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Anestésicos Locais e Vasoconstritores ANALGESIA: usada para dores esporádicas. As drogas usadas têm o objetivo apenas de aliviar ou minimizar a dor, ou seja, elas provocam a ausência ou o amortecimento da dor sem perda de consciência. Qualquer medicamento utilizado para aliviar a dor é um analgésico, como, por exemplo, um remédio para dor de cabeça. Os analgésicos são uma classe extensa de medicamentos, que se dividem em dois básicos: → narcóticos: reduzem a percepção da dor. São mais fortes e diminuem a atividade cerebral, provocando sono. São raramente usados pois possuem ação central, o paciente fica meio “grogue”. Ex: codeína → não narcóticos: inibem a produção de determinadas substâncias, o que diminui a sensação de dor. Esse tipo é o que utilizamos nas nossas cirurgias. Ex: paracetamol, dipirona ★ caso a cirurgia for muito longa, associa-se um analgésico não narcótico com um anti inflamatório. Caso o paciente relate que essa associação não está fazendo efeito, um analgésico narcótico pode ser usado. ANESTESIA: são usadas drogas anestésicas no paciente, bloqueando a sensação de dor durante um período de tempo específico para que o paciente não sinta dor durante algum procedimento médico, com ou sem perda de consciência. ★ na anestesia local, a passagem de dor é bloqueada. Então, o estímulo de dor não chega no cérebro. Já nas anestesia geral, a dor chega no cérebro, porém o paciente não percebe. → A Analgesia e Anestesia devem ser usadas em situações diferentes! Cada tipo de anestesia é indicado para um determinado procedimento, por exemplo: → anestesia geral: com ela, o paciente perde a consciência. Recomendado para cirurgias mais invasivas. → anestesia regional: paciente está acordado mas parte do seu corpo está adormecido. Ex: anestesia raquidiana, peridural, que são utilizadas em partos. KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA → anestesia local: utilizada em regiões onde ocorreria um procedimento, por exemplo,tratamentos odontológicos e procedimentos estéticos não muito extensos. ANESTÉSICOS LOCAIS: a anestesia foi definida como a perda da sensibilidade em um área circunscrita do corpo causada pela depressão da excitação das terminações nervosas ou pela inibição do processo de condução nos nervos periféricos. MÉTODOS DE INDUÇÃO DE ANESTESIA LOCAL (como perder a sensibilidade): - trauma mecânico (compressão dos tecidos) - baixas temperaturas - irritantes químicos - agentes neurolíticos (álcool e fenol) - agentes químicos (anestésico local) MÉTODOS OU SUBSTÂNCIAS QUE INDUZEM UM ESTADO TRANSITÓRIO E COMPLETAMENTE REVERSÍVEL: → sais anestésicos (anestésico local). O objetivo é que o sal anestésico seja reversível, que o efeito passe e não produza lesão ao tecido (o álcool produz). REQUISITOS DESEJÁVEIS EM UM ANESTÉSICO LOCAL: ❏ não produzir lesão aos tecidos ❏ bloqueio reversível da sensibilidade ❏ boa difusibilidade (se espalhar melhor nos tecidos, para isso precisa ser hidrossolúvel) ❏ baixa toxicidade sistêmica ❏ início rápido de ação ❏ duração adequada para realização dos procedimentos ❏ não causar reações alérgicas (a reação geralmente é devido ao conservantes- caso o paciente tenha alergia, é necessário utilizar um sal anestésico sem vasoconstritor) ❏ deve ser estável em solução e passar prontamente por biotransformação (da corrente sanguínea pro fígado e eliminado pelos rins) KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA FUNDAMENTOS DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE IMPULSO: o n. trigêmeo é pseudo-unipolar, é mielinizado (tem bainha de mielina e células de Schwann), que faz com o impulso passe de forma saltatória (impulso mais rápido). ❏ Um impulso de dor ocorre através de um potencial de ação (despolarizações transitórias da membrana que ocorrem de um breve aumento da permeabilidade da membrana para o sódio e depois para o potássio). Ex: pegou o bisturi, tirou um dente… O que ocorre é o aumento da permeabilidade da membrana, onde o sódio começa a entrar com mais quantidade e o potássio começa a sair, o lado de dentro continua negativo e o de fora positivo. Essa fase é chamada de despolarização lenta (ainda não há dor). Quando a carga inverte (lado de dentro mais positivo e o de fora negativo), esse momento é chamado de limiar de descarga. Depois disso,começa a fase da despolarização rápida (entra sódio e sai potássio em grandes quantidades). Depois que chega ao cérebro, ocorre a repolarização (volta ao estado de repouso) através da bomba de sódio, que joga o sódio de volta para fora. A despolarização é automática, já a repolarização depende de ATP. Resumindo… a despolarização começa quando extrai o dente e vai despolarizando até chegar no cérebro, isso ocorre de forma rápida porque o nervo é mielinizado. Se não chega no limiar, não há dor. O anestésico tem que ser potente o suficiente para passar desse limiar. Esse limiar varia de pessoa para pessoa. ELETROFISIOLOGIA DA CONDUÇÃO NERVOSA: quando os canais de sódio estão fechados, há repouso. Já quando abertos, ocorre a despolarização, de forma lenta primeiramente, e depois mais rápido. AÇÃO DOS ANESTÉSICO LOCAIS - MODO E LOCAL DE AÇÃO ❏ alterando o potencial de repouso da membrana ❏ alterando o limiar de descarga (nível de ativação) - aumenta o limiar e atrasa o estímulo ❏ diminuindo a velocidade da despolarização (lenta) ❏ prolongando velocidade da repolarização KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA AÇÃO DOS ANESTÉSICOS - ONDE ATUAM Teoria da Expansão da Membrana → o anestésico chega pelo lado de fora do neurônio, ignora o canal e entra na parte lipídica, expandindo-a. Nisso, ele fecha o canal, ou seja, não tem mais potássio entrando, então não ocorre despolarização, tampouco limiar. Existe um anestésico que trabalha dessa forma, a benzocaína (encontrada em anestésico tópico), é altamente tóxica. Teoria do Receptor Específico → receptores específicos para os anestésicos nos canais de sódio impedindo o aumento da permeabilidade ao sódio. O anestésico desloca os íons do receptor do canal de sódio, permitindo a ligação da molécula do anestésico local a este receptor, o que determina o bloqueio do canal de sódio, isso é importante para a depressão da velocidade da despolarização e não-obtenção do limiar de descarga, juntamente com a inexistência de potencial de ação prolongados → bloqueio da condução (exceção: benzocaína) ESTRUTURA QUÍMICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS Grupo Hidrofílico→ ajuda na difusão Grupo Lipofílico → ajuda o anestésico a atravessar a membrana do nervo ❏ ÉSTERES (não utilizado em anestubo) Ácido Benzóico: cocaína, benzocaína, tetracaína Paba: procaína, cloroprocaína, propoxicaína ❏ AMIDAS Xilidina: lidocaína, mepivacaína, bupivacaína (esses três são os únicos que estão em anestubo no Brasil) , ropivacaína e etidocaína Toluidina: prilocaína e articaína CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS COMUNS DOS AL: ❏ todos são sintéticos ❏ todos formam sais com ácidos fortes ❏ os sais são hidrossolúveis (se difundem pelo tecido e assim chegam próximo ao nervo) ❏ as ações de todas as drogas são reversíveis KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA ❏ são compatíveis com a epinefrina ou drogas correlatas (ou seja, todos podem ser associados a um vasoconstritor) ❏ afetam a condução nervosa da mesma maneira (impedindo o limiar de descarga) ❏ são capazes de produzir efeitos sistêmicos tóxicos quando atingem umas concentração relativamente elevada no plasma ❏ possuem pouco ou nenhum efeito irritante sobre os tecidos, em concentrações anestésicas clínicas. DISSOCIAÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS: o sal anestésico que, vai estar no anestubo junto com água destilada ou soro fisiológico, a medida que ele vai entrando nos tecidos, se dissocia formando um cátion (base) e um ácido. Forma Catiônica(base): é responsável pela difusão da droga através da membrana, pois ela é lipossolúvel. Além disso, também é responsável pela ligação da droga no sítio receptor dos canais de sódio. Esse processo acontece da mesma forma com todos os anestésicos, porém não na mesma intensidade. Parahaver a dissociação em base e ácido é necessário: ❏ o pH do tecido deve ser neutro ❏ o pKa (coeficiente de difusão). Todo anestésico possui um pKa fixo. Quanto maior o pKa da solução, menor a quantidade de base no pH tecidual = menor risco de difusão da droga através da membrana nervosa, porém com duração longa do efeito. FATORES QUE PODEM INTERFERIR NA ANESTESIA: ❏ pH tecidual muito elevado ou reduzido ❏ absorção excessivamente rápida do anestésico ❏ tipo e tamanho do nervo KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA ❏ local de injeção do anestésico (proximidade com o nervo) ❏ volume da solução injetada ❏ adição de vasoconstritores Absorção - ação sobre os vasos VASODILATAÇÃO: - aumenta a absorção da droga anestésica - diminui o tempo de ação do anestésico - aumenta o potencial para efeitos adversos da droga, pois se espalha em maior quantidade pelo corpo DISTRIBUIÇÃO PELOS TECIDOS - órgãos de maior perfusão (que recebem mais sangue) possuem maior relação com toxicidade: fígado, coração, pulmão, cérebro... - pacientes saudáveis: metabolizam a maior parte do anestésico. - eliminação BIOTRANSFORMAÇÃO Grupo Éster - é plasmática e realizada pela enzima pseudocolinesterase. ❏ Produto de Metabolização: PABA → as reações alérgicas à ésteres são normalmente devido ao PABA, e não tem relação com seu composto original. Grupo Amida - ocorre no fígado e por enzimas microssomiais. No fígado, a amida é dividida em outras moléculas que são excretadas - estas moléculas são extremamente importantes (ex:prilocaína). Grupo que usamos com mais frequência. KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA ❏ A prilocaína (a substância original) quando metabolizada no fígado produz a ortotoluidina, que por sua vez produz metemoglobinemia. - a articaína também produz ortotoluidina ELIMINAÇÃO DA LIDOCAÍNA NOS VÁRIOS GRUPOS DE PACIENTES Quanto maior o tempo de meia-vida, quer dizer que o fígado não está quebrando essa droga, ou seja, ela permanece mais tempo no corpo, aumentando a possibilidade da ocorrência de efeitos adversos. EXCREÇÃO Renal para os dois grupos (éster e amida), sendo que no grupo amida ocorre taxas maiores de excreção sem metabolização (10 a 16%) podem ser observadas. CLASSIFICAÇÃO ASA (1-6): mostra o risco de anestesiar um paciente. ● Pacientes do 1 ao 3 é o que podemos atender no consultório ● Legalmente, pacientes ASA 1 e 2 podem receber anestesia local, já o ASA 3 não pode. AÇÃO SISTÊMICA Ação sobre o SNC → causa depressão do sistema. O SNC possui duas vias: o impulso inibidor (o paciente fica “grogue”) e facilitador (agita o paciente). O anestésico deprime as duas vias, porém em graus diferentes. Um pouco de anestésico já deprime a via inibidora (assim, paciente fica agitado), depois com mais anestésico também inibe a via facilitadora, produzindo depressão KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA generalizada no SNC (o paciente sente sonolência, desmaia, até chegar à parada respiratória). Ação sobre o Sistema Cardiovascular → diminui a excitabilidade elétrica das fibras cardíacas (droga antiarrítmica-ex: lidocaína pura), ou seja, no miocárdio, o anestésico diminui os batimentos cardíacos. ❏ Os tubetes de anestesia possuem 1,8ml. Quando injeta-se um ou dois tubetes (1,8-3,6 ml) tem-se uma concentração no plasma de 0,5-2,0mg/ml, por exemplo, de lidocaína. O efeito antiarrítmico da lidocaína é 1,8-5,0 mg/ml, sendo que, o efeito tóxico da lidocaína é acima de 5mg/ml. → então é possível usar esses sais anestésicos como antiarrítmicos. Relaxamento da musculatura lisa perivascular → vasodilatação periférica Ação sobre o Sistema Respiratório → em baixas doses promove uma ação relaxante sobre a musculatura brônquica (respira melhor) ❏ isso sem vasoconstritor, pois alguns conservantes podem causar broncoconstrição em pessoas asmáticas. ❏ em alta concentração pode provocar parada respiratória como consequência, mas não por conta da ação dele no pulmão, mas sim pela ação de depressão no sistema nervoso. → todos os nervos são susceptíveis a bloqueio independentes de sua função (motores ou sensitivos) → a sensação irá desaparecer e reaparecer na seguinte ordem: dor-frio-calor-tato-tônus muscular esquelético AÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS FATORES CONSTANTES (que está pré determinado na escolha do anestésico) ❏ solução anestésica local - latência: sol. fisiológica (pKa) ❏ potência - lipossolubilidade ❏ tempo de bloqueio - adesão a proteínas KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA - vasoconstritor FATORES VARIÁVEIS ★ conhecimento da técnica ○ variações anatômicas ★ instrumental ○ seringa ○ agulha ★ perícia do operador ★ quantidade de solução anestésica ★ limiar de dor do paciente VASOCONSTRITORES: são drogas que contraem os vasos sanguíneos e, assim, controlam a perfusão do tecido. São adicionados às soluções anestésicas locais para combater a ação vasodilatadora dos anestésicos. Funções: - redução do fluxo sanguíneo local - absorção anestésica mais lenta - maiores concentrações anestésicas permanecem ao redor do nervo por mais tempo - aumento da duração anestésica - redução do sangramento local Duração do efeito anestésico sem vasoconstritores: lidocaína 2% 5-10 min prilocaína 4% 5-15 min mepivacaína 3%* 20-40 min *único anestésico sem vasoconstritor que fornece um tempo de trabalho bom. Porém, não colabora na questão do sangramento. Classificação dos anestésicos com vasoconstritores: a. duração média (60 minutos de anestesia pulpar) - articaína - lidocaína - mepivacaína KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA - prilocaína b. duração longa (90 minutos de anestesia pulpar) - bupivacaína - etilocaína (não existe em tubetes) ★ todos esses são associados a qualquer vasoconstritor A maior parte dos vasoconstritores são: AMINAS SIMPATOMIMÉTICAS, dentro desse grupo existem as catecolaminas e das não catecolaminas ★ Catecolaminas: adrenalina, noradrenalina, levonordefrina, isoproterenol e dopamina ★ Não Catecolaminas: fenilefrina, anfetamina, metanfetamina, efedrina e metaraminol MECANISMO DE AÇÃO: em relação a sua ação nos receptores adrenérgicos - ação direta - ação indireta - ação mista RECEPTORES ADRENÉRGICOS ★ alfa: trabalham na musculatura lisa dos vasos causando vasoconstrição ★ beta - beta1: trabalha no coração e intestino causando taquicardia e lipólise. - beta2: brônquios, leitos vasculares e útero causando broncodilatação e vasodilatação O que significa 1:100.000? Adrenalina 1:100.000 - 1g de adrenalina diluído em 100.000 ml de água destilada - 1g = 1000mg - 10000mg/100.000ml - 1 tubete = 1,8ml - = 0,018mg por tubete de adr 1:100.000 KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA → Exemplo de cálculo de dose dos sais anestésicos: SAIS ANESTÉSICOS CLORIDRATO DE PRILOCAÍNA → no Brasil é comercializada em associação com a felipressina como vasoconstritor, que proporciona tempo anestésico semelhante à lidocaína ou mepivacaína com vaso → possui uma contra-indicação relativa nos pacientes com metemoglobinemia, anemia ou insuficiência cardíaca ou respiratória por hipóxia → não deve ser associada com o acetaminofeno que intensificam o risco de metemoglobinemia → ampola: 54mg (ou seja, 3% de prilocaína) → dose máxima(Malamed): 6 mg/Kg KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA → limite: 400mg com ou sem vasoconstritor → dose máxima (FDA): 8,8 mg/Kg com vasoconstritor não adrenérgico → limite: -600mg → classificação para grávidas: B → não existem muitos estudos sobre sua segurança na amamentação → pKa 7,9 → concentração odontológica eficaz: 3% → meia vida do anestésico: 1,9h CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA → foi o primeiro anestésico do grupo amida sintetizado e comercializado em 1948, tornando-se o anestésico local mais utilizado na odontologia até os dias atuais; → a lidocaína a 2% sem vasoconstritor possui um grande efeito vasodilatador que limita a anestesia pulpar a 5 a 10 minutos (não é possível utilizar na odontologia) → ampola: 36 mg (2%) → dose máxima(Malamed): 4,4 mg/Kg → limite: 300 mg com ou sem vasoconstritor → dose máxima (FDA):7 mg/Kg com vasoconstritor; limite: -500mg / 4,4 mg/Kg sem vasoconstritor; limite: -300mg KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA → classificação para grávidas: B → seguro na amamentação → pKa 7,9 → concentração odontológica eficaz: 2% → meia vida do anestésico: 1,6h MEPIVACAÍNA → desenvolvido em 1957 sendo lançado comercialmente em 1961. No Brasil foi lançado em 1994 → possui baixo período de latência → proporciona uma anestesia praticamente indolor → a mepivacaína 3% sem vasoconstritor é recomendada para pacientes onde não está indicado o uso de vasoconstritor e para procedimentos que não necessitem de anestesia pulpar prolongada de 20 a 40 min. → possui intensidade e duração semelhantes à lidocaína c/ adrenalina → a única desvantagem em relação a lidocaína refere-se ao seu custo elevado → mepivacaína a 2% com vaso - ampola: 36mg → mepivacaína a 3% sem vaso - ampola: 54mg → dose máxima(Malamed): 4,4 mg/Kg → limite: 300mg com ou sem vasoconstritor → dose máxima (FDA): 5,7 mg/Kg → limite: -400mg com ou sem vasoconstritor → classificação para grávidas: C → existe indicação mas não existe comprovação total de que seja segura na gravidez → pKa 7,6 → concentração odontológica eficaz: com vasoconstritor - 2%; sem vasoconstritor - 3% → meia vida do anestésico: 1,9h ARTICAÍNA → articaína 4% com adrenalina 1:100000 (Septanest) → sintetizada em 1969, introduzida na Alemanha e Suíça em 1976 e no Brasil em 1996 → a metemoglobina também é um potencial efeito de toxicidade da administração de grandes doses → é o único anestésico local a causar reação alérgica relacionada ao enxofre KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA → a solução anestésica no interior das ampolas pode conter o conservante metilparabeno que também está relacionado a reações alérgicas → é o primeiro e único anestésico do tipo amida a possuir um anel tiopental com sua porção lipofílica, então possui maior capacidade de difusão tecidual que outros anestésicos (por isso a articaína é indicada em casos que é necessário que o anestésico difunda melhor, por exemplo, em áreas de osso mais cortical) → ampola: 72 mg(4%) → dose máxima(Malamed): 6 mg/Kg → limite: não relatado → dose máxima (FDA): 7 mg/Kg com vasoconstritor não adrenérgico → limite: não relatado → classificação para grávidas: C → não existe comprovação de que seja segura na gravidez → pKa 7,8 → concentração odontológica eficaz: 4% → meia vida do anestésico: 0,5h BUPIVACAÍNA → sintetizada em 1957 e introduzida no mercado em 1982 no Canadá e em 1983 nos EUA → longo período de duração - pKa de 8,1 → tem uma indicação clássica nos procedimentos que necessitam de período prolongado de anestesia, chegando a oferecer 10-12 horas de analgesia, o que reduz em muito a necessidade de analgésicos no pós operatório → não recomendada em odontopediatria (risco de automutilação) → também é desaconselhado a sua aplicação em pacientes cardiopatas → ampola: 9 mg(0,5%) → dose máxima(Malamed): 1,3 mg/Kg → limite: 90 mg → dose máxima (FDA): 1,3mg/Kg com vasoconstritor não adrenérgico → limite: -90mg → classificação para grávidas: C → acredita-se que seja segura na gravidez → pKa 8,1 → concentração odontológica eficaz: 0,5% → meia vida do anestésico: 2,7h KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA BENZOCAÍNA → único do tipo éster → apresenta-se na forma de gel insolúvel → concentração de 20%, inicia analgesia em 5-10 segundos mantendo a área anestesiada por até 20 minutos CARACTERÍSTICAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS: Vasodilatação: O menor índice de vasodilatação é o da mepivacaína e que, por isso, é a única encontrada no mercado hoje para uso odontológico sem vasoconstritor. Dosagens: Cálculo de dosagem dos anestésicos locais (Malamed): KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA → nesse paciente pode ser aplicado 8 tubetes de lidocaína (paciente saudável) → no caso de um paciente cardiopata, por exemplo, o cálculo da dose não seria do anestésico e sim do vasoconstritor → na clínica da UFES os cálculos utilizados são do MALAMED Cálculo de dosagem dos anestésicos locais (FDA): Outros exemplos: KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA Em caso de uso de anestésicos diferentes: KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA CONTRA INDICAÇÃO AO USO DE ANESTÉSICOS LOCAIS KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS SELEÇÃO DA SOLUÇÃO ANESTÉSICA LOCAL: → condição clínica do paciente KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA → limiar de dor do paciente → intensidade de dor do procedimento → duração do procedimento → potencial de desconforto no período pós-tratamento → possibilidade de automutilação no período pós-tratamento KEILA MOREIRA DA SILVA COSTA
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