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Anatomia do sistema linfático

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Anatomia do sistema linfático 
 
Introdução ao sistema linfático 
 
 O sistema linfático constitui um tipo de sistema 
de hiperfluxo que permite a drenagem do excesso de 
líquido tecidual e das proteínas plasmáticas que 
extravasam para a corrente sanguínea, e também a 
remoção de resíduos resultantes da decomposição 
celular e infecção. Os componentes mais importantes 
são: 
1. Plexos linfáticos à redes de capilares linfáticos 
de fundo cego que se originam nos espaços 
extracelulares da maioria dos tecidos. São 
formados por um endotélio muito fino 
2. Vasos linfáticos à são vasos de paredes finas 
com muitas válvulas linfáticas que compõem 
uma rede por quase todo o corpo para drenar 
a linfa dos capilares linfáticos. Os troncos 
linfáticos são grandes vasos coletores que 
recebem linfa de múltiplos vasos linfáticos. Os 
capilares e os vasos linfáticos são encontrados 
em quase todos os lugares onde há capilares 
sanguíneos, com exceção dos dentes, dos 
ossos, da medula óssea e de todo o SNC 
3. Linfa à é o líquido tecidual que entra nos 
capilares linfáticos e é conduzida por vasos 
linfáticos. Possui uma composição semelhante 
à do plasma sanguíneo 
4. Linfonodos à são pequenas massas de tecido 
linfático, encontradas ao longo do trajeto dos 
vasos linfáticos, que filtram a linfa e em seu 
trajeto até o sistema venoso 
5. Linfócitos à células circulantes do sistema 
imune que reagem contra materiais estranhos 
6. Órgãos linfoides à partes do corpo que 
produzem linfócitos, como timo, medula óssea 
vermelha, baço, tonsilas, e os nódulos linfáticos 
solitários e agregados nas paredes do sistema 
digestório e no apêndice vermiforme 
Os vasos linfáticos são subcutâneos e 
anastomosam-se livremente, além de acompanhar a 
drenagem venosa e convergem para ela. Esses vasos 
drenam para os vasos linfáticos profundos que 
acompanham as artérias e também recebem a 
drenagem de órgãos internos 
Os vasos linfáticos superficiais e profundos 
atravessam os linfonodos, geralmente vários conjuntos, 
em seu trajeto no sentido proximal, tornando-se 
maiores à medida que se fundem com vasos que 
drenam regiões adjacentes. Os grandes vasos linfáticos 
entram em grandes vasos coletores, denominados 
troncos linfáticos, que se unem para formar o ducto 
linfático direito ou ducto torácico: 
1. O ducto linfático direito drena linfa do 
quadrante superior direito do corpo (lado direito 
da cabeça, do pescoço e do tórax, além do 
membro superior direito. Na raiz do pescoço, 
entra na junção das veias jugular interna 
direita e da subclávia direita, o ângulo venoso 
direito 
2. O ducto torácico drena linfa do restante do 
corpo. Os troncos linfáticos que drenam a 
metade inferior do corpo unem-se no abdome, 
algumas vezes formando um saco coletor 
dilatado, a cisterna do quilo. A partir desse 
saco, ou da união dos troncos, o ducto torácico 
ascende, entrando no tórax e atravessando-o 
para chegar ao ângulo venoso esquerdo, que 
é junção das veias jugular interna esquerda e 
subclávia esquerda 
Os vasos linfáticos comunicam-se livremente 
com as veias em muitas partes do corpo, sendo 
denominadas anastomoses linfaticovenosas, e 
posteriormente interlinfáticas, periféricas 
Outras funções incluem: 
1. Absorção e transporte da gordura dos 
alimentos – capilares linfáticos especiais, 
denominados lácteos, recebem todos os lipídios 
e vitaminas lipossolúveis absorvidos pelo 
intestino 
2. Formação de um mecanismo de defesa do 
corpo 
 
Medula óssea 
 
 Todos os ossos têm uma camada fina 
superficial de osso compacto ao redor de uma massa 
central de osso esponjoso, exceto nas partes em que 
o osso esponjoso é substituído por uma cavidade 
medular 
 Na cavidade medular e entre as espículas 
(trabéculas) do osso esponjoso há medula óssea 
amarela (gordurosa) ou vermelha (que produz células 
do sangue e plaquetas) ou ainda uma associação entre 
ambas 
 
 
 
Timo 
 
 O timo como órgão linfático primário é 
responsável pelo desenvolvimento e pela diferenciação 
das células T 
 
 Situa-se no mediastino superior entre o esterno, 
em cuja face posterior o timo é fixado, por meio de 
tecido conjuntivo frouxo, e os grandes vasos. Eles e o 
pericárdio situam-se dorsalmente. Os dois lados do timo 
são cobertos pela pleura mediastinal 
 O tamanho varia dependendo da idade. Ele 
apresenta maior desenvolvimento na infância. Nesta 
época, ele pode se projetar, cranialmente, além da 
abertura torácica superior, e às vezes, alcançar a 
margem da glândula tireóide. Inferiormente, recobre 
parcialmente o pericárdio 
 
 
 Desde as fases que precedem o nascimento, e 
de forma acelerada após a puberdade, o órgão sofre 
uma involução progressiva, com substituição parcial do 
tecido linfático por tecido adiposo 
 Possui atividade até a idade avançada, mas 
com intensidade diminuída 
 Ele consiste em dois lobos assimétricos, 
conectados entre si, que se estendem caudalmente em 
cornos. Os lobos são divididos em lóbulos, por meio de 
septos de tecido conjuntivo, reunidos na medula do 
timo 
 
 Ele é o único órgão linfático cuja arquitetura 
básica consiste em células epiteliais especializadas. 
Essa estrutura acomoda as células T em processo de 
maturação (timócitos) 
 As características predominantes do córtex é a 
aglomeração densa de timócitos (imaturos) 
 As células epiteliais são mais facilmente 
encontradas na medula 
 Os corpúsculos de Hassall são conjuntos 
dessas células epiteliais e representam uma 
característica especial da medula. Há uma relação 
entre o número e a estrutura dos corpúsculos de 
Hassall e a atividade do timo 
 Os linfócitos B estão ausentes no timo juvenil 
normal, assim, não existem nem folículos primários nem 
secundários. Com o avanço da idade, os linfócitos B 
podem migrar para o timo e formar folículos 
 
Irrigação arterial 
 
 Ele se dá pelos ramos tímicos, que se originam 
da artéria torácica interna ou de seus ramos 
 
Drenagem venosa 
 
 Ocorre pelas veias tímicas que desembocam 
nas veias braquiocefálicas ou nas veias tireóideas 
inferiores 
 
Vasos linfáticos 
 
 O timo não possui vasos linfáticos aferentes. As 
vias linfáticas eferentes desembocam nos linfonodos 
mediastinais 
 
Inervação 
 
 Ele é inervado pelo sistema simpático 
(noradrenérgico). Os neurotransmissores podem 
modular a resposta imune. Os corpos dos neurônios 
eferentes localizam-se nos gânglios cervicais do tronco 
simpático 
 
 
 
Baço 
 
 É uma massa oval, geralmente arroxeada, 
carnosa, e considerado o órgão abdominal mais 
vulnerável 
 Está localizado na parte súperolateral do 
quadrante abdominal superior esquerdo ou hipocôndrio, 
onde goza da proteção da parte inferior da caixa 
torácica 
 É um local de proliferação de linfócitos e de 
vigilância e resposta imune 
 No pré-natal, é um órgão hematopoetico, mas 
após o nascimento, participa basicamente da 
identificação, remoção e destruição das hemácias 
antigas e de plaquetas fragmentadas, e da reciclagem 
de ferro e globina 
 O baço atua como reservatório de sangue, 
armazenando hemácias e plaquetas e, em grau limitado, 
pode garantir um tipo de autotransfusão em resposta 
ao estresse imposto pela hemorragia, porém, ele não é 
um órgão vital 
 É uma massa vascular (sinusoidal) de 
consistência mole, com uma cápsula fibroelástica. A fina 
cápsula é recoberta por uma camada de peritônio 
visceral, que circunda todo o baço, exceto o hilo 
esplênico 
 O baço é um órgão móvel, embora não desça 
abaixo da região costal 
 Ele está apoiado sobre a flexura esquerda do 
colo. E está associado posteriormente às costelas IX e 
XI e separado delas pelo diafragma e pelo recesso 
costodiafragmático – a extensão da cavidade pleural, 
entre o diafragma e a parte inferior da caixa torácica 
O baço está relacionado: 
- Anteriormente com o estômago 
- Posteriormente com a parte esquerda do diafragma, 
que o separa da pleura, do pulmão e das costelas 
IX e XI 
- Inferiormente com a flexura esquerda do colo 
- Medialmentecom o rim esquerdo 
 
 
 
 O peso, tamanho e o formato do baço variam muito 
A face diafragmática tem a superfície convexa 
para se encaixar na concavidade do diafragma e nos 
corpos curvos das costelas adjacentes 
As margens anterior e superior do baço são 
agudas, enquanto a extremidade posterior (medial) e a 
margem inferior são arredondadas. Ele não se estende 
inferiormente à margem costal esquerda. Raramente é 
palpável através da parede anterolateral do abdome 
Quando endurecido e aumentado, situa-se 
abaixo da margem costal esquerda, e sua margem 
superior (entalhada) situa-se inferomedialmente 
O baço normalmente contém muito sangue, que 
é expelido periodicamente para a circulação pela ação 
do músculo liso presente em sua cápsula e nas 
trabéculas 
A fina cápsula fibrosa esplênica é formada por 
tecido conjuntivo fibroelástico, não modelado e denso, 
que é mais espesso no hilo esplênico 
As trabéculas são pequenas faixas fibrosas, 
originadas na face profunda da cápsula, conduzem 
vasos sanguíneos que entram e saem do parênquima 
ou polpa esplênica, a substância do baço 
O baço toca a parede posterior do estômago 
e está unido à curvatura maior pelo ligamento 
gastroesplênico e ao rim esquerdo pelo ligamento 
esplenorrenal. Eles contêm vasos esplênicos, estão 
fixados ao hilo esplênico em sua face medial. Está em 
contato com a cauda do pâncreas e constitui o limite 
esquerdo da bolsa omental 
 
 
 
Irrigação arterial 
 
 A irrigação arterial provém da artéria esplênica, 
o maior ramo do tronco celíaco 
 Entre as camadas do ligamento esplenorrenal, 
a artéria esplênica divide-se em cinco ou mais ramos 
que entram no hilo esplênico 
 A ausência de anastomose desses vasos, 
resulta na formação de segmentos vasculares do baço 
 
 
 
Drenagem venosa 
 
 A drenagem venosa segue pela veia esplênica, 
formada por várias tributárias que emergem do hilo 
esplênico 
 Recebe a VMI, depois a veia esplênica une-se 
à VMS posteriormente ao colo do pâncreas para formar 
a veia porta 
 
 
 
Vasos linfáticos 
 
 Os vasos linfáticos esplênicos deixam os 
linfonodos no hilo esplênico e seguem ao longo dos 
vasos esplênicos até os linfonodos 
pancreaticoesplênicos no trajeto para os linfonodos 
celíacos 
 
 
Inervação 
 
 Os nervos esplênicos, derivados do plexo 
celíaco, são distribuídos principalmente ao longo de 
ramos da artéria esplênica e tem função vasomotora 
 
 
 
Linfonodos regionais 
 
Linfonodos 
 
 Os linfonodos são centros encapsulados de 
apresentação de antígeno e ativação, diferenciação e 
proliferação de linfócitos. Eles geram células B e T 
maduras preparadas para antígenos e filtram partículas 
 Um corpo adulto normal contém até 450 
linfonodos, dos quais 60-70 são encontrados na cabeça 
e pescoço, 100 no tórax e até 250 no abdome e pelve. 
O maior número está situado próximo das vísceras, 
especialmente nos mesentérios 
 
Microestrutura 
 
 Os linfonodos são pequenos corpos ovais ou 
em forma de rim, situados ao longo do trajeto dos 
vasos linfáticos. Cada um tem usualmente ligeira 
indentação em um lado, o hilo, através da qual vasos 
sanguíneos entram e saem, e o vaso linfático eferente 
sai. Diversos vasos linfáticos aferentes entram na 
cápsula em torno da periferia 
 Os linfonodos possuem córtex altamente celular 
e a medula que contém uma rede de diminutos canais 
linfáticos, ou seios, através dos quais a linfa é filtrada 
a partir dos linfáticos aferentes, de modo a ser coletada 
no hilo pelo linfático eferente. O cortéx está ausente do 
hilo, onde a medula atinge a superfície 
 A capsula é composta principalmente de fibras 
colágenas, fibras de elastina (especialmente na camada 
mais profunda) e alguns fibroblastos. A partir da 
cápsula, trabéculas de tecido conjuntivo denso se 
estendem radialmente para o interior do linfonodo. No 
hilo, tecido fibroso denso pode se estender para a 
medula, rodeando o vaso linfático eferente 
 
 
 
Suprimento linfático e vascular 
 
 Os linfonodos são permeados por canais 
através dos quais a linfa passa, em percolação, depois 
da sua entrada a partir dos vasos aferentes 
 Vasos linfáticos aferentes entram em muitos 
pontos na periferia, ramificam-se para formar um plexo 
intracapsular denso e a seguir se abrem para dentro 
do seio subcapsular, uma cavidade que é periférica a 
todo o córtex exceto no hilo. Numerosos seios corticais 
radiais levam do seio subcapsular à medula, onde 
coalescem sob a forma de maiores seios medulare. 
Estes últimos se tornam confluentes no hilo com o vaso 
eferente que drena o linfonodo. Todos esses espaços 
são revestidos por endotélio contínuo e atravessados 
por finas fibras reticulares, as quais dão suporte aos 
macrófagos sinusais 
 Artérias e veias que servem aos linfonodos 
passam através do hilo, dando ramos retos que 
atravessam a medula, enviando ramos menores ao 
fazerem isso. No córtex, artérias formam arcadas 
densas de arteríolas em numerosas alças 
anastomosadas, eventualmente retornando a vênulas e 
veias altamente ramificadas 
 Capilares são especialmente profusos em torno 
dos folículos, os quais contêm menos vasos. VEA pós-
capilares são abundantes nas zonas paracorticais. Elas 
formam um local importante de extravasamento de 
linfócitos transportados pelo sangue para dentro do 
tecido linfoide, aparentemente por migração através de 
junções íntimas endoteliais lábeis. As veias deixam um 
linfonodo através das trabéculas principais e cápsula, 
e as drenam e ao tecido conjuntivo circundante 
 
Células e zonas celulares 
 
 No córtex, as células estão densamente 
agrupadas, e na área cortical externa formam folículos 
ou nódulos linfoides, os quais são preenchidos 
principalmente por células B e células dendríticas 
foliculares especializadas 
 Um folículo primário é uniformemente 
preenchido por pequenos linfócitos quiescentes, 
enquanto um folículo secundário tem um centro 
germinativo que é composto principalmente de células 
B antígeno-estimuladas 
 Há várias zonas no centro germinativa. Na 
zona escura, as células B (centroblastos) sofrem 
proliferação rápida que é associada com hipermutação 
das suas moléculas de anticorpo. Elas então se movem 
para a zona clara (como centrócitos), onde podem 
interagir com as CDF que transportam antígeno não 
processado intacto na sua superfície 
 A zona do manto é produzida à medida que 
as células circundantes são marginalizadas pelo centro 
germinativo em crescimento rápido. Ela é preenchida 
por células semelhantes àquelas encontradas nos 
folículos primários, principalmente células B quiescentes 
com núcleo heterocromático condensado e pouco 
citoplasma, algumas células T auxiliares, CDFs e 
macrófagos 
 O córtex profundo ou paracórtex situa-se entre 
os folículos corticais e a medula, e é preenchido 
principalmente por células T, as quais não estão 
organizadas nos folículos. Estão presentes subconjuntos 
de células T CD4 e CD8. O paracórtex também contém 
células dendriticas interdigitadas 
 Na medula, os linfócitos estão muito menos 
densamente agregados, formando cordões medulares 
irregulares ramificados entre os quais a rede de 
reticulina é facilmente vista. Outras células incluem 
macrófagos, os quais são mais numerosos na medula 
do que no córtex, células plamaticas e alguns 
granulócitos 
 
Cabeça e pescoço 
 
 Cinco grupos de linfonodos superficiais formam 
um anel em torno da cabeça 
 Começando posteriormente: 
Os Linfonodos occipitais, nas proximidades da 
fixação do músculo trapézio ao crânio e em associações 
com a artéria occipital. A drenagem provém da parte 
posterior do couro cabeludo e do pescoço 
Os linfonodos mastoideos (retroauriculares ou 
auriculares posteriores, posteriormente à orelha, 
próximo à fixação do músculo esternocleidomastóideo e 
em associação com a artéria auricular posterior. A 
drenagem provém da metade posterolateral do couro 
cabeludo 
Os linfonodos pré-auriculares e parotídeos 
estão anteriormente à orelha e em associaçãocom as 
artérias temporal superficial e facial transversa. A 
drenagem provém da superfície anterior da orelha, da 
parte anterolateral do couro cabeludo, da metade 
superior da face, das pálpebras e das bochechas 
Os linfonodos submandibulares estão 
localizados inferiormente ao corpo da mandíbula e em 
associação com a artéria facial. A sua drenagem 
provém de estruturas ao longo do trajeto da artéria 
facial até a altura da fronte, além da gengiva, dentes 
e língua 
Os linfonodos submentuais estão localizados 
inferior e posteriormente ao mento. A drenagem provém 
da parte central do lábio inferior, assoalho da boca, 
ponta da língua e dos dentes incisivos inferiores 
O fluxo linfático segue em diversas direções: 
1. A drenagem dos linfonodos occipitais e mastoideos 
passa para os linfonodos cervicais superficiais, ao 
longo da veia jugular externa 
2. A drenagem dos linfonodos pré-auriculares e 
parotídeos, dos linfonodos submandibulares e dos 
submentuais, passam para os linfonodos cervicais 
profundos 
Os linfonodos cervicais superficiais são uma 
coleção de linfonodos ao longo da veia jugular externa, 
na superfície do músculo esternocleidomastóideo. Eles 
recebem a drenagem das regiões posteriores e 
posterolaterias do couro cabeludo, pelos linfonodos 
occipitais e mastoideos e enviam vasos linfáticos na 
direção dos linfonodos cervicais profundos 
Os linfonodos cervicais profundos são uma 
coleção de linfonodos que formam uma cadeia ao longo 
da veia jugular interna. Eles são divididos em grupo 
superior e inferior ao ponto em que o tendão 
intermediário do músculo omo-hióideo cruza a artéria 
carótida comum e a veia jugular interna 
 
 
 
Toráx 
 
Os vasos linfáticos presentes no tórax drenam 
principalmente os linfonodos associados às artérias 
torácicas internas (linfonodos paraesternais), à cabeça 
e ao colo das costelas (linfonodos intercostais) e ao 
diafragma (linfonodos frênicos) 
 Os linfonodos frênicos são posteriores ao 
processo xifoide e estão nos locais onde os nervos 
frênicos penetram no diafragma. Também ocorrem nas 
regiões em que o diafragma está fixado à coluna 
vertebral 
 Os linfonodos paraesternais drenam para os 
troncos broncomediastinais. Os paraesternais 
localizados na parte superior do tórax, também drenam 
para os broncomediastinais 
 Os linfonodos intercostais, a parte torácica 
inferior, drenam para o ducto torácico 
 
 
 
 Os linfáticos superficiais ou subpleurais e 
profundos do pulmão drenam para os linfonodos 
chamados linfonodos traqueobronquiais em torno das 
raízes dos brônquios lobares e principais e ao longo 
dos lados da traqueia 
 Esses linfonodos estendem-se de dentro do 
pulmão, através da raiz e do hilo do pulmão, e para 
dentro do mediastino posterior 
 Vasos eferentes provenientes desses linfonodos 
passam superiormente ao longo da traqueia para se 
unirem com vasos similares dos linfonodos 
paraesternais e braquicefálicos, que são anteriores às 
veias braquiocefálicas no mediastino superior,e. 
formarem os troncos broncomediastinais direito e 
esquerdo. Eles drenam diretamente para as veias 
profundas na base do pescoço ou podem drenar para 
o tronco linfático direito ou ducto torácico 
 
 
 
Abdome 
 
 A drenagem linfática da parede do abdome 
anterolateral segue os princípios básicos da drenagem 
linfática 
 Os linfáticos superficiais acima do umbigo 
passam em uma direção superior aos linfonodos 
axilares enquanto a drenagem abaixo do umbigo 
passa em uma direção inferior para os linfonodos 
inguinais superficiais 
 A drenagem linfática profunda acompanha as 
artérias profundas por trás dos linfonodos 
paraesternais ao longo da torácica interna, dos 
linfonodos lombares ao longo da parte abdominal da 
aorta e dos linfonodos ilíacos externos ao longo da 
artéria ilíaca externa 
 A drenagem linfática da parte abdominal do 
trato gastrointestinal em locais baixos como a parte 
inferior do reto, bem como o baço, o pâncreas, a 
vesícula biliar e o fígado, é feita através de vasos e 
de linfonodos que, subsequentemente, terminam em 
grandes acúmulos de linfonodos pré-aórticos nas 
origens dos três ramos anteriores da parte abdominal 
da aorta, que suprem essas estruturas. Esses acúmulos 
são chamados de grupos celíacos, mesentérico 
superior e mesentérico inferior. Existem três rotas 
para a linfa das vísceras abdominais 
 O tronco celíaco que drena para os linfonodos 
pré-aórticos próximos da origem do tronco celíaco, 
esses linfonodos celíacos também recebem linfa dos 
grupos mesentérico superior e mesentérico inferior dos 
linfonodos pré-aórticos, e a linfa dos linfonodos celíacos 
entra na cisterna do quilo 
 A artéria mesentérica superior drena para os 
linfonodos pré-aórticos próximos da origem da artéria 
mesentérica superior. Os linfonodos mesentéricos 
superiores também recebem linfa dos grupos 
mesentéricos inferiores dos linfonodos pré-aórticos, e a 
linfa dos linfonodos mesentéricos superiores drena para 
os linfonodos celíacos 
 A artéria mesentérica inferior drena para os 
linfonodos pré-aórticos próximos da origem da artéria 
mesentérica inferior, e a linfa dos linfonodos 
mesentéricos inferiores drena para os linfonodos 
mesentéricos superiores 
 
 
 
Pelve 
 
 Os linfáticos da maioria das vísceras pélvicas 
fazem a drenagem principalmente para linfonodos 
distribuídos ao longo das artérias ilíacas interna e 
externa e de seus ramos associados, que drenam para 
os linfonodos associados às artérias ilíacas comuns, e 
daí, para os linfonodos aórticos laterais ou lombares 
associados às superfícies laterais da parte abdominal 
da aorta. Esses linfonodos aórticos laterais ou 
lombares drenam para os troncos lombares, que se 
prolongam para a origem do ducto torácico 
 Os linfáticos dos ovários, das partes do útero 
e das tubas uterinas relacionadas deixam a cavidade 
da pelve superiormente e drenam, pelos vasos que 
acompanham as artérias ováricas, diretamente para os 
linfonodos aórticos laterais ou lombares e, em alguns 
casos, para os linfonodos pré-aórticos na superfície 
anterior da aorta 
 Os linfonodos ao longo da artéria ilíaca interna 
drenam as vísceras pélvicas, e também recebem 
drenagem da região glútea do membro inferior e das 
áreas profundas do períneo 
 
 
Membros superiores 
 
 Todos os linfáticos do membro superior drenam 
para os linfonodos na axila 
 Os linfonodos peitorais ocorrem ao longo da 
margem lateral do músculo peitoral menor, ao longo do 
curso dos vasos torácicos laterais, e recebem drenagem 
da parede abdominal, do tórax e da mama 
 Os linfonodos centrais são imersos no tecido 
adiposo da axila e recebem tributárias de grupos de 
linfonodos umerais, subescapulares e peitorais 
 Os linfonodos apicais são a maior parte do 
grupo superior de linfonodos na axila e drenam todos 
os outros grupos de linfonodos na região. Além disso, 
eles recebem vasos linfáticos que acompanham a veia 
cefálica, assim como vasos que drenam a região 
superior da mama 
 
 
 
Membros inferiores 
 
 A maioria dos linfáticos drena para os 
linfonodos inguinais superficiais e profundos, presentes 
na fáscia imediatamente inferior ao ligamento inguinal 
 Os linfonodos inguinais superficiais, 
aproximadamente 10, estão na fáscia superfical e 
paralelos ao trajeto do ligamento inguinal na região 
superior da coxa. Eles se estendem inferiormente ao 
longo da parte terminal da veia safena magna 
 Recebem a linfa a partir da região glútea, da 
parede inferior do abdome, do períneo e de regiões 
superficiais do membro inferior 
 Drenam por vasos que acompanham os vasos 
femorais par ao interior dos linfonodos ilíacos externos 
associados à artéria ilíaca externa no abdome 
 Os linfonodos inguinais profundos, em número 
de 1 a 3, são mediais à veia femoral. Eles recebem a 
linfa a partir dos linfonodos profundos associados aos 
vasos femorais e a partir da glande do pênis (ou 
clitóris) no períneo 
 Eles se interconectam com os linfonodos 
inguinais superficiaise drenam na direção dos 
linfonodos ilíacos externos por meio de vasos que 
passam ao longo da região medial da veia femoral 
 O espaço através do qual os vasos linfáticos 
passam, sob o ligamento inguinal, é o canal femoral 
 Existe uma pequena coleção de linfonodos 
profundos posteriores ao joelho, próximo aos vasos 
poplíteos, os linfonodos poplíteos. Eles recebem linfa 
dos vasos superficiais, que acompanham a veia safena 
parva, e a partir de áreas profundas da perna e do 
pé. Daí, drenam para os linfonodos inguinais, 
superficiais e profundos 
 
 
 
Tonsilas 
 
 Na túnica mucosa da parte posterior da língua, 
existem nódulos linfoides subjacentes, conferindo uma 
aparência irregular, sendo conhecidos como tonsila 
lingual 
 
 A tonsila faríngea, comumente chamada de 
adenoide quando aumentada, está situada na túnica 
mucosa do teto e parede posterior da parte nasal da 
faringe 
 
 Há uma coleção de tecido linfoide na tela 
submucosa da faringe, perto do óstio faríngeo da tuba 
auditiva, denominada tonsila tubária 
 
 
 
 As tonsilas palatinas são coleções de tecido 
linfoide de cada lado da parte oral da faringe no 
intervalo entre os arcos palatinos 
 Elas não ocupam toda a fossa tonsilar entre os 
arcos palatoglosso e palatofaríngeo. A fossa, na qual 
está a tonsila palatina, situa-se entre esses arcos 
 
 
 
Anel linfático da faringe 
 
 O anel linfático (tonsilar) da faringe é composto 
pelas tonsilas palatinas, linguais e faríngeas. Ele é 
constituído por uma faixa circular incompleta de tecido 
linfoide ao redor da parte superior da faringe 
A parte anteroinferior do anel é formada pela 
tonsila lingual na parte posterior da língua. As partes 
laterais do anel são formadas pelas tonsilas palatinas 
e tubárias, e as partes posterior e superior são 
formadas pela tonsila faríngea

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