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UNIDADE 1: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM 
1) TEORIAS ADMINISTRATIVAS 
 
Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. 
Atualmente, sobretudo com as contribuições da abordagem Neoclássica da Administração, em que um dos 
maiores nomes é Peter Drucker, os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como planejar, 
organizar, dirigir e controlar – PODC. Ressalta-se, então, que destas funções as que sofreram 
transformações na forma de abordar foram “comandar e coordenar” que hoje chamamos de Dirigir 
(liderança). 
 
TEORIAS ADMINISTRATIVAS, SUAS ÊNFASES E SEUS PRINCIPAIS ENFOQUES 
 
a) Administração Científica: ênfase nas tarefas. 
 Principais enfoques: racionalização do trabalho no nível operacional. 
 
b) Teoria Clássica ou neoclássica: ênfase na estrutura. 
 Principais enfoques: organização formal; princípios gerais da administração e funções do 
administrador. 
 
c) Teoria Burocrática: ênfase na estrutura. 
 Principais enfoques: organização formal burocrática e racionalidade organizacional. 
 
d) Teoria Estruturalista: ênfase na estrutura. 
 Principais enfoques: múltipla abordagem; organização formal e informal; análise 
intraorganizacional e análise Inter organizacional. 
 
e) Teoria das Relações Humanas: ênfase na estrutura. 
 Principais enfoques: organização informal; motivação; liderança; comunicação e dinâmica 
de grupo. 
 
f) Teoria Comportamental: ênfase nas pessoas. 
 Principais enfoques: mudança organizacional planejada e abordagem de sistema aberto. 
 
g) Teoria Estruturalista: ênfase no ambiente. 
 Principais enfoques: análise intraorganizacional e análise ambiental; abordagem de sistema 
aberto. 
 
h) Teoria da Contingência: ênfase no ambiente. 
 Principais enfoques: análise ambiental e abordagem de sistema aberto. 
 
i) Teoria dos Sistemas: ênfase na tecnologia. 
 Principais enfoques: administração da tecnologia (imperativo tecnológico). 
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AS PRINCIPAIS TEORIAS ADMINISTRATIVAS E SEUS PRINCIPAIS ENFOQUES 
 
A teoria geral da administração começou com a ênfase nas tarefas, com a administração 
cientifica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a teoria 
clássica de Fayol e com a teoria burocrática de Max Weber, seguindo mais tarde para a teoria 
estruturalista. A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da teoria comportamental 
e pela teoria do desenvolvimento organizacional. A ênfase do ambiente surgiu com a teoria dos sistemas, 
sendo completada pela teoria de contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a ênfase na 
tecnologia. Cada uma dessas cinco variáveis – tarefas, estrutura, pessoa, ambiente e tecnologia – 
provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no 
desenvolvimento da TGA (Teoria Geral da Administração). Cada Teoria Administrativa procurou 
privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário 
todas as demais. 
 
2) PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO 
 
O Corpo Social é o órgão e o instrumento da função administrativa; tal função restringe-se ao pessoal 
(chamado corpo social). Para o bom funcionamento de tal corpo, são necessárias certas condições, as quais 
ele denomina princípios, afastando a ideia de rigidez e aplicando, em seu lugar, a de flexibilidade. 
 
 Divisão do Trabalho – consiste em dividir cada uma das tarefas em operações mais simples 
(especialização). René Descartes propõe a divisão do assunto a ser estudado em tantas partes 
quantas forem necessárias para o seu entendimento. 
 
 Autoridade e Responsabilidade – Conceitua a autoridade como o poder de dar ordens e de se 
fazer obedecer; não sendo possível concebê-las individualmente. Afirma que todas as regras 
têm que ser providas de sanção, sem a qual desaparece na empresa o espírito de 
responsabilidade. 
 
 Disciplina – respeito às ordens estabelecidas. A boa direção inspira obediência. 
 
 Unidade de Comando – cada gente, para cada ação, só deve receber ordens de um único 
chefe. A pluralidade de chefes para um único setor dilui a autoridade de cada um deles sobre seu 
subordinado. 
 
 Subordinação – prevalência dos interesses gerais da organização. A conceituação de Fayol em 
muito se assemelha a um princípio jurídico do Direito Administrativo – o interesse geral 
prevalece sobre o pessoal (ou seja, em havendo divergência entre os interesses da Sociedade e 
os indivíduos, os primeiros prevalecem sobre o segundo). 
 Remuneração do Pessoal – tem de ser equitativa, justa, evitando-se a exploração. Deve haver 
equilíbrio entre os interesses da empresa e os dos funcionários. O tipo de remuneração 
depende da apreciação deste equilíbrio. 
 
 Centralização – deve haver um único núcleo de comando centralizado, atuando de forma 
similar ao cérebro, que comanda o organismo. 
 
 Hierarquia – cadeia de comando por escalas. Afirma a necessidade de comunicação lateral 
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entre as escalas de comando. 
 
 Ordem – por meio da racionalização do trabalho, estabelece-se o lugar de cada coisa e de cada 
pessoa. 
 
 Equidade – apreciação, julgamento justo, manifesta senso de justiça, imparcialidade e respeito à 
igualdade de direitos. 
 
 Estabilidade do Pessoal – o funcionário precisa de tempo para adaptar-se à tarefa que lhe foi 
incumbida, desloca-lo sem que este tempo lhe for concedido (sem que sua iniciação tenha 
sido finalizada) e adotar essa atitude como premissa na administração de um organismo 
acarretará que nenhuma função jamais seja desempenhada a contento. 
 
 Iniciativa – os liderados devem ser incentivados a buscarem por si só, as soluções para os 
problemas que surgirem. 
 
 Espírito de Equipe – o corpo social deve experimentar uma união similar à união de organismo 
biológico, sem que isso ocorra, os objetivos não serão comuns e os esforços não serão de forma 
adequada às aspirações da empresa. 
 
3) FUNÇÕES OU ELEMENTOS ADMINISTRATIVOS 
 
Fayol afirma a existência de cinco elementos administrativos: 
 
1) Previsão, 2) Organização, 3) Comando, 4) coordenação e 5) controle, que podem ser 
sintetizados na sigla POCC. 
1 – Previsão: Fayol conceitua previsão como o ato de calcular o futuro e preparar as ações para que as 
metas sejam atingidas, tal previsão se faz com um programa de ação. Estabelece que existam vantagens 
e desvantagens na previsão. Como vantagens afirma que um programa de ação facilita a utilização dos 
recursos da empresa e a escolha dos melhores meios a empregar para atingir os objetivos; estabelece que a 
desvantagem reside na dificuldade de se confeccionar um bom programa anual. 
2 – Organização: é o ato de dotar uma empresa de tudo quanto for útil ao seu funcionamento (matéria-
prima, utensílio, capital e pessoas).ando: Fayol afirma que constituído o corpo social, é preciso fazê-lo 
funcionar, sendo esta a missão do comando. Conceitua a arte de comandar como o conjunto de certas 
qualidades pessoais e sobre o conhecimento dos princípios gerais de administração. 
3 – Coordenação: Fayol conceitua coordenar como o ato de estabelecer a harmonia entre todos os atos de 
uma empresa de maneira a facilitar o seu funcionamento e o seu sucesso. É dar ao organismo material e 
social de cada função as proporções convenientes para que eles possam desempenhar se papel seguro 
e economicamente. 
4 – Controle: consiste em verificar se tudo corre de acordo com o programa adotado, as ordens dadas e 
os princípios admitidos. 
4) MODELOS DE GESTÃO EM ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES 
 
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 O Modelo de Gestão 
 
Neste modelo, as decisões são descentralizadas, as equipes de enfermagemparticipam ativamente 
da tomada de decisão, assumindo a responsabilidade sobre os resultados. Em média, 80% das 
decisões locais, que envolvem assuntos de enfermagem, podem ser resolvidas no local de prestação da 
assistência, sem necessidade de envolver as gerências. O conceito empregado tem como meios de 
operações, fóruns de decisões (Times Assistenciais, conselhos da Prática, Gerenciamento, Educação e 
pesquisa), que são compostos por membros de todos os níveis hierárquicos, desde diretores até 
profissionais que prestam assistência à beira leito. Para exemplificar, o exposto, um paciente queixa-se da 
técnica utilizada para a troca de sua bolsa de diálise. A líder de enfermagem daquela unidade é quem 
recebe todas as queixas e elogios periodicamente. 
Nesse caso, ela encaminha a reclamação ao Time Assistencial, que analisa localmente e toma decisões 
para correção do problema. O Time assistencial é um fórum composto por representantes de todos 
os profissionais de enfermagem daquela Unidade, especialmente os da linha de frente. O problema só será 
encaminhado a um dos Conselhos se envolverem o sistema de enfermagem como um todo. 
 Modelo Assistencial 
 
O sistema de enfermagem do hospital desenvolve um cuidado integral e individual, 
fundamentado em evidências cientificas e no trabalho interdisciplinar. Baseia suas decisões no julgamento 
clínico do enfermeiro, de forma a melhor atender às necessidades do paciente e família, obtendo sua 
participação ativa nas decisões sobre o cuidado a ser prestado. O paciente é o centro do processo de 
cuidar, integrado na tomada de decisão e participante do planejamento e implementação deste 
cuidado. Esta visão do cuidado, como principal foco da enfermagem, deriva da filosofia e ciência do cuidar 
desenvolvida pela teorista de enfermagem Jean Watson, que combina uma visão humanista e uma base 
sólida de conhecimento cientifico. Nesta visão de mundo, associada às habilidades de pensamento crítico, a 
ciência do cuidado tem como foco a promoção da saúde e não somente a cura da doença. 
Neste cenário, o profissional central é o Enfermeiro Assistencial. Ele é o responsável pelo 
planejamento dos cuidados e estabelecimento de vínculo com o paciente e sua família. 
Neste modelo, o enfermeiro, possui igualmente o papel de integrador, facilitador e coordenador das relações 
entre paciente, equipe multiprofissional, médicos e instituição, à beira do leito. 
 O Modelo de Educação Continuada 
 
O desenvolvimento técnico-científico, como uma das principais diretrizes do sistema de 
enfermagem, visa propiciar a capacidade profissional e a humanização do atendimento, fornecendo 
subsídios à implantação do modelo assistencial institucional e o atendimento ao paciente e médico. 
O modelo é descentralizado, realizado localmente junto à equipe de enfermagem e inclui um plano 
diretor voltado a atender as necessidades de desenvolvimento e capacitação de enfermagem e do 
nível médio de enfermagem. 
O plano de treinamento e desenvolvimento de Auxiliares e Técnicos do sistema enfermagem tem seus 
objetivos direcionados para implementação de uma sistemática regular de capacitação, de modo a 
facilitar atitudes proativas e permanentes interação destes profissionais com os assuntos referentes à 
assistência ao paciente e de gestão organizacional. O trabalho de uma liderança desafia pessoas por meio 
da ideia de que uma mudança não é tão simples, mas inevitável. 
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É preciso construir um meio para que transitemos de um lado para outro. Precisamos 
definitivamente pensar como líderes no novo contexto. Se tomarmos tempo para criarmos uma visão e um 
propósito para nossa vida, possivelmente conseguiremos enxergar nosso trabalho com um olhar mais 
abrangente, mais crítico e estratégico. 
5) GERÊNCIA, LIDERANÇA, SUPERVISÃO E AUDITORIA 
 
 GERÊNCIA 
 
O trabalho de enfermagem, enquanto parte do trabalho coletivo em saúde, apresentado 
anteriormente, realiza-se em diferentes instituições de saúde, sejam elas públicas ou privadas. 
O processo de trabalho de enfermagem particulariza-se em uma rede ou subprocessos que são 
denominados cuidar ou assistir, administrar ou gerenciar, pesquisar ou ensinar. 
No processo de trabalho gerencial, os objetivos de trabalho do enfermeiro são a organização do 
trabalho e os recursos humanos de enfermagem. Para a execução desse processo, é utilizado um 
conjunto de instrumentos técnicos próprios da gerencia, ou seja, o planejamento, o 
dimensionamento de pessoal de enfermagem, o recrutamento e seleção de pessoal, a educação continuada 
e/ou permanente, a supervisão, a avaliação de desempenho e outros. Também se utiliza outros meios ou 
instrumentos como força de trabalho, os materiais, equipamentos e instalações, além dos diferentes 
saberes administrativos. 
A gerência tomada enquanto processo de trabalho de enfermagem pode ser aprendida por dois 
grandes modelos: modelo racional e o modelo histórico-social. 
O modelo racional corresponde ao enfoque predominante nos estudos e na pratica do 
gerenciamento de enfermagem e está fundamentado na teoria geral da administração (TGA). Neste 
modelo, a tarefa atual da administração é interpretar os objetivos propostos pela organização e 
transforma-lo em ação organizacional através do Planejamento, Organização, Direção e controle de 
todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar 
tais objetivos da maneira mais adequada à situação. 
No gerenciamento, fundado na flexibilidade, a produção é voltada e conduzida pela demanda, é 
variada, diversificada e pronta para suprir o consumo, que determina a produção; sustenta-se na existência 
de um estoque mínimo e do melhor aproveitamento possível do tempo de produção, e num 
processo produtivo flexível e que o trabalhador é polivalente. 
No modelo histórico-social, o gerenciamento é apreendido à parte da perspectiva das práticas de 
saúde, historicamente estruturadas e socialmente articuladas, buscando responder as contradições e 
tensões presentes no cotidiano dos serviços. Neste sentido, a gerência não está voltada apenas para 
organização e o controle dos processos de trabalho, mas também para a apreensão e satisfação das 
necessidades de saúde da população. 
Os meios de instrumentos de que se utiliza os saberes administrativos e suas ferramentas, tais como o 
planejamento, a coordenação, o controle e a direção, dentre outros mais específicos. Vale destacar que 
as atividades, próprias da gerencia, são organizadas de determinada forma, em que estão presentes a 
rotina e a normatização; a hierarquia, o controle e a autoridade; a divisão do trabalho por categorias de 
trabalhadores, por turnos, por atividades, dentre outros. 
 LIDERANÇA EM ENFERMAGEM 
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Função do líder, forma de dominação baseada no prestigio pessoal e aceita pelos dirigidos. 
 
Teoricamente, a pratica da liderança na enfermagem não difere, em essência, de outras áreas. Para 
melhor compreender de como ocorre o fenômeno liderança na enfermagem, algumas abordagens são 
necessárias, uma delas é o significado que é atribuído à liderança, a outra trata da característica do líder e 
a influência do poder no processo da liderança. 
 
CARACTERISTICA DO LIDER 
 
É atribuído ao líder: 
 
 A coordenação das atividades do grupo; 
 Planejamento dessas atividades; 
 Estabelecimento de políticas; 
 Conhecimento técnico especifico; 
 A comunicação entre o grupo e o meio ambiente; 
 Coordenação interna do grupo; 
 Determinação de recompensas e punições; 
 Substituição de responsabilidades individuais. 
 
É importante salientar que a autoridade do líder deriva da contribuição que dá ao grupo para atingir 
os objetivos propostos. 
 
Estilo de liderança 
 
 Liderança autocrática: este tipo de liderançaexplora e estimula a dependência 
mediante a satisfação de necessidades evidenciadas pelos liderados, esse estilo favorece a 
centralização de poder, e enfraquece as iniciativas individuais e promove comportamento 
submisso dos membros do grupo. 
 
 Liderança democrática: esse estilo de liderança leva em consideração o 
desenvolvimento das habilidades e capacidade de seus membros, a qualidade do 
desempenho e a interação dos indivíduos do grupo. 
É importante que o líder democrata tenha segurança técnico-profissional, uma vez que essa 
equalização de poder é ameaçadora principalmente se o líder tiver competência profissional 
inferior a de seus subordinados. 
 
 Liderança Liberal: há pouco ou nenhuma controle e coordenação sobre o grupo, pode haver 
apatia e desinteresse pelo grupo. 
 
O PODER DO ENFERMEIRO E A LIDERANÇA 
 
Na formação do enfermeiro, com raras exceções, é enfatizado o cumprimento das ordens e regras, 
a responsabilidade inquestionável pela exceção das atividades a ele prescrita e o conhecimento 
direcionado para a assistência direta ao paciente hospitalizado. 
 
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Na realidade da pratica assistencial o enfermeiro encontra, nessas organizações um, ambiente que 
favorece o cumprimento às ordens dadas e a responsabilidade inquestionável, mas não a assistência de 
enfermagem direta ao paciente, uma vez que na grande parte do tempo o enfermeiro assume 
atividades denominadas administrativa. É no desempenho dessas atividades que o enfermeiro formaliza seu 
papel organizacional assumindo, frequentemente, cargos de chefia. Talvez pela capacitação técnica 
específica ou por motivos como interesses organizacionais ou ainda pelas necessidades do grupo 
dirigido, o enfermeiro assume geralmente a liderança do grupo de enfermagem. 
 SUPERVISÃO DE ENFERMAGEM 
 
O SUPERVISOR, antes visava apenas à obtenção do máximo rendimento dos funcionários, sendo 
indiferente à necessidade de cada um, passa a visualizar o ser humano, a se preocupar em 
compreendê-lo e em ajuda-lo a desenvolver-se. Desse modo, ao conceito da função supervisão foi 
acrescido o caráter educativo. A fiscalização, utilizada até então como meio para detecção de erros e 
punições, foi substituída pelo controle associado à educação. 
O elemento supervisor passou a se preocupar com o passar do tempo com o planejamento, a 
execução e avaliação do trabalho, visando sempre à sua melhoria e ao crescimento do pessoal. 
 
O papel do supervisor mudou para o de um orientador e facilitador no ambiente de trabalho. 
 
O Ministério da Saúde define a supervisão como um processo educativo e continuo que consiste 
fundamentalmente em motivar e orientar os supervisionados na execução de atividades com base em 
normas, a fim de manter elevada a qualidade dos serviços prestados.ATIVIDADES E OBJETIVOS DA 
 
FUNÇÃO SUPERVISÃO 
 
Na enfermagem, o enfermeiro supervisor desenvolve, junto aos funcionários, atividades 
diversificadas como: 
 Discussão das convicções, valores e objetivos de serviço de enfermagem; 
 Caracterização da clientela atendida; 
 Identificação das necessidades da assistência de enfermagem; 
 Planejamento e desenvolvimento das ações de enfermagem segundo os critérios e as 
prioridades definidas; 
 Avaliação da qualidade da assistência de enfermagem prestada; 
 Previsão e provisão de recursos humanos, materiais, físicos e orçamentários necessários ao 
desenvolvimento das atividades de enfermagem; 
 Identificação das necessidades de treinamento e orientação dos funcionários; 
 Elaboração, implantação e avaliação das normas, procedimentos e rotinas e manuais do serviço 
de enfermagem; 
 Manutenção de um sistema de informação; 
 Prevenção de situações problemáticas; 
 Estratégia de motivação para os funcionários; entre outras atividades especificas da realidade 
dos serviços de enfermagem. 
 
EXECUÇÃO DA FUNÇÃO SUPERVISÃO 
 
O enfermeiro precisa – como requisito para o desenvolvimento da função supervisão – 
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competência profissional, habilidade para relacionar-se com as pessoas, motivação para o 
desenvolvimento do pessoal, crença no potencial do ser humano e na importância do 
envolvimento de todos os funcionários nas decisões relativas às rotinas de trabalho, visando à 
manutenção de uma assistência de enfermagem eficaz. 
 AUDITORIA 
 
É uma avaliação sistemática e formal de uma atividade, por alguém não envolvido diretamente na sua 
execução, para determinar se essa atividade está sendo levada a efeito de acordo com seus objetivos. 
AUDITORIA EM ENFERMAGEM é a avaliação sistemática da qualidade da assistência de 
enfermagem, verificada através das anotações de enfermagem no prontuário do paciente e/ou das próprias 
condições deste. Chega-se à conclusão de que a auditoria é a comparação entre a assistência prestada e 
os padrões de assistência consideradas como aceitáveis. 
 Auditoria Operacional 
 
Consiste na realização das atividades voltadas para controle das ações desenvolvidas pela rede de 
serviços do Distrito Sanitário. 
Concentra-se nas condições da rede física, nos mecanismos de regulação e no desenvolvimento das 
ações de saúde. 
 Auditoria Analítica 
 
Baseia-se no desenvolvimento de atividades que têm por objetivo aprofundar as análises de 
aspectos específicos do sistema de saúde do Distrito sanitário, ou seja, é voltada para a avaliação 
quantitativa, inferindo, em algumas situações, a qualidade das ações de saúde do Distrito Sanitário. 
6) ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS 
 
 MANUAIS 
 
Instrumentos integrantes do sistema de informação da organização transmitem por escrito orientações aos 
elementos da equipe de enfermagem para o desenvolvimento das atividades. 
Enquanto instrumentos de informação, os manuais reproduzem a estrutura formal (informação escrita) 
do serviço de enfermagem. 
 Conceito importante e característica dos manuais 
 
Entende-se por manual de enfermagem o instrumento que reúne, de forma sistematizada, normas, 
rotinas, procedimentos e outras informações necessárias para a execução das ações de enfermagem. 
 
O manual tem por finalidade esclarecer dúvidas e orientar a execução das ações de 
enfermagem, constituindo um instrumento de consulta. 
Assim o manual deve ser constantemente submetido à análise crítica, ser atualizado sempre que 
necessário, considerando também os avanços advindos dos resultados das pesquisas realizadas na área 
de enfermagem. 
 
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 Manual de Normas 
 
As normas são conjunto de regras ou instruções para determinar procedimentos, métodos, 
organização que são utilizados no desenvolvimento das atividades de enfermagem. São leis, guias que 
definem o modo de como e quem deve realizar as ações de enfermagem. 
Exemplo de Normas 
 
 A prescrição dos cuidados de enfermagem deverá ser feita pelo enfermeiro 
encarregado, segundo condutas estabelecidas; 
 Todo acidente ocorrido com o pessoal de enfermagem, durante a realização das 
atividades, deverá ser imediatamente informado à chefia de enfermagem; 
 Os materiais para exames laboratoriais de rotina deverão ser encaminhados ao 
laboratório, diariamente, até as 9 horas; 
 Todo paciente cardíaco deverá ser pesado, diariamente, pelo auxiliar de enfermagem designado 
para cuida-lo, e outros. 
 
 Manual de Rotina 
A rotina, conforme definição do Ministério da Saúde é o conjunto de elementos que especifica a 
maneira exata pela qual uma ou mais atividades devem ser realizadas. É a descrição 
sistematizada dos passos a serem dados para a realização das ações componentes de uma atividade, 
na sequência da execução. 
 
Uma rotina instrui sobre o que deve ser feito, quem deve fazer e onde. 
 
A rotina é especifica de cada unidade, uma vez que seus passos e agentesdependem dos 
recursos existentes nessa unidade. Por exemplo: em uma unidade que dispõe de mais recursos, o curativo 
é feito pelo enfermeiro; em outra que não tem esse profissional em número suficiente, será feito 
pelo auxiliar de enfermagem. 
 
Neste caso cada unidade terá uma rotina diferente; além dos agentes diferentes, a linguagem 
diferente; e a descrição das ações deverão estar de acordo com o preparo de quem irá executa- la. 
 Manual de Procedimento 
 
Procedimento é a descrição detalhada e sequencial de como uma atividade deve ser realizada. 
É sinônimo de técnica. 
 
O procedimento ao contrário da rotina, geralmente é uniforme para toda a organização, pois está 
baseado em princípios científicos e, assim, não se modifica, independente de quem o realiza. Por 
exemplo: um procedimento de sondagem vesical é realizado por um enfermeiro, ou por um médico sempre 
da mesma maneira. O tipo de material utilizado pode ser modificado, mas a técnica de fazer a 
sondagem geralmente não. 
É importante que os passos do procedimento sejam suficientemente detalhados e explicativos, para 
redimir todas as dúvidas de quem vai executa-lo. 
7) ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E RECURSOS HUMANOS 
 
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O objetivo da administração de recursos humanos são as pessoas e suas relações dentro da 
organização. No entanto, certamente não é esse o seu objetivo. É sempre necessário esclarecer o 
formulador dos objetivos que se quer atingir. Nessas condições pode se dizer que a 
administração de recursos humanos serve para manter a organização produtiva, eficiente, eficaz, a 
partir da mobilidade adequada das pessoas que ali trabalham. A Administração De Recursos Humanos 
pode ser compreendida como: um subsistema de uma organização, pois pessoas realizam o trabalho das 
organizações. Mesmo quando existe uma intensa substituição do elemento humano por máquinas, as 
pessoas recolhem o produto transformando pelas máquinas, ligam-nas, desligam-nas, decidem quando 
acioná-las e quando consertá-las. 
O SUBSISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 
 
Considerar o modelo de sistema leva a considerar a organização como um sistema aberto (que 
interage com o ambiente que o rodeia) e complexo (composto de uma série de subsistemas com diferentes 
finalidades, todos idealmente com o mesmo objetivo). A administração de recursos humanos dentro da 
organização pode ser classificada como um de seus subsistentes para descobrir os componentes 
desse subsistema, deve-se compreender a trajetória do indivíduo sob a ótica da organização. 
O modelo “lógico” apresentado a seguir não é real, pois a realidade não se rende perante esse tipo 
de formulação. Como qualquer modelo pressupõe, trata-se de uma simplificação. A decisão sobre a 
qualidade dos trabalhadores seria uma das primeiras informações a servir como subsidio para desencadear 
o ciclo do subsistema da administração de recursos humanos. Assim que aqueles trabalhadores 
estiverem em pleno exercício da função, é hora de desencadear um componente em geral considerado 
entre os últimos – a avaliação dos recursos humanos. O importante é ter em mente que essas 
atividades devem ser realizadas. O momento da sua realização é indicado pela própria vida 
organizacional. 
Suprimento 
 
Para obter o suprimento de trabalhadores, a organização possui duas funções tradicionais 
concebidas: RECRUTAMENTO E SELEÇÃO. 
Recrutamento significa, teoricamente, buscar o trabalhador ideal, esteja ele onde estiver, e 
interessá-lo em tornar-se um membro da organização. Na verdade, há dois extremos nessa função de 
recrutamento externo: 
 O profissional desejado existe, é especializado e foi localizado numa organização diferente 
para a qual se quer atraí-lo. 
 Não há definição clara a respeito de quem se deseja como o futuro ocupante de cargo da 
organização, desde que preencham as condições necessárias. 
A seleção de Pessoal, por sua vez, viria idealmente após o recrutamento e teria por finalidade 
descobrir, entre os que se candidatam, aqueles que “interessam” à organização, aqueles mais adequados 
ao trabalho. A seleção, em geral, ocorre quando há excesso de oferta de candidatos, de modo a tentar 
garantir que os melhores ingressem na organização. Seria desejável que essa circunstância ocorresse 
sempre, de forma a aumentar a probabilidade de que um nível mínimo de exigências fosse cumprido. Por 
exemplo, a inexistência de um médico para uma unidade de emergência pode ou não significar a 
contratação de um profissional qualificado, se ele for o único candidato. Há diversos tipos de mecanismo 
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de seleção, entre esses dois casos extremos: Concurso Público e Indicação. 
 Manutenção 
 
Após o indivíduo ser recrutado, selecionado, socializado, aceito e ter começado a trabalhar na 
organização, passa a ser necessário mantê-lo dentro da instituição. 
 Desenvolvimento 
 
O desenvolvimento profissional é definido por meio das atividades de treinamento técnico e de 
reciclagem para ter bons resultados nas organizações, não basta ser bons profissionais – eles precisam 
desempenhar suas tarefas de acordo com as determinações ou com os padrões da organização. 
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RECICLAGEM: 
é o 
eufemismo 
 
 
 
costumeiramente utilizado para se referir treinamento sem ferir suscetibilidade. De fato, treinamento 
pressupõe partir de um nível homogêneo de conhecimento, geralmente próximo de zero. Reciclagem seria 
atualização, revisão de conhecimentos, aprimoramento daquilo que, a rigor, já se sabia. 
 Avaliação 
 
A avaliação de recursos humanos requer uma apreciação mais global. Existe um desempenho de 
conteúdo técnico, cuja avaliação está sob responsabilidade dos supervisores imediatos, supondo que 
estes tenham conhecimento técnico suficiente para fazê-lo e contato com as normas mais utilizadas 
externa e interna à organização. 
 Dimensionamento de Pessoal – Cálculo 
 
Resolução 293/2004 esclarece a fundamentação dos cálculos e formulas recomendada nos 
Anexos I, II, III e IV, disponível no site WWW.portalcoren.rs.gov.br. 
 
Para efeito de cálculos, devem ser consideradas como horas de enfermagem, por leito, nas 24 horas: 
 3,8 horas de enfermagem, por cliente, na assistência mínima ou autocuidado; 
 5,6 horas de enfermagem, por cliente, na assistência intermediaria; 
 9,4 horas de enfermagem, por cliente, na assistência semi-intensiva; 
 17,9 horas de enfermagem, por cliente, na assistência intensiva. 
 
UTILIZANDO O COEFICIENTE DE MARINHO, A FORMULA DE CALCULO DE PESSOAL É: 
 
QP=KM x total de horas de enfermagem (THE) 
 
 
 
UTILIZANDO A FORMULA USADA POR FUGULIN PARA O CALCULO DE PESSOAL USA-SE A FORMULA: 
 
QP=número de leitos (%de ocupação) x Hs de enfermagem x dias da semana 
 
Jornada Semanal de Trabalho 
 
Para utilizar as duas fórmulas os quatro exercícios a seguir permitem esclarecer o raciocínio 
apresentado: 
Exemplo 1: qual a necessidade de pessoal de enfermagem para uma unidade assistencial de 24 leitos de 
pacientes cirúrgicos nos diferentes turnos, sendo que 16 são de cuidados intermediários e 08 
com cuidados mínimos? (90% de ocupação) 
 
N° de leitos: 90 % de 16L= 14 Total de cuidados intermediários 
90 % de 08L= 07 cuidados mínimos. 
 
THE= 7 x 3,8 + 14 x 5,6 
 
 
Usando a formula da resolução 293/2004 
 
QP=Coeficiente de Marinho (KM) x total de horas de enfermagem (THE) 
http://www.portalcoren.rs.gov.br/
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Usando a formula de Furgullin: 
 
Número de Pessoal= Número de leitos (% de ocupação)x Hs de Enf. x dias semana 
 
Jornada semanal de trabalho 
 
THE= 26,6 + 78,4= 105 
 
Número de pessoal = 0,2236 x 105= 23,47 Profissionais de Enfermagem 
 
 
Nº de leitos:90 % de 16L= 14 
 
90 % de 08L= 07 
 
Número de Pessoal= 14L x 5,6h x 07L x 3,8h x 7 dias de semana= 
 
36h 
 
Número de Pessoal= 78,40 + 26,60 x 7= 735= 20.42 
 
36h 36h 
 
Número de Pessoal= 20.42 acrescidos de 15% de índice de segurança técnico (IST) / Resolução COFEN 
Nº 293/2004. 
Número de Pessoal= 20.42 + 03 = 23 Profissionais de Enfermagem. 
 
* EXEMPLO 02: Você deve planejar uma unidade de internação para 28 pacientes, destes 15 são pacientes 
com cuidado intensivos e 13 pacientes com cuidados semi-intensivos, distribuídos nas vinte quatro horas 
com 100% de ocupação. 
 
 
31. Número de Pessoal = 15L x 17,9h x 13L x 9,4h x 7 dias de semana = 
 
36h 
 
Número de Pessoal = 268 + 122,20 x 7= 2.731,40 = 75.87 
 
36h 36h 
 
Número de Pessoal= 75.87 acrescidos de 15% de índice de segurança técnico (IST) / Resolução 
COFEN Nº 293/2004. 
 
Número de Pessoal= 75.87 + 11.38 = 87.25 Profissionais de Enfermagem nos 4 turnos 
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* EXEMPLO 03: Em uma unidade com 36 pacientes distribuídos em 21 pacientes com cuidados mínimos, 
e 15 pacientes com cuidados intermediários, qual será a necessidade de pessoal de Enfermagem para 
as 24 horas com ocupação de 80%? 
 
Número de Pessoal = 17L x 3,8h x 12L x 5,6h x 7 dias de semana= 
 
36h 
 
Número de Pessoal = 64.60 + 67.20 x 7= 922.60= 25,63= 26 
 
36h 36h 
 
Número de Pessoal= 26 acrescidos de 15% de índice de segurança técnico (IST) / Resolução 
COFEN Nº 293/2004. 
 
Número de Pessoal= 26 + 3,9 = 29,9= 30 Profissionais de Enfermagem 
 
* EXEMPLO 04: Em uma Unidade pediátrica com 24 leitos e uma ocupação de 80%, qual é o quadrado 
do pessoal necessário para atendimento nas 24 horas, sendo 12 pacientes com cuidados 
intermediários e 12 pacientes com cuidados semi-intensivos? 
 
Nº de leitos: 80 % de 12L= 9,6= 10. 
 
80 % de 12L= 9,6= 10. 
 
Número de Pessoal = 10L x 5,6h x 10L x 9,4h x 7 dias de semana= 
 
36h 
 
Número de Pessoal = 56 + 94 x 7= 1050,00= 29,17 
 
36h 36h 
 
Número de Pessoal = 29,17 acrescidos de 15% de índice de segurança técnico (IST) / Resolução COFEN 
Nº 293/2004. 
Número de Pessoal= 29,17 + 4,38= 33.55 Profissionais de Enfermagem 
 
É importante que os (as) Responsáveis Técnicas (RT) pelo Serviço de Enfermagem tenham estes cálculos 
como balizamento de seu quadro operacional baseado na gestão eficiente e eficaz da Enfermagem com 
propostas objetivas e metas definidas e acompanhadas em sua execução. 
 
8) Escalas de Distribuição de Pessoal de Enfermagem 
 
A distribuição de Pessoal de enfermagem é uma atividade complexa que requer de quem a elabora 
preparo técnico, conhecimento das necessidades da clientela, dinâmica da unidade, leis trabalhistas e da 
equipe de enfermagem. 
A divisão do trabalho e sua organização é realizada por meio de atividade com objetivo de dividir as 
atividades de enfermagem de maneira equivalente para a equipe, evitando deficiência na assistência e 
sobrecarga dos funcionários. Uma boa escala de pessoal é a garantia de uma assistência de 
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enfermagem de qualidade sem ônus para o paciente e para a equipe. 
Método Funcional: dividido por funções do profissional. Ex: o auxiliar de enfermagem faz a medicação 
da clínica toda. 
Método Integral: designar um ou mais pacientes para o funcionário que dará todo o 
atendimento para o mesmo, durante o seu turno de trabalho. Ex: UTI. 
Trabalho em equipe: designar um grupo da equipe de enfermagem para dar todo o 
atendimento durante o turno de trabalho. 
Para ser feita à distribuição de pessoal de Enfermagem é necessário que seja conhecido: 
 
- Os aspectos relativos às necessidades da clientela; 
 
- A dinâmica da unidade; 
 
- As características da equipe de enfermagem; 
 
- Leis trabalhistas. 
 
A seguir falaremos dos tipos de Escala de Pessoal: 
 
Escala Mensal / Escala de Pessoal 
 
Escala Mensal / Escala de Pessoal / Escala de Folgas é a distribuição do pessoal de enfermagem durante 
os dias do mês, segundo os turnos de trabalho (M – T - N) e contém as folgas, férias e licenças. 
 
 
Escala de Atividade Diária 
 
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Tem por objetivo dividir as atividades diárias da equipe. É elaborada pelo enfermeiro 
responsável pelo plantão ou turno. É baseada na complexidade e características do setor e tem por objetivo 
a distribuição de atividades entre os funcionários de acordo com classe de trabalho. A escala deverá ter um 
impresso próprio, para melhor visualização e confecção. Poderá ser feita para 1 dia, 1 semana e até um mês. 
O enfermeiro deverá discutir em equipe a melhor forma de execução e elaboração da escala. 
A escala mensal contempla os três turnos de trabalho: manhã, tarde e noite, e é onde são 
registrados as folgas, férias e licenças dos funcionários. 
A Assistência de Enfermagem deverá ser garantida nas 24 horas, por isto o planejamento das folgas 
e férias, deverá garantir número suficiente de técnicos, auxiliares e enfermeiros. Ela é elaborada pela 
Enfermeira chefe ou um funcionário sob supervisão. 
É importante obter o conhecimento de leis trabalhistas no que diz a jornada de 8 horas diárias 
– 44 horas semanais – 2 horas excedentes (extra). 
 
Um dia (24 horas) de descanso semanal, exceto quando já previsto. Contemplar feriados civis e 
religiosos para os funcionários. O trabalho noturno refere-se ao período de 22h as 5h. 
A mulher tem direito às 2h de descansos especiais para amamentação, até completar 6 meses. 
 
Para as jornadas que excedam 6h terá descanso de 1h as 2h, para repouso e alimentação (não 
contadas na jornada) 
Conhecimento da duração semanal de trabalho na instituição (30h, 36h, 40h, 44h, 12x36h e 
12x60h, não podendo exceder 44h semanais. 
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As folgas serão de acordo com as horas trabalhadas e feriados anuais. 
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É importante o conhecimento das características da clientela, do funcionamento da unidade e suas 
particularidades, das características pessoais de cada elemento da equipe, de forma a evitar brigas e pouca 
capacitação do plantão frente a adversidades. 
 
Para que haja uma humanização da escala, o ideal é que o acesso a escala seja facultativo a todos. 
O funcionário deverá ter alocado, dentro do possível, suas preferências de folga e férias. A alocação em 
plantões deverá ser avaliada em equipe. O rodízio de folgas é importante para não haver favorecimentos. A 
escala deverá ser disponibilizada com antecedência para que todos consigam fazer suas atividades 
externas. 
A Escala de Férias deverá ser elaborada de forma racional visando o bom andamento do serviço. Deverão 
obedecer algumas regras iniciando pelo direito após 12 meses trabalhados. 
 
30 dias (sem mais de 5 faltas) 
24 dias (6 a 14 faltas) 
18 dias (15 a 23 faltas) 
 
12 dias (24 a 32 faltas) 
 
Recomendações para elaboração de uma boa escala 
 
•. Colocar o nome completo de cada funcionário e o cargo que ocupa. 
 
•. Usar códigos: M, T, N (PARA OS TURNOS). 
 
•. Ressaltar a escala de domingos e feriados. 
 
•. Evitar o acúmulo de folgas, para não haver prejuízos posteriores. 
 
•. Atentar para o rodízio dos dias de folga nos finais de semana e para os diaristas não ultrapassar mais 
que 7 dias sem folga. 
•. Observar o retorno do funcionário de férias. 
 
•. Dar continuidade na escala de mês a mês, com base no último dia. 
 
•. Verificar o número e o equilíbrio da distribuição de pessoal. 
 
•. Estipular prazo para escolha dos dias de folga, entrega da escala na chefia e retorno ao setor 
 
9) GESTÃO DE RECURSOS MATERIAIS 
 
O OBJETIVO BÁSICO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS consiste em colocar os recursos 
necessários ao processo produtivo com qualidade,em quantidades adequadas, no tempo correto e 
com o menor custo. Materiais são produtos que podem ser armazenados ou que serão consumidos 
imediatamente após a sua chegada. Baseado nesse conceito estão excluídos os materiais considerados 
permanentes, como equipamentos médico-hospitalares, mobiliário, veículos semelhantes e incluídos, 
portanto, os demais produtos, como medicamentos, alimentos, material de escritório, de limpeza, de 
conservação e reparos, de uso cirúrgico, de radiologia, de laboratório, reagentes químicos, vidraria, 
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etc. 
► FALTA DE MATERIAL 
 
O diagnóstico inadequado leva a uma ação que não produzirá os efeitos desejados. As causas da falta de 
materiais podem ser identificadas em três diferentes grupos: 
* CAUSAS ESTRUTURAIS 
 
• Falta de prioridade política para o setor: baixos investimentos, baixos salários, corrupção, serviços de 
baixa qualidade, etc. 
• Clientelismo político: diretores incompetentes, fixação de prioridades sem a participação da sociedade, 
favorecimentos, etc. 
• Controles burocráticos: que agem sobre os instrumentos, particularmente naqueles de caráter econômico, 
levando à desvalorização das ações executadas e invertendo o referencial das organizações. 
• Centralização excessiva: produz danos imensos na área de materiais. Compras centralizadas e baseadas 
exclusivamente em menores preços são exemplos que devem ser evitados. 
* CAUSAS ORGANIZACIONAIS 
 
• Falta de objetivos: quando os objetivos não estão claros, cada unidade cria seu próprio sistema de 
referência. Como consequência, pode ocorrer uma dissociação entre a área fim e as áreas meio. 
 
• Falta de profissionalismo da direção. 
 
• Falta de capacitação e de atualização do pessoal. 
 
• Falta de recursos financeiros. 
 
• Falta de controles. • Corrupção. 
 
• Falta de planejamento. 
 
• Rotinas e normas não estabelecidas adequadamente. 
 
* CAUSAS INDIVIDUAIS 
 
• Diretores Improvisados: inseguros ou incapazes de inovar, sem condições de manter um diálogo 
adequado com a área fim. 
• Funcionários desmotivados: sem compromisso com a instituição. Seu principal objetivo é a 
manutenção do emprego. 
A administração de materiais, equipada de tecnologia adequada, poderá evitar, em parte, a falta de 
materiais, porém essa ação isolada não é suficiente sem a eliminação das causas. A 
administração de materiais isoladamente não é capaz de evitar as faltas.
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10) GERENCIAMENTOS DE RESIDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária/ANVISA - RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004, O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE 
SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) é constituído por um conjunto de procedimentos de gestão. Estes 
procedimentos são planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas 
e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos de serviços de saúde e proporcionar aos 
resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a 
preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. 
O gerenciamento inicia pelo planejamento dos recursos físicos e dos recursos materiais 
necessários, culminando na capacitação dos recursos humanos envolvidos. Todo laboratório gerador 
deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, baseado nas 
características dos resíduos gerados. O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas 
federais, estaduais e municipais, e ainda deve estar de acordo com os procedimentos institucionais 
de Biossegurança, relativos à coleta, transporte e disposição final. 
► MANEJO 
 
O manejo dos resíduos de serviços de saúde é o conjunto de ações voltadas ao gerenciamento dos 
resíduos gerados. Deve focar os aspectos intra e extra- estabelecimento, indo desde a geração até a 
disposição final, incluindo as seguintes etapas: 
 
● 1 – SEGREGAÇÃO 
 
Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, 
químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. 
 
 
● 2 – ACONDICIONAMENTO 
 
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem 
vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de 
acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Os resíduos 
sólidos devem ser acondicionados em sacos resistentes à ruptura e vazamento e impermeáveis, de 
acordo com a NBR 9191/2000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Deve ser 
respeitado o limite de peso de cada saco, além de ser proibido o seu esvaziamento ou 
reaproveitamento. Colocar os sacos em coletores de material lavável, resistente ao processo de 
descontaminação utilizado pelo laboratório, com tampa provida de sistema de abertura sem contato 
manual, e possuir cantos arredondados. Os resíduos perfuro cortantes devem ser acondicionados em 
recipientes resistentes à punctura, ruptura e vazamento, e ao processo de descontaminação 
utilizado pelo laboratório. 
● 3 – IDENTIFICAÇÃO 
 
Esta etapa do manejo dos resíduos permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e 
recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. Os sacos de acondicionamento, 
os recipientes de coleta interna e externa, os recipientes de transporte interno e externo, e os locais de 
armazenamento devem ser identificados de tal forma a permitir fácil visualização, de forma indelével, 
utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referendados na norma NBR 7.500 da 
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ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada 
grupo de resíduos. 
O Grupo A de resíduos é identificado pelo símbolo internacional de risco biológico, com rótulos de fundo 
branco, desenho e contornos pretos. 
O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e 
com discriminação de substância química e frases de risco. 
O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor 
magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão “Rejeito 
Radioativo”. 
GRUPO D resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio 
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. 
O Grupo E possui a inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o 
resíduo. 
 
● 4 - TRANSPORTE INTERNO 
 
Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao 
armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta. 
O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em 
horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de 
visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo 
de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos. 
Os carros para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, 
impermeável, resistente ao processo de descontaminação determinado pelo laboratório, provido de 
tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados, e identificados com o 
símbolo correspondente ao risco do resíduo neles contidos. Devem ser providos de rodas revestidas 
de material que reduza o ruído. 
Os recipientes com mais de 400 L de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. O uso de 
recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga permitidos para o transportepelos 
trabalhadores, conforme normas reguladoras do Ministério do Trabalho e Emprego. 
 
● 5- ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO 
 
Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo 
aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento 
entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não pode ser feito 
armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a 
conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento. 
11) SISTEMATIZAÇAO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
É uma forma sistemática e dinâmica de prestar os cuidados de enfermagem. Através deste 
método, o enfermeiro promove cuidado humanizado, dirigido a resultados e de baixo custo e, ainda, esse é 
capaz de impulsionar os enfermeiros a continuamente examinarem suas práticas, refletindo sobre formas 
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de fazê-las melhor. 
 
Diferenças entre SAE e Processo de Enfermagem 
 
Sistematização é um termo distinto e mais amplo que Processo de Enfermagem. A 
Sistematização da Assistência de Enfermagem é definida como organizadora do trabalho profissional 
“quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do Processo de 
Enfermagem”. 
Já o Processo de Enfermagem é considerado “um instrumento metodológico que orienta o cuidado 
profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional”. 
O Processo de Enfermagem possui as seguintes características: 
 
- Intencional, organizado e sistemático: cada etapa destina-se a uma finalidade específica, evitando a 
perda de qualquer fato importante. 
- Humanístico: devemos considerar os interesses, valores, necessidades e cultura exclusiva dos pacientes. 
- Etapa por etapa, cíclico e dinâmico: é um ciclo que deve ser trabalhado rigidamente etapa por etapa, 
sendo necessário às vezes retornar a primeira etapa. 
- Focalizado nos resultados e de custos efetivos: ajuda-o a descobrir como atingir o melhor resultado 
de maneira mais eficiente e com o custo mais efetivo. 
Por que aprender sobre SAE? 
 
 É a primeira ferramenta que você necessita aprender para “pensar como enfermeiro”. 
 Oferece uma maneira organizada, sistemática de pensar sobre o cuidado de 
enfermagem. 
 Fornece uma estrutura padronizada de referência que promove a comunicação efetiva entre os 
enfermeiros. 
 Sustenta todos os modelos de cuidado, proporcionando um modelo para o 
pensamento crítico e formando a base para a tomada de decisão. 
“Artigo 2°: A implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem deve ocorrer em toda 
instituição de saúde, pública ou privada” 
“Artigo 3°: A SAE deverá ser registrada formalmente no prontuário do 
paciente/cliente/usuário...” 
 
Instrumentos Básicos para aplicação do Processo de Enfermagem 
 
1) Observação; 
 
2) Comunicação; 
 
3) Planejamento; 
 
4) Criatividade; 
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5) Trabalho em equipe; 
 
6) Destreza manual; 
 
7) Aplicação de princípios científicos; 
 
8) Utilização de recursos da comunidade; 
 
9) Avaliação 
 
A observação é um instrumento básico para o cuidar. A observação lança fundamentos para a coleta de 
outros tipos de dados do histórico. A observação inclui olhar, observar, examinar, inspecionar 
minuciosamente, questionar. Para observar com eficiência, o enfermeiro utiliza todos os órgãos dos 
sentidos. 
Observar a aparência e o aspecto geral: Como o cliente está arrumado e vestido? Parece 
saudável? Qual é o tamanho corporal e o estado nutricional do paciente? Ele está com roupas limpas, 
sujas ou impróprias para a estação do tempo? 
Observar também a comunicação não-verbal, como: O paciente mostra qualquer sinal de raiva, 
ansiedade, tristeza? O paciente apresenta sinais de desconforto? 
A capacidade de comunicação determina a diferença entre o atendimento competente e eficiente e 
o desleixado, pouco profissional e propenso a erros. 
Etapas do Processo de Enfermagem 
 
1) Investigação; 
 
2) Diagnóstico; 
 
3) Planejamento; 
 
4) Implementação; 
 
5) Avaliação. 
 
A Investigação é a primeira etapa para a determinação do estado de saúde do paciente, ela ocorre 
quando você entrevista e examina o paciente e reúne todos os dados para obtenção de um quadro do 
estado de saúde. 
Neste período será realizada a coleta de dados (dados diretos e indiretos); a Validação dos dados (dados 
objetivos, subjetivos); a Organização dos dados; a Documentação metódica desses dados; 
 
Use frases complementares curtas; Não conclua as frases; Não use perguntas indutoras e com finais 
fechados; Use enunciados exploratórios; Evite adjetivos afetivos, fala infantil, termos técnicos; 
Observe linguagem corporal; Solicite resumo das preocupações principais. 
Recursos para melhorar a coleta de dados 
 
1) Pacientes e pessoas significativas; 
 
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2) Registros médicos e de enfermagem; 
 
3) Consulta a outros especialistas (médicos, nutricionistas, farmacêuticos...); 
 
4) Participantes principais adicionais (cuidadores). 
 
Habilidades para o Exame Físico 
 
Inspeção: observar criteriosamente, com o uso dos dedos, olhos, ouvidos e olfato. 
Auscultação: ouvir com o estetoscópio. 
Palpação: tocar e pressionar para testar a dor e sentir as estruturas internas. 
 
No Exame físico ocorre a análise do funcionamento corporal usando os métodos propedêuticos. Nesta 
etapa você deve ser minucioso, sistemático e hábil. 
Tipos de Históricos 
 
O histórico assume muitas formas, que depende da situação clínica, do estado do cliente, do tempo 
disponível e da finalidade da coleta de dados. 
Histórico Inicial (Admissão) é realizado quando o paciente entra em uma instituição de cuidados. As 
finalidades são avaliar o estado de saúde, identificar disfunções e proporcionar uma base de dados 
abrangente e aprofundada. Estes dados servirão para avaliar as alterações no estado de saúde do 
paciente nas avaliações subsequentes. 
Competências da Admissão 
 
 Apresente a sua equipe de trabalho ao paciente; 
 Seja cortês e explique as normas e rotinas da sua Unidade de Internação ao paciente; 
 Diminua a ansiedade do paciente, sempre explicando todos os procedimentos e 
eventuais dúvidas; 
 Esteja sempre disponível. 
 Treine a sua escuta ativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
WWW.pt.slideshare.net/wilmalua-administraçao-aplicada-a-enfermagem 
http://www.pt.slideshare.net/wilmalua-administra%C3%A7ao-aplicada-a-enfermagem
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UNIDADE 2: GERIATRIA EM ENFERMAGEM 
 
1) INTRODUÇÃO 
Conceitos Básicos 
Envelhecimento 
 
O envelhecimento do organismo como um todo está relacionado com o fato das células do 
corpo ir morrendo uma após outra e não serem substituídas por novas como acontece na 
juventude. Pode ser entendido como a consequência da passagem do tempo ou como o 
processo cronológico pelo qual um indivíduo se torna mais velho. 
Geriatria 
 
Ramo da medicina que foca o estudo da velhice, inclui a fisiologia, a patologia, o 
diagnóstico e o tratamento das doenças dos idosos. Ocupa-se não apenas da prevenção, do 
diagnóstico e do tratamento das patologias agudas e crônicas, mas também da recuperação 
funcional e reinserção do idoso na sociedade. 
Gerontologia 
 
Ciência que estuda o envelhecimento nos seus aspectos biológicos, psicológicos e 
sociais. 
Cliente Geriátrico 
 
Aquele que apresenta três ou mais dos seguintes pontos: 
 
 Idade superior a 60 anos. 
 Comorbidades 
 Seu processo ou doença principal tem caráter dominante. Patologia mental acompanhada ou predominante. 
 Existe problemática social relacionada ao seu estado de saúde. 
 
 Senescência 
 Alterações orgânicas, morfológicas, e funcionais que ocorrem em consequência do processo 
de envelhecimento. Sendo assim, é uma fase normal da vida de um indivíduo sadio; 
 Geralmente iniciam-se depois dos 65 anos e não é manifestação doentia; na 
senescência não ocorrem distúrbios de condutas, amnésias, perda do controle de si 
mesmo; em outras palavras, é o idoso sadio. 
 
 Senilidade 
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Modificações determinadas pelas afecções que frequentemente acometem os idosos. 
 
Caracteriza-se por um declínio gradual no funcionamento de todos os sistemas do corpo: 
cardiovascular, respiratório, genital, urinário, endócrino e imunológico, entre outros. 
2) Assistência geriátrica 
Conjunto de níveis assistências hospitalares, extra-hospitalares e sociais que respondem em 
determinada área da saúde as diferentes situações de doença ou necessidades dos idosos. Um 
conceito amplo e fundamental, onde de podem ver representados por todos os profissionais que 
trabalham com idosos. 
Assistência Humanizada a Pessoa Idosa 
 
A senilidade deve ser entendida como um todo já que é, ao mesmo tempo, um processo 
biológico com efeitos psicológicos, onde certas atitudes são apontadas como atributos da velhice. 
Assim como em toda a condição humana, o envelhecimento tem uma extensão existencial, 
que muda a inclusão da pessoa com o momento, originando modificações em sua relação com 
o mundo e com sua vida. Necessita, ainda, ser olhada como uma fase do rumo da vida onde, em 
conta do excesso de anos vividos, acontecem mudanças de fundo biopsicossial que atingem as 
ligações do idoso com a sociedade que está inserida. De acordo com a Organização Mundial da 
Saúde a época em que se alcança a velhice é de 60 anos para regiões em desenvolvimento e de 
cinco anos a mais em países desenvolvidos, categoria que procura enxergar a posição 
socioeconômica de cada região. 
Conforme a pessoa envelhece, sua condição de vida se sente motivada por sua destreza para 
conservar a autonomia e a independência. Boa parte dos idosos tem receio com a velhice pela 
probabilidade de ficarem dependentes pelas enfermidades ou por ficarem incapazes de 
desempenhar suas atividades habituais. No término da década de 90, a Organização Mundial 
de Saúde nomeou esse fenômeno de envelhecimento ativo. A expressão foi adotada com o 
objetivo de conduzir uma mensagem mais concreta que a de envelhecimento saudável, e para 
identificar os acontecimentos que, comprometem a forma de envelhecimento das pessoas, sem 
que se faça apenas alusão à dor. 
A humanização na saúde caracteriza-se pela firmação dos princípios do SUS no cotidiano dos 
serviços. A Política Nacional de Humanização da pessoa idosa indica que o acolhimento 
permaneça embutido nas ações de atenção e de gestão e que congregue os que compartilham 
a evolução da saúde. 
 
3) Expectativa de Vida 
Define-se como o tempo médio de vida que resta a um indivíduo num determinado 
momento. Embora a mais comum seja a que se estima ao nascer, pode ser aplicada a qualquer 
idade. Por exemplo, se para uma mulher de 85 anos, a expectativa de vida é de cerca de seis 
anos, o conhecimento desse valor é importante para a tomada de decisões. Sendo assim, 
pode ser entendida como o tempo médio que resta de vida sem incapacidade (ou vida ativa), com 
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incapacidade leve, com grande incapacidade ou com internação em qualquer tipo de instituição o 
que resulta de interesse crucial na hora do planejamento de atividades. 
4) Esquema de Assistência 
Esquema recomendado pelas autoridades sanitárias onde será descrita a peculiaridade de 
cada nível assistencial. 
A) Cuidados primários de saúde. 
 
Seu papel primordial tem por base o fato de que, no nosso meio 95% das pessoas com mais de 
65 anos vivem em seus domicílios. Esta permanência será o principal objetivo dos cuidados 
primários, sempre que tenha lugar em condições dignas. Para tal, atuar- se-á prioritariamente 
nos seguintes aspectos: 
 Promoção e prevenção da saúde; 
 Detecção precoce da incapacidade e assistência antecipada; 
 Priorização de a visita domiciliar; 
 Ajuda a uma morte digna 
 Educação em saúde do indivíduo e dos seus cuidadores B) 
Diferentes serviços hospitalares. 
 
Aproximadamente 40% dos leitos dos hospitais estão ocupados por pessoas com idade 
superior a 65 anos. Na sua maioria, elas são e devem continuar sendo atendidas pelas 
especialidades correspondentes. A evidência dos resultados conseguidos faz com que a 
marginalização pela idade, baseada em critérios científicos seja cada vez menos 
frequente. 
Equipe de Avaliação e Cuidados Geriátricos. 
 
Trata-se de uma unidade hospitalar interdisciplinar, fundamental nos cuidados 
específicos aos pacientes geriátricos e de apoio aos cuidados primários da área 
correspondente. Integra a fase uma das prioridades do modelo de assistência geriátrica. 
Atualmente está sendo implantado nos hospitais gerais, fazendo parte dela, no mínimo um 
geriatra, um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um assistente social. Seus principais 
objetivos devem ser: 
 Detecção precoce da incapacidade; 
 Resposta as interconsultas; 
 Elaboração consensual de protocolos; 
 Colaboração na coordenação e utilização dos recursos assistenciais da área da Saúde; 
 Apoio aos cuidados primários. 
 
5) Hospital Dia Geriátrico 
Consiste no atendimento a pacientes idosos que necessitem de avaliação e atendimento por 
equipe multiprofissional e interdisciplinar, incluindo um conjunto de atividades, tais como, 
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acompanhamento médico geriátrico, acompanhamento fisioterápico com reabilitação funcional, 
acompanhamento de terapia ocupacional, acompanhamento de fonoaudiologia com reabilitação 
da voz, audição, deglutição e psicomotricidade, acompanhamento psicológico com 
psicoterapia, estimulação cognitiva e comportamental, individual/grupal e orientação familiar, 
acompanhamento nutricional e social. Possui uma estrutura assistencial visto que os idosos 
são enviados para realizarem ou complementarem tratamentos médicos, terapêuticos, 
fisioterápicos ou de reabilitação que seriam de estadia prolongada em Hospital Geral ou também 
com a finalidade de evitar uma internação com fins exclusivamente terapêuticos. O objetivo do 
Hospital-Dia Geriátrico é cuidar do paciente idoso durante todo o dia, com a finalidade de 
mantê-lo em seu microambiente, sem necessidade de hospitalizá-lo, facilitando sua 
permanência no domicílio nos momentos difíceis, que por alterações bio- psico-sociais se toma 
perigosa sua estadia no lar, onde não há um apoio familiar contínuo. Deve ser dotado de uma 
planta física adequada para receber o paciente idoso, equipada com todos os aparelhos 
necessários para garantir o cumprimento dos planos terapêuticos indicados e com pessoal 
especializado. 
6) Unidade Geriátrica de Clientes com Doenças Agudas 
É um nível de assistência destinado a internação de idosos para avaliação minuciosa ou 
 
Tratamento de processos agudos ou de reintensificações de processos crônicos. Suas 
vantagens sobre a assistência convencional, tal como para os hospitais dia estão 
largamente documentadas, sempre que se verifiquem em um hospital geral. Os principais 
indicadores de rendimento são: 
 Adequação das admissões de modo que 100% atendam aos critérios do cliente 
Geriátrico; 
 Estadia média inferior a 15 dias; 
 Mortalidade inferior a 20%; 
 Contato ao ter alta com cuidados primários em 100%; 
 Internação em lar de idosos á alta inferior a 15%. 
 
Unidade de Convalescença (UCI) 
 
Recurso destinado a restabelecer a função ou atividade,ou a diminuir as sequelas de 
qualquer patologia previa. Pode incluir clientes geriátricos com diferentes doenças de base, que 
requerem uma recuperação funcional após processos clínicos, cirúrgicos ou traumatológicos. 
 As UCI’s devem oferecer: 
 
 Estadia média de 20 a 30 dias; 
 Mortalidade inferior a 10%; 
 Internação em lar de idosos á alta inferior a 25% 
 
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Unidades para Clientes Crônicos 
 
Proporcionam cuidados institucionalizados a clientes com deterioração crônica da 
capacidade funcional, para que se mantenham no máximo níveis de saúde e de bem- estar 
mental e social. Atualmente empregam-se outros termos, como residências assistidas, 
unidades de longa estadia, centro sócio sanitário e asilos. As diferenças entre eles são mais 
teóricas do que práticas. São passíveis de internação nestes centros os idosos de alto risco e 
os clientes geriátricos que requerem cuidados contínuos impossíveis de serem prestados 
nos domicílios, 
Constitui a melhor alternativa a internação permanente. 
 
Situações de Saúde e Doença 
 
Para personalizar serviços e estabelecer objetivos os idosos podem dividir-se em: 
 
Idoso é: características físicas, funcionais, mentais e sociais e estão de acordo com a idade 
cronológica. Estima-se que 15 a 40% dos indivíduos de 70 anos não tem enfermidades 
explicitas. A assistência baseia-se na prevenção, e nos cuidados primários. 
Idoso doente é: aquele que apresenta patologia aguda ou crônica, de gravidade variável, 
raramente invalidante, e que não se ajusta aos critérios de cliente geriátricos. A 
assistência baseia-se sobre os cuidados convencionais com os idosos. 
Idoso frágil ou de alto risco: aquele que pela sua situação clinica mental ou social 
encontra-se em equilíbrio muito instável, com grandes probabilidades de ser internado em uma 
instituição, a menos que se administrem adequadamente os seus problemas. As principais 
causas que conferem fragilidades ou alto risco são: 
 Ter mais de 80 anos; 
 Viver sozinho; 
 Viuvez há menos de um ano; 
 Mudança de domicilio há menos de um ano; 
 Patologia crônica que condicione incapacidade funcional; 
 IAM ou insuficiência cardíaca há menos de seis meses; 
 Doença de Parkinson; 
 DPOC; 
 Quedas; 
 Déficit visual elevado; 
 Hipoacusia elevada; 
 Doença terminal. 
 Ingestão de mais de três fármacos com efeitos secundários 
 Necessidade de cuidados de saúde no domicilio uma vez por mês; 
 Incapacidade funcional; 
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 Deterioração cognitiva; 
 Depressão; 
 Situação econômica precária. 
 
 
O objetivo principal com este grupo será a prevenção, tanto a primária, como secundária e 
terciária. 
7) O Relacionamento do profissional de Saúde com o Idoso e a família 
A família é tão importante quanto o cliente, depende-se dela para alcançar qualidade de vida ao 
cuidador e ao cliente. O atendimento tem que ser multidisciplinar, família e profissionais 
trabalhando juntos, achando soluções para as dificuldades de manejo do cliente no seu dia a dia, 
com uma avaliação minuciosa, sistematização do trabalho e integração da equipe para 
conhecer melhor o cliente e sua dinâmica familiar. Criar ambiente estimulante para a família 
e o idoso. 
Particularidades das famílias dos idosos 
 
 Palco de conflitos emocionais de uma existência, choque de gerações, com 
aspectos defensivos em relação a uma possível intervenção; 
 Dependendo da patologia: cansaço, tremores, ressentimentos, incompreensão, gerando 
atitudes diferentes, sensação que não há nada a fazer, indecisão, insegurança a 
respeito do próximo passo; 
 Cada membro recebe e reage à situação de maneira diferente (aceitando, negando, 
pondo em dúvida) depende do seu papel no contexto familiar; 
 A família não deseja gastar com o idoso; 
 A família pode projetar na equipe problemas anteriores de seu relacionamento com o 
idoso, a equipe torna-se alvo de ataques e incompreensão; 
 Não entendimento do processo de envelhecimento. 
 
Particularidades da Equipe de Enfermagem 
 
Toda equipe que trabalha com idosos deve fazer uma avaliação minuciosa do idoso e da família 
visando: 
 Proporcionar visão geral das patologias, para estabelecer métodos para avaliação da 
progressão da doença e estratégias de adaptação; 
 Auxiliar no diagnóstico; 
 Estabelecer estágio da doença vigente e funções remanescentes; 
 Oferecer ao cuidador informações para que ele possa compreender o que ocorre com o 
idoso na doença atual e o que esperar na progressão; 
 Indicar o nível de suporte familiar ou institucional que o idoso necessitará do futuro. 
 Atitudes corretas: abertura, transparência, confiança mútua, objetivos comuns, planos de 
tratamento, periodicidade (intervalo entre período) de atendimento, rigidez e 
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flexibilidade. 
 Atitudes incorretas: desconfiança, irregularidade de atendimento, não ouvir, distância 
ampla da família, prepotência, dar informações fora de hora e a pessoas que não sejam da 
família. 
 
Reações do idoso em face de doença e a hospitalização. 
 
A doença constitui no idoso uma ameaça que gera uma situação de insegurança, a 
hospitalização produz uma ameaça a vida, a saúde e a integridade física. O idoso encontra-
se em um meio estranho e desconhecido, em seu quarto sem darem explicações entram 
pessoas que ele não conhece, e cuja sua função, algumas vezes ele não entende. O idoso sente-se 
frustrado, logo que chega ao hospital são retirados seus pertences e objetos pessoais. Ele terá de 
submeter-se a normas e regras impostas sobre o que comer o que vestir, horário que poderá 
receber visitas. Os procedimentos terapêuticos podem ser agressivos como: punções, 
sondagens, enemas, dietas especiais, interrupção do sono para administração de 
fármacos. 
Mecanismos de Adaptação do Idoso Em face de Doença 
 
Colaboração 
 
Tem interesse em manter-se vivo, colabora e suporta todos os procedimentos. Podem ser 
pessoas que tenham sido bastante felizes. Muitos idosos respondem desta maneira ás situações 
de doença. 
Negação 
 
Nas primeiras etapas de adaptação, aparece frequentemente o mecanismo de defesa de negar 
o próprio estado. O cliente não agradece a informação, nem as recomendações, dando 
menor importância para os sintomas. Pode mostrar-se preocupado com problemas 
insignificantes, menosprezando aqueles que são graves. Alegria injustificada ou a falta de 
interesse indicam também negação. Muitos não gostam de conversar com os demais, 
evitando assim identificar-se com eles. 
Raiva e Hostilidade 
 
Os pacientes que dependem de outros para suas atividades cotidianas são propensos a um 
caráter dominante e violento. Os episódios de violência podem ocorrer quando ele está sujeito a 
uma obrigação, quando se submete a normas muito restritivas, ou quando se viola a sua 
intimidade. Ele pode sentir-se irritado, magoado ou furioso. Devem-se levar em conta as 
manifestações de comunicação não verbal, como punhos cerrados, formas de olhar e o tom de 
voz. Pode mostrar-se questionador, exigente, provocador, desrespeitador ou sarcástico. Critica 
quem o trata, atacando as pessoas de quem depende. Frequentemente a raiva é descarregada 
sobre alguém ou algo distinto daquilo que originou a frustração e que tenha menos probabilidade 
de reagir. Ele poderá estar muito descontente com seu médico, mas não se atreve a queixar-
se com receio de receber piores cuidados, pelo que dirigirá a sua agressividade para 
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equipe de enfermagem, esse tipo de conduta aumenta frustração do cliente, que se sente 
incompreendido, gerando um círculo vicioso. 
Rebeldia 
 
A atitude de rebelião e dominação pode ser indicadora de insegurança.O cliente aproveita 
qualquer ocasião para externar seus receios e aceita com dificuldade a dependência 
necessária para se manter de repouso ou tomar a medicação prescrita. 
Exigência e Pedido 
 
A necessidade de aceitação, de sentir-se estimado e diferente é demonstrada por um 
irresistível desejo de atrair a atenção e o interesse. O cliente chama frequentemente o pessoal da 
enfermagem, monopolizando com conversas extensas. Tudo isso esconde uma necessidade de 
ser aceito. Deve ter-se em mente que o cliente ansioso e que faz contínuos pedidos, pode 
realmente sentir os sintomas que refere. No entanto, se tenta satisfazer todas as solicitações de 
dependência do cliente, verifica-se que ele é insaciável, e conseguir o equilíbrio é difícil. 
Isolamento e Introversão 
 
O cliente retrai-se e evita a relação com os demais, passa longos períodos dormindo, ou com 
as portas fechadas, não querendo compartilhar sentimentos. Certo grau de isolamento é 
necessário na adaptação em face de doença, mas convertem-se em conduta patológica 
quando se intensifica ou se prolonga em excesso. Um cliente que se sinta triste ou abandonado 
pode deixar de lutar. 
 
Dependência e Regressão 
 
A incapacidade de ser autossuficiente dificulta a tomada de decisões sobre o futuro, 
propiciando a renúncia a própria responsabilidade. Alguns idosos delegam totalmente a 
responsabilidade aos profissionais ou familiares. É clientes dependentes que procuram orientação, 
o que reforça a sua convicção de que são incompetentes e irresponsáveis. Podem ocorrer 
condutas regressivas com comportamentos infantis, como incontinência do esfíncter, recusa de 
comer e tomar os medicamentos. Aqueles que se encontram por vontade própria nesse estado, 
podem querer continuar nele indefinidamente. 
8) Anatomia do Envelhecimento 
Toda equipe que trabalha com idosos deve conhecer minuciosamente as peculiaridades 
anatômicas relacionadas ao envelhecimento. O profissional deve saber diferenciar os efeitos do 
envelhecimento normal das alterações produzidas por patologias que podem acometer os idosos. 
Cuidados com a higiene dos idosos 
 
Incluem-se todas as atividades que tendem a conservar a saúde. Para o cuidado da pele sã, as 
principais atividades são a limpeza e a hidratação. A higiene tem de ser feita diariamente; em 
idosos doentes é frequente ser realizada na cama. 
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Cuidados com a boca 
 
Deve-se lavar a boca após cada refeição e sempre que necessário. Quando o paciente é 
independente, usará a sua própria escova e pasta dentifrícia. Se estiver muito 
incapacitado, o profissional realiza a limpeza, do seguinte modo: 
 Cuidados com a boca; 
 Cuidados com os olhos; 
 Cuidados com os pés; 
 Higiene do cabelo; 
 Higiene genitoanal; 
 Região genital; 
 
Alterações estruturais nos idosos 
 
No processo normal de envelhecimento ocorrem inúmeras alterações normais 
relacionadas com a idade em todos os sistemas de organismo. Elas podem se manifestar em 
diferentes momentos em cada pessoa, por isso é importante saber diferenciar as alterações 
normais das patológicas. 
A) Células e Tecidos: 
 Do número de células ativas; 
 Abrandamento do ritmo da multiplicação celular; 
 Atrofia e perda de elasticidade tecidular; 
B) Composição Global do Corpo e peso Corporal: 
 
 Do tecido gordo em relação ao tecido magro; 
 Modificações no peso corporal e no peso dos órgãos; 
C) Músculos, Ossos e Articulações: 
 
 De 25 a 30% da massa muscular; 
 Da mobilidade de diversas articulações; 
 Da distância entre os discos vertebrais; 
 Da dimensão da caixa torácica; 
 Perdas de cálcio; 
 Do funcionamento locomotor e problemas de equilíbrio; 
 Maior incidência de fraturas. 
D) Pele e Tecido Subcutâneo: 
 
 Perda dos tecidos de suporte cutâneo; 
 Atrofia e baixa da eficácia das glândulas sebáceas e sudoríparas; 
 Perda de elasticidade da pele; 
 Persistência da prega cutânea; 
 Aparecimento de rugas; 
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 Acentuamento das proeminências ósseas; 
 Descair das faces, queixo e pálpebras, e alongamento dos lobos das orelhas; 
 Nas mulheres aparecimento de hipertricose (véu facial). 
E) Tegumentos 
 
 Pelos finos e raros, exceto na face; 
 Perda de cabelos, calvície ou cabelos brancos; 
 Acinzentar ou descolorir dos cabelos; 
 Espessamento das unhas (Onicogrifose); 
 Alterações nos Órgãos do Sentido. 
A) Visão 
 
 Arco Senil; 
 Acumulo de lipídio em volta do olho; 
 Círculo esbranquiçado ao redor da íris; 
 Catarata, que é o espessamento e menor permeabilidade do cristalino que resulta 
na turvação da visão. 
 Diminuição do tamanho da pupila, causando menor capacidade para leitura, 
desconforto a luz, quedas, colisões e dificuldade em manusear objeto pequenos. 
 
 
Figura 1 Catarata em idoso. Figura 2 Arco Senil. 
B) Audição 
 
 Aumento do volume da fala do cliente, tendência a virar a cabeça em direção a pessoa 
que está falando, pedir para que repita o que foi dito. 
 O tímpano torna-se mais espesso e acumula cerume, formando tampões. 
 Respostas incorretas, porém, a cognição é normal. 
 Pode isolar-se, demonstrar pouca atenção, ficar frustrada com raiva e deprimida. 
 Ausência de resposta a um ruído alto. 
 Presença de presbiacusia. 
 
C) Olfato e Paladar 
 
 Do paladar, maior reflexo nauseativo; 
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 Do tamanho do nariz e do número de pelos; 
 Incapacidade de perceber odores, o que leva a diminuição do apetite; 
 Menor produção de saliva; 
 Gengivas mais finas, diminuindo a capacidade de suportar a pressão de uma prótese 
dentária; 
 Os dentes tendem a separar-se, é frequente a perda progressiva. 
 
9) Alterações nos Sistemas do Organismo 
Sistema Cardiovascular 
 
 Ocorre um espessamento das válvulas cardíacas e rígidas (esclerose e fibrose), o que leva 
a complicação de cardiopatia já existente, o que leva a um aumento da pressão arterial; 
 A função cardíaca não se altera com o envelhecimento. A FC em repouso e o 
tamanho do coração não têm relação com a idade; 
 Responde mais lentamente ao estresse, depois do aumento provocado pelo estresse 
o idoso necessita de mais tempo para que a FC volte ao normal; 
 Queda do consumo de oxigênio; 
 Aumento da PA 160 x 90 mmhg é considerado normal para pessoas acima de 65 anos; 
 Taquicardia persistente pós-estresse. 
 
Sistema Respiratório 
 
 Ocorre um enfraquecimento da musculatura respiratória, retração elástica da 
 Parede torácica diminui; 
 A PO2 diminui com a idade em virtude de desequilíbrios da vetilação-perfusão. 
 Todavia, os idosos não ficam hipóxicos, a não ser que haja uma doença 
 Concomitante; 
 Diminuição no sistema de transporte ciliar da mucosa; 
 Aumento do lúmen, diminuição dos cílios e dos seus movimentos, aumento do tamanho 
das glândulas brônquicas; 
 Diminuição do reflexo de tossir aumento de secreções no pulmão, dificuldade para 
expectoração. 
Sistema Digestivo 
 
 Alterações no fígado, vias biliares e pâncreas; que podem alterar a função 
secretora, motora, de absorção ou todas simultaneamente; 
 O trânsito dos alimentos fica mais lento, com menor absorção de substâncias e 
tendência a prisão de ventre; 
 Diminuição do tamanho do fígado, o fluxo sanguíneo também diminui, alterando o 
metabolismo hepático de muitas substâncias, entre elas os fármacos, que podem resultar no 
aumento dos níveis e do tempo de permanência destes no organismo. 
Sistema Genital 
 
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 Nas mulheres, após a menopausa ocorre uma diminuição importante na produção de 
hormônios; 
 Ocorre à diminuição do tamanho dos ovários, involução uterina, atrofia da vagina e perda da 
massa mamária; 
 Diminuição da lubrificação

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