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M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 1 Semiologia na Saúde da Criança Divisão das faixas etárias da população pediátrica Recém-nascido Do parto aos 28 dias Lactente Dos 29 dias aos 2 anos incompletos Pré-escolar Dos 2 anos até os 7 anos incompletos Escolar Dos 7 anos até os 10 anos incompletos Adolescente Dos 10 anos até os 20 anos incompletos Anamnese pediátrica - As informações são obtidas a partir de um terceiro, geralmente os pais ou cuidadores contratados ® Observar aspectos sutis, desde o comportamento até o exame físico da criança - Inclui todos os tópicos de uma anamnese padrão ® Identificação ® Queixa e duração ® HPMA ® ISDA ® Antecedentes pessoais ® Antecedentes familiares Identificação - Nome - Nome dos cuidadores e do informante ® Avaliar confiabilidade > Alta > Média > Baixa M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 2 - Data de nascimento exata do paciente - Sexo etnia - Gênero - Naturalidade - Procedência - Escolaridade - Estado civil - Profissão - Ocupação - Religião - Situação dos pais ® Casados ® Separados > Qual o tipo de guarda > As consultas só podem ser feitas com que tem a guarda do paciente. Se o acompanhante não for o portador da guarda, temos que ver se há a autorização do guardião Queixa e duração - Por qual razão vocês vieram aqui hoje? ® Nem sempre há uma queixa em uma consulta pediátrica, podendo ser só uma consulta de rotina HPMA - Início dos sintomas ® Súbito ou gradativo ® Fator desencadeante - Localização - Intensidade (no caso de dor) ® Escala numérica, perguntando em relação à pior dor que já sentiu - Fatores que agravam ou aliviam os sintomas - Evolução ® Como evoluiu Essas informações são referentes aos pais M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 3 ® Usou medicamentos > Qual > Quantos > Com que frequência > Houve melhora com o uso do remédio - Manifestações associadas - Perguntas ao informante à como a criança era antes do problema atual Antecedentes pessoais - Três períodos ® Condições de gestação da criança (antecedentes pré-natais) > Interessa saber como foi a assistência pré-natal, como foi o desenvolvimento intrauterino da criança e se a gestação evoluiu com intercorrências > Número de consultas, exames laboratoriais e de imagem realizados > Condições de saúde da mãe durante a gestação: presença de infecções; uso de medicamentos ou vitaminas (geralmente polivitmanícos), álcool ou drogas ilícitas; desenvolvimento de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus e como foi o seu ganho de peso > Detalhar a evolução da gestação ® Condições de parto e nascimento > Idade gestacional do feto quando ocorreu o parto > Normal, cesárea e onde foi feito > Por quem foi feito > Cesárea à questionar se havia alguma indicação formal > Normal à se foi laborioso, quanto tempo durou e se foi utilizado fórceps > Quando a bolsa amniótica se rompeu e se houve falta ou excesso de líquido amniótico > Peso, comprimento e perímetro cefálico da criança ao nascimento, e sua classificação para a idade gestacional > Quais foram as notas da criança (índice de Apgar) M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 4 > Se foram necessárias medidas de reanimação > Teste de triagem neonatal > Os dois saíram da maternidade juntos? ® Antecedentes pós-natais > Cinco componentes à história alimentar, imunizações, desenvolvimento neuropsicomotor; desenvolivemento ponderoestatural, antecedentes mórbidos > Antecedentes mórbidos ® Quadros infecciosos o Idade o Tipo de infecção o Sintomas o Gravidade o Tratamento usado o Repetições o Cirurgias o Sequelas o Problemas congênitos § Quando foram detectados? ® Possui alguma doença crônica à asma, hipertensão arterial, diabetes mellitus ® Vítima de acidentes ou violência ® Já esteve internada anteriormente o Qual o motivo ® Usando ou se costuma usar algum medicamento ® Portadora de alguma síndrome hereditária ou malformação congênita o Persistente ou corrigida ® Alergias conhecidas o Medicamentos o Poeira o Insetos o Alimentos ® Cirurgia M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 5 > Imunizações ® Quais foram realizadas ® Com que idade cada uma foi feita ® Houve efeito adverso ® Verificar a carteirinha de vacinação da criança - Podemos pedir para o acompanhante contar um dia interior da criança, do momento em que acordar, até ir dormir, detalhando todos os períodos do dia, horários de alimentação, etc. M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 6 M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 7 ® Importante observar se a criança já contraiu alguma das doenças as quais não foi vacinada ® Presença de imunodeficiência congênita ou adquirida ® Realiza ou já realizou algum tipo de terapia imunossupressora (corticoterapia para imunossupressão, quimioterapia, radioterapia) > História alimentar ® Aleitamento materno o Foi amamentada, senão qual o motivo o Durante quanto tempo o Exclusivo ou complementado o Em caso de paciente recém-nascido ou lactente à checar técnica da mamada e as condições do seio materno (principalmente me caso de queixa) o Recomenda-se o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e complementado até os 2 anos. A partir dos 6 meses, a criança pode receber de forma lenta e em pequenas porções, alimentos complementares de consistência mais pastosa, como papas salgadas e de frutas. A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários das refeições da família e respeitando o apetite da criança. A papa ou o suco de frutas devem ser oferecidos sem adição de açúcar no intervalo entre as mamadas e não deve substitui-la o A alimentação salgada deve ser espessa. É importante que a criança se acostume com pedaços, para que ao redor dos 12 meses, esteja apta a receber dieta semelhante à da família. Os alimentos podem ser cozidos junto de forma a deixá-los macios e, devem ser amassados M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 8 com o garfo sem passar na peneira de alimentos o A papa salgada deve ser composta com os seguintes grupos de alimentos § Cereais e tubérculos § Legumes § Folhas verdes § Proteína de origem animal § Grãos o Recomendam-se usar pouco tempero e acrescentar pequena quantidade de sal. Ela substitui a mamada, inicia-se uma vez ao dia no horário do almoço e, quando estiver bem estabelecida, começa no jantar. Aos 2 anos de idade, a criança deve receber cinco refeições diárias: café da manhã; lanche da manhã; almoço; lanche da tarde; e jantar. O leite deve ser oferecido pelo menos duas vezes ao dia o Quando foi iniciada a amamentação complementar? o Houve boa aceitação? o Quais as dificuldades dos pais? o A criança é seletiva para certos alimentos? o Quantas refeições recebe atualmente? o Respeita os horários estabelecidos pela família? o Quem prepara e quem oferece aos alimentos? o Hábitos de higiene bucal do paciente § Quem realiza as escovações § Qual o utensílio utilizado § Quantas escovações são feitas diariamente § Com que frequência vai ao dentista M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo BarbosaGuerra 9 > Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) ® Relação com a maturidade do sistema nervoso central do indivíduo ® É preciso assinalar quando cada um foi alcançado ® Denver Developmental Screening Test II ® Aquelas que demonstrarem atrasos devem ser submetidas a avaliações multidisciplinares ® Conduta motora – modificações evolutivas na postura, no equilíbrio e na locomoção ® Conduta adaptativa – movimentos finos que servem para a criança interagir com o ambiente ® Conduta linguística – compreensão e expressão da linguagem ® Conduta pessoal-social – reações da criança às outras pessoas ® Para realizar a avaliação, começa-se traçando uma reta vertical correspondente à idade da criança, a partir dela, pergunta-se ao informante se a criança já atingiu cada um dos marcos. NÃO PODE TER NENHUM ATRASO ® Avaliar comportamento – atenção, cooperação com o exame, timidez, interesse pelos sons do ambiente, pontuando no canto inferior da tabela \ M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 10 M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 11 Antecedentes familiares - Idade dos pais - Estado de saúde de cada um deles - Doenças prévias dos pais - Existência de consanguinidade na família - Se existirem irmãos, qual a idade ® São saudáveis ® Fazem tratamento de alguma doença - Casos de existência de erro inato do metabolismo na família, neoplasias, doenças hereditárias e doenças infecciosas ISDA - Importante já que os pais tendem a valorizar sinais ou sintomas que mais os impressionam. Porém, é menos importante que os antecedentes, já que todas as informações foram observadas nos antecedentes - Seguir uma ordem craniocaudal - Pele - Pelos, cabelos e unhas - Cabeça - Olho ® Nessa parte deve ser perguntado sobre o tempo que a criança fica em frente as telas - Nariz - Ouvido e orelhas - Faringe e boca - Respiração - Coração - Digestão ® Perguntar sobre o uso das fraldas, quando começou, se ainda usa, e as orientações para início do uso do penico e banheiro - Diferença de peso e hidratação - Diferença na urina - Genitais - Articulações M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 12 - Perda de sensibilidade - Humor e sono História social - Desde condições de moradia até o aproveitamento escolar - Habitação ® Número de cômodos ® Localização (zona rural ou urbana) ® Material com a qual é construída ® Possui energia elétrica e qual a fonte de água ® Qual o destino do esgoto (encanado, coletado em fossas ou corre a céu aberto) ® Presença de pragas, baratas, mosquitos e ratos ® Quantas pessoas moram na mesma casa > Grau de parentesco entre as pessoas > Se todas são empregadas > Renda média da família > Utilização de álcool, cigarro ou drogas ilícitas - Condições de higiene e ventilação ® Poeira em excesso ® Poluentes ambientais (incluindo fumaça de cigarro) ® Animais de estimação ® Presença de tapetes, cortinas e bichos de pelúcia - Identificar fatores de risco para casos de violência doméstica e para acidentes da infância ® Caracterizar o relacionamento da criança com os pais, irmãos e demais familiares ® Ambiente familiar a que está exposta (brigas familiares, violência e abandono) - Se a criança permanece em casa ® Quem é o cuidador ou se permanece sozinha em determinados períodos ® Em caso de frequentar creche ou escola M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 13 > Qual o desempenho escolar > Principais dificuldades ou facilidades > Relacionamento com outras pessoas • Preferem brincar sozinhas ou em conjunto • Aceita dividir brinquedos • Tem facilidade para fazer amigos Exame físico geral - Ambiente tranquilo e não ameaçador - Momentos mais incômodos para o final ® Orofaringe, orelhas, nariz, regiões com dor - O início deve ser feito com o paciente no colo dos pais ou próximo a eles até a idade pré-escolar, facilitando a cooperação da criança com o médico, fortalecendo vínculo médico-paciente - Observar o comportamento da criança ® Relacionamento com os pais, desenvolvimento cognitivo e motor e ideia quanto à sua visão e audição Temperatura corporal - Prática rotineira à sintoma frequente - Intervalo de normalidade- 35,5 a 37 graus celsius ® Para ter uma temperatura mais acurada à temperatura timpânica e retal > Na temperatura timpânica deve-se ter cuidado com perfurações da membrana timpânica - Quando a febre é de origem indeterminada é necessário utilizar a escala de Yale ® Válida para crianças acima de 8 semanas ® Utiliza seis critérios: qualidade do choro, reação a estímulos dos pais, variação do estado geral, cor, hidratação e resposta social > Se a pontuação for inferior a 10, provavelmente não há doença grave M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 14 > Se for superior a 15, há grande probabilidade de doença grave M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 15 Frequência cardíaca e frequência respiratória - Elevações da temperatura corporal geram aumentos - Na frequência respiratória ® Esforço ® Amplitude da caixa torácica M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 16 ® Expansibilidade da caixa torácica ® Utilização da musculatura acessória para respiração - Frequência cardíaca ® Medir a frequência por meio dos pulsos > Femoral > Radial > Braquial - Em ambos, deve-se ser feita a observação e ausculta Pressão arterial - Ela é medida em crianças a partir de 3 anos e com histórico - O ambiente deve estar calmo e a criança tranquila - Crianças até 2 anos à a pressão deve ser aferida com a criança deitada ® Nas maiores idades, as medidas deverão ser obtidas na posição sentada, com o braço direito apoiado no nível do coração, as costas apoiadas e os pés no chão - Esfigmomanômetro ® O comprimento da bolsa deve corresponder de 100 a 80% da circunferência braquial (medida a meia distancia do acrômio e o olécrano) e a largura, a 40% do comprimento do braço M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 17 M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 18 M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 19 Antropometria - É o método de obtenção das medidas corporais dos indivíduos - Avalia-se estatura, peso, índice de massa corporal e outros parâmetros como o perímetro cefálico Comprimento - Até os dois anos ® Criança em decúbito dorsal ® Antropômetro horizontal, podendo ser substituído por uma escala em centímetros na superfície ® Corpo reto, ombros e nádegas encostados na superfície de apoio, pés em ângulo reto com a superfície e a cabeça reta M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 20 - Após os dois anos de idade ® Criança em pé ® Antropômetro vertical, ou escala em centímetros na parede (altura) ® A posição correta da criança é com os pés juntos, os calcanhares, as nádegas e os ombros tocando a superfície posterior (parede, antropômetro), os membros inferiores em extensão e a cabeça reta e tocando a superfície posterior - Normalmente a altura aonascer fica entre 47 a 52 cm M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 21 - Fórmulas para determinar o crescimento estimado ® Meninos à !"#$%& () *&+ ,- .-/!"#$%& (& -ã, ,- .-/12 3 ® Meninas à !"#$%& () *&+ ,- .-/!"#$%& (& -ã, ,- .-412 3 Comprimento (crianças de 0 a 23 meses - deitada) - Instrumentos de medição: - A medição do comprimento da criança de 0 a 23 meses é feita deitada sobre uma mesa antropométrica ou com o auxílio de uma régua antropométrica sobre uma superfície plana. - Procedimento para a medição - A criança deve estar descalça, despida, sem touca, protetores ou enfeites de cabeça. O cabelo deve estar solto. - Com o auxílio da mãe, deitar a criança mantendo seus ombros e cabeça apoiados na mesa ou superfície plana. Segurar os tornozelos da criança mantendo-se as pernas esticadas. - Encostar a cabeça da criança na extremidade fixa da régua ou mesa antropométrica. Deslizar a peça móvel até encostar nos calcanhares, mantendo os joelhos bem estendidos. Solicitar ajuda da mãe para manter a cabeça da criança na posição correta. M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 22 - Proceder a leitura da medida. A medida correta exige a precisão até o milímetro, contudo, para evitar erros de medição aconselha-se aproximar, quando necessário, para o meio centímetro mais próxi- mo (exemplo: 70,2cm aproximar para 70,0 cm, 81,8cm, aproximar para 82,0 cm). Registrar imediatamente. - Retirar a criança da mesa e orientar a mãe para vesti-la. - Avaliar a adequação do comprimento na tabela de percentis e in- formar a mãe sobre essa adequação. Altura (crianças de 24 a 72 meses - em pé) - Instrumentos de medição: ® A medição da altura da criança maior de 2 anos deve ser feita em pé, em balança plataforma com antropômetro ou em antropômetro de parede. ® Procedimento para a medição: ® A criança deve estar descalça, com roupas muito leves ou despida, sem touca, protetores ou enfeites de cabeça. O cabelo deve estar solto. ® Colocar a criança de pé, sem curvar os joelhos, braços ao longo do corpo com os calcanhares e ombros eretos e olhando para a frente. ® Deslizar o antropômetro ou haste metálica da balança até encostar na cabeça da criança, com pressão suficiente apenas para compri- mir os cabelos, mantendo-a firme. ® Proceder a leitura da medida. A medida correta exige a precisão até o milímetro, contudo, para evitar erros de medição aconselha- se aproximar, quando necessário, para o meio centímetro mais próximo (exemplo: 110,2 cm aproximar para 110,0 cm, 131,8 cm, aproximar para 132,0 cm). Registrar imediatamente. ® Avaliar a adequação da altura na tabela de percentis e informar a mãe sobre essa adequação. Peso corporal M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 23 - Criança mais despida o possível, para não haver interferências na aferição do peso corporal - Crianças até 15 kg devem ser pesadas em balanças pediátricas - Fórmula de cálculo do IMC ® *,5) !"#$%& ! 𝐾𝑔/𝑚 > Mesmo com essa medida, o gráfico de peso deve ser avaliado isoladamente ® Um IMC adequado é denominado de eutrófico - Balança pediátrica ® Utilizada em crianças com até 2 anos ® Possui duas partes > Visor > Prato ® Ela deve ser apoiada em uma superfície plana ® O prato deve ser forrado com uma proteção, sendo ele, papel descartável ou fralda M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 24 Crianças de 0 a 23 meses Instrumentos de medição: As balanças mais apropriadas para esta faixa etária são as que possuem divisões em, no mínimo, 100g, capacidade total de, no mínimo, 25 kg, facilidade de leitura dos pesos e mecanismo de tara. As balanças portáteis são aconselháveis por permitirem a deslocação para visitas domiciliares, inquéritos, pesagens durante campanhas de vacinas, etc. Os equipamentos que melhor atendem essas características são: 1. balança pediátrica, que possuem grande precisão com divisões em 10g mas menor capacidade (16kg) e portabilidade; 2. balança suspensa de braço com suporte para a criança; 3. balança suspensa tipo relógio com suporte para a criança. Técnicas de medição: M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 25 1. Colocar a balança pediátrica em superfície plana em altura que per- mita uma boa visualização da escala, destravar e tarar a balança antes de toda e qualquer pesagem. 2. As balanças suspensas devem ser penduradas em local seguro e em altura que permita uma boa visualização da escala, normalmente na altura dos olhos do profissional de saúde, tarar a balança antes de toda e qualquer pesagem. 3. A criança deve estar descalça, despida ou, no caso de frio, com roupas muito leves, sem touca, protetores ou enfeites de cabeça. O cabelo deve estar solto. 4. Para a balança pediátrica: - Com o auxílio da mãe ou acompanhante, colocar a criança no centro da balança pediátrica, deitada ou sentada. - Movimentar o cursor maior (quilogramas) sobre o suporte aproximando- a do número de quilos esperados para a idade. Movimentar o cursor menor (gramas) fazendo o ajuste até o ponteiro atingir o equilíbrio. - Ler o peso da criança e anotá-lo, imediatamente, na ficha de registro 5.Para as balanças suspensas - Com o auxílio da mãe, colocar a criança no suporte. - Movimentar a peça ao longo do suporte até atingir o equilíbrio (balanças de braço) ou ler o peso diretamente no relógio (balanças tipo relógio). - Ler o peso e anotá-lo, imediatamente, na ficha de registro. - Com o auxílio da mãe ou acompanhante, retirar a criança da balança. - Anotar o peso na curva de crescimento no Cartão da Criança e interpretar a evolução - Informar o peso da criança e a evolução do crescimento para a mãe ou acompanhante. - Nos casos de crescimento deficiente ou de desnutrição, proceder de acordo com as orientações deste manual. Crianças de 24 a 72 meses - Instrumentos de medição - Para o caso de crianças de 24 a 60 meses, as balanças mais apropriadas são as que possuem divisões em, no mínimo, 100g, facilidade de leitura dos pesos e mecanismo de tara. M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 26 - A balança que melhor atende a essas características é a balança plataforma, utilizada para a pesagem de adultos. Contudo, a portabilidade é também uma característica desejável, o que faz com que as seguintes balanças sejam recomendadas: ® balança suspensa de braço com suporte para a criança; ® balança suspensa tipo relógio com suporte para a criança. - Colocar a balança de plataforma em superfície plana em altura que permita uma boa visualização da escala, destravar e ajustar a tara da balança antes de toda e qualquer pesagem. - As balanças suspensas devem ser penduradas em local seguro e em altura que permita uma boa visualização da escala, normalmente na altura dos olhos do profissional de saúde, tarar a balança antes de toda e qualquer pesagem. - A criança deve estar descalça, com roupas muito leves, sem protetores ou enfeites de cabeça. O cabelo deve estar solto. - Explicar para a criança o que será feito e porquê. - Para a balança plataforma: ® Colocar a criança, em pé, no centro da plataforma. ® Movimentar o cursor maior (quilogramas) sobre o suporte apro- ximando-a do número de quilos esperados para a idade. Movi- mentar o cursor menor (gramas) fazendo o ajuste até o ponteiro atingir o equilíbrio. ® Ler o peso da criança e anotá-lo, imediatamente, na ficha de registro. - Para as balanças suspensas: ® Com o auxílio da mãe,colocar a criança no suporte. ® Movimentar a peça ao longo do suporte até atingir o equilíbrio (balanças de braço) ou ler o peso diretamente no relógio (balanças tipo relógio). ® Ler o peso e anotá-lo, imediatamente, na ficha de registro. Retirar a criança da balança. ® Anotar o peso na curva de crescimento do Cartão da Criança e interpretar a evolução. ® Informar o peso da criança e a evolução do crescimento para a mãe ou acompanhante. M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 27 - Técnicas de medição ® Nos casos de crescimento deficiente ou de desnutrição, proceder de acordo com as orientações deste manual. Perímetro cefálico - Deve ser medido com fita métrica passando pela glabela, anteriormente (região mediana compreendida entre as sobrancelhas, logo acima da raiz do nariz), e pelo occipício, posteriormente - A fita deve ficar justa à cabeça da criança e não pode incluir as orelhas na medida - Deve ser feita em toda consulta pediátrica até os 3 anos da criança - Para a medida, são utilizados os intervalos entre -2 e +2 ® Quando menor que -2 à microcefalia ® Quando maior que +2 à macrocefalia - A cabeça da criança deve ser voltada para cima, em posição dorsal - Geralmente se fazem 3 medidas, pegando a maior M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 28 Perímetro torácico e abdominal - O perímetro torácico deve ser medido no nível dos mamilos M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 29 ® Em posição respiratória média – entre a inspiração completa e expiração completa ® Os seus valores ficam entre 30,5 cm a 33 cm, ficando de 2 a 3 cm menor ou igual ao perímetro cefálico nos primeiros 5 meses, continuando igual até os 2 anos - O perímetro abdominal deve ser medida no nível da crista ilíaca ® Não é tão importante quanto as outras medidas ® Os seus valores de referência são 28 a 31 cm Curvas de crescimento da OMS - Para a avaliação desses valores, são utilizados valores correspondentes ao escore Z e percentis e sua posição relativa na Curva de Gauss M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 30 7�"Ê ���`Ê�À�ÜÌ�Ê-Ì>�`>À`à �i�}Ì�É�i�}�Ì�v�À�>}iÊ "9- �ÀÌ�ÊÌ�ÊxÊÞi>ÀÃÊâ�ÃV�Àiî -ONTHS �}iÊV��«�iÌi`Ê���Ì�ÃÊ>�`ÊÞi>Àî �i �} Ì� É� i� }� ÌÊ V � ® ��YEAR"IRTH ��YEARS ��YEARS ��YEARS ��YEARS �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� ��� ��� ��� ��� ��� ��� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� ��� ��� ��� ��� ��� ��� � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � � M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 31 7�"Ê ���`Ê�À�ÜÌ�Ê-Ì>�`>À`à 7i�}�Ì�v�À�>}iÊ "9- �ÀÌ�ÊÌ�ÊxÊÞi>ÀÃÊâ�ÃV�Àiî �}iÊV��«�iÌi`Ê���Ì�ÃÊ>�`ÊÞi>Àî 7 i� }� ÌÊ � }® ��YEARS��YEARS��YEARS��YEARS��YEAR"IRTH � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � ��-ONTHS � � � � �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� � � � � �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� � � � � � WHO Child Growth Standards Head circumference-for-age BOYS Birth to 5 years (z-scores) H ea d ci rc um fe re nc e (c m ) Age (completed months and years) -3 -2 -1 0 1 2 3 Months 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 Birth 1 year 2 years 3 years 4 years 5 years 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 32 7�"Ê ���`Ê�À�ÜÌ�Ê-Ì>�`>À`à ���v�À�>}iÊ "9- �ÀÌ�ÊÌ�ÊxÊÞi>ÀÃÊâ�ÃV�Àiî �}iÊV��«�iÌi`Ê���Ì�ÃÊ>�`ÊÞi>Àî � �Ê �} É� Ó ® ��YEARS��YEARS"IRTH ��YEARS��YEARS��YEAR � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � ��-ONTHS �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� � � � � � � � 7�"Ê ���`Ê�À�ÜÌ�Ê-Ì>�`>À`à �i�}Ì�É�i�}�Ì�v�À�>}iÊ��,�- �ÀÌ�ÊÌ�ÊxÊÞi>ÀÃÊâ�ÃV�Àiî -ONTHS �}iÊV��«�iÌi`Ê���Ì�ÃÊ>�`ÊÞi>Àî �i �} Ì� É� i� }� ÌÊ V � ® ��YEAR"IRTH ��YEARS ��YEARS ��YEARS ��YEARS �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� ��� ��� ��� ��� ��� ��� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� ��� ��� ��� ��� ��� ��� � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � � M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 33 7�"Ê ���`Ê�À�ÜÌ�Ê-Ì>�`>À`à 7i�}�Ì�v�À�>}iÊ��,�- �ÀÌ�ÊÌ�ÊxÊÞi>ÀÃÊâ�ÃV�Àiî �}iÊV��«�iÌi`Ê���Ì�ÃÊ>�`ÊÞi>Àî 7 i� }� ÌÊ � }® ��YEARS��YEARS��YEARS��YEARS��YEAR"IRTH � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � ��-ONTHS � � � � �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� � � � � �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� � � � � � WHO Child Growth Standards Head circumference-for-age GIRLS Birth to 5 years (z-scores) H ea d ci rc um fe re nc e (c m ) Age (completed months and years) -3 -2 -1 0 1 2 3 Months 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 2 4 6 8 10 Birth 1 year 2 years 3 years 4 years 5 years 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 34 Exame físico especial Cabeça - Inspecionar sua forma e tamanho ® Simetria e perímetro - Observar as fontanelas ® Fontanela bregmática > Fecha-se entre os 9 e os 18 meses de idade, porém, pode continuar até os 26 meses ® Fontanela lambdoide > Fecha-se aos 2 meses de idade ou que já esteja fechada antes do nascimento ® Avaliar a tensão das fontanelas > Descrever se estão abauladas (sinal de hipertensão intracraniana ou eritema tóxico), planas ou retraídas (desidratação) (o normal é estarem planas) 7�"Ê ���`Ê�À�ÜÌ�Ê-Ì>�`>À`à ���v�À�>}iÊ��,�- �ÀÌ�ÊÌ�ÊxÊÞi>ÀÃÊâ�ÃV�Àiî �}iÊV��«�iÌi`Ê���Ì�ÃÊ>�`ÊÞi>Àî � �Ê �} É� Ó ® ��YEARS��YEARS"IRTH ��YEARS��YEARS��YEAR � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � �� � � � � ��-ONTHS �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� �� � � � � � � � M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 35 - Avaliar a pele e as mucosas ® Coloração ® Textura ® Lesão > Onde > Tamanho > Tipos de lesão elementar • Vesícula • Pústula • Bolha • Mácula • Placa • Mancha mongólica • Milho sebáceo • Área rubra - Nariz ® Desvio septal ® Presença de secreções ® Mucosa ® Lesões ® Simetria - Olhos ® Secreções ® Fotofobia ® Esclera ® Diferença de coloração 4 a 6 cm 1 a 2 cm M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 36 ® Estrabismo > Teste de Hirschberg • Consiste na análise da posição relativa do reflexo corneano, através da iluminação simultânea binocular. Permite identificar a presença de desvios oculares manifestos (heterotropia). • Preparo. Para a realização do exame, o paciente deve posicionar-se adequadamente, permanecendo imóvel, em ambiente com pouca luz, com a cabeça alinhada ao eixo axial e fixando o olhar no infinito (6 metros). • Técnica. Avalia-se o paciente iluminando simultaneamente os dois olhos e observando a posição relativa do reflexo corneano. • Interpretação. Analisa-se a posição relativa do reflexo corneano. Ele pode ser visto no centro (sem desvio) ou na borda (desvio de 15D) pupilares, entre a bordae o limbo (desvio de 30D) ou no limbo (desvio de 45D). ® Tamanho das pupilas ® Lacrimejamento ® Assimetria, observando o tamanho em relação à linha média ® Afastamento da linha média ® Projeção do globo ocular ® Avaliar o teste do reflexo vermelho Pescoço - Palpar a tireoide ® Pode ser palpada apenas com 2 ou 3 polpas digitais para realizar as manobras - Inspeciona-se e palpa-se todo o restante do pescoço em busca de eventuais malformações, tumorações ou massas inflamatórias, caracterizando com detalhes os achados ® Tamanho, aspecto, topografia e presença de sinais flogísticos - Rigidez da nuca M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 37 ® Avaliar a rigidez da nuca, deitando o paciente, e empurrando cuidadosamente o mento até o esterno Sistema cardiopulmonar - Asculta de crianças com mais de 3 anos deve ser feita nos focos pulmonares, aórtico, tricúspide e mitral - Em crianças com menos de 3 anos, o tórax deve ser dividido em quadrantes superior esquerdo, inferior esquerdo, superior direito e inferior direito - Nem todo sopro é patológico em crianças - Palpar os pulsos braquiais e femorais ® Focar nos femorais - O ictus está presente no 4 espaço intercostal até os 7 anos - Não há diferenças no exame físico pulmonar em relação ao padrão ® Simetria ® Raquitismo ® Formato ® Lesões ® Frêmito > O frêmito será avaliado através do choro Abdome - Neonatos e lactentes ® Avaliar a forma e o volume do abdome ® Abdome com aspecto mais globoso, com musculatura mais flácida e algumas veias podem ser visíveis > Abdome torna-se mais plano e a musculatura um pouco mais fortalecida ® Coto umbilical – número de vasos umbilicais > Podem ter sinais flogisticos ao redor como secreção e sangramento ® O choro ajuda a avaliar as hérnias - Palpação M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 38 ® Delicada – musculatura abdominal com menor resistência ® Examinador com mãos aquecidas e tentar explicar o procedimento ao paciente ® Borda hepática ou hepatimetria > Lactentes • Pode exceder em 2 a 3 cm o rebordo costal na linha hemiclavicular direita > Pré-escolares e escolares • O fígado pode ultrapassar o rebordo costal em 1 a 2 cm ® Baço > Pode ter sua ponta palpável pouco além do rebordo costal esquerdo - Palpação profunda ® Palpar lojas renais ® Palpar outras massas que podem denunciar certos tumores > Caracterizar tamanho > Consistência > Presença de dor > Topografia > Se respeita ou não a linha média Genital masculino - Morfologia da genitália ® Curvatura anômala do pênis ® Assimetria no escroto ® Ambiguidade genital - Posição de abertura da uretra ® NORMAL é que esteja na extremidade da glande - Observar o jato urinário ® Normal ® Fino ® Longo alcance M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 39 ® Por gotejamento - Palpação do escroto ® Verificar se ambos os testículos são tópicos > Se um deles não for palpável, deve-se procurá-los nas regiões perineal e inguinal > Podem estar na cavidade abdominal, logo, não acessível a palpação – testículo ectópico - Tentativa de exposição da glande ® Tracionar delicadamente o prepúcio para trás ® Crianças pequenas > Pode não ser exposta e é frequente que o prepúcio esteja aderido, podendo ser resolvido espontaneamente até os 5 anos ® Se não for possível expor a glande > Não forcar a manobra, pois existe risco de lesão > Traciona-se o prepúcio para frente, formando um funil, em cujo fundo é normal que seja vista a glande • Se não for visível do mesmo jeito o Conclui-se que não é possível expor a glande Genitália feminina - Observar a formação e o aspecto dos grandes e pequenos lábios ® Primeiros dias após o parto, os pequenos lábios podem estar edemaciados e haja um pouco de secreção vaginal esbranquiçada - Verificar a existência de três orifícios distintos ® Óstio uretral ® Abertura vaginal ® Ânus - Hímen ® Observar se apresenta perfurações > Tracionar levemente os grandes lábios para os lados, verificando se o orifício do hímen está patente M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 40 Extremidades - Avaliar ® Deformidades ® Marcha à observando sempre as alterações na marcha ® Avaliar os pulsos ® Palpar a aorta ® Observar as articulações Mãos e pés - Avaliar ® Números ® Simetria flexibilidade ® Curvatura ® Junções > Se são ossos ou só pele, porque várias junções são apenas pele por conta do crescimento ósseo Avaliação do recém-nascido Classificação do recém-nascido M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 41 Curva de Battaglia & Lubchenco M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 42 Avaliação da maturidade - Avalia-se a maturidade a fim de que possam avaliar o risco perinatal e a maturidade neonatal. Através do escore New Ballard e o índice Capurro M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 43 - O escore de New Ballard avalia as maturidades neuromuscular e física do recém-nascido por meio de diversos critérios. Em cada deles, atribui-se pontuação de, em geral, -1 a 5 conforme os achados. Após toda a avaliação, os pontos são somados. Conforme a somatória, tem-se o equivalente para a idade gestacional estimada em semanas. M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 44 M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 45 - O índice de Capurro baseia-se em achados de exame físico para estimar a idade gestacional. ® O resultado final corresponde à estimativa da idade gestacional do recém-nascido em dias - para chegar ao valor em semanas, basta dividir o resultado por 7. Há duas importantes ressalvas sobre o índice de Capurro: primeiro, o ideal é que ele seja avaliado entre 4 e 6 horas após o nascimento e, segundo, ele é inadequado para pré-termos extremos. Exame físico O primeiro exame físico do recém-nascido é realizado imediatamente após o nascimento já na sala de parto. Esse exame destina-se à avaliação da vitalidade do RN, bem como da presença de malformações e/ou tocotraumas. A escala de Apgar é usada para avaliar as condições de vitalidade do RN no 1o mi- nuto, no 5o minuto e no 10° minuto de vida. São avaliados e pontuados (0, 1 ou 2 pontos) cinco critérios: frequência cardíaca; esforço em respiração; tônus muscular; irritabilidade reflexa; e cor da pele. Vale reforçar que essa pontuação não é utilizada para determinar condutas em sala de parto, mas sim para avaliar a resposta do recém-nascido às manobras de reanimação realizadas. É fundamental comunicar à mãe as “notas” recebidas pela criança. M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 46 O primeiro exame físico geral deve ser minucioso. Seguindo a sequência cefalocaudal: - avaliam-se a cabeça, o couro cabeludo, as suturas, as fontanelas, o aspecto geral da face, a implantação e o aspecto das orelhas, a per- meabilidade do conduto auditivo, a integridade do palato, a permeabilidade das coanas (usando cateter fino) e o aspecto do nariz e dos olhos; - verifica-se a presença de malformações cervicais, por palpação dasclavículas; auscultam-se o precórdio e os campos pulmonares, prestando atenção ao ritmo cardíaco e à presença de sopros; - palpam-se os pulsos axilares e femorais, avaliando sua amplitude e simetria; inspeciona-se e palpa-se o abdome, que deve ser globoso e ter paredes íntegras; - inspeciona-se o cordão umbilical, que deve ter duas artérias e uma veia; - inspeciona-se a genitália externa, cuja apa- rência deve permitir a identificação do sexo (em RN do sexo masculino é fundamental a palpação dos testículos); - inspeciona-se o ânus, certificando-se de que ele é pérvio; - inspeciona-se e palpa-se a coluna vertebral, verificando sua integridade; - avalia-se a pele à procura de lesões ou tocotraumas; - verificam-se os membros: posição, simetria, número e aspecto dos dedos - realizam-se as medidas antropométricas do recém-nascido (peso, comprimento, perímetros cefálico, torácico e abdominal). M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 47 A avaliação do desconforto respiratório no período neonatal é padronizada por meio do Boletim de Silverman-Andersen (BSA), em que a somatória de pontos acima de 3 indica desconforto respiratório importante A bossa serossanguínea e o céfalo-hematoma são frequentemente observados na cabeça de fetos nascidos por via vaginal. A bossa serossanguínea é uma coleção sanguínea no tecido celular subcutâ- neo, que se forma durante o parto, tem coloração violácea e consistência mole, não é flutuante e não respeita as suturas cranianas. O céfalo-hematoma é uma coleção de sangue entre um osso craniano e o periósteo sobrejacente, que pode surgir poucos dias após o parto, é mais ou menos tenso e flutuante à palpação e respeita as suturas cranianas - ou seja, não ultrapassa os limites das suturas. Devem-se incluir no primeiro exame do neonato duas manobras ortopédicas destinadas à avaliação de displasia de desenvolvimento do quadril. Primero, realiza-se a manobra de Ortolani, destinada a verificar se o quadril já está luxado. Tal manobra consiste em realizar, simultaneamente, abdução e tração da coxa do RN, que deve estar em decúbito dorsal. Se for sentido um “clique”, a manobra é positiva e indica que já havia luxação. Se a manobra M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 48 de Ortolani for negativa, é necessário realizar a manobra de Barlow, cujo intuito é verificar se o quadril é luxável. Basicamente, a manobra de Barlow é o oposto da de Ortolani: com o RN em decúbito dorsal, a coxa deve ser, ao mesmo tempo, ad zida e forçada para baixo. Se for sentido um “clique”, a manobra é positiva - neste caso, deve ser realizada, em sequência, a manobra de Ortolani, a fim de reduzir a luxação realizada. É importante frisar que essas duas manobras devem ser realizadas sutilmente, evitando força desproporcional. Na avaliação da pele do recém-nascido, vale a pena ressaltar a icterícia, que, quando fisiológica no RN de termo, tende a aparecer ao redor de 48 horas de vida, atinge o pico ao redor de 72 horas e involui após o 4o dia de vida. Para classificá-la, utilizam-se as zonas de Kramer. M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 49 Reflexos primitivos M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 50 M ed ic in a U N IC ID T X X IX Semiologia- Saúde da criança Semiologia- 3ª Etapa Rodrigo Barbosa Guerra 51
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