Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Receptores de Membrana Acoplados à Proteína G Proteínas receptoras de membrana (integrais, transmembrana ou proteínas intrínsecas): possui ligantes hidrofílicos e grandes (não conseguem atravessar a bicamada), permanecendo na membrana. RECEPTORES ASSOCIADOS A PROTEÍNAS DE CANAIS IÔNICOS: ● Convertem sinais químicos em sinais elétricos e são comuns na sinalização sináptica. ● Possui uma região para a passagem dos íons e outra para a conexão com moléculas sinalizadoras extracelulares. Isso faz com que haja abertura e fechamento do canal iônico. ● Possuem uma região (sítio de ligação) onde há a passagem dos íons de forma seletiva e muito rápida. Esses sítios estão presentes entre as subunidades da proteína de canal, havendo sítios de ligação específicos para cada molécula. Exemplo: existe um sítio de ligação específico para a acetilcolina e ele só irá abrir quando houver uma ligação com a molécula de acetilcolina. ● O canal iônico fica fechado, mas possui um sítio de ligação com moléculas sinalizadoras extracelulares (como a acetilcolina) que se abre quando há o reconhecimento da molécula sinal (íon). Este íon, por sua vez, atravessa a membrana plasmática seguindo/a favor do gradiente de concentração. ● O canal iônico só/sempre realiza o transporte do soluto a favor do gradiente, ou seja, transporte passivo. ● Outro sinalizador presente nesse tipo de proteína é o GABA (segunda imagem). CÉLULAS MUSCULARES: Para a célula muscular entrar em contração, ela precisa despolarizar (entrar íon + na célula/deixar a célula mais positiva) e, para que isso ocorra, é necessário um sinal químico (que, neste caso, seria a acetilcolina). Quando a acetilcolina se liga a essas proteínas de canal (de sódio e cálcio), elas estimulam a abertura do canal e, consequentemente, ocorre a passagem desses íons para dentro da célula. Depois que a acetilcolina se desprende da proteína de canal, há uma dessensibilização que fecha o canal, impedindo a passagem de íons (sódio e cálcio). MECANISMOS DE FOSFORILAÇÃO E COMUTAÇÃO DE NUCLEOSÍDEOS: A) Sinalização por fosforilação: ○ Proteínas cinases: adicionam moléculas de fosfato à proteína. A proteína será ativada devido à fosforilação. ○ Proteína fosfatase: remove o grupamento fosfato, desativando a proteína (desfosforilação). B) Comutação: ○ Envolve a hidrólise de nucleotídeos. ○ Proteína G: liga-se ao GTP para se ativar. ○ Quando a proteína faz a hidrólise do GTP (ativada), liberando um fosfato, ela torna-se GDP novamente (inativa). ○ As proteínas não permanecem sempre ativas, pois há gasto energético. RECEPTORES ACOPLADOS/ASSOCIADOS A PROTEÍNA G: ● A proteína G está acoplada/ligada a um receptor de superfície de membrana (ela não é um receptor, está somente acoplada/associada a um). Estes receptores são proteínas integrais de membrana e precisam ser anfipáticos. ● Quando o receptor não reconhece nenhum sinal, a proteína G está inativa. Mas, assim que o receptor reconhece o sinal, ele ativa a proteína G e ela, por sua vez, pode ativar um canal iônico ou uma enzima. A resposta ocorre em um tempo maior do que a do canal iônico. ● Possui uma porção extracelular: que se liga a molécula sinalizadora. ● Possui uma porção intracelular: faz conexão com a proteína G (responsável pela ativação de outras proteínas na cascata de sinalização) MECANISMOS DE ATIVAÇÃO DA PROTEÍNA G: A proteína G fica inativa, pois ela tem um sítio de ligação ao GDP. Mas, quando o receptor reconhece a molécula sinal, ele induz uma substituição do GDP por GTP. E, uma vez ligado ao GTP, esta proteína G tem atividade enzimática ativa e passa a ativar na cascata de regulação uma outra proteína efetora, dando início ao processo de sinalização intracelular. Proteína receptora (integrais) que se liga à proteína G: ● A proteína G é uma proteína periférica de membrana, presente na superfície intracelular (voltada para o citosol). ● Possui atividade enzimática e é capaz de estimular uma via de sinalização direta a partir do reconhecimento do sinal. ● Transforma GDP (difosfatado) em GTP (trifosfatado). ● Normalmente estes receptores trabalham em dímeros e, quando reconhecem um sinal, eles trabalham em conjunto. Este sinal permite a ativação deste domínio catalítico (tempo de resposta bastante lento – em horas). ● Possui 7 passagens de membrana plasmática, além de uma região voltada para o meio externo chamada de N terminal e uma região voltada para o meio interno/citosólico chamada de C terminal. ● Se liga a uma molécula sinal peptídica/hidrofílica que não consigue atravessar a membrana, como a noradrenalina ou a acetilcolina. Ela é heterotrimérica, ou seja, apresenta 3 subunidades distintas (alfa, beta e gama): ○ Alfa hélice: espiral de caderno; ○ Folhas beta pregueadas: modelo de ziguezague. Quando ela está em repouso, a unidade alfa está ligada a uma molécula de GDP. Quando o ligante se acopla ao receptor, a proteína G troca a molécula de GDP por GTP e a subunidade alfa desliza-se pela membrana até encontrar uma molécula efetora. A proteína G muda sua conformação de acordo com o ligante e dá diferentes tipos de resposta de acordo com o receptor alvo. Ela ainda é a responsável por ativar as fosfolipases e outra moléculas efetoras. Existem 3 tipos de proteína G: ● Gs: estimula outras proteínas efetoras (receptor beta excitatório); ● Gi: inibe outras proteínas efetoras (receptor alfa 2 inibitório); ● Gp ou Gq: faz processos específicos dos olhos. SEGUNDOS MENSAGEIROS: No processo de sinalização, temos um receptor de membrana que recebe uma molécula sinal (primeiro mensageiro, como a acetilcolina e a noradrenalina). Esta molécula sinal (primeiro mensageiro) não entrará dentro da célula, portanto, o segundo mensageiro será ativado. A função dos segundo mensageiro é fazer com que a resposta seja mais rápida e eficaz. ● Exemplos de segundos mensageiros: ○ AMP cíclico, GMP cíclico: são hidrofílicos e conseguem se difundir no citosol, ativando proteínas internas. ○ Diacilglicerol (DAG): é o único completamente hidrofóbico, por isso, fica na bicamada lipídica, sinalizando para proteínas presentes na membrana, para que elas participem do processo de sinalização. Ele é fruto do trifosfatidilinositol. ○ Inositol trifosfato (IP3): é fruto do trifosfatidilinositol. Além disso, são hidrofílicos e conseguem se difundir no citosol, ativando proteínas internas.
Compartilhar