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2 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados UNIDADE 1: ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM 1) TEORIAS ADMINISTRATIVAS Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Atualmente, sobretudo com as contribuições da abordagem Neoclássica da Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como planejar, organizar, dirigir e controlar – PODC. Ressalta-se, então, que destas funções as que sofreram transformações na forma de abordar foram “comandar e coordenar” que hoje chamamos de Dirigir (liderança). TEORIAS ADMINISTRATIVAS, SUAS ÊNFASES E SEUS PRINCIPAIS ENFOQUES a) Administração Científica: ênfase nas tarefas. Principais enfoques: racionalização do trabalho no nível operacional. b) Teoria Clássica ou neoclássica: ênfase na estrutura. Principais enfoques: organização formal; princípios gerais da administração e funções do administrador. c) Teoria Burocrática: ênfase na estrutura. Principais enfoques: organização formal burocrática e racionalidade organizacional. d) Teoria Estruturalista: ênfase na estrutura. Principais enfoques: múltipla abordagem; organização formal e informal; análise intraorganizacional e análise Inter organizacional. e) Teoria das Relações Humanas: ênfase na estrutura. Principais enfoques: organização informal; motivação; liderança; comunicação e dinâmica de grupo. f) Teoria Comportamental: ênfase nas pessoas. Principais enfoques: mudança organizacional planejada e abordagem de sistema aberto. g) Teoria Estruturalista: ênfase no ambiente. Principais enfoques: análise intraorganizacional e análise ambiental; abordagem de sistema aberto. h) Teoria da Contingência: ênfase no ambiente. Principais enfoques: análise ambiental e abordagem de sistema aberto. i) Teoria dos Sistemas: ênfase na tecnologia. Principais enfoques: administração da tecnologia (imperativo tecnológico). 3 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados AS PRINCIPAIS TEORIAS ADMINISTRATIVAS E SEUS PRINCIPAIS ENFOQUES A teoria geral da administração começou com a ênfase nas tarefas, com a administração cientifica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a teoria clássica de Fayol e com a teoria burocrática de Max Weber, seguindo mais tarde para a teoria estruturalista. A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da teoria comportamental e pela teoria do desenvolvimento organizacional. A ênfase do ambiente surgiu com a teoria dos sistemas, sendo completada pela teoria de contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Cada uma dessas cinco variáveis – tarefas, estrutura, pessoa, ambiente e tecnologia – provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA (Teoria Geral da Administração). Cada Teoria Administrativa procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário todas as demais. 2) PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO O Corpo Social é o órgão e o instrumento da função administrativa; tal função restringe-se ao pessoal (chamado corpo social). Para o bom funcionamento de tal corpo, são necessárias certas condições, as quais ele denomina princípios, afastando a ideia de rigidez e aplicando, em seu lugar, a de flexibilidade. Divisão do Trabalho – consiste em dividir cada uma das tarefas em operações mais simples (especialização). René Descartes propõe a divisão do assunto a ser estudado em tantas partes quantas forem necessárias para o seu entendimento. Autoridade e Responsabilidade – Conceitua a autoridade como o poder de dar ordens e de se fazer obedecer; não sendo possível concebê-las individualmente. Afirma que todas as regras têm que ser providas de sanção, sem a qual desaparece na empresa o espírito de responsabilidade. Disciplina – respeito às ordens estabelecidas. A boa direção inspira obediência. Unidade de Comando – cada gente, para cada ação, só deve receber ordens de um único chefe. A pluralidade de chefes para um único setor dilui a autoridade de cada um deles sobre seu subordinado. Subordinação – prevalência dos interesses gerais da organização. A conceituação de Fayol em muito se assemelha a um princípio jurídico do Direito Administrativo – o interesse geral prevalece sobre o pessoal (ou seja, em havendo divergência entre os interesses da Sociedade e os indivíduos, os primeiros prevalecem sobre o segundo). Remuneração do Pessoal – tem de ser equitativa, justa, evitando-se a exploração. Deve haver equilíbrio entre os interesses da empresa e os dos funcionários. O tipo de remuneração depende da apreciação deste equilíbrio. Centralização – deve haver um único núcleo de comando centralizado, atuando de forma similar ao cérebro, que comanda o organismo. Hierarquia – cadeia de comando por escalas. Afirma a necessidade de comunicação lateral 4 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados entre as escalas de comando. Ordem – por meio da racionalização do trabalho, estabelece-se o lugar de cada coisa e de cada pessoa. Equidade – apreciação, julgamento justo, manifesta senso de justiça, imparcialidade e respeito à igualdade de direitos. Estabilidade do Pessoal – o funcionário precisa de tempo para adaptar-se à tarefa que lhe foi incumbida, desloca-lo sem que este tempo lhe for concedido (sem que sua iniciação tenha sido finalizada) e adotar essa atitude como premissa na administração de um organismo acarretará que nenhuma função jamais seja desempenhada a contento. Iniciativa – os liderados devem ser incentivados a buscarem por si só, as soluções para os problemas que surgirem. Espírito de Equipe – o corpo social deve experimentar uma união similar à união de organismo biológico, sem que isso ocorra, os objetivos não serão comuns e os esforços não serão de forma adequada às aspirações da empresa. 3) FUNÇÕES OU ELEMENTOS ADMINISTRATIVOS Fayol afirma a existência de cinco elementos administrativos: 1) Previsão, 2) Organização, 3) Comando, 4) coordenação e 5) controle, que podem ser sintetizados na sigla POCC. 1 – Previsão: Fayol conceitua previsão como o ato de calcular o futuro e preparar as ações para que as metas sejam atingidas, tal previsão se faz com um programa de ação. Estabelece que existam vantagens e desvantagens na previsão. Como vantagens afirma que um programa de ação facilita a utilização dos recursos da empresa e a escolha dos melhores meios a empregar para atingir os objetivos; estabelece que a desvantagem reside na dificuldade de se confeccionar um bom programa anual. 2 – Organização: é o ato de dotar uma empresa de tudo quanto for útil ao seu funcionamento (matéria- prima, utensílio, capital e pessoas).ando: Fayol afirma que constituído o corpo social, é preciso fazê-lo funcionar, sendo esta a missão do comando. Conceitua a arte de comandar como o conjunto de certas qualidades pessoais e sobre o conhecimento dos princípios gerais de administração. 3 – Coordenação: Fayol conceitua coordenar como o ato de estabelecer a harmonia entre todos os atos de uma empresa de maneira a facilitar o seu funcionamento e o seu sucesso. É dar ao organismo material e social de cada função as proporções convenientes para que eles possam desempenhar se papel seguro e economicamente. 4 – Controle: consiste em verificar se tudo corre de acordo com o programa adotado, as ordens dadas e os princípios admitidos. 4) MODELOS DE GESTÃO EM ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES 5 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados O Modelo de Gestão Neste modelo, as decisões são descentralizadas, as equipes de enfermagemparticipam ativamente da tomada de decisão, assumindo a responsabilidade sobre os resultados. Em média, 80% das decisões locais, que envolvem assuntos de enfermagem, podem ser resolvidas no local de prestação da assistência, sem necessidade de envolver as gerências. O conceito empregado tem como meios de operações, fóruns de decisões (Times Assistenciais, conselhos da Prática, Gerenciamento, Educação e pesquisa), que são compostos por membros de todos os níveis hierárquicos, desde diretores até profissionais que prestam assistência à beira leito. Para exemplificar, o exposto, um paciente queixa-se da técnica utilizada para a troca de sua bolsa de diálise. A líder de enfermagem daquela unidade é quem recebe todas as queixas e elogios periodicamente. Nesse caso, ela encaminha a reclamação ao Time Assistencial, que analisa localmente e toma decisões para correção do problema. O Time assistencial é um fórum composto por representantes de todos os profissionais de enfermagem daquela Unidade, especialmente os da linha de frente. O problema só será encaminhado a um dos Conselhos se envolverem o sistema de enfermagem como um todo. Modelo Assistencial O sistema de enfermagem do hospital desenvolve um cuidado integral e individual, fundamentado em evidências cientificas e no trabalho interdisciplinar. Baseia suas decisões no julgamento clínico do enfermeiro, de forma a melhor atender às necessidades do paciente e família, obtendo sua participação ativa nas decisões sobre o cuidado a ser prestado. O paciente é o centro do processo de cuidar, integrado na tomada de decisão e participante do planejamento e implementação deste cuidado. Esta visão do cuidado, como principal foco da enfermagem, deriva da filosofia e ciência do cuidar desenvolvida pela teorista de enfermagem Jean Watson, que combina uma visão humanista e uma base sólida de conhecimento cientifico. Nesta visão de mundo, associada às habilidades de pensamento crítico, a ciência do cuidado tem como foco a promoção da saúde e não somente a cura da doença. Neste cenário, o profissional central é o Enfermeiro Assistencial. Ele é o responsável pelo planejamento dos cuidados e estabelecimento de vínculo com o paciente e sua família. Neste modelo, o enfermeiro, possui igualmente o papel de integrador, facilitador e coordenador das relações entre paciente, equipe multiprofissional, médicos e instituição, à beira do leito. O Modelo de Educação Continuada O desenvolvimento técnico-científico, como uma das principais diretrizes do sistema de enfermagem, visa propiciar a capacidade profissional e a humanização do atendimento, fornecendo subsídios à implantação do modelo assistencial institucional e o atendimento ao paciente e médico. O modelo é descentralizado, realizado localmente junto à equipe de enfermagem e inclui um plano diretor voltado a atender as necessidades de desenvolvimento e capacitação de enfermagem e do nível médio de enfermagem. O plano de treinamento e desenvolvimento de Auxiliares e Técnicos do sistema enfermagem tem seus objetivos direcionados para implementação de uma sistemática regular de capacitação, de modo a facilitar atitudes proativas e permanentes interação destes profissionais com os assuntos referentes à assistência ao paciente e de gestão organizacional. O trabalho de uma liderança desafia pessoas por meio da ideia de que uma mudança não é tão simples, mas inevitável. 6 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados É preciso construir um meio para que transitemos de um lado para outro. Precisamos definitivamente pensar como líderes no novo contexto. Se tomarmos tempo para criarmos uma visão e um propósito para nossa vida, possivelmente conseguiremos enxergar nosso trabalho com um olhar mais abrangente, mais crítico e estratégico. 5) GERÊNCIA, LIDERANÇA, SUPERVISÃO E AUDITORIA GERÊNCIA O trabalho de enfermagem, enquanto parte do trabalho coletivo em saúde, apresentado anteriormente, realiza-se em diferentes instituições de saúde, sejam elas públicas ou privadas. O processo de trabalho de enfermagem particulariza-se em uma rede ou subprocessos que são denominados cuidar ou assistir, administrar ou gerenciar, pesquisar ou ensinar. No processo de trabalho gerencial, os objetivos de trabalho do enfermeiro são a organização do trabalho e os recursos humanos de enfermagem. Para a execução desse processo, é utilizado um conjunto de instrumentos técnicos próprios da gerencia, ou seja, o planejamento, o dimensionamento de pessoal de enfermagem, o recrutamento e seleção de pessoal, a educação continuada e/ou permanente, a supervisão, a avaliação de desempenho e outros. Também se utiliza outros meios ou instrumentos como força de trabalho, os materiais, equipamentos e instalações, além dos diferentes saberes administrativos. A gerência tomada enquanto processo de trabalho de enfermagem pode ser aprendida por dois grandes modelos: modelo racional e o modelo histórico-social. O modelo racional corresponde ao enfoque predominante nos estudos e na pratica do gerenciamento de enfermagem e está fundamentado na teoria geral da administração (TGA). Neste modelo, a tarefa atual da administração é interpretar os objetivos propostos pela organização e transforma-lo em ação organizacional através do Planejamento, Organização, Direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada à situação. No gerenciamento, fundado na flexibilidade, a produção é voltada e conduzida pela demanda, é variada, diversificada e pronta para suprir o consumo, que determina a produção; sustenta-se na existência de um estoque mínimo e do melhor aproveitamento possível do tempo de produção, e num processo produtivo flexível e que o trabalhador é polivalente. No modelo histórico-social, o gerenciamento é apreendido à parte da perspectiva das práticas de saúde, historicamente estruturadas e socialmente articuladas, buscando responder as contradições e tensões presentes no cotidiano dos serviços. Neste sentido, a gerência não está voltada apenas para organização e o controle dos processos de trabalho, mas também para a apreensão e satisfação das necessidades de saúde da população. Os meios de instrumentos de que se utiliza os saberes administrativos e suas ferramentas, tais como o planejamento, a coordenação, o controle e a direção, dentre outros mais específicos. Vale destacar que as atividades, próprias da gerencia, são organizadas de determinada forma, em que estão presentes a rotina e a normatização; a hierarquia, o controle e a autoridade; a divisão do trabalho por categorias de trabalhadores, por turnos, por atividades, dentre outros. LIDERANÇA EM ENFERMAGEM 7 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Função do líder, forma de dominação baseada no prestigio pessoal e aceita pelos dirigidos. Teoricamente, a pratica da liderança na enfermagem não difere, em essência, de outras áreas. Para melhor compreender de como ocorre o fenômeno liderança na enfermagem, algumas abordagens são necessárias, uma delas é o significado que é atribuído à liderança, a outra trata da característica do líder e a influência do poder no processo da liderança. CARACTERISTICA DO LIDER É atribuído ao líder: A coordenação das atividades do grupo; Planejamento dessas atividades; Estabelecimento de políticas; Conhecimento técnico especifico; A comunicação entre o grupo e o meio ambiente; Coordenação interna do grupo; Determinação de recompensas e punições; Substituição de responsabilidades individuais. É importante salientar que a autoridade do líder deriva da contribuição que dá ao grupo para atingir os objetivos propostos. Estilo de liderança Liderança autocrática: este tipo de liderançaexplora e estimula a dependência mediante a satisfação de necessidades evidenciadas pelos liderados, esse estilo favorece a centralização de poder, e enfraquece as iniciativas individuais e promove comportamento submisso dos membros do grupo. Liderança democrática: esse estilo de liderança leva em consideração o desenvolvimento das habilidades e capacidade de seus membros, a qualidade do desempenho e a interação dos indivíduos do grupo. É importante que o líder democrata tenha segurança técnico-profissional, uma vez que essa equalização de poder é ameaçadora principalmente se o líder tiver competência profissional inferior a de seus subordinados. Liderança Liberal: há pouco ou nenhuma controle e coordenação sobre o grupo, pode haver apatia e desinteresse pelo grupo. O PODER DO ENFERMEIRO E A LIDERANÇA Na formação do enfermeiro, com raras exceções, é enfatizado o cumprimento das ordens e regras, a responsabilidade inquestionável pela exceção das atividades a ele prescrita e o conhecimento direcionado para a assistência direta ao paciente hospitalizado. 8 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Na realidade da pratica assistencial o enfermeiro encontra, nessas organizações um, ambiente que favorece o cumprimento às ordens dadas e a responsabilidade inquestionável, mas não a assistência de enfermagem direta ao paciente, uma vez que na grande parte do tempo o enfermeiro assume atividades denominadas administrativa. É no desempenho dessas atividades que o enfermeiro formaliza seu papel organizacional assumindo, frequentemente, cargos de chefia. Talvez pela capacitação técnica específica ou por motivos como interesses organizacionais ou ainda pelas necessidades do grupo dirigido, o enfermeiro assume geralmente a liderança do grupo de enfermagem. SUPERVISÃO DE ENFERMAGEM O SUPERVISOR, antes visava apenas à obtenção do máximo rendimento dos funcionários, sendo indiferente à necessidade de cada um, passa a visualizar o ser humano, a se preocupar em compreendê-lo e em ajuda-lo a desenvolver-se. Desse modo, ao conceito da função supervisão foi acrescido o caráter educativo. A fiscalização, utilizada até então como meio para detecção de erros e punições, foi substituída pelo controle associado à educação. O elemento supervisor passou a se preocupar com o passar do tempo com o planejamento, a execução e avaliação do trabalho, visando sempre à sua melhoria e ao crescimento do pessoal. O papel do supervisor mudou para o de um orientador e facilitador no ambiente de trabalho. O Ministério da Saúde define a supervisão como um processo educativo e continuo que consiste fundamentalmente em motivar e orientar os supervisionados na execução de atividades com base em normas, a fim de manter elevada a qualidade dos serviços prestados.ATIVIDADES E OBJETIVOS DA FUNÇÃO SUPERVISÃO Na enfermagem, o enfermeiro supervisor desenvolve, junto aos funcionários, atividades diversificadas como: Discussão das convicções, valores e objetivos de serviço de enfermagem; Caracterização da clientela atendida; Identificação das necessidades da assistência de enfermagem; Planejamento e desenvolvimento das ações de enfermagem segundo os critérios e as prioridades definidas; Avaliação da qualidade da assistência de enfermagem prestada; Previsão e provisão de recursos humanos, materiais, físicos e orçamentários necessários ao desenvolvimento das atividades de enfermagem; Identificação das necessidades de treinamento e orientação dos funcionários; Elaboração, implantação e avaliação das normas, procedimentos e rotinas e manuais do serviço de enfermagem; Manutenção de um sistema de informação; Prevenção de situações problemáticas; Estratégia de motivação para os funcionários; entre outras atividades especificas da realidade dos serviços de enfermagem. EXECUÇÃO DA FUNÇÃO SUPERVISÃO O enfermeiro precisa – como requisito para o desenvolvimento da função supervisão – 9 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados competência profissional, habilidade para relacionar-se com as pessoas, motivação para o desenvolvimento do pessoal, crença no potencial do ser humano e na importância do envolvimento de todos os funcionários nas decisões relativas às rotinas de trabalho, visando à manutenção de uma assistência de enfermagem eficaz. AUDITORIA É uma avaliação sistemática e formal de uma atividade, por alguém não envolvido diretamente na sua execução, para determinar se essa atividade está sendo levada a efeito de acordo com seus objetivos. AUDITORIA EM ENFERMAGEM é a avaliação sistemática da qualidade da assistência de enfermagem, verificada através das anotações de enfermagem no prontuário do paciente e/ou das próprias condições deste. Chega-se à conclusão de que a auditoria é a comparação entre a assistência prestada e os padrões de assistência consideradas como aceitáveis. Auditoria Operacional Consiste na realização das atividades voltadas para controle das ações desenvolvidas pela rede de serviços do Distrito Sanitário. Concentra-se nas condições da rede física, nos mecanismos de regulação e no desenvolvimento das ações de saúde. Auditoria Analítica Baseia-se no desenvolvimento de atividades que têm por objetivo aprofundar as análises de aspectos específicos do sistema de saúde do Distrito sanitário, ou seja, é voltada para a avaliação quantitativa, inferindo, em algumas situações, a qualidade das ações de saúde do Distrito Sanitário. 6) ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS MANUAIS Instrumentos integrantes do sistema de informação da organização transmitem por escrito orientações aos elementos da equipe de enfermagem para o desenvolvimento das atividades. Enquanto instrumentos de informação, os manuais reproduzem a estrutura formal (informação escrita) do serviço de enfermagem. Conceito importante e característica dos manuais Entende-se por manual de enfermagem o instrumento que reúne, de forma sistematizada, normas, rotinas, procedimentos e outras informações necessárias para a execução das ações de enfermagem. O manual tem por finalidade esclarecer dúvidas e orientar a execução das ações de enfermagem, constituindo um instrumento de consulta. Assim o manual deve ser constantemente submetido à análise crítica, ser atualizado sempre que necessário, considerando também os avanços advindos dos resultados das pesquisas realizadas na área de enfermagem. 10 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Manual de Normas As normas são conjunto de regras ou instruções para determinar procedimentos, métodos, organização que são utilizados no desenvolvimento das atividades de enfermagem. São leis, guias que definem o modo de como e quem deve realizar as ações de enfermagem. Exemplo de Normas A prescrição dos cuidados de enfermagem deverá ser feita pelo enfermeiro encarregado, segundo condutas estabelecidas; Todo acidente ocorrido com o pessoal de enfermagem, durante a realização das atividades, deverá ser imediatamente informado à chefia de enfermagem; Os materiais para exames laboratoriais de rotina deverão ser encaminhados ao laboratório, diariamente, até as 9 horas; Todo paciente cardíaco deverá ser pesado, diariamente, pelo auxiliar de enfermagem designado para cuida-lo, e outros. Manual de Rotina A rotina, conforme definição do Ministério da Saúde é o conjunto de elementos que especifica a maneira exata pela qual uma ou mais atividades devem ser realizadas. É a descrição sistematizada dos passos a serem dados para a realização das ações componentes de uma atividade, na sequência da execução. Uma rotina instrui sobre o que deve ser feito, quem deve fazer e onde. A rotina é especifica de cada unidade, uma vez que seus passos e agentesdependem dos recursos existentes nessa unidade. Por exemplo: em uma unidade que dispõe de mais recursos, o curativo é feito pelo enfermeiro; em outra que não tem esse profissional em número suficiente, será feito pelo auxiliar de enfermagem. Neste caso cada unidade terá uma rotina diferente; além dos agentes diferentes, a linguagem diferente; e a descrição das ações deverão estar de acordo com o preparo de quem irá executa- la. Manual de Procedimento Procedimento é a descrição detalhada e sequencial de como uma atividade deve ser realizada. É sinônimo de técnica. O procedimento ao contrário da rotina, geralmente é uniforme para toda a organização, pois está baseado em princípios científicos e, assim, não se modifica, independente de quem o realiza. Por exemplo: um procedimento de sondagem vesical é realizado por um enfermeiro, ou por um médico sempre da mesma maneira. O tipo de material utilizado pode ser modificado, mas a técnica de fazer a sondagem geralmente não. É importante que os passos do procedimento sejam suficientemente detalhados e explicativos, para redimir todas as dúvidas de quem vai executa-lo. 7) ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E RECURSOS HUMANOS 11 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados O objetivo da administração de recursos humanos são as pessoas e suas relações dentro da organização. No entanto, certamente não é esse o seu objetivo. É sempre necessário esclarecer o formulador dos objetivos que se quer atingir. Nessas condições pode se dizer que a administração de recursos humanos serve para manter a organização produtiva, eficiente, eficaz, a partir da mobilidade adequada das pessoas que ali trabalham. A Administração De Recursos Humanos pode ser compreendida como: um subsistema de uma organização, pois pessoas realizam o trabalho das organizações. Mesmo quando existe uma intensa substituição do elemento humano por máquinas, as pessoas recolhem o produto transformando pelas máquinas, ligam-nas, desligam-nas, decidem quando acioná-las e quando consertá-las. O SUBSISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Considerar o modelo de sistema leva a considerar a organização como um sistema aberto (que interage com o ambiente que o rodeia) e complexo (composto de uma série de subsistemas com diferentes finalidades, todos idealmente com o mesmo objetivo). A administração de recursos humanos dentro da organização pode ser classificada como um de seus subsistentes para descobrir os componentes desse subsistema, deve-se compreender a trajetória do indivíduo sob a ótica da organização. O modelo “lógico” apresentado a seguir não é real, pois a realidade não se rende perante esse tipo de formulação. Como qualquer modelo pressupõe, trata-se de uma simplificação. A decisão sobre a qualidade dos trabalhadores seria uma das primeiras informações a servir como subsidio para desencadear o ciclo do subsistema da administração de recursos humanos. Assim que aqueles trabalhadores estiverem em pleno exercício da função, é hora de desencadear um componente em geral considerado entre os últimos – a avaliação dos recursos humanos. O importante é ter em mente que essas atividades devem ser realizadas. O momento da sua realização é indicado pela própria vida organizacional. Suprimento Para obter o suprimento de trabalhadores, a organização possui duas funções tradicionais concebidas: RECRUTAMENTO E SELEÇÃO. Recrutamento significa, teoricamente, buscar o trabalhador ideal, esteja ele onde estiver, e interessá-lo em tornar-se um membro da organização. Na verdade, há dois extremos nessa função de recrutamento externo: O profissional desejado existe, é especializado e foi localizado numa organização diferente para a qual se quer atraí-lo. Não há definição clara a respeito de quem se deseja como o futuro ocupante de cargo da organização, desde que preencham as condições necessárias. A seleção de Pessoal, por sua vez, viria idealmente após o recrutamento e teria por finalidade descobrir, entre os que se candidatam, aqueles que “interessam” à organização, aqueles mais adequados ao trabalho. A seleção, em geral, ocorre quando há excesso de oferta de candidatos, de modo a tentar garantir que os melhores ingressem na organização. Seria desejável que essa circunstância ocorresse sempre, de forma a aumentar a probabilidade de que um nível mínimo de exigências fosse cumprido. Por exemplo, a inexistência de um médico para uma unidade de emergência pode ou não significar a contratação de um profissional qualificado, se ele for o único candidato. Há diversos tipos de mecanismo 12 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados de seleção, entre esses dois casos extremos: Concurso Público e Indicação. Manutenção Após o indivíduo ser recrutado, selecionado, socializado, aceito e ter começado a trabalhar na organização, passa a ser necessário mantê-lo dentro da instituição. Desenvolvimento O desenvolvimento profissional é definido por meio das atividades de treinamento técnico e de reciclagem para ter bons resultados nas organizações, não basta ser bons profissionais – eles precisam desempenhar suas tarefas de acordo com as determinações ou com os padrões da organização. 13 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados RECICLAGEM: é o eufemismo costumeiramente utilizado para se referir treinamento sem ferir suscetibilidade. De fato, treinamento pressupõe partir de um nível homogêneo de conhecimento, geralmente próximo de zero. Reciclagem seria atualização, revisão de conhecimentos, aprimoramento daquilo que, a rigor, já se sabia. Avaliação A avaliação de recursos humanos requer uma apreciação mais global. Existe um desempenho de conteúdo técnico, cuja avaliação está sob responsabilidade dos supervisores imediatos, supondo que estes tenham conhecimento técnico suficiente para fazê-lo e contato com as normas mais utilizadas externa e interna à organização. Dimensionamento de Pessoal – Cálculo Resolução 293/2004 esclarece a fundamentação dos cálculos e formulas recomendada nos Anexos I, II, III e IV, disponível no site WWW.portalcoren.rs.gov.br. Para efeito de cálculos, devem ser consideradas como horas de enfermagem, por leito, nas 24 horas: 3,8 horas de enfermagem, por cliente, na assistência mínima ou autocuidado; 5,6 horas de enfermagem, por cliente, na assistência intermediaria; 9,4 horas de enfermagem, por cliente, na assistência semi-intensiva; 17,9 horas de enfermagem, por cliente, na assistência intensiva. UTILIZANDO O COEFICIENTE DE MARINHO, A FORMULA DE CALCULO DE PESSOAL É: QP=KM x total de horas de enfermagem (THE) UTILIZANDO A FORMULA USADA POR FUGULIN PARA O CALCULO DE PESSOAL USA-SE A FORMULA: QP=número de leitos (%de ocupação) x Hs de enfermagem x dias da semana Jornada Semanal de Trabalho Para utilizar as duas fórmulas os quatro exercícios a seguir permitem esclarecer o raciocínio apresentado: Exemplo 1: qual a necessidade de pessoal de enfermagem para uma unidade assistencial de 24 leitos de pacientes cirúrgicos nos diferentes turnos, sendo que 16 são de cuidados intermediários e 08 com cuidados mínimos? (90% de ocupação) N° de leitos: 90 % de 16L= 14 Total de cuidados intermediários 90 % de 08L= 07 cuidados mínimos. THE= 7 x 3,8 + 14 x 5,6 Usando a formula da resolução 293/2004 QP=Coeficiente de Marinho (KM) x total de horas de enfermagem (THE) http://www.portalcoren.rs.gov.br/ 14 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Usando a formula de Furgullin: Número de Pessoal= Número de leitos (% de ocupação)x Hs de Enf. x dias semana Jornada semanal de trabalho THE= 26,6 + 78,4= 105 Número de pessoal = 0,2236 x 105= 23,47 Profissionais de Enfermagem Nº de leitos:90 % de 16L= 14 90 % de 08L= 07 Número de Pessoal= 14L x 5,6h x 07L x 3,8h x 7 dias de semana= 36h Número de Pessoal= 78,40 + 26,60 x 7= 735= 20.42 36h 36h Número de Pessoal= 20.42 acrescidos de 15% de índice de segurança técnico (IST) / Resolução COFEN Nº 293/2004. Número de Pessoal= 20.42 + 03 = 23 Profissionais de Enfermagem. * EXEMPLO 02: Você deve planejar uma unidade de internação para 28 pacientes, destes 15 são pacientes com cuidado intensivos e 13 pacientes com cuidados semi-intensivos, distribuídos nas vinte quatro horas com 100% de ocupação. 31. Número de Pessoal = 15L x 17,9h x 13L x 9,4h x 7 dias de semana = 36h Número de Pessoal = 268 + 122,20 x 7= 2.731,40 = 75.87 36h 36h Número de Pessoal= 75.87 acrescidos de 15% de índice de segurança técnico (IST) / Resolução COFEN Nº 293/2004. Número de Pessoal= 75.87 + 11.38 = 87.25 Profissionais de Enfermagem nos 4 turnos 15 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados * EXEMPLO 03: Em uma unidade com 36 pacientes distribuídos em 21 pacientes com cuidados mínimos, e 15 pacientes com cuidados intermediários, qual será a necessidade de pessoal de Enfermagem para as 24 horas com ocupação de 80%? Número de Pessoal = 17L x 3,8h x 12L x 5,6h x 7 dias de semana= 36h Número de Pessoal = 64.60 + 67.20 x 7= 922.60= 25,63= 26 36h 36h Número de Pessoal= 26 acrescidos de 15% de índice de segurança técnico (IST) / Resolução COFEN Nº 293/2004. Número de Pessoal= 26 + 3,9 = 29,9= 30 Profissionais de Enfermagem * EXEMPLO 04: Em uma Unidade pediátrica com 24 leitos e uma ocupação de 80%, qual é o quadrado do pessoal necessário para atendimento nas 24 horas, sendo 12 pacientes com cuidados intermediários e 12 pacientes com cuidados semi-intensivos? Nº de leitos: 80 % de 12L= 9,6= 10. 80 % de 12L= 9,6= 10. Número de Pessoal = 10L x 5,6h x 10L x 9,4h x 7 dias de semana= 36h Número de Pessoal = 56 + 94 x 7= 1050,00= 29,17 36h 36h Número de Pessoal = 29,17 acrescidos de 15% de índice de segurança técnico (IST) / Resolução COFEN Nº 293/2004. Número de Pessoal= 29,17 + 4,38= 33.55 Profissionais de Enfermagem É importante que os (as) Responsáveis Técnicas (RT) pelo Serviço de Enfermagem tenham estes cálculos como balizamento de seu quadro operacional baseado na gestão eficiente e eficaz da Enfermagem com propostas objetivas e metas definidas e acompanhadas em sua execução. 8) Escalas de Distribuição de Pessoal de Enfermagem A distribuição de Pessoal de enfermagem é uma atividade complexa que requer de quem a elabora preparo técnico, conhecimento das necessidades da clientela, dinâmica da unidade, leis trabalhistas e da equipe de enfermagem. A divisão do trabalho e sua organização é realizada por meio de atividade com objetivo de dividir as atividades de enfermagem de maneira equivalente para a equipe, evitando deficiência na assistência e sobrecarga dos funcionários. Uma boa escala de pessoal é a garantia de uma assistência de 16 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados enfermagem de qualidade sem ônus para o paciente e para a equipe. Método Funcional: dividido por funções do profissional. Ex: o auxiliar de enfermagem faz a medicação da clínica toda. Método Integral: designar um ou mais pacientes para o funcionário que dará todo o atendimento para o mesmo, durante o seu turno de trabalho. Ex: UTI. Trabalho em equipe: designar um grupo da equipe de enfermagem para dar todo o atendimento durante o turno de trabalho. Para ser feita à distribuição de pessoal de Enfermagem é necessário que seja conhecido: - Os aspectos relativos às necessidades da clientela; - A dinâmica da unidade; - As características da equipe de enfermagem; - Leis trabalhistas. A seguir falaremos dos tipos de Escala de Pessoal: Escala Mensal / Escala de Pessoal Escala Mensal / Escala de Pessoal / Escala de Folgas é a distribuição do pessoal de enfermagem durante os dias do mês, segundo os turnos de trabalho (M – T - N) e contém as folgas, férias e licenças. Escala de Atividade Diária 17 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Tem por objetivo dividir as atividades diárias da equipe. É elaborada pelo enfermeiro responsável pelo plantão ou turno. É baseada na complexidade e características do setor e tem por objetivo a distribuição de atividades entre os funcionários de acordo com classe de trabalho. A escala deverá ter um impresso próprio, para melhor visualização e confecção. Poderá ser feita para 1 dia, 1 semana e até um mês. O enfermeiro deverá discutir em equipe a melhor forma de execução e elaboração da escala. A escala mensal contempla os três turnos de trabalho: manhã, tarde e noite, e é onde são registrados as folgas, férias e licenças dos funcionários. A Assistência de Enfermagem deverá ser garantida nas 24 horas, por isto o planejamento das folgas e férias, deverá garantir número suficiente de técnicos, auxiliares e enfermeiros. Ela é elaborada pela Enfermeira chefe ou um funcionário sob supervisão. É importante obter o conhecimento de leis trabalhistas no que diz a jornada de 8 horas diárias – 44 horas semanais – 2 horas excedentes (extra). Um dia (24 horas) de descanso semanal, exceto quando já previsto. Contemplar feriados civis e religiosos para os funcionários. O trabalho noturno refere-se ao período de 22h as 5h. A mulher tem direito às 2h de descansos especiais para amamentação, até completar 6 meses. Para as jornadas que excedam 6h terá descanso de 1h as 2h, para repouso e alimentação (não contadas na jornada) Conhecimento da duração semanal de trabalho na instituição (30h, 36h, 40h, 44h, 12x36h e 12x60h, não podendo exceder 44h semanais. 18 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados As folgas serão de acordo com as horas trabalhadas e feriados anuais. 19 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados É importante o conhecimento das características da clientela, do funcionamento da unidade e suas particularidades, das características pessoais de cada elemento da equipe, de forma a evitar brigas e pouca capacitação do plantão frente a adversidades. Para que haja uma humanização da escala, o ideal é que o acesso a escala seja facultativo a todos. O funcionário deverá ter alocado, dentro do possível, suas preferências de folga e férias. A alocação em plantões deverá ser avaliada em equipe. O rodízio de folgas é importante para não haver favorecimentos. A escala deverá ser disponibilizada com antecedência para que todos consigam fazer suas atividades externas. A Escala de Férias deverá ser elaborada de forma racional visando o bom andamento do serviço. Deverão obedecer algumas regras iniciando pelo direito após 12 meses trabalhados. 30 dias (sem mais de 5 faltas) 24 dias (6 a 14 faltas) 18 dias (15 a 23 faltas) 12 dias (24 a 32 faltas) Recomendações para elaboração de uma boa escala •. Colocar o nome completo de cada funcionário e o cargo que ocupa. •. Usar códigos: M, T, N (PARA OS TURNOS). •. Ressaltar a escala de domingos e feriados. •. Evitar o acúmulo de folgas, para não haver prejuízos posteriores. •. Atentar para o rodízio dos dias de folga nos finais de semana e para os diaristas não ultrapassar mais que 7 dias sem folga. •. Observar o retorno do funcionário de férias. •. Dar continuidade na escala de mês a mês, com base no último dia. •. Verificar o número e o equilíbrio da distribuição de pessoal. •. Estipular prazo para escolha dos dias de folga, entrega da escala na chefia e retorno ao setor 9) GESTÃO DE RECURSOS MATERIAIS O OBJETIVO BÁSICO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS consiste em colocar os recursos necessários ao processo produtivo com qualidade,em quantidades adequadas, no tempo correto e com o menor custo. Materiais são produtos que podem ser armazenados ou que serão consumidos imediatamente após a sua chegada. Baseado nesse conceito estão excluídos os materiais considerados permanentes, como equipamentos médico-hospitalares, mobiliário, veículos semelhantes e incluídos, portanto, os demais produtos, como medicamentos, alimentos, material de escritório, de limpeza, de conservação e reparos, de uso cirúrgico, de radiologia, de laboratório, reagentes químicos, vidraria, 20 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados etc. ► FALTA DE MATERIAL O diagnóstico inadequado leva a uma ação que não produzirá os efeitos desejados. As causas da falta de materiais podem ser identificadas em três diferentes grupos: * CAUSAS ESTRUTURAIS • Falta de prioridade política para o setor: baixos investimentos, baixos salários, corrupção, serviços de baixa qualidade, etc. • Clientelismo político: diretores incompetentes, fixação de prioridades sem a participação da sociedade, favorecimentos, etc. • Controles burocráticos: que agem sobre os instrumentos, particularmente naqueles de caráter econômico, levando à desvalorização das ações executadas e invertendo o referencial das organizações. • Centralização excessiva: produz danos imensos na área de materiais. Compras centralizadas e baseadas exclusivamente em menores preços são exemplos que devem ser evitados. * CAUSAS ORGANIZACIONAIS • Falta de objetivos: quando os objetivos não estão claros, cada unidade cria seu próprio sistema de referência. Como consequência, pode ocorrer uma dissociação entre a área fim e as áreas meio. • Falta de profissionalismo da direção. • Falta de capacitação e de atualização do pessoal. • Falta de recursos financeiros. • Falta de controles. • Corrupção. • Falta de planejamento. • Rotinas e normas não estabelecidas adequadamente. * CAUSAS INDIVIDUAIS • Diretores Improvisados: inseguros ou incapazes de inovar, sem condições de manter um diálogo adequado com a área fim. • Funcionários desmotivados: sem compromisso com a instituição. Seu principal objetivo é a manutenção do emprego. A administração de materiais, equipada de tecnologia adequada, poderá evitar, em parte, a falta de materiais, porém essa ação isolada não é suficiente sem a eliminação das causas. A administração de materiais isoladamente não é capaz de evitar as faltas. 21 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados 10) GERENCIAMENTOS DE RESIDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA - RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004, O GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) é constituído por um conjunto de procedimentos de gestão. Estes procedimentos são planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos de serviços de saúde e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. O gerenciamento inicia pelo planejamento dos recursos físicos e dos recursos materiais necessários, culminando na capacitação dos recursos humanos envolvidos. Todo laboratório gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, baseado nas características dos resíduos gerados. O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas federais, estaduais e municipais, e ainda deve estar de acordo com os procedimentos institucionais de Biossegurança, relativos à coleta, transporte e disposição final. ► MANEJO O manejo dos resíduos de serviços de saúde é o conjunto de ações voltadas ao gerenciamento dos resíduos gerados. Deve focar os aspectos intra e extra- estabelecimento, indo desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas: ● 1 – SEGREGAÇÃO Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. ● 2 – ACONDICIONAMENTO Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em sacos resistentes à ruptura e vazamento e impermeáveis, de acordo com a NBR 9191/2000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Deve ser respeitado o limite de peso de cada saco, além de ser proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. Colocar os sacos em coletores de material lavável, resistente ao processo de descontaminação utilizado pelo laboratório, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, e possuir cantos arredondados. Os resíduos perfuro cortantes devem ser acondicionados em recipientes resistentes à punctura, ruptura e vazamento, e ao processo de descontaminação utilizado pelo laboratório. ● 3 – IDENTIFICAÇÃO Esta etapa do manejo dos resíduos permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS. Os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta interna e externa, os recipientes de transporte interno e externo, e os locais de armazenamento devem ser identificados de tal forma a permitir fácil visualização, de forma indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referendados na norma NBR 7.500 da 22 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada grupo de resíduos. O Grupo A de resíduos é identificado pelo símbolo internacional de risco biológico, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos. O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco. O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão “Rejeito Radioativo”. GRUPO D resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. O Grupo E possui a inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo. ● 4 - TRANSPORTE INTERNO Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta. O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos. Os carros para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável, resistente ao processo de descontaminação determinado pelo laboratório, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados, e identificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo neles contidos. Devem ser providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído. Os recipientes com mais de 400 L de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga permitidos para o transportepelos trabalhadores, conforme normas reguladoras do Ministério do Trabalho e Emprego. ● 5- ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não pode ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento. 11) SISTEMATIZAÇAO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM É uma forma sistemática e dinâmica de prestar os cuidados de enfermagem. Através deste método, o enfermeiro promove cuidado humanizado, dirigido a resultados e de baixo custo e, ainda, esse é capaz de impulsionar os enfermeiros a continuamente examinarem suas práticas, refletindo sobre formas 23 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados de fazê-las melhor. Diferenças entre SAE e Processo de Enfermagem Sistematização é um termo distinto e mais amplo que Processo de Enfermagem. A Sistematização da Assistência de Enfermagem é definida como organizadora do trabalho profissional “quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem”. Já o Processo de Enfermagem é considerado “um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional”. O Processo de Enfermagem possui as seguintes características: - Intencional, organizado e sistemático: cada etapa destina-se a uma finalidade específica, evitando a perda de qualquer fato importante. - Humanístico: devemos considerar os interesses, valores, necessidades e cultura exclusiva dos pacientes. - Etapa por etapa, cíclico e dinâmico: é um ciclo que deve ser trabalhado rigidamente etapa por etapa, sendo necessário às vezes retornar a primeira etapa. - Focalizado nos resultados e de custos efetivos: ajuda-o a descobrir como atingir o melhor resultado de maneira mais eficiente e com o custo mais efetivo. Por que aprender sobre SAE? É a primeira ferramenta que você necessita aprender para “pensar como enfermeiro”. Oferece uma maneira organizada, sistemática de pensar sobre o cuidado de enfermagem. Fornece uma estrutura padronizada de referência que promove a comunicação efetiva entre os enfermeiros. Sustenta todos os modelos de cuidado, proporcionando um modelo para o pensamento crítico e formando a base para a tomada de decisão. “Artigo 2°: A implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem deve ocorrer em toda instituição de saúde, pública ou privada” “Artigo 3°: A SAE deverá ser registrada formalmente no prontuário do paciente/cliente/usuário...” Instrumentos Básicos para aplicação do Processo de Enfermagem 1) Observação; 2) Comunicação; 3) Planejamento; 4) Criatividade; 24 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados 5) Trabalho em equipe; 6) Destreza manual; 7) Aplicação de princípios científicos; 8) Utilização de recursos da comunidade; 9) Avaliação A observação é um instrumento básico para o cuidar. A observação lança fundamentos para a coleta de outros tipos de dados do histórico. A observação inclui olhar, observar, examinar, inspecionar minuciosamente, questionar. Para observar com eficiência, o enfermeiro utiliza todos os órgãos dos sentidos. Observar a aparência e o aspecto geral: Como o cliente está arrumado e vestido? Parece saudável? Qual é o tamanho corporal e o estado nutricional do paciente? Ele está com roupas limpas, sujas ou impróprias para a estação do tempo? Observar também a comunicação não-verbal, como: O paciente mostra qualquer sinal de raiva, ansiedade, tristeza? O paciente apresenta sinais de desconforto? A capacidade de comunicação determina a diferença entre o atendimento competente e eficiente e o desleixado, pouco profissional e propenso a erros. Etapas do Processo de Enfermagem 1) Investigação; 2) Diagnóstico; 3) Planejamento; 4) Implementação; 5) Avaliação. A Investigação é a primeira etapa para a determinação do estado de saúde do paciente, ela ocorre quando você entrevista e examina o paciente e reúne todos os dados para obtenção de um quadro do estado de saúde. Neste período será realizada a coleta de dados (dados diretos e indiretos); a Validação dos dados (dados objetivos, subjetivos); a Organização dos dados; a Documentação metódica desses dados; Use frases complementares curtas; Não conclua as frases; Não use perguntas indutoras e com finais fechados; Use enunciados exploratórios; Evite adjetivos afetivos, fala infantil, termos técnicos; Observe linguagem corporal; Solicite resumo das preocupações principais. Recursos para melhorar a coleta de dados 1) Pacientes e pessoas significativas; 25 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados 2) Registros médicos e de enfermagem; 3) Consulta a outros especialistas (médicos, nutricionistas, farmacêuticos...); 4) Participantes principais adicionais (cuidadores). Habilidades para o Exame Físico Inspeção: observar criteriosamente, com o uso dos dedos, olhos, ouvidos e olfato. Auscultação: ouvir com o estetoscópio. Palpação: tocar e pressionar para testar a dor e sentir as estruturas internas. No Exame físico ocorre a análise do funcionamento corporal usando os métodos propedêuticos. Nesta etapa você deve ser minucioso, sistemático e hábil. Tipos de Históricos O histórico assume muitas formas, que depende da situação clínica, do estado do cliente, do tempo disponível e da finalidade da coleta de dados. Histórico Inicial (Admissão) é realizado quando o paciente entra em uma instituição de cuidados. As finalidades são avaliar o estado de saúde, identificar disfunções e proporcionar uma base de dados abrangente e aprofundada. Estes dados servirão para avaliar as alterações no estado de saúde do paciente nas avaliações subsequentes. Competências da Admissão Apresente a sua equipe de trabalho ao paciente; Seja cortês e explique as normas e rotinas da sua Unidade de Internação ao paciente; Diminua a ansiedade do paciente, sempre explicando todos os procedimentos e eventuais dúvidas; Esteja sempre disponível. Treine a sua escuta ativa. 26 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS WWW.pt.slideshare.net/wilmalua-administraçao-aplicada-a-enfermagem http://www.pt.slideshare.net/wilmalua-administra%C3%A7ao-aplicada-a-enfermagem 27 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados UNIDADE 2: GERIATRIA EM ENFERMAGEM 1) INTRODUÇÃO Conceitos Básicos Envelhecimento O envelhecimento do organismo como um todo está relacionado com o fato das células do corpo ir morrendo uma após outra e não serem substituídas por novas como acontece na juventude. Pode ser entendido como a consequência da passagem do tempo ou como o processo cronológico pelo qual um indivíduo se torna mais velho. Geriatria Ramo da medicina que foca o estudo da velhice, inclui a fisiologia, a patologia, o diagnóstico e o tratamento das doenças dos idosos. Ocupa-se não apenas da prevenção, do diagnóstico e do tratamento das patologias agudas e crônicas, mas também da recuperação funcional e reinserção do idoso na sociedade. Gerontologia Ciência que estuda o envelhecimento nos seus aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Cliente Geriátrico Aquele que apresenta três ou mais dos seguintes pontos: Idade superior a 60 anos. Comorbidades Seu processo ou doença principal tem caráter dominante. Patologia mental acompanhada ou predominante. Existe problemática social relacionada ao seu estado de saúde. Senescência Alterações orgânicas, morfológicas, e funcionais que ocorrem em consequência do processo de envelhecimento. Sendo assim, é uma fase normal da vida de um indivíduo sadio; Geralmente iniciam-se depois dos 65 anos e não é manifestação doentia; na senescência não ocorrem distúrbios de condutas, amnésias, perda do controle de si mesmo; em outras palavras, é o idoso sadio. Senilidade 28 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Modificações determinadas pelas afecções que frequentemente acometem os idosos. Caracteriza-se por um declínio gradual no funcionamento de todos os sistemas do corpo: cardiovascular, respiratório, genital, urinário, endócrino e imunológico, entre outros. 2) Assistência geriátrica Conjunto de níveis assistências hospitalares, extra-hospitalares e sociais que respondem em determinada área da saúde as diferentes situações de doença ou necessidades dos idosos. Um conceito amplo e fundamental, onde de podem ver representados por todos os profissionais que trabalham com idosos. Assistência Humanizada a Pessoa Idosa A senilidade deve ser entendida como um todo já que é, ao mesmo tempo, um processo biológico com efeitos psicológicos, onde certas atitudes são apontadas como atributos da velhice. Assim como em toda a condição humana, o envelhecimento tem uma extensão existencial, que muda a inclusão da pessoa com o momento, originando modificações em sua relação com o mundo e com sua vida. Necessita, ainda, ser olhada como uma fase do rumo da vida onde, em conta do excesso de anos vividos, acontecem mudanças de fundo biopsicossial que atingem as ligações do idoso com a sociedade que está inserida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde a época em que se alcança a velhice é de 60 anos para regiões em desenvolvimento e de cinco anos a mais em países desenvolvidos, categoria que procura enxergar a posição socioeconômica de cada região. Conforme a pessoa envelhece, sua condição de vida se sente motivada por sua destreza para conservar a autonomia e a independência. Boa parte dos idosos tem receio com a velhice pela probabilidade de ficarem dependentes pelas enfermidades ou por ficarem incapazes de desempenhar suas atividades habituais. No término da década de 90, a Organização Mundial de Saúde nomeou esse fenômeno de envelhecimento ativo. A expressão foi adotada com o objetivo de conduzir uma mensagem mais concreta que a de envelhecimento saudável, e para identificar os acontecimentos que, comprometem a forma de envelhecimento das pessoas, sem que se faça apenas alusão à dor. A humanização na saúde caracteriza-se pela firmação dos princípios do SUS no cotidiano dos serviços. A Política Nacional de Humanização da pessoa idosa indica que o acolhimento permaneça embutido nas ações de atenção e de gestão e que congregue os que compartilham a evolução da saúde. 3) Expectativa de Vida Define-se como o tempo médio de vida que resta a um indivíduo num determinado momento. Embora a mais comum seja a que se estima ao nascer, pode ser aplicada a qualquer idade. Por exemplo, se para uma mulher de 85 anos, a expectativa de vida é de cerca de seis anos, o conhecimento desse valor é importante para a tomada de decisões. Sendo assim, pode ser entendida como o tempo médio que resta de vida sem incapacidade (ou vida ativa), com 29 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados incapacidade leve, com grande incapacidade ou com internação em qualquer tipo de instituição o que resulta de interesse crucial na hora do planejamento de atividades. 4) Esquema de Assistência Esquema recomendado pelas autoridades sanitárias onde será descrita a peculiaridade de cada nível assistencial. A) Cuidados primários de saúde. Seu papel primordial tem por base o fato de que, no nosso meio 95% das pessoas com mais de 65 anos vivem em seus domicílios. Esta permanência será o principal objetivo dos cuidados primários, sempre que tenha lugar em condições dignas. Para tal, atuar- se-á prioritariamente nos seguintes aspectos: Promoção e prevenção da saúde; Detecção precoce da incapacidade e assistência antecipada; Priorização de a visita domiciliar; Ajuda a uma morte digna Educação em saúde do indivíduo e dos seus cuidadores B) Diferentes serviços hospitalares. Aproximadamente 40% dos leitos dos hospitais estão ocupados por pessoas com idade superior a 65 anos. Na sua maioria, elas são e devem continuar sendo atendidas pelas especialidades correspondentes. A evidência dos resultados conseguidos faz com que a marginalização pela idade, baseada em critérios científicos seja cada vez menos frequente. Equipe de Avaliação e Cuidados Geriátricos. Trata-se de uma unidade hospitalar interdisciplinar, fundamental nos cuidados específicos aos pacientes geriátricos e de apoio aos cuidados primários da área correspondente. Integra a fase uma das prioridades do modelo de assistência geriátrica. Atualmente está sendo implantado nos hospitais gerais, fazendo parte dela, no mínimo um geriatra, um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um assistente social. Seus principais objetivos devem ser: Detecção precoce da incapacidade; Resposta as interconsultas; Elaboração consensual de protocolos; Colaboração na coordenação e utilização dos recursos assistenciais da área da Saúde; Apoio aos cuidados primários. 5) Hospital Dia Geriátrico Consiste no atendimento a pacientes idosos que necessitem de avaliação e atendimento por equipe multiprofissional e interdisciplinar, incluindo um conjunto de atividades, tais como, 30 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados acompanhamento médico geriátrico, acompanhamento fisioterápico com reabilitação funcional, acompanhamento de terapia ocupacional, acompanhamento de fonoaudiologia com reabilitação da voz, audição, deglutição e psicomotricidade, acompanhamento psicológico com psicoterapia, estimulação cognitiva e comportamental, individual/grupal e orientação familiar, acompanhamento nutricional e social. Possui uma estrutura assistencial visto que os idosos são enviados para realizarem ou complementarem tratamentos médicos, terapêuticos, fisioterápicos ou de reabilitação que seriam de estadia prolongada em Hospital Geral ou também com a finalidade de evitar uma internação com fins exclusivamente terapêuticos. O objetivo do Hospital-Dia Geriátrico é cuidar do paciente idoso durante todo o dia, com a finalidade de mantê-lo em seu microambiente, sem necessidade de hospitalizá-lo, facilitando sua permanência no domicílio nos momentos difíceis, que por alterações bio- psico-sociais se toma perigosa sua estadia no lar, onde não há um apoio familiar contínuo. Deve ser dotado de uma planta física adequada para receber o paciente idoso, equipada com todos os aparelhos necessários para garantir o cumprimento dos planos terapêuticos indicados e com pessoal especializado. 6) Unidade Geriátrica de Clientes com Doenças Agudas É um nível de assistência destinado a internação de idosos para avaliação minuciosa ou Tratamento de processos agudos ou de reintensificações de processos crônicos. Suas vantagens sobre a assistência convencional, tal como para os hospitais dia estão largamente documentadas, sempre que se verifiquem em um hospital geral. Os principais indicadores de rendimento são: Adequação das admissões de modo que 100% atendam aos critérios do cliente Geriátrico; Estadia média inferior a 15 dias; Mortalidade inferior a 20%; Contato ao ter alta com cuidados primários em 100%; Internação em lar de idosos á alta inferior a 15%. Unidade de Convalescença (UCI) Recurso destinado a restabelecer a função ou atividade,ou a diminuir as sequelas de qualquer patologia previa. Pode incluir clientes geriátricos com diferentes doenças de base, que requerem uma recuperação funcional após processos clínicos, cirúrgicos ou traumatológicos. As UCI’s devem oferecer: Estadia média de 20 a 30 dias; Mortalidade inferior a 10%; Internação em lar de idosos á alta inferior a 25% 31 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Unidades para Clientes Crônicos Proporcionam cuidados institucionalizados a clientes com deterioração crônica da capacidade funcional, para que se mantenham no máximo níveis de saúde e de bem- estar mental e social. Atualmente empregam-se outros termos, como residências assistidas, unidades de longa estadia, centro sócio sanitário e asilos. As diferenças entre eles são mais teóricas do que práticas. São passíveis de internação nestes centros os idosos de alto risco e os clientes geriátricos que requerem cuidados contínuos impossíveis de serem prestados nos domicílios, Constitui a melhor alternativa a internação permanente. Situações de Saúde e Doença Para personalizar serviços e estabelecer objetivos os idosos podem dividir-se em: Idoso é: características físicas, funcionais, mentais e sociais e estão de acordo com a idade cronológica. Estima-se que 15 a 40% dos indivíduos de 70 anos não tem enfermidades explicitas. A assistência baseia-se na prevenção, e nos cuidados primários. Idoso doente é: aquele que apresenta patologia aguda ou crônica, de gravidade variável, raramente invalidante, e que não se ajusta aos critérios de cliente geriátricos. A assistência baseia-se sobre os cuidados convencionais com os idosos. Idoso frágil ou de alto risco: aquele que pela sua situação clinica mental ou social encontra-se em equilíbrio muito instável, com grandes probabilidades de ser internado em uma instituição, a menos que se administrem adequadamente os seus problemas. As principais causas que conferem fragilidades ou alto risco são: Ter mais de 80 anos; Viver sozinho; Viuvez há menos de um ano; Mudança de domicilio há menos de um ano; Patologia crônica que condicione incapacidade funcional; IAM ou insuficiência cardíaca há menos de seis meses; Doença de Parkinson; DPOC; Quedas; Déficit visual elevado; Hipoacusia elevada; Doença terminal. Ingestão de mais de três fármacos com efeitos secundários Necessidade de cuidados de saúde no domicilio uma vez por mês; Incapacidade funcional; 32 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Deterioração cognitiva; Depressão; Situação econômica precária. O objetivo principal com este grupo será a prevenção, tanto a primária, como secundária e terciária. 7) O Relacionamento do profissional de Saúde com o Idoso e a família A família é tão importante quanto o cliente, depende-se dela para alcançar qualidade de vida ao cuidador e ao cliente. O atendimento tem que ser multidisciplinar, família e profissionais trabalhando juntos, achando soluções para as dificuldades de manejo do cliente no seu dia a dia, com uma avaliação minuciosa, sistematização do trabalho e integração da equipe para conhecer melhor o cliente e sua dinâmica familiar. Criar ambiente estimulante para a família e o idoso. Particularidades das famílias dos idosos Palco de conflitos emocionais de uma existência, choque de gerações, com aspectos defensivos em relação a uma possível intervenção; Dependendo da patologia: cansaço, tremores, ressentimentos, incompreensão, gerando atitudes diferentes, sensação que não há nada a fazer, indecisão, insegurança a respeito do próximo passo; Cada membro recebe e reage à situação de maneira diferente (aceitando, negando, pondo em dúvida) depende do seu papel no contexto familiar; A família não deseja gastar com o idoso; A família pode projetar na equipe problemas anteriores de seu relacionamento com o idoso, a equipe torna-se alvo de ataques e incompreensão; Não entendimento do processo de envelhecimento. Particularidades da Equipe de Enfermagem Toda equipe que trabalha com idosos deve fazer uma avaliação minuciosa do idoso e da família visando: Proporcionar visão geral das patologias, para estabelecer métodos para avaliação da progressão da doença e estratégias de adaptação; Auxiliar no diagnóstico; Estabelecer estágio da doença vigente e funções remanescentes; Oferecer ao cuidador informações para que ele possa compreender o que ocorre com o idoso na doença atual e o que esperar na progressão; Indicar o nível de suporte familiar ou institucional que o idoso necessitará do futuro. Atitudes corretas: abertura, transparência, confiança mútua, objetivos comuns, planos de tratamento, periodicidade (intervalo entre período) de atendimento, rigidez e 33 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados flexibilidade. Atitudes incorretas: desconfiança, irregularidade de atendimento, não ouvir, distância ampla da família, prepotência, dar informações fora de hora e a pessoas que não sejam da família. Reações do idoso em face de doença e a hospitalização. A doença constitui no idoso uma ameaça que gera uma situação de insegurança, a hospitalização produz uma ameaça a vida, a saúde e a integridade física. O idoso encontra- se em um meio estranho e desconhecido, em seu quarto sem darem explicações entram pessoas que ele não conhece, e cuja sua função, algumas vezes ele não entende. O idoso sente-se frustrado, logo que chega ao hospital são retirados seus pertences e objetos pessoais. Ele terá de submeter-se a normas e regras impostas sobre o que comer o que vestir, horário que poderá receber visitas. Os procedimentos terapêuticos podem ser agressivos como: punções, sondagens, enemas, dietas especiais, interrupção do sono para administração de fármacos. Mecanismos de Adaptação do Idoso Em face de Doença Colaboração Tem interesse em manter-se vivo, colabora e suporta todos os procedimentos. Podem ser pessoas que tenham sido bastante felizes. Muitos idosos respondem desta maneira ás situações de doença. Negação Nas primeiras etapas de adaptação, aparece frequentemente o mecanismo de defesa de negar o próprio estado. O cliente não agradece a informação, nem as recomendações, dando menor importância para os sintomas. Pode mostrar-se preocupado com problemas insignificantes, menosprezando aqueles que são graves. Alegria injustificada ou a falta de interesse indicam também negação. Muitos não gostam de conversar com os demais, evitando assim identificar-se com eles. Raiva e Hostilidade Os pacientes que dependem de outros para suas atividades cotidianas são propensos a um caráter dominante e violento. Os episódios de violência podem ocorrer quando ele está sujeito a uma obrigação, quando se submete a normas muito restritivas, ou quando se viola a sua intimidade. Ele pode sentir-se irritado, magoado ou furioso. Devem-se levar em conta as manifestações de comunicação não verbal, como punhos cerrados, formas de olhar e o tom de voz. Pode mostrar-se questionador, exigente, provocador, desrespeitador ou sarcástico. Critica quem o trata, atacando as pessoas de quem depende. Frequentemente a raiva é descarregada sobre alguém ou algo distinto daquilo que originou a frustração e que tenha menos probabilidade de reagir. Ele poderá estar muito descontente com seu médico, mas não se atreve a queixar- se com receio de receber piores cuidados, pelo que dirigirá a sua agressividade para 34 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados equipe de enfermagem, esse tipo de conduta aumenta frustração do cliente, que se sente incompreendido, gerando um círculo vicioso. Rebeldia A atitude de rebelião e dominação pode ser indicadora de insegurança.O cliente aproveita qualquer ocasião para externar seus receios e aceita com dificuldade a dependência necessária para se manter de repouso ou tomar a medicação prescrita. Exigência e Pedido A necessidade de aceitação, de sentir-se estimado e diferente é demonstrada por um irresistível desejo de atrair a atenção e o interesse. O cliente chama frequentemente o pessoal da enfermagem, monopolizando com conversas extensas. Tudo isso esconde uma necessidade de ser aceito. Deve ter-se em mente que o cliente ansioso e que faz contínuos pedidos, pode realmente sentir os sintomas que refere. No entanto, se tenta satisfazer todas as solicitações de dependência do cliente, verifica-se que ele é insaciável, e conseguir o equilíbrio é difícil. Isolamento e Introversão O cliente retrai-se e evita a relação com os demais, passa longos períodos dormindo, ou com as portas fechadas, não querendo compartilhar sentimentos. Certo grau de isolamento é necessário na adaptação em face de doença, mas convertem-se em conduta patológica quando se intensifica ou se prolonga em excesso. Um cliente que se sinta triste ou abandonado pode deixar de lutar. Dependência e Regressão A incapacidade de ser autossuficiente dificulta a tomada de decisões sobre o futuro, propiciando a renúncia a própria responsabilidade. Alguns idosos delegam totalmente a responsabilidade aos profissionais ou familiares. É clientes dependentes que procuram orientação, o que reforça a sua convicção de que são incompetentes e irresponsáveis. Podem ocorrer condutas regressivas com comportamentos infantis, como incontinência do esfíncter, recusa de comer e tomar os medicamentos. Aqueles que se encontram por vontade própria nesse estado, podem querer continuar nele indefinidamente. 8) Anatomia do Envelhecimento Toda equipe que trabalha com idosos deve conhecer minuciosamente as peculiaridades anatômicas relacionadas ao envelhecimento. O profissional deve saber diferenciar os efeitos do envelhecimento normal das alterações produzidas por patologias que podem acometer os idosos. Cuidados com a higiene dos idosos Incluem-se todas as atividades que tendem a conservar a saúde. Para o cuidado da pele sã, as principais atividades são a limpeza e a hidratação. A higiene tem de ser feita diariamente; em idosos doentes é frequente ser realizada na cama. 35 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Cuidados com a boca Deve-se lavar a boca após cada refeição e sempre que necessário. Quando o paciente é independente, usará a sua própria escova e pasta dentifrícia. Se estiver muito incapacitado, o profissional realiza a limpeza, do seguinte modo: Cuidados com a boca; Cuidados com os olhos; Cuidados com os pés; Higiene do cabelo; Higiene genitoanal; Região genital; Alterações estruturais nos idosos No processo normal de envelhecimento ocorrem inúmeras alterações normais relacionadas com a idade em todos os sistemas de organismo. Elas podem se manifestar em diferentes momentos em cada pessoa, por isso é importante saber diferenciar as alterações normais das patológicas. A) Células e Tecidos: Do número de células ativas; Abrandamento do ritmo da multiplicação celular; Atrofia e perda de elasticidade tecidular; B) Composição Global do Corpo e peso Corporal: Do tecido gordo em relação ao tecido magro; Modificações no peso corporal e no peso dos órgãos; C) Músculos, Ossos e Articulações: De 25 a 30% da massa muscular; Da mobilidade de diversas articulações; Da distância entre os discos vertebrais; Da dimensão da caixa torácica; Perdas de cálcio; Do funcionamento locomotor e problemas de equilíbrio; Maior incidência de fraturas. D) Pele e Tecido Subcutâneo: Perda dos tecidos de suporte cutâneo; Atrofia e baixa da eficácia das glândulas sebáceas e sudoríparas; Perda de elasticidade da pele; Persistência da prega cutânea; Aparecimento de rugas; 36 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Acentuamento das proeminências ósseas; Descair das faces, queixo e pálpebras, e alongamento dos lobos das orelhas; Nas mulheres aparecimento de hipertricose (véu facial). E) Tegumentos Pelos finos e raros, exceto na face; Perda de cabelos, calvície ou cabelos brancos; Acinzentar ou descolorir dos cabelos; Espessamento das unhas (Onicogrifose); Alterações nos Órgãos do Sentido. A) Visão Arco Senil; Acumulo de lipídio em volta do olho; Círculo esbranquiçado ao redor da íris; Catarata, que é o espessamento e menor permeabilidade do cristalino que resulta na turvação da visão. Diminuição do tamanho da pupila, causando menor capacidade para leitura, desconforto a luz, quedas, colisões e dificuldade em manusear objeto pequenos. Figura 1 Catarata em idoso. Figura 2 Arco Senil. B) Audição Aumento do volume da fala do cliente, tendência a virar a cabeça em direção a pessoa que está falando, pedir para que repita o que foi dito. O tímpano torna-se mais espesso e acumula cerume, formando tampões. Respostas incorretas, porém, a cognição é normal. Pode isolar-se, demonstrar pouca atenção, ficar frustrada com raiva e deprimida. Ausência de resposta a um ruído alto. Presença de presbiacusia. C) Olfato e Paladar Do paladar, maior reflexo nauseativo; 37 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Do tamanho do nariz e do número de pelos; Incapacidade de perceber odores, o que leva a diminuição do apetite; Menor produção de saliva; Gengivas mais finas, diminuindo a capacidade de suportar a pressão de uma prótese dentária; Os dentes tendem a separar-se, é frequente a perda progressiva. 9) Alterações nos Sistemas do Organismo Sistema Cardiovascular Ocorre um espessamento das válvulas cardíacas e rígidas (esclerose e fibrose), o que leva a complicação de cardiopatia já existente, o que leva a um aumento da pressão arterial; A função cardíaca não se altera com o envelhecimento. A FC em repouso e o tamanho do coração não têm relação com a idade; Responde mais lentamente ao estresse, depois do aumento provocado pelo estresse o idoso necessita de mais tempo para que a FC volte ao normal; Queda do consumo de oxigênio; Aumento da PA 160 x 90 mmhg é considerado normal para pessoas acima de 65 anos; Taquicardia persistente pós-estresse. Sistema Respiratório Ocorre um enfraquecimento da musculatura respiratória, retração elástica da Parede torácica diminui; A PO2 diminui com a idade em virtude de desequilíbrios da vetilação-perfusão. Todavia, os idosos não ficam hipóxicos, a não ser que haja uma doença Concomitante; Diminuição no sistema de transporte ciliar da mucosa; Aumento do lúmen, diminuição dos cílios e dos seus movimentos, aumento do tamanho das glândulas brônquicas; Diminuição do reflexo de tossir aumento de secreções no pulmão, dificuldade para expectoração. Sistema Digestivo Alterações no fígado, vias biliares e pâncreas; que podem alterar a função secretora, motora, de absorção ou todas simultaneamente; O trânsito dos alimentos fica mais lento, com menor absorção de substâncias e tendência a prisão de ventre; Diminuição do tamanho do fígado, o fluxo sanguíneo também diminui, alterando o metabolismo hepático de muitas substâncias, entre elas os fármacos, que podem resultar no aumento dos níveis e do tempo de permanência destes no organismo. Sistema Genital 38 Escola Técnica Nova Opção S/S Ltda ETNO todos os direitos reservados Nas mulheres, após a menopausa ocorre uma diminuição importante na produção de hormônios; Ocorre à diminuição do tamanho dos ovários, involução uterina, atrofia da vagina e perda da massa mamária; Diminuição da lubrificação
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