5. Ativam sistema complemento
6. Imobilização das bactérias: reagem contra cílios e flagelos
● Memória imunológica:
Célula B + Antígenos → Ativação → expõe MHC II → Se liga a celular TCD4(auxiliar)
→ Libera citocinas → agem na célula B
↘ Causa diferenciação: - Plasmócito
- Célula de memória: → Vida longa
→ ↑ Diferenciação
DENGUE:
- O ciclo da dengue inicia quando a fêmea hematófaga do mosquito Aedes aegypti,
vetor da doença no BR, pica uma pessoa infectada.
- O vírus multiplica-se no interior do intestino médio do vetor,infecta outros tecidos
chegando as glândulas salivares.
- Após a picada do mosquito, inicia a replicação viral nas células estriadas, lisas,
fibroblastos e linfonodos locais;
- A seguir ocorre a viremia, ou seja, presença do vírus no sangue;
- Os primeiros sintomas podem surgir após um período de incubação que pode durar de
2 a 10 dias;
- Uma vez infectada por um dos sorotipos de vírus, a pessoa adquire imunidade para
aquele sorotipo específico.
TIPOS:
- Há 4 tipos de vírus da dengue,denominados Den-1,Den-2,Den-3 e Den-4; E todos
podem causar tanto a forma clássica quanto a forma hemorrágica;
- O Den-3 é o tipo de vírus que causa a moléstia mais grave,seguido do Den-2,Den-4 e
Den-1;
- O tipo 1 é o mais explosivo, ou seja ,causa grandes epidemias em curto prazo;
- Todos os sorotipos do vírus da dengue possuem RNA como material genético;
- Vírus que possuem envelope lipídico;
- A proteína E do envelope viral é responsável pela neutralização e pela interação do
vírus com receptores nas células do hospedeiro;
- A gravidade está relacionada com o comprometimento do endotélio
- Dengue clássica: Pode-se afirmar que a forma mais leve de a doença se apresentar, é a
dengue clássica que, em alguns casos, inclusive, pode ser confundida com um resfriado. Os
sintomas podem durar entre 5 e 7 dias, tendo início súbito. São, basicamente, febre alta,
entre 39° e 40°C, dores de cabeça, enjoo, vômito, indisposição, cansaço, dores musculares,
entre outros.
- Dengue Hemorrágica: A dengue hemorrágica é uma forma mais agravada da doença,
ocorrendo quando o indivíduo infectado sofre alterações na coagulação sanguínea. Quando
não tratada de imediato, a doença nessa vertente pode levar o paciente ao óbito. Trata-se de
uma versão da doença mais comum em pacientesque estão sendo infectados pela segunda
ou terceira vez, tendo sintomas iniciais bastante semelhantes aos da dengue clássica, mas
passando, no terceiro ou quarto dia, para sintomas mais drásticos, como hemorragias que
são causadas por sangramento de vasos da pele e outros órgãos.
- Síndrome do choque da dengue: Menos conhecida que os outros dois tipos, a
síndrome do choque da dengue é a forma mais complicada da dengue, caracterizada
por quedas bruscas na pressão arterial, podendo ainda levar a ausência dela. Dentre os
sintomas encontramos derrame pleural, hemorragia digestiva, insuficiência hepática,
complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, entre outros. Quando não tratada,
pode levar o paciente ao óbito.
● INFECÇÕES REPETIDAS:
- A dengue hemorrágica é geralmente observada em pacientes que já apresentaram
infecção por um dos sorotipos,e anos mais tarde,adquiriram outra infecção por um
sorotipo diferente;
- Quando a segunda infecção é causada por DEN-2 o risco de apresentar dengue
hemorrágica é maior;
- Imunidade cruzada: na infecção primária, anticorpos são produzidos para neutralizar o
primeiro sorotipo inoculado e também são capazes de proteger o organismo de outros
sorotipos durante curto período de tempo;
● EPIDEMIOLOGIA:
- Agente etiológico: arbovírus do gênero flavivírus
- Vetores: mosquitos do gênero Aedes
- Transmissão: pela picada da fêmea do Aedes;
TIPOS DE IMUNIZAÇÃO:
IMUNIZAÇÃO ATIVA
● O contato com antígenos leva à produção de anticorpos.
● Adquirida por uma infecção natural ou através de vacinas
● Criam uma resposta especifica com a produção de memória imunológica
TIPOS DE VACINAS:
Atenuada
- Contém o patógeno vivo, com virulência diminuída
- Não devem ser adm em gestantes pelo risco de contaminação fetal
- Provoca uma resposta imune mais eficiente, mas tem o risco de reativação do patógeno
(menos estável)
- Provoca resposta imune humoral e celular
- EX: rotavírus, febre amarela, varicela, pólio (Sabin), SCR, BCG*
● SCR: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
● BCG: Bacilo de Calmette-Guérin (tuberculose e hanseníase)
Inativada
- Contém o patógeno morto ou apenas fragmentos dele
- Mais seguras, porém menos eficientes
- Mais estável
- Provoca resposta imune humoral
- Necessita múltiplas doses de reforço
- EX: hepatite B, HPV, pólio (Salk), DTP, influenza, pneumocócica
● DTP: tríplice bacteriana (difteria, tétano e pertussis/coqueluche)
FORMA DE APLICAÇÃO:
Combinada: dois ou mais antígenos adm na mesma preparação (DTP, antipólio)
Associada: duas ou mais vacinas prontas são misturadas no momento da adm
(tetravelente)
Simultânea: duas ou mais vacinas adm em um mesmo atendimento, em diferentes vias
SOROCONVERSÃO:
Depende dos fatores inerentes ao próprio organismo e à vacina.
- Ou seja, mesmo vacinada, a pessoa PODE desenvolver a doença
Pode ser auxiliado com o uso de um adjuvante vacinal
- Hidróxido de alumínio aumenta o potencial antigênico do patógeno
Pode causar reações pós vacinais
IMUNIZAÇÃO PASSIVA
● Aplicação de soro imune com anticorpos pré-formados
● Adquirida via transplacentária ou com soros
● A proteção é temporária (depende da duração dos anticorpos)
● Sem a formação de memória
● Pode ocorrer de o anticorpo injetado ser interpretado pelo organismo como antígeno
EFEITO DE MANADA/REBANHO:
Quando uma pessoa não vacinada convive apenas com pessoas vacinadas, ela não se
contaminará, pois não haverá vetores que levem a doença até ela.
Importante para o cuidado de imunocomprometidos (difícil soroconversão)
PATOGÊNESE VIRAL:
Ao entrar na célula,o material genético do vírus é liberado e incorporado ao material genético
da célula.Isso faz com que a célula hospedeira receba ordens dos genes virais de forma a
sintetizar proteínas dos vírus.O que o vírus faz é aproveitar as organelas presentes na célula
para realizar sua replicação.
- Definição de Interferon: Proteínas codificadas pelo hospedeiro, membros da família
das citocinas, as quais inibem a replicação viral. O interferon, além de alertar as células
de defesa, também faz que as células ainda não infectadas do organismo se tornem
mais difíceis de serem invadidas pelos milhões de vírus novos produzidos. Ele é
responsável por diversos sintomas típicos das viroses, tais como cansaço, mal-estar,
moleza, febre, dor no corpo, calafrios, etc.
1. Penetração do vírus no hospedeiro: pode ser por cinco vias; pele, TGI, TGU, trato
respiratório e conjuntiva.
2.Replicação primária e disseminação: Tendo penetrado em um hospedeiro suscetível, o vírus
pode multiplicar-se nas células do local de entrada. A replicação primária pode determinar se a
infecção vai ser localizada ou sistêmica. Os vírus que causam infecções em geral,
disseminam-se por infecção das células adjacentes, raramente atravessando a camada de
células epiteliais. (ex.: influenza e rotavírus). Em alguns casos, a disseminação é controlada
pela infecção de células epiteliais polarizadas e liberação preferencial pela superfície apical ou
basolateral. A liberação apical favorece o desenvolvimento de infecções localizadas, e facilita a
disseminação célula a célula na camada apical. A disseminação viral pode ocorrer pela via
sanguínea, linfática ou neuronal.
3.Tropismo celular e tecidual e replicação secundária: após a disseminação do agente viral,
segue-se sua fixação e replicação nos órgãos-alvo específico. O destino final das partículas
virais é o ambiente extravascular, com início da multiplicação viral em células suscetíveis da
pele, do SNC, do coração, fígado, baço, glândulas salivares ou de outros órgãos. é o processo
que irá desencadear toda resposta imunológica do organismo.
SP3
BACTÉRIAS
CLASSIFICAÇÃO:
Bactérias podem ser classificadas por sua aparência macroscópica e microscópica, por
suas características de crescimento, propriedades metabólicas e genótipo.
Microscopicamente elas são classificadas pela sua morfologia, ou seja, tamanho, forma
e configuração, podendo apresentar a forma esférica (coco), bastão (bacilo), vírgula
(vibrião) e espiralada (espiroqueta).
● Classificação por Gram: As bactérias gram-positivas possuem uma
quantidade maior de peptidoglicano, o que promove maior rigidez e espessura.
Ligados ao peptidoglicano, há ácidos teicóicos e lipoteicóicos. Nas bactérias
gram-negativas, por sua vez, observa-se uma menor quantidade de
peptidoglicano e não há ácidos associados.
CRESCIMENTO BACTERIANO:
A partir do momento que uma bactéria se instala, ela necessita de um tempo para se
adaptar ao novo ambiente antes de começar a divisão. Esse hiato é conhecido como
adaptação.
● fase exponencial as bactérias irão crescer e dividir exponencialmente, sempre
dobrando sua população. O tempo médio de crescimento é de 20 minutos.
● A cultura eventualmente esgota de metabólicos ou alguma substância tóxica
começa a ser produzida no meio; a bactéria então para de crescer e entra na
fase estacionária, seguida pela fase de morte.
● Temperatura, pH, população, competição, osmolaridade, nutrientes, luz,
antibióticos, são alguns dos fatores que interferem nesses crescimento
bacteriano.
REPRODUÇÃO BACTERIANA:
- A reprodução mais comum nas bactérias é assexuada por bipartição ou
cissiparidade. Ocorre a duplicação do DNA bacteriano e uma posterior divisão em
duas células. As bactérias multiplicam-se por este processo muito rapidamente quando
dispõem de condições favoráveis (duplica em 20 minutos)
- Esporulação: Algumas espécies de bactérias originam, sob certas condições
ambientais, estruturas resistentes denominadas esporos. A célula que origina o esporo
se desidrata, forma uma parede grossa e sua atividade metabólica torna-se muito
reduzida. Certos esporos são capazes de se manter em estado de dormência por
dezenas de anos. Ao encontrar um ambiente adequado, o esporo se reidrata e origina
uma bactéria ativa, que passa a se reproduzir por divisão binária.
- Reprodução sexuada: Para as bactérias, considera-se reprodução sexuada qualquer
processo de transferência de fragmentos de DNA de uma célula para outra. Depois de
transferido,o DNA da bactéria doadora se recombina com o da receptora, produzindo
cromossomos com novas misturas de genes. Esses cromossomos recombinados serão
transmitidos às células-filhas quando a bactéria se dividir.
→ A transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer de três maneiras:
- Transformação: bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e são
incorporados à cromatina.
- Transdução:moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus
como vetores (bactériófagos). Ao infectar outra bactéria, o vírus que leva o DNA
bacteriano o transfere junto com o seu
- Conjugação: pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora, o
"macho", para uma receptora, a "fêmea". Isso acontece através de microscópicos tubos
protéicos, chamados pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície. O
fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactéria "fêmea",
produzindo novas misturas genéticas, que serão transmitidas às células-filhas na
próxima divisão celular.
Endotoxinas: São classificadas como toxinas constitucionais, ou seja, são substâncias que
fazem parte da estrutura da bactéria e que para o nosso organismo são prejudiciais e, por isso,
classificadas como toxinas. CGP possui como principais endotoxinas o peptídeoglicano e o
ácido teicóico, já BGN possui como principais endotoxinas a LPS.
PATOGÊNESE BACTERIANA:
Estabelecimento de uma Infecção: Para que uma infecção se instale são necessárias
quatro passos:
1. Contaminação: o indivíduo precisa entrar em contato com a bactéria (via secreção,
ar etc) para então estar contaminado.
2. Adesão: além de contaminar o organismo, o patógeno precisa aderir ao tecido alvo e
para isso ele lança mão de uma série de estratégias. O nosso corpo, em contraponto,
irá tentar evitar essa adesão, seja por meio da tosse, micção, diarréia, secreções.
3.Invasão: após aderida, a bactéria necessita invadir o tecido propriamente dito.
4. Proliferação: após instaladas e adaptadas ao novo ambiente, as bactérias iniciam o
processo de proliferação e produção de toxinas.
O sistema imunológico sempre tenta destruir o patógeno, caso não consiga o organismo
irá realizar a contenção, ou seja, irá impedir que o patógeno se espalhe para outro
tecidos.
Entrada de bactéria/Patogênica
Pode ser via ingestão (mas em geral bactérias não resistem ao pH), inalação, penetração
direta, traumatismo, picada de agulha, picada de artrópodes (poucas), transmissão sexual,
transplacentária (transmissão vertical).
Adesão, colonização e invasão
Alguns fatores que auxiliam na adesão são; presença de adesinas (por ex o tártaro,
formação de biofilmes), fímbrias, secreção de substâncias, capacidade de enganar o
sistema imune.
RESPOSTA IMUNE:
FUNGOS / BACTÉRIAS EXTRACELULARES
Macrófagos são atraídos para fazer a 1ª linha de defesa: fagocita os invasores e secreta
citocinas pró-inflamatórias, que alteram a permeabilidade do vaso e permitem a chegada de
outras células de defesa. Os neutrófilos chegam para continuar o processo de fagocitose e,
com isso, ocorre a formação de pus.
- Principais mecanismos: Ativação do sistema complemento (via alternativa;lectina) →
MAC → opsonização, fagocitose, e resposta inflamatória.
- Imunidade Adquirida às bactérias extracelulares: a imunidade humoral é a principal
resposta protetora contra bactérias extracelulares.
BACTÉRIAS INTRACELULARES
Os macrófagos são ativados e liberam enzimas líticas no tecido contaminado (super óxidos)
para atingir a bactéria. Neste caso, a bactéria não depende da célula para se multiplicar, então
matar só a célula não traria prejuízos. Atrai monócitos.
- Capacidade de sobreviver e replicar dentro dos fagócitos
- Eliminação requer mecanismos da imunidade mediada por células
- Imunidade Inata: pode limitar o crescimento bacteriano, mas a erradicação requer a
imunidade adaptativa celular
- Principal resposta: imunidade celular
SISTEMA COMPLEMENTO:
- Composto por cerca de 40 proteínas que atuam em forma de cascata, auxiliando a
atuação do sistema imune
- Estão presentes no plasma ou na membrana plasmática de células (forma inativa)
- São produzidas pelo fígado
- Nomenclatura: C_ → número de acordo com a ordem na cascata de ativação
- São formadas por 2 subunidades, que são clivadas na ativação. A subunidade menor
CXa e subunidade maior CXb
- FUNÇÕES:
a. Quimiotaxia: estimula a migração de células imunes para o local inflamado
b. Lise de membranas: parte da composição do complexo de ataque à membrana
(MAC) na superfície da célula, levando a lise celular
c. Opsonização: marcam os patógenos, potencializando a fagocitose
d. Remoção de células apoptóticas: marcam células para serem fagocitadas
e. Remoção dos complexos imunes: são retirados através das hemácias, que
apresentam em suas membranas a molécula CR1 que se liga ao C2 e carrega
estes para fígado ou baço onde serão metabolizados
= Potencializa a inflamação (algumas proteínas geram aumento da
permeabilidade vascular e moléculas de adesão celular)e a resposta imune
- 3 VIAS DE ATIVAÇÃO:
1. Via Clássica
➔ Ativação por formação do complexo antígeno-anticorpo
➔ C1q se liga entra a porção Fc de 2 anticorpos, se fragmenta em 2
subunidades que vão ativar demais proteínas
➔ Ocorre na resposta imune adaptativa
2. Via Alternativa
➔ Ativação por contato com superfície estranha (Glicoproteínas da PC de
bactérias e fungos, endotoxinas...)
➔ Gera uma ativação potente, instável
➔ Ocorre já na resposta imune inata
3. Via das lectinas
➔ Ocorre por ligação da proteína lectina ligadora da manose (MBL) à
manose e outros resíduos de carboidratos presentes na parede das
bactérias
➔ Ocorre já na resposta imune inata
** Sistema complemento: Proteínas plasmáticas
→ Via alternativa: Se inicia com a clivagem do C3 > C3a - sai para estimular a inflamação;
C3b - forma Bb que se liga ao C3b novamente e sintetiza C3-convertase.
C3b: pode se ligar a qualquer célula do corpo.
→ Final comum: FORMAÇÃO DE C3-CONVERTASE; CLIVAGEM DE C3;FORMAÇÃO
DE C5-CONVERTASE; RECRUTAMENTO DE FAGOCITOS E MORTE DE PATOGENOS;
OPSONIZAÇÃO DE MICROORGANISMOS.
MICROBIOTA:
1. Microbiota Residente: são bactérias que permanecem em nosso organismo e, ao invés de
causar doença, geralmente protege o corpo contra patógenos. Quando alterada, a microbiota
residente se recompõe com facilidade. Além disso, fatores ambientais (como dieta, higiene,
condições sanitárias) influenciam quais espécies compõe a flora residente de um indivíduo.
2. Microbiota Transitória: consiste em microrganismo não patogênicos ou potencial
patogênicos que permanecem na pele ou mucosa por horas, dias ou semanas, provenientes do
meio externo. Não provocam doença e não se estabelecem em definitivo na superfície.
AÇÕES BENÉFICAS DA MICROBIOTA:
- A presença de uma microbiota bem constituída não permite que bactérias patogênicas
consigam aderir em nosso organismo, isso porque a competição por nutrientes é alta
não sendo favorável para que microrganismos externos ali se instalem ou porque muitas
bactérias da microbiota normal produzem substâncias que eliminam as espécies
competidoras. A formação de anticorpos depende diretamente da presença da
microbiota. Pesquisas realizadas com animais criados em ambientes estéreis
demonstraram que esses animais possuem baixos níveis de tecidos linfóides e não
produzem Igs.
- As bactérias da microbiota normal do intestino são responsáveis pela produção de
vitaminas como o complexo B, biotina e vitamina K (obtida quase que exclusivamente
da síntese pelos coliformes fecais).
- A presença de um determinado microrganismo num local do corpo interfere na
implantação de outros. Ocorre competição por nutrientes essenciais ou produção de
substâncias que eliminam as espécies competidoras. Forma-se uma microbiota que
se mantém em equilíbrio impedindo a implantação de outras espécies
PNEUMONIA:
Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões, podendo acometer a região dos
alvéolos pulmonares. Alguns sintomas da doença são: febre alta (acima de 37,5° C),
tosse secaou com catarro de cor amarelada ou esverdeada, falta de ar e dificuldade de
respirar.
Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou
irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde
ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias
que possam impedir o contato do ar com o sangue.
Diferentes do vírus da gripe, que é uma doença altamente infectante, os agentes
infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.
É dividida em pneumonia lobar (atinge todo o lobo pulmonar) e broncopneumonia
(possuem múltiplos focos lobulares, sendo o tipo mais comum).
● O agente mais comum na pneumonia comunitária é Streptococcus
pneumoniae.
Observação: Algumas pessoas são mais propensas a esta doença que outras. O
alcoolismo, fumar cigarros ,a diabetes, a insuficiência cardíaca e a doença pulmonar
obstrutiva crónica (DPOC) são causas que predispõem à pneumonia.
TIPOS DE PNEUMONIA:
- Pneumonia viral:
Pneumonia viral é uma infecção que se instala nos pulmões causada por um vírus.
Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações
terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro).
Basicamente, pneumonias virais são provocadas pela penetração de um vírus no
espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito
limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue.
Diferentes do vírus da gripe, que é uma doença altamente infectante, os agentes
infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.
- Pneumonia bacteriana:
A pneumonia bacteriana é a mais comum, adquirida na comunidade, pela população
geral. Algumas bactérias estão presentes em nosso nariz, boca, garganta, pele e
sistema digestivo, podendo causar a pneumonia quando nossa imunidade cai.
- Pneumonia química:
Diferente das pneumonias mais conhecidas, a pneumonia química, melhor chamada de
pneumonite química, não é causada por vírus ou bactérias, mas sim pela inalação de
substâncias agressivas ao pulmão, como a fumaça, agrotóxicos ou outros produtos
químicos. Quando aspiradas, essas substâncias vão para os pulmões e inflamam a via
aérea os alvéolos - estruturas que fazem o transporte do oxigênio para o sangue. Essa
inflamação pulmonar facilita o aparecimento de bactérias, podendo evoluir para uma
pneumonia bacteriana.
- Pneumonia por fungos:
A pneumonia causada por fungos é o tipo mais rara e também o mais agressivo. É
comum ver esse tipo de pneumonia em pessoas com doenças crônicas e
imunodeprimidas, como pacientes soropositivos ou paciente oncológicos.
TRANSMISSÃO:
Pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou, no caso do
inverno, devido a mudanças bruscas de temperatura. Essas mudanças comprometem o
funcionamento dos pelos do nariz responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que
acarreta em uma maior exposição aos microorganismos causadores da doença.
→ VIA DIRETA: não há agente vetor. Beijos.
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/pneumonia
EPIDEMIOLOGIA :
1. Pneumonia adquirida na comunidade: A PAC geralmente é classificada em
pneumonia típica ou atípica. A PAC típica não apresenta achados extrapulmonares (p.
ex., miringite,** faringite, erupção cutânea). A PAC atípica apresenta achados
extrapulmonares e pode ser classificada ainda em pneumonia zoonótica ou não
zoonótica, com base na presença de um vetor animal.
2. Pneumonia adquirida em asilos:* A PAA parece mais com a PAC do que com a
pneumonia adquirida no hospital (PAH) e ocorre esporadicamente ou como parte de
surtos epidêmicos em asilos.
3. Pneumonia adquirida no hospital: A PAH geralmente é classificada em pneumonia
associada à ventilação mecânica (PAV) ou pneumonia não associada a ventilação
mecânica.
VACINAS:
Atualmente, existem vacinas disponíveis para a pneumonia pneumocócica que, mesmo
não sendo capazes de prevenir todos os casos de pneumonia, podem evitar as formas
mais graves. Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação contra a gripe reduz bastante
as hospitalizações por pneumonias e a mortalidade global pela doença. Por isso, devem
ser vacinados os grupos considerados mais sujeitos às formas graves da doença:
gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, crianças de 6 meses a 2 anos,
profissionais de saúde, doentes crônicos, pessoas privadas de liberdade ou com 60
anos de idade ou mais.
- Vacina de polissacarídeo 23 valente
Indicada como agente imunizante contra infecções causadas por qualquer dos 23
sorotipos de Streptococus pneumoniae, o pneumococo, incluídos na vacina, que são
responsáveis por cerca de 80 a 90% das doenças pneumocócicas graves (pneumonias,
meningites, bacteremias e septicemias), sendo utilizada desde 1983. Pelo fato de ser
feita a partir de polissacarídeos não tem poder de imunização antes dos 2 anos de
idade. O tempo de duração da imunidade que ela confere é de apenas três a cinco
anos.
- Heptavalente – PCV 7
A vacina anti pneumocócica heptavalente é uma vacina polissacarídica
conjugada a alguns tipos de proteínas, que possui antígenos para sete sorotipos do
pneumococo. Produz resposta imunogênica em crianças já a partir de 2 meses de idade
e induz memória imunológica. Esta licenciada desde 2000 e previne a doença
pneumocócica invasiva (especialmente a pneumonia e a meningite) e não invasiva
(otites, sinusites) provocadas por sete das 91 estirpes do pneumococo (bactéria
agressiva e frequente). Estima-se que a duração da imunidade conferida por esta
vacina seja duradoura, por toda a vida.
ANTIBIÓTICOS:
São fármacos curativos, diferentemente de analgésicos, anti-inflamatórios, corticóides
etc. São substâncias que provocam morte ou inibição do crescimento de
microrganismos.
- Apresentam ainda maior importância nos países em desenvolvimento, pois estes
apresentam um maior número de doenças infecciosas.
- São fármacos muito receitados, estima-se que correspondam a 30% de todas as
receitas para pacientes hospitalizados.
- Seu emprego indiscriminado ou não-criterioso em pacientes têm acelerado o processo
de desenvolvimento de resistência microbiana. Por isso, é essencial a racionalização do
seu emprego e o conhecimento dos princípios que regem sua correta utilização.
PRINCIPAL OBJETIVO: prevenir ou tratar uma infecção, diminuindo ou eliminando os
organismos patogênicos e, se possível, preservando os germes da microbiota normal.
- Com o uso de vários ATB de amplo espectro no mesmo organismo, destrói-se a
microbiota residente e ocorre uma seleção das bactérias, sobrevivendo apenas as de
elevada resistência, isso se denomina PRESSÃO SELETIVA DO ANTIBIÓTICO.
- Os ATB podem ser produzidos por bactérias ou fungos, ou serem total ou parcialmente
sintéticos
➥ Beta-Lactâmicos:
Mecanismo de ação: agem impedindo a síntese de parede célula, por meio
da inibição de enzimas que sintetizam peptideoglicanos [transpeptidases].
ANTITÉRMICOS:
Alguns agem diretamente no hipotálamo, fazendo com que ele regule a diminuição da
temperatura corporal.
Outros agem na inibição da produção de prostaglandinas, enzimas causadoras de febre
produzidas no organismo em quadros de infecção
COX-1: sempre está presente, independente de inflamação ou não. - produz
prostaglandina, ou seja, tem função homeostática.
COX-2: presente quando há inflamação.
COX-3: Presente em algumas áreas do organismos.
- Os antitérmicos agem no início do processo, inibindo a ação da enzima (COX-1
FISIOLÓGICA e COX-2 inflamação) e com isso, bloqueia a formação de prostaglandina.
- Analgesicos, antitérmicos, antinflamatório não há como separar, pois participam da
mesma classe de medicamentos. → INIBIDORES DA COX.
SP4
HELMINTOS:
CARACTERÍSTICAS:
Todo helminto parasita tem que ser sustentável, ou seja, ele se instala no hospedeiro
porém não o leva à óbito. Caso leve o hospedeiro à óbito, ele perde sua fonte de
nutrição. - Os helmintos são divididos em dois filos: Os platelmintes e os nematódeos.
● São animais que possuem corpo alongadoe achatado dorso-ventralmente, com
aspecto de fita.
● Existem espécies de vida livre (planária). No entanto muitos são parasitas e habitam
outros seres vivos, causando doenças.
● Sistema digestório incompleto. - Simetria bilateral.
● Não possuem órgãos para circulação, esse processo é feito de célula a célula (difusão).
● O sistema nervoso apresenta dois cordões nervosos longitudinais unidos a um par de
gânglios cerebrais.
● Sua organização corporal é bastante simples, porém é mais evoluída, se comparada a
dos cnidários, pois possuem órgãos bem definidos, formados pela associação de
diferentes tecidos.
● São triblásticos.
● Excreção por protonefrídios e por difusão através da superfície corporal.
● Respiração cutânea.
● O filo é dividido em três classes: Turbelários (planária), Trematódeos (esquistossomo) e
cestódeos (tênias)
CLASSIFICAÇÃO:
→ Platyhelminthes – vermes chatos
Excreção pelas células flama
● TURBELLARIA- vida livre Ex: Planárias
● CESTODA- ecto ou endoparasitas, monóicos (autofecundação), desenvolvimento
indireto, sistema digestório completo e alguns ausentes. Ex: Taenia sp.
● TREMATODA- dióicos, sistema digestório incompleto. Ex: Schistosoma mansoni
→ Filo Aschelminthes
- Classe nematoda: vermes cilíndricos ou redondos
corpo não segmentado, dióicos, pseudocelomados, tubo digestivo completo, possuem
aparelho excretor simples
Ex:• Ascaris lumbricoides; Ancylostoma duodenale; Enterobius vermicularis
ASCARIDÍASE:
CICLO DE VIDA:
- Homem é seu único hospedeiro (ciclo monoxeno)
- Faz Ciclo de Looss:
O ovo eclode no duodeno > a larva entra no sistema linfático ou venoso > vai até o
fígado > veia cava inferior > coração > artéria pulmonar > pulmão > traquéia > faringe >
a larva é deglutida novamente > retorna ao intestino delgado e se instala.
→ Os ovos fecundados são eliminados pelas fezes, desenvolvem -se à temperatura de
30 -35oC, umidade e oxigênio. Nessas condições, o ovo pode desenvolver -se em 12
dias, formando primeiramente em seu interior, uma larva rabditóide que, em uma
semana, sofre mutação para os estágios de segunda e terceira larvas rabditóides,
respectivamente. Esta terceira larva rabditóide é a larva dita infectante.
1. Os vermes adultos vivem no lúmen do intestino delgado.
2. Uma fêmea pode produzir cerca de 200.000 ovos/dia; os ovos são eliminados com as
fezes. Ovos não fertilizados podem ser ingeridos, mas não são infecciosos.
3. No ambiente, os ovos férteis, dependendo das condições, tornam-se embrionados e
infecciosos após 18 dias a várias semanas; as condições ideais são solo quente e
úmido, à sombra.
4. Ovos infectantes são engolidos.
5. No intestino delgado, os ovos eclodem em larvas.
6. Larvas penetram na parede do intestino delgado e migram através da circulação
portal através do fígado, em seguida, através da circulação sistémica para os pulmões,
onde amadurecem mais (em 10 a 14 dias).
7. As larvas penetram nas paredes dos alvéolos, ascendem a árvore bronquial para a
garganta e são engolidas. Então, voltam para o intestino delgado, onde se desenvolvem
em vermes adultos.
O ciclo de vida é completado em aproximadamente 2 a 3 meses; vermes adultos vivem
1 a 2 anos.
* Admite-se, também, que possam perfurar a parede intestinal e cair na cavidade
peritoneal. Daí́ invadiriam o fígado, através da cápsula de Glisson, e chegariam à
circulação porta intra-hepática, seguindo para o coração.
TRANSMISSÃO:
- Ingestão de ovos contendo a larva filarióide (infectante) através de água ou alimentos
contaminados, poeira etc (fecal-oral)
- Não há autoinfecção, porque o ovo precisa de um tempo no ambiente externo para
maturar.
- Larva L3.
EPIDEMIOLOGIA:
A ascaridíase é uma das helmintoses mais comuns no Brasil senão a helmintose mais
comum, bem como em todo o mundo, principalmente nas regiões subtropicais do
planeta. Nas sociedades de baixo nível socioeconômico, sua prevalência facilmente
ultrapassa os 80%.
SINAIS E SINTOMAS:
- 5/6 são assintomáticos
- Alergias respiratórias
- Micro hemorragias
- Pneumonia eosinofílica
- Síndrome de Loeffler – edemaciação dos alvéolos por eosinófilos
- Tosse seca
- Volvo (nó no intestino), dor abdominal
- Constipação devido à grande quantidade de vermes no intestino
- Obstrução do intestino, má absorção de nutrientes
- (Ação espoliativa)
PROFILAXIA:
- Educação em saúde
- Higienização das mãos
- Saneamento básico
- Tratamento dos infectados
RESPOSTA IMUNE:
Grânulos são despejados pelos eosinófilos sobre o parasita. Mastócitos permitem a chegada
de mais células de defesa F.
Não há fagocitose.
● Imunidade inata:
- reação inflamatória contra os estágios larvais;
- ovo resistente ao HCl, os macrófagos não conseguem fagocitar;
- ativa o sistema complemento → C3B - opsoniza (eosinófilo) e a C5A - inflamação (
mastócitos) - via alternativa;
- Os helmintos são muito grandes para serem fagocitados e, além disso, possuem
tegumentos espessos que os tornam resistentes às substâncias microbicidas
secretadas pelos fagócitos (neutrófilos e macrófagos).
● Imunidade Adaptativa:
- inicia pelos PAMPs, que ativa os APCs, ativado MHC II;
- MHC II ativa as células T, principalmente o TCD4, a opsonização causada pelos
eosinófilos e a ação dos mastócitos liberam IL-4 que ativa o TH2;
- Os linfócitos TCD4+ ou TCD8+ do tipo 2 produzem citocinas como IL-4, IL-5 e IL-10,
que tem como uma de suas várias funções a ativação de linfócitos B para produção de
anticorpos. Os anticorpos do tipo IgE circulantes se ligam aos basófilos e/ou mastócitos,
no qual iram produzir histamina e outros mediadores que levam a destruição dos
helmintos pela liberação de seus grânulos citoplasmáticos.
- As células T CD4+ ou T CD8+ do tipo 2 da imunidade adaptativa são produtoras de
citocinas do tipo IL-4, IL-5 e IL-13 no qual uma das funções é induzir os linfócitos B para
a produção de anticorpos, que nesse caso é do tipo principalmente de IgE, mas
também IgA e IgG que vão ativar os eosinófilo, os mastócitos e basófilos, que são
fundamentais na defesa contra helmintos. Depois de ativados, os grânulos catiônicos
eosinofílicos liberados pelos eosinófilos induzem uma inflamação devido a essa
liberação.Esses grânulos são compostos por peroxidase eosinofílica, proteína catiônica
eosinofílica, proteína básica principal e neurotoxina derivada de eosinófilos, que tem
enorme potencial citotóxico nos parasitas.
→A proteína catiônica eosinofílica (ECP) é bactericida, promove a degranulação dos
mastócitos e é tóxico para os parasitas do tipo helmintos. Seu mecanismo de ação
envolve a formação de poros na membrana-alvo que permite a entrada de outros
componentes citotóxicos, além disso, ela também inibe a proliferação de linfócitos T e
suprime a produção de anticorpos pelos linfócitos B avisando para encerrar a produção.
→A peroxidase eosinofílica induz a formação e espécie reativa de oxigênio (EROs) e
óxido nítrico (NO), isso promove um estresse na célula, chamado de estresse oxidativo,
levando a célula a morte por apoptose e necrose.
- A IgE reveste os parasitas e os eosinófilos se ligam à IgE e são ativados para liberar
seus conteúdos granulares, que destroem os helmintos.
- o TH2 libera IL-13, IL-4 e IL-5;
- IL-13: ativam os macrófagos, aumenta a secreção de muco que aumenta o
peristaltismo;
- IL-4: ativa as células B que liberam IgE, ajudando no processo inflamatório;
- IL-5: eosinófilos sofrem degranulação.
MECANISMO DE EVASÃO:
● dependem do parasita;
● variação antigênica → dois tipos:
1- alteração fase - específica na expressão dos antígenos, de modo que os estágios
teciduais maduros de parasitas produzem antígenos diferentes daqueles das fases
infecciosas.
2- variação contínua dos principais antígenos de superfície (mudanças na expressão
dos genes que codificam o principal antígeno de superfície.)
● infrarregulam a expressão de MHC, produção de citocinas imunossupressoras por
macrófagos ativados e células T, diminuindo a estimulação das células T →
imunossupressão (inibem a resposta imune do hospedeiro).
● cobertura mais frouxa e na ligação do IgE ao helminto,o verme pode trocar seu
tegumento;
● a variação dos estágios larvais impede que o sistema reconheça o parasita;
● fuga para locais imunoprivilegiados, em que o parasita se esconde em lugares ausentes
ou com poucos linfócitos e leucócitos, como por exemplo: sistema nervoso central,
articulações, testículo, placenta, olho e cérebro;
● cutícula espessa: difícil de fagocitar;
● resistentes aos mecanismos imunológicos efetores durante a sua permanência em
hospedeiros vertebrados → por exemplo: tegumento resistente a danos pelo
complemento e pelos CTLs.
PATOGÊNESE:
1- Períodos Clínicos
A. Período de incubação: Consiste no período desde a penetração do parasita no organismo
até o aparecimento dos primeiros sintomas, podendo ser mais longo que o período pré-patente,
igual ou mais curto.
B. Período de sintomas: É definido pelo surgimento de sinais e/ou sintomas.
Período de convalescência: Iniciam-se logo após ser atingida a maior sintomatologia, findando
com a cura do hospedeiro.
C. Período latente: É caracterizado pelo desaparecimento dos sintomas, sendo assintomática
e finda com o aumento do número de parasitas (período de recaída).
2- Períodos Parasitológicos:
A. Período pré-patente: É o compreendido desde a penetração do parasita no hospedeiro até
a liberação de ovos, cistos ou formas que possam ser detectadas por métodos laboratoriais
específicos.
B. Período patente: Período em que os parasitas podem ser detectados, ou seja,
podem-seobservar estruturas parasitárias com certa facilidade.
C. Período sub-patente: Ocorre em algumas protozooses, após o período patente e
caracteriza- se pelo não encontro de parasitas pelos métodos usuais de diagnóstico, sendo
geralmente sucedido por um período de aumento do número de parasitas (período patente).
Obs.:Apesar de poderem se relacionar, os períodos clínicos e parasitologicos não apresentam
necessariamente correlação direta entre si.
TRATAMENTO:
Albendazol (substância ativa) possui atividade larvicida, ovicida e vermicida. Sua atividade
anti-helmíntica ocorre por inibição da polimerização tubulina, ocasionando alteração no nível de
energia do helminto, incluindo o esgotamento, o que imobiliza os helmintos e posteriormente os
mata.
SP5
DOENÇA AUTOIMUNE
● Uma doença autoimune é qualquer condição que tenha origem numa reação imunitária
anormal em que o corpo ataca uma parte normal do seu próprio organismo
(autoimunidade).
● Existem pelo menos 80 tipos de doenças autoimunes. Praticamente qualquer parte do
corpo pode ser afetada.
● Doenças crônicas,progressivas e de autoperpetuação;
● Falhas na seleção positiva e negativa dos linfócitos T e B;
● Função inadequada dos receptores inibitórios;
● Nas doenças autoimunes, o sistema imune produz anticorpos contra antígenos
endógenos (autoantígenos).
● Sempre se inicia por um “gatilho” → Supondo que um indivíduo já tinha o fator genético,
imunológico e ambiental para doença autoimune, mas ele não tinha tido até agora. E,
de repente, surge a doença. São os gatilhos que ocorrem. Por exemplo, o divórcio, a
menarca (pico de estrógeno), a gravidez, infecções, cursinho pré-vestibular (estresse),
ambiente de trabalho ruim.
Fatores associados
• Genéticos: principalmente vinculado ao HLA de classe II (maior parte das doenças
autoimunes)
• Ambientais: vírus, infecções bacterianas (aumenta as ocitocinas pró-inflamatórias),
tabagismo(ser mulher e fumar aumenta em 20X a chance de doenças autoimunes), DM
I, S. pyogenes (febre reumática)
• Imunológicos (quebra de tolerância): função tímica inadequada
• Gatilho: estresse, menarca, gravidez, divórcio
• Se o paciente tiver uma doença autoimune é bem provável que ele tenha outra. Tem
até algumas associações específicas
• Discordância entre gêmeos monozigóticos indica que o fator ambiental está presente
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA
Tolerância é o processo pelo qual o sistema imune reconhece um antígeno, mas não o ataca.
Esse processo é bastante comum em partículas de alimento. Elas são antigênicas, mas não
devem ser imunogênicas. Há vários mecanismos responsáveis pela tolerância do sistema
imune. Nesse contexto, é possível dividir a tolerância em central e em periférica.
- Tolerância Central: é realizada principalmente pelo timo. Afinal, ele retira os clones
de linfócitos muito reativos. Isso proporciona maior precisão ao sistema imune entre
reconhecer o que é próprio, e o que não é. Isso é mais frequente no início da vida.
Quando o timo involui, predomina o mecanismo da tolerância periférica.
- Tolerância Periférica: é realizada principalmente pelo linfócito T regulador, nos
linfonodos. Este linfócito possui CD4 e CD25. Ele irá agir por meio de citocinas
supressoras, como é o caso da IL-10 ou a TGF-Beta. Elas diminuem a ativação e
atividade do sistema imune.
● Anergia - Falta de resposta funcional
● Supressão - Bloqueio na ativação
● Deleção - Apoptose
COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE SPIKE
Basicamente glicoproteínas transmembranas. Outro detalhe é que quando o MHC está
em células imunes, ele é chamado de HLA (antígeno leucocitário humano)
MHC: genes presentes em todos os vertebrados
● Chamado de HLA em humanos
● Possuem grande variabilidade estrutural entre indivíduos
● Presente em todas as células NUCLEADAS
■ Transfusões de sangue não são atacadas
● Localizado no braço curto do cromossomo 6
■ São herdados geneticamente
■ Metade do pai e metade da mãe
● Importante para:
■ a atuação da resposta imune
✔ Seleção de células T
✔ Produção de anticorpos
✔ Respostas inflamatórias
Para o transplante de órgãos
✔ Responsável pela rejeição de tecidos
■ Pela predisposição a doenças
✔ Responsável pela suscetibilidade a patógenos e a doenças autoimunes
✔ A resposta imunológica dos indivíduos depende do MHC
● MHC → CPH → codificação de glicoproteínas da membrana celular
- Reconhecem e apresentam o que não é próprio aos linfócitos T
- EX: antígenos ou tecidos transplantados
● Divididos em 3 classes:
■ CLASSE 1
✔ Expressa proteínas encontradas na membrana celular
✔ Determina a aceitação ou a rejeição aos transplantes
✔ Presente em todas as células nucleadas
✔ Chamadas de A, B e C
✔ Ativam linfócitos T CD8
■ CLASSE 2
✔ Expressa proteínas encontradas na membrana celular
✔ Determina a aceitação ou a rejeição aos transplantes
✔ Presente nas células apresentadoras de antígeno
Macrófagos, células dendriticas e linfócitos B
✔ Chamadas de DR, DP e DQ
✔ Ativam linfócitos T CD4 → produção de ac
■ CLASSE 3
✔ Expressa proteínas encontradas no soro e nos fluidos corporais
✔ NÃO participa da rejeição aos transplantes
Processamento e apresentação do antígeno
1. Introdução de antígenos protéicos nas células nucleadas;
2. Degradação dessas proteínas em peptídeos (preparo);
3. Ligação dos peptídeos às moléculas recém montadas do MHC;
4. Exposição do complexo peptídeo-MHC na superfície das células nucleadas, para o
reconhecimento pelos linfócitos T.
*Um super antígeno se liga diretamente ao TCR dos linfócitos, sem ser apresentado via MHC!
HIPERSENSIBILIDADE
Reações inflamatórias que causam lesões teciduais por excesso de ativação do sistema imune.
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 1
● Mediada por IgE
● Reação imediata (em minutos)
● Resposta do organismo em presença de agentes estranhos que normalmente são inócuos
à maioria das pessoas
● 1º contato: Indução seletiva de linfócitos T estimulam os linfócitos B diferenciação em
plasmócitos produção de IgE resposta primária fraca
● 2º contato: resposta de hipersensibilidade
EX: alergia
● A predisposição em produzir certos IgE podem ser herdados geneticamente
Principais alérgenos: ácaros, pólen, alimentos, toxinas de insetos e medicamentos
Principais problemas: choque anafilático, asma, urticária e atopia
MECANISMO:
1. IgE produzidos se fixam às membranas dos mastócitos
2. Contato com os antígenos alergênicos → promovem a liberação do conteúdo celular dos
mastócitos
3. Edema e prurido
➢ Histamina: broncodilatação, secreção de muco, ↑ permeabilidade vascular,
vasodilatação
➢ Heparina: anticoagulante
➢ Triptase: proteólise➢ Cininogenase: ↑ permeabilidade vascular, vasodilatação
*Crianças são mais alérgicas devido ao seu sistema imune menos regulado e mais ativo.
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 2 – CITOTÓXICA
● Mediada por IgG e IgM
● Reação em horas
● Provocada por anticorpos dirigidos a componentes próprios
■ EX: miastenia gravis (Ac contra os receptores de Ach na junção neuromuscular)
● Resulta em ativação do sistema complemento e destruição da célula a qual o antígeno está
aderido
■ EX: anemia hemolítica
● ADCC: “citotoxicidade celular dependente de anticorpo”
■ Os macrófagos, neutrófilos e células NK possuem receptores para o fragmento FC
do anticorpo
■ Qualquer substância marcada por anticorpos será destruída, por citotoxicidade ou
fagocitose
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 3
● Mediada por complexo imune
● Reação em horas
● Anticorpos (IgG ou IgM) unidos ao antígeno → deposição desses complexos nos tecidos →
ativação do sistema complemento (via clássica) → resposta inflamatória local → lesão
tecidual
■ EX: LES, febre reumática, glomerulonefritis postestreptocócica
HIPERSENSIBILIDADE TIPO 4
● Tardia, mediada por células
● Reação em dias
● Reação de linfócitos T citotóxicos e T helper contra antígenos depositados em tecidos
● Reação mais demorada devido ao recrutamento de linfócitos
● Forma endurações
⇼ EX: artrite reumatoide (linfócitos TCD8 combatem a sinovial articular), dermatite de
contato, psoríase
ARTRITE REUMATOIDE E PROTOCOLO SPIKE
● As articulações (normalmente as pequenas articulações dos membros) tornam-se
dolorosas e têm rigidez que persiste por mais de 60 minutos ao despertar e após
inatividade.
● Febre, fraqueza e lesões em outros órgãos podem ocorrer.
● O diagnóstico baseia-se principalmente nos sintomas, mas também em exames de sangue
para fator reumatoide e em radiografias.
● O tratamento pode incluir exercícios e talas, medicamentos (medicamentos
anti-inflamatórios não esteróides, medicamentos anti reumáticos modificadores da doença
e imunossupressores) e, às vezes, cirurgia.
● Envolvimento das articulações que são mais típicas da artrite reumatoide
● Níveis sanguíneos elevados de fator reumatóide, anticorpos contra peptídeos citrulinados
cíclicos (anti-CCP), ou ambos
● Níveis sanguíneos elevados de proteína C-reativa, elevada velocidade de
hemossedimentação eritrocitária (VHE), ou ambos
Protocolo SPIKE
S – Setting up: Preparando-se para o encontro Treinar antes é uma boa estratégia. Apesar de
a notícia ser triste, é importante manter a calma, pois as informações dadas podem ajudar o
paciente a planejar seu futuro. Procure por um lugar calmo e que permita que a conversa seja
particular. Mantenha um acompanhante com seu paciente, isso costuma deixá-lo mais seguro.
Sente-se e procure não ter objetos entre você e seu paciente. Escute atentamente o que o
paciente diz e mostre atenção e carinho.
P – Perception: Percebendo o paciente Investigue o que o paciente já sabe do que está
acontecendo. Procure usar perguntas abertas.
I – Invitation: Convidando para o diálogo Identifique até onde o paciente quer saber do que
está acontecendo, se quer ser totalmente informado ou se prefere que um familiar tome as
decisões por ele. Isso acontece! Se o paciente deixar claro que não quer saber detalhes,
mantenha-se disponível para conversar no momento que ele quiser.
K – Knowledge: Transmitindo as informações Introduções como “infelizmente não trago boas
notícias” podem ser um bom começo. Use sempre palavras adequadas ao vocabulário do
paciente. Use frases curtas e pergunte, com certa frequência, como o paciente está e o que
está entendendo. Se o prognóstico for muito ruim, evite termos como “não há mais nada que
possamos fazer”. Sempre deve existir um plano!
E – Emotions: Expressando emoções. Aguarde a resposta emocional que pode vir, dê tempo
ao paciente, ele pode chorar, ficar em silêncio, em choque.

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