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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 BASE LEGAL DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR ........ 4 
3 DIDÁTICA ................................................................................................... 5 
3.1 A história da didática brasileira.............................................................9 
3.2 A didática no ensino superior..............................................................13 
4 METODOLOGIA DE ENSINO .................................................................. 19 
4.1 Tipos de metodologias ativas de ensino.............................................22 
4.2 Pirâmide de William Glasser...............................................................23 
4.3 Estratégia sala de aula invertida – flipped classroom.........................24 
4.4 Aprendizagem baseada em projetos ou Project-Based Learning – PBL
 ......................................................................................................................26 
4.5 Peer instruction (PI)............................................................................27 
4.6 Projeto Teal/Studio Physics................................................................29 
4.7 Ensino híbrido.....................................................................................30 
4.8 Gamificação........................................................................................31 
5 COMPETÊNCIA DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR ............................. 32 
6 POSTURA DO EDUCADOR NA SALA DE AULA .................................... 34 
6.1 Didática e características do educador ...............................................35 
6.2 Métodos de ensino pedagógicos: específicos, gerais e de conteúdos
 ......................................................................................................................36 
6.3 Formação pedagógica superior...........................................................37 
7 LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 ........................................ 38 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 84 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 BASE LEGAL DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR 
Fonte: pixabay.com 
A educação básica composta pela educação infantil, educação fundamental 
anos iniciais e finais e ensino médio, é um padrão de ensino que visa garantir 
competências gerais, aprendizagem e o desenvolvimento de cidadãos éticos e 
participativos. O ensino superior é a etapa posterior ao ensino médio. Neste sentido a 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9.394/96), assegura em seu 
artigo 43, a educação em nível superior, bem como sua finalidade, que são as 
seguintes: 
Art. 43. A educação superior tem por finalidade: 
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do 
pensamento reflexivo; 
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a 
inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento 
da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; 
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o 
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, 
e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que 
vive; 
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do 
ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; 
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e 
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos 
que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do 
conhecimento de cada geração; 
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em 
particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à 
comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; 
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à 
difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da 
pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. 
 
5 
 
VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação 
básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização 
de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão 
que aproximem os dois níveis escolares. 
 
Corroborando com a LDBEN 9.394/96, a constituição em seu artigo 205 e a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos prioriza em seu artigo 26, o direito ao 
ensino nos três níveis, bem como o acesso. 
Artigo 26 
I.Todos os seres humanos têm direito à educação. A educação será gratuita, 
pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A educação elementar 
será obrigatória. A educação técnica-profissional será acessível a todos, 
bem como a educação superior, está baseada no mérito. 
II.A educação será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da 
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos 
humanos e pelas liberdades fundamentais. A educação promoverá a 
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos 
raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol 
da manutenção da paz. 
III.Os pais têm prioridade de direito na escolha do género de educação que 
será ministrada aos seus filhos. 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
Os cursos de ensino superior são ministrados por instituições reconhecidas 
pelo Ministério da Educação (MEC), que são denominadas universidades, centros 
universitários, faculdades e institutos. 
3 DIDÁTICA 
Fonte: pixabay.com 
 
6 
 
 A palavra didática origina-se do grego didaktiké, usualmente traduzida por 
“arte de ensinar”. A didática pode ser definida como um conjunto de atividades 
organizadas pelo docente visando o favorecimento da construção do conhecimento 
pelo estudante. O didata é o profissional de ensino que tanto desenvolve como reflete 
sobre sua prática numa disciplina específica (FIORE FERRARI; LEYMONIÉ SÁEN, 
2007). 
 A história da didática brasileira mostra que sua trajetória de desenvolvimento 
buscava atender às necessidades educacionais relativas a cada época e também 
classes sociais. Num primeiro momento, foi baseado em bases explicativas e 
instrumentais, o que trouxe a teoria da manutenção desse status, com o tempo 
ocorreu o surgimento de uma visão mais individualista que visando organizar e manter 
o conhecimento sistemático. 
Até o século XIX a didática aparece no campo da educação fundamentando-senos estudos da filosofia, tendo-se difundido especialmente a partir do livro de Jan 
Amos Comenius (1592-1670) intitulado ‘Didactica Magna’ ou ‘Tratado da arte 
universal de ensinar tudo a todos’, publicado em 1657. Também são relevantes as 
contribuições de Jean Jacques Rousseau (1712-1778), Johann Heinrich Pestalozzi 
(1746-1827), Johan Friederich Herbart (1777-1841) dentro outros autores que 
discutiram a temática. (GIL, 2008). 
Segundo Marin (2005, p. 19): 
No século XVII, quando surge formalmente a Didática, esta veio influenciada 
pelas ciências em geral e pela Filosofia, com os estudiosos à procura de 
forma de atuação mais organizada. O desenvolvimento das ciências nos 
séculos seguintes trouxe novos dados à Didática, com especial destaque os 
da Psicologia. O desenvolvimento dos estudos psicológicos ocasionou o 
surgimento de análises sistemáticas sobre a criança, o aluno, influenciando 
fortemente o campo didático, que absorveu tais dados. Emerge dessas 
constatações a noção-síntese de que a Didática, ao longo do tempo, tem sido 
influenciada tanto pelo campo pedagógico, filosófico, como pelo campo das 
ciências em geral. 
Depois de anos de domínio no campo da educação e devido às mudanças 
sociais e econômicas, foi necessário quebrar as normas e a instrumentalidade do 
método de ensino didático, e tentar reformulá-lo para que pudesse continuar a se 
desenvolver conforme as mudanças que ocorriam. A partir do início do século XX a 
didática passou a receber aportes significativos de outras ciências como a Biologia e 
Psicologia, impulsionando muitos movimentos de reforma escolar que admitiam a 
 
7 
 
falência didática do modelo tradicional e buscavam uma educação que considerasse 
os aspectos psicológicos relacionados com o processo de ensino e aprendizagem. 
Com as ideias tecnicistas de meados do século XX, a didática assumiu um conceito 
instrumental que enfatizava tão somente a elaboração de planos de ensinos, 
elaboração de objetivos, seleção de conteúdos e técnicas de ensino, confundindo-se 
assim com a metodologia de ensino. (GIL, 2008; FIORE FERRARI; LEYMONIÉ SÁEN, 
2007) 
O campo didático costuma estar associado a muitas lendas e raramente se 
discute a possibilidade de formação de professores. Quando os educadores e 
estudantes são questionados em debates sobre o tema didática, muitos profissionais 
e até mesmo os alunos definem a mesma como apenas uma matéria que possui como 
fundamentação os métodos, técnicas e receitas de aprendizagem, que podem ser 
utilizadas como forma de apoio para todas as aulas. A didática foi entendida durante 
séculos como técnicas e métodos de ensino. Os elementos da ação da didática 
constituem tradicionalmente em: Professor, aluno, conteúdo, contexto e estratégicas 
metodológicas (PACIEVITCH, [S.D.]). 
Gil (2010, p.2) vai mais além e define a didática como a “arte de ensinar. ” Ele 
segue citando Comenius, que afirmava que didática é a “arte de ensinar tudo a todos” 
e Masetto, que diz que didática “é o estudo do processo de ensino-aprendizagem em 
sala de aula e de seus resultados”. 
Libâneo (1990, p.25), denomina didática como “teoria do ensino” por investigar 
os fundamentos, condições e formas de ensino. Acerca de didática Libâneo diz: 
 A didática é uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto, 
no qual os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas da aula se 
relacionam entre si de modo a criar as condições e os modos de garantir aos 
alunos uma aprendizagem significativa. Ela ajuda o professor na direção e 
orientação das tarefas do ensino e da aprendizagem, fornecendo-lhe 
segurança profissional. (LIBÂNEO, 2002, p.5). 
Ainda segundo Libâneo: 
“A ela cabe converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de 
ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos, 
estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o 
desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. [...] trata da teoria 
geral do ensino (1990, p. 26). ” 
 
8 
 
Fiore Ferrari e Leymonié Sáen, (2007). Propõe que o campo didático é 
composto de três dimensões distintas, alunos, saberes culturais e professores. 
Pesquisar cada um desses aspectos ajuda a compreender melhor o processo de 
aprendizagem dos alunos e o ensino dos professores, prestando atenção aos 
obstáculos, expondo soluções de aprendizagem para superá-los e promover o uso do 
conhecimento cultural. Na figura do triângulo didático abaixo observa-se que o 
professor possui conhecimento e habilidades que dão o direito ao docente de atuar 
com base em acordo (contrato) didático. 
Triângulo didático 
Fonte: Fiore Ferrari; Leymonié Sáen (2007, p. 4) 
No vértice do triângulo, temos: 
1. Conhecimento cultural ou saberes culturais que são representados 
através de conceitos teóricos da área do conhecimento; 
2. Na parte onde estão os discentes (alunos), verificamos diferentes 
estratégias de aprendizagem, e as concepções previamente ligadas a 
um modelo sociocultural e suas ideias anteriores; 
3. No campo de ensino do professor, percebemos a modalidade de ensino, 
itens de atividade e no âmbito psicossocial dos professores restritos por 
suas instituições e seu ambiente de ensino. 
 
9 
 
Não obstante toda a evolução observada nos conceitos fundantes da didática, 
muitos docentes universitários não valorizam a sua importância; deveras, neste nível 
de ensino as práticas didáticas são reduzidas a aulas expositivas (mais ou menos 
dialogadas) e o professor aprende a ensinar pela tentativa e erro. O docente 
normalmente incentiva a memorização dos conteúdos e utiliza a prova escrita e o ‘dar 
notas’ como instrumento de autoridade; quanto aos discentes, só lhe restam colocar-
se na posição de meros ouvintes, quais seres sem luz, à espera que os professores 
deem suas aulas e terminem logo a agonia do período letivo. Quantos equívocos! 
(LOWMAN, 2004; FIORE FERRARI; LEYMONIÉ SÁEN, 2007; GIL, 2008). 
3.1 A história da didática brasileira 
Fonte: pixabay.com 
Adotado inicialmente pela escola brasileira, de acordo com suas normas e 
objetivos de homogeneização, o método das etapas formais em Herbart apoiou o 
desenvolvimento do chamado método de ensino tradicional, formando assim a escola 
tradicional No Brasil, o foco estava na divulgação do conteúdo da enciclopédia pelo 
educador, bem como no trabalho de memorização e posterior repetição dos alunos. 
Nos penúltimos decênios do século XX ocorreu um marco histórico para a 
Pedagogia no Brasil, quando teóricos engajados na discussão sobre o rumo da 
Educação e da Didática trataram da problematização do esvaziamento teóricopolítico 
da Didática nos cursos de formação de professores e da superação da Didática 
 
10 
 
instrumental rumo à construção de uma Didática fundamental de acordo com Candau 
(1997). 
Seguindo esse mesmo pensamento Saviani afirma que, em meados do século 
XX, os adeptos do movimento da chamada Escola Nova ou escola renovada 
afirmaram que tal pedagogia, decorrente de escolas tradicionais, teria sido a grande 
responsável pelo fenômeno da marginalização relativa ao fenômeno da escolarização 
no Brasil no início do século XX (SAVIANI, 1993). 
Candau, 2002, ainda define em sua outra obra que: 
A Didática passa por um momento de revisão crítica. Tem-se a consciência 
da necessidade de superar uma visão meramente instrumental e 
pretensamente neutra do seu cotidiano. Trata-se de um momento de 
perplexidade, de denúncia e anúncio, de busca de caminhos que têm de ser 
construídos através do trabalho conjunto dos profissionais da área com 
professores de 1o e 2o graus. E pensando a prática pedagógica concreta, 
articulada com a perspectiva de transformação social, que emergirá uma 
nova configuração para a Didática (CANDAU, 2002, p. 14). 
Os adeptos do movimento da chamada Escola Nova ou escola renovada se 
apresentaram criticamente, contestando e se contrapondo às concepções que 
apoiavam essaescola considerada por eles como antiga, e advogando em favor de 
uma pedagogia decorrente de escolas pautadas “[...] em uma experiência aberta, em 
termos de programas e métodos, mas centrada em torno do ideal de uma “atividade 
espontânea, pessoal e produtiva” (CASTRO, 1991, p. 20) 
Sobre a trajetória histórica da didática como disciplina ou sistema de 
conhecimento nas instituições de formação de professores no Brasil, pode-se dizer 
que esta ocorreu durante a reforma no Rio de Janeiro em 1847, quando o currículo 
Escola Normal se fundiu com o Liceu Provincial. Devido a essa trajetória histórica do 
método de ensino brasileiro e às tentativas dos teóricos de discutir suas 
características básicas em detrimento da capacidade de ensino, define-se que sua 
identidade primaria foi constituída de forma instrumental. 
De acordo com Villela (2007, p. 110) com tal fusão, surgiu a possibilidade de 
“[...] uma formação diversificada para professores de ensino preliminar e de ensino 
médio”, com a inserção no currículo da cadeira de “Religião do Estado e Didática”, 
entre outras. “O curso tornava-se seriado e já há uma graduação de disciplinas em 
função do nível a que os futuros professores se destinavam. Surge o termo ‘Didática’ 
pela primeira vez e disciplinas novas [...]” (VILLELA, 2007, p. 111). 
 
11 
 
 Damis (1988), afirma que, a educação sempre esteve a serviço da produção 
da sobrevivência humana. Os contextos foram e são formados conforme as 
necessidades de desenvolvimento e das ações humanas para essa transformação. 
No caso específico da Didática, que é uma disciplina pedagógica fundamentalmente 
criada para elaborar um método universal que possibilitasse ensinar tudo a todos, sua 
contribuição não está no fato da análise dos seus conteúdos técnicos e sim na sua 
relação com a prática social e a necessidade de cada momento histórico. Essa 
corrente teórica recebe apoio de Libâneo, (1994, p.21) que ressalta as influências 
educacionais e didáticas como fatores fundamentais das desigualdades entre os 
homens, sendo o contexto socio-histórico da comunidade um traço fundamental no 
desenvolvimento dos atos coletivos que contribui na politização da prática educativa. 
Se o termo e a cadeira da “didática” apareceu em 1847, o conteúdo da doutrina 
está relacionado ao treinamento de professores ou como afirmou Saviani (2006), com 
a formação Didática dos professores, data de 1827, a partir da Lei das Escolas de 
Primeiras Letras. De acordo com Saviani (2006, p. 3): É na Lei das escolas de 
primeiras letras, promulgada em 15 de outubro de 1827, que essa preocupação 
aparecerá pela primeira vez. Ao determinar que o ensino, nessas escolas, deveria ser 
desenvolvido pelo método mútuo, a referida lei estipula, no artigo 4º, que os 
professores deverão ser treinados neste método, às próprias custas, nas capitais das 
respectivas províncias. Portanto, está colocada aí a exigência de preparo didático, 
embora não se faça referência propriamente à questão pedagógica. 
Portanto, é certo que, mesmo sob outro título, a didática já aparecia no currículo 
das escolas normais. Com o surgimento da primeira escola normal no Brasil, em 1835, 
os saberes docentes da escola normal foram reduzidos à pesquisa, atribuindo-se um 
método, a saber, o método de ensino mútuo, supervisor ou Lancaster. No Brasil, 
experimentos com o novo método possuíam “[...] como característica principal o fato 
de utilizar os próprios alunos como auxiliares do professor” (FARIA FILHO, 2011, p. 
141), este sendo aplicado inicialmente em corporações de âmbito militar. 
Para Bastos (1997, p. 127), “essa preferência evidencia uma aproximação entre 
a disciplina e a ordem exigida e adotada pelo método, nas duas instituições: militar e 
escolar”. Ainda segundo Bastos (1997, p. 133), “o método mútuo é uma etapa da 
história da instrução pública e das escolas de primeiras letras no Brasil, como parte 
do processo de incorporação das modernidades dos países centrais, em fase de 
 
12 
 
industrialização e, consequente, formação de cidadãos adaptados à essa realidade. 
A difusão da instrução elementar às massas trabalhadoras exigia a racionalização do 
ato pedagógico: pela rapidez em ensinar, pelo baixo custo, pela disciplina e ordem, 
pelo uso de poucos professores e vários alunos-mestres. ” 
Segundo Faria Filho esse método visava três vantagens que são: 
1. Abreviar o tempo necessário para a educação das crianças; 
2. Diminuir as despesas das escolas; 
3. Generalizar a instrução necessária às classes inferiores da 
sociedade, (FARIA FILHO, 2011, p. 141). 
Candau (1983, p. 5) afirma que existiram diferentes abordagens didáticas, e a 
mesma autora define duas como principais, que são: humanista, a qual teria 
predominado de 1945 a 1960, e a tecnicista, predominado entre1960 e 1968. Já a 
partir da década de 1970, a “Didática é concebida como estratégia para o alcance dos 
“produtos” previstos para o processo de ensino-aprendizagem” (CANDAU, 1983, p. 
6). 
Para Libâneo (1994, p. 40), de acordo com o contexto do movimento da década 
de oitenta, os "métodos de uma pedagogia crítico-social dos conteúdos não partem, 
então, de um saber artificial, depositado a partir de fora, nem do saber espontâneo", 
mas de uma relação direta com a experiência do aluno, confrontada com o saber 
trazido de fora, em que o professor valoriza os conhecimentos adquiridos 
anteriormente e parte desses conhecimentos para novas aprendizagens. 
Quando voltamos os olhares para o ensino superior, Garcia (1995, p. 78), 
afirma que: [...] a Didática surgiu como curso e disciplina escolar com a organização 
da Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), pelo Decreto lei N. 1. 190 de 4 de abril de 
1939 [...] A FNFi foi organizada compreendendo quatro seções fundamentais: 
Filosofia, Ciência, Letras e Pedagogia, sendo que a cada seção poderiam 
corresponder um ou mais cursos; e uma seção especial de Didática à qual 
correspondia o curso de Didática, com a duração de um ano, abrangendo as seguintes 
disciplinas responsáveis pela totalidade da formação pedagógica do candidato à 
licenciatura: Didática Geral, Didática Especial, Psicologia Educacional, Administração 
Escolar, Fundamentos Biológicos da Educação e Fundamentos Sociológicos da 
Educação. 
O ensino superior é relevante porque, dado o tipo, a abrangência e o ritmo da 
sociedade, esta tende cada vez mais a ser sustentada pelo conhecimento. Segundo 
 
13 
 
Aquino e Puentes (2011), a sociedade atual tem vislumbrado na ciência o alcance de 
melhores condições de vida, razão pelo qual busca no ensino superior e na pesquisa 
o desenvolvimento cultural, socioeconômico e ecologicamente sustentável da 
humanidade. 
No final do século XX e início do século XXI, estudiosos e pesquisadores da 
área expressavam preocupações com a teoria didática, principalmente em nossa 
educação básica atual, ou seja, a necessidade de “[...] repensar a “razão-teórica” e a 
“razão-prática” da Didática para o alcance de um fazer-didático que nos liberte da 
abstração-pedagógica e do obscurantismo cultural tão evidente em seus conteúdos 
programáticos”, o que, segundo a autora, será possível acrescentando “à teoria 
Didática a dimensão político-social” (CANDAU, 2001, p. 46). No século XXI, com o 
rápido desenvolvimento da tecnologia e a ampla disseminação do conhecimento, a 
sociedade descobriu que seu campo educacional mudou novamente. O que se 
questiona hoje é a formação de professores do ensino superior, seus conhecimentos 
e uso relativos a didática, ou qual é a sua finalidade em uma sociedade que visa 
primordialmente o conhecimento. 
3.2 A didática no ensino superior 
Fonte: pixabay.com 
Para atender às atuais necessidades de modernização, as universidades 
devem ter em seu corpo docente um número suficiente de educadores com 
características de metodologia científica, que tenham as habilidades necessárias: a 
capacidade de planejar, executare avaliar de forma planejada. 
 
14 
 
Corroborando com esta afirmação Berbel, 1994, cita que, há anos, várias 
instituições têm se dedicado a formação continuada de professores. O primeiro órgão 
no Brasil a voltado a assessoria pedagógica do docente universitário foi o Laboratório 
de Ensino Superior da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul (BERBEL, 1994). 
 Os educadores das instituições de nível superior devem compreender a 
disciplina a que se aplica, devendo ser versátil e abrangente na área do conhecimento, 
permanentemente aberto à pesquisa e atualização de conhecimentos em sua área de 
ensino. Os professores de faculdades e universidades deveram estar atentos ao que 
acontece em sala de aula, como os alunos adquirem o conhecimento daquilo que está 
sendo ensinado, como organizar o espaço e o tempo e qual a estratégia de 
intervenção mais adequada no ensino e na aprendizagem. 
Segundo ALTHAUS (2004), a ação didática no ensino superior é pautada pelas 
tensões enfrentadas no cotidiano universitário e consolida-se pelo o que é inerente à 
extensão: “A autêntica ação de estender o conhecimento, via extensão universitária, 
operacionaliza-se por meio de umas práxis dialética (mediadora entre universidade-
sociedade-universidade) de produção / reprodução crítica do conhecimento” (RAYS, 
2003, p.3). RIBAS (2000 p. 62) define que “a prática pedagógica só se aperfeiçoa, por 
quem a realiza, a partir de sua história de vida e saberes de referência, das 
experiências e aspirações” e que “é na prática e na reflexão sobre ela que o professor 
consolida ou revê ações, encontra novas bases e descobre novos conhecimentos”. 
Por sua vez Perrenoud quando fala da capacitação da didática, este diz que: 
por isso, é preciso limitar-se ao fato de que os professores saibam razoavelmente 
mais que seus alunos, que não descubram o saber a ser ensinado na véspera de sua 
aula e que o dominem suficientemente para não se sentirem em dificuldade ante o 
menor problema imprevisto (...). Quanto mais avançamos rumo a didáticas 
sofisticadas, pedagogias diferenciadas e construtivistas, mais esperamos que o 
professor tenha domínio dos conteúdos que lhe permita não só planejar e ministrar 
cursos, mas também partir das perguntas dos alunos, de seus projetos e intervir na 
regulação de situações de ensino-aprendizagem que podem ser muito menos 
planejadas que uma sucessão de lições (...). Em suma, a aparente evidência de que 
“deve saber o que ensina” abrange uma grande diversidade de representações quanto 
à extensão dos saberes a dominar, à natureza desse domínio, com relação ao saber 
 
15 
 
que ele envolve e aos seus vínculos com a transposição didática. (PERRENOUD, 
2001, p.16,17). 
De acordo com D’Ávila, o objeto da didática é a mediação didática e a mediação 
cognitiva. 
A mediação cognitiva pressupõe uma mediação de caráter externo, a 
mediação didática. A relação com o saber é, portanto, duplamente mediada: 
uma mediação de ordem cognitiva e uma outra de natureza didática. A 
mediação cognitiva se constitui com base no desejo de saber, de aprender. 
A mediação didática se constitui como sistema de regulação (que organiza e 
concede forma) na determinação de uma estrutura exterior e como 
modalidade de ação que procura tornar esse objeto desejável ao sujeito. É, 
pois, na mediação da mediação que a ação didática ganha corpo e se 
constitui como meio de intervenção de natureza didática (D’ÁVILA, 2012, p. 
19). 
No ensino-aprendizagem das universidades, a inter-relação entre docente e 
estudante deveram estar implícitas e bem coordenadas de forma que existam 
métodos de ensino que funcionem como ferramenta de interfaces entre os dois lados. 
Nóvoa, 1991, defende que, a formação tanto do professor quanto a do aluno para 
quem ele leciona deve ser encarada como um processo permanente, integrado no 
dia-a-dia. As instituições de ensino superior precisam ampliar as ofertas de cursos de 
especialização na área pedagógica, para contemplar um número maior de 
professores. Para possibilitar a formação contínua, propor projetos pedagógicos que 
envolvam os docentes em grupos de estudos na busca de reflexão sobre o corpo 
docente (NÓVOA, 1991). 
De acordo com MESQUITA ([S.D.]) “a didática está ligada com o processo 
ensino aprendizagem, no qual, professor e aluno, devem estabelecer uma relação 
muito boa para que a mesma surta um efeito esperado, podendo assim acontecer 
uma troca de ideias que favoreça e desenvolvimento intelectual de ambos, uma vez, 
que na educação há uma interação de conhecimentos entre todos, se utilizando dos 
meios educacionais de acordo com as necessidades da clientela atendida e de uma 
avaliação de qualidade”. 
Com relação aos citados acima Perrenoud diz que: 
Ensinar é fazer parte de um sistema e trabalhar em diversos níveis. Durante 
muito tempo, a cultura individualista dos professores incitou-os a considerar 
que seu ambiente começava na porta de sua sala de aula. Todavia, a 
complexidade atual obriga a tratá-los como membros de um grupo com um 
papel coletivo e a questionar seus hábitos e suas competências no espaço 
 
16 
 
da equipe, do estabelecimento de ensino e da coletividade local, bem como 
no espaço propriamente pedagógico e didático. (PERRENOUD, 2001, p. 57). 
A conjuntura deste processo somente se dará de forma correta no momento 
em que a didática estiver presente. A autora Amaral diz que: 
 “Diferentemente do que se propõe no ensino de alguma coisa, não temos aí 
o problema da especificidade do saber, delimitada em bases epistemológicas: 
delineia-se, com base no diferente, o que perpassa todas as situações. O 
papel da Didática, no caso, é o de percorrer os diferentes campos, 
auscultando as diferentes experiências, para levantar as semelhanças e 
promover o enriquecimento do próprio campo e dos outros campos.”. (2000, 
p.143). 
Contudo, com relação a didática, o autor Gil alerta que: 
(...). Muitos professores universitários exercem duas atividades: a de 
profissional de determinada área e a de docente, com predominância da 
primeira. Por essa razão tendem a conferir menos atenção às questões de 
natureza didática (...). (GIL, 2010, p.5). 
Com os levantamentos que são realizados ao longo dos cursos fica claro as 
deficiências na formação do professor universitário. É comum que a maioria das 
críticas nestes cursos em relação aos professores refere-se à falta de didática, por 
essa razão muitos professores vêm realizando cursos de didática do ensino superior 
(BORBA; SILVA, [S.D.]). Dando força ao pensamento de Gil, Borba e Silva, a Lei nº 
9.394/96 em seu artigo 65, afirma que em se tratando da educação superior o 
profissional é dispensado de um maior preparo educacional. 
Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática 
de ensino de, no mínimo, trezentas horas. 
Cavalcanti e Nunes, afirmam que, é importante que as Universidades e 
Faculdades incentivem a formação continuada dos docentes, para que assim eles 
possam ter uma didática motivadora para o aprendizado de seu alunado 
(CAVALCANTI; NUNES, 2010). Desta forma os autores dão a entender que faz se 
necessário uma atualização por parte dos educadores universitários. 
Observando a indicação da Lei nº 9.394/96 entende-se que esta corrobora com 
a afirmação de Gil (2010, p.5), mas que muito está sendo feito em relação ao professor 
de nível superior e a didática de ensino, sendo constatadas mudanças significativas 
no setor. Segundo BORBA e SILVA ([S.D.]): “Quando nos referimos às necessidades 
dos estudos didáticos dirigidos ao ensino de nível superior, a sua aplicação e 
 
17 
 
investigação aos problemas pedagógicos deve levar cada docente a fazer uma 
autocrítica e a tomar consciência de suas responsabilidades, e principalmente buscar 
a melhor forma de desempenhar suas funções e por sua vez fazer experiências 
pedagógicas que vise aperfeiçoar os diversos tiposde atividades que caracterizam 
tais funções, em particular podemos citar as voltadas à sistematização e transmissão 
do conhecimento, sem deixar em segundo plano ou de lado as responsabilidades 
propriamente educativas.” 
Pimenta e Anastasiou confirmam a busca pela qualidade de ensino do 
professor universitário em relação a didática. 
(...) constata-se nos meios educativos dos países mais avançados, um 
crescimento da preocupação com a formação e o desenvolvimento 
profissional de professores universitários e com as inovações no campo da 
didática (...). Também se nota que a preocupação com a qualidade dos 
resultados do ensino superior (...) aponta para a importância da preparação 
no campo específico e no campo pedagógico de seus docentes. (PIMENTA 
e ANASTASIOU, 2010, p.37,38). 
O professor universitário não é apenas um especialista, um conhecedor em 
determinado assunto, mas também uma pessoa criativa que se desenvolve através 
da análise de cada situação educacional e sua prática docente, pois as atividades 
referentes a didática e o ensino são primordiais para a correta execução das tarefas. 
É importante salientar que: “a didática, quando utilizada do ponto de vista da 
relação sociedade-educação, onde a prática da educação é reconhecida como 
intencional e que busca a emancipação do indivíduo, ou seja, contribui para o 
exercício da cidadania, para a convivência social, é fundamental na formação do 
educador, porém quando reduzida apenas como um subsídio metodológico ela pode 
representar um perigo, já que nessa prática o educador sempre reflete uma ideologia, 
e se ele não está consciente acaba reproduzindo a ideologia dominante que prepara 
o indivíduo apenas para um mercado de trabalho altamente excludente.” (ARAÚJO et 
all., [S.D.]). Portanto, os professores universitários devem possuir algumas qualidades 
que são: 
 Preparação: saber fazer um planejamento correto do material bem como 
sua apresentação ao aluno. 
 Organização: educadores que trabalham em diversas salas devem manter 
uma organização de aula. 
 
18 
 
 Adaptação e socialização: através do andamento de aula, diversos 
fatores podem ocorrer e mudar o rumo do que está sendo apresentado ao 
aluno cabe ao educador saber se adaptar a este momento, bem como uma 
facilidade para se comunicar com os discentes. 
 Novas tecnologias: no campo educacional as tecnologias sempre estão 
presentes, cabendo ao professor estar receptivo as novas tecnologias. 
 Tolerância e receptividade ao ouvir: demonstração de paciência em 
empatia, aliados a uma aceitabilidade de críticas constroem um profissional 
diferenciado. 
 Comprometimento: comprometidos com o dever de ensinar e com a 
profissão. 
Segundo Pimenta e Anastasiou: 
A tarefa da didática é a de compreender o funcionamento do ensino em 
situação, suas funções sociais, suas implicações estruturais; realizar uma 
ação auto reflexiva como componente do fenômeno que estuda, porque é 
parte integrante da trama de ensinar (...); por em relação e diálogo com outros 
campos de conhecimentos construídos e em construção, numa perspectiva 
multidisciplinar e interdisciplinar (...); proceder a constantes balanços críticos 
do conhecimento produzido no seu campo (as técnicas, os métodos, as 
teorias), para dele se apropriar, e criar novos diante das novas necessidades 
que as situações de ensinar produzem. (PIMENTA e ANASTASIOU, 2010, 
p.49). 
É possível verificar a importância dos métodos de ensino na educação superior, 
não bastando que o educador domine a disciplina, ele também precisa de métodos de 
ensino que divulguem seus conhecimentos de forma transparente e concisa para que 
os alunos aprendam melhor. Portanto, as faculdades e universidades devem prestar 
atenção em determinado requisitos que o educador deverá ter, que são, o 
conhecimento da matéria a ser dominado e bons métodos de ensino, a fim de que no 
momento da contratação dos professores, estes possam estar adequados para 
ensinar. A prática da didática necessita ser vivenciada pelos educadores e não 
somente descrita como um importante instrumento pedagógico, desse modo 
compreendemos que a utilização da didática assim como suas adequações na 
sociedade do conhecimento é uma condição indispensável para a garantia de uma 
boa educação (SANTO; LUZ, 2013). 
 
19 
 
4 METODOLOGIA DE ENSINO 
Fonte: pixabay.com 
Uma metodologia nada mais é do que atingir um determinado objetivo. A 
origem do termo vem do latim “methodus” espalhando- se na educação como campo 
de estudo da forma como o conhecimento é gerado. Os métodos de ensino incluem 
todas os mecanismos que os professores usam para divulgar o conhecimento aos 
estudantes. Cada educador possui sua metodologia que o facilita a encontrar a melhor 
maneira de deixar motivados os estudantes de todas as idades, facilitando a 
orientação no momento da aprendizagem. O comportamento docente na educação 
formal leva o mesmo a decidir sobre questões que afetam diretamente a imagem do 
estudante que deseja ser ativo na sociedade. A decisão inclui a definição deste 
método de ensino que se deseja seguir visando nortear o aluno. 
 Castanho (2011) da força a esta análise crítica que intervém na prática 
pedagógica explicando que, no momento em que se fala de técnicas de ensino e de 
sugestões metodológicas é importante ter clareza sobre que força intrínseca a 
educação escolar pode exercer, em que condições históricas e sob que formas 
históricas pode contribuir, sem ilusão e sem abdicação, para a formação de uma 
sociedade capaz de intervir em sua própria história (p. 97). 
Anastasiou (2001) faz um resgate histórico da universidade brasileira, com a 
abordagem de alguns elementos da trajetória metodológica, efetivada nos processos 
de ensino, ocorridos ao longo da existência da universidade no Brasil. Destacam-se 
na história a influência de modelos jesuíticos. 
 
20 
 
Conforme Anastasiou (2001), as técnicas de ensino utilizadas pelos jesuítas, 
desenvolviam-se basicamente em dois momentos fundamentais, primeiro a leitura de 
um texto e interpretação pelo professor, análise de palavras e comparação com outros 
autores e em um segundo momento, realizavam-se questionamentos entre alunos e 
professores. Aos alunos, cabia realizar anotações e resoluções de exercícios para 
fixação do conteúdo. A perspectiva do modelo jesuítico compreendeu o método 
escolástico ou parisiense. 
Anastasiou define os dois métodos da seguinte forma: 
 O método escolástico tinha por objetivo “a colocação exata e analítica 
dos temas a serem estudados, clareza nos conceitos e definições, 
argumentação precisa e sem digressões, expressão rigorosa, lógica e 
silogística, em latim” ANASTASIOU (2001, p.2). 
 No método parisiense destaca-se a figura do professor como repassador 
do conteúdo, com aulas expositivas seguida de exercícios a serem 
resolvidos pelos alunos. A forma de avaliação, a aplicação de castigos, 
o controle rígido dentro e fora de sala de aula, o aluno passivo e 
obediente que memorizava ou decorava o conteúdo para as avaliações, 
eram características deste sistema marcado pela rigidez do processo de 
ensino-aprendizagem. Ainda hoje, muitos desses elementos estão 
presentes no cotidiano das salas de aula (ANASTASIOU, 2001). 
Quando se busca compreender e determinar os métodos básicos do processo 
Educação, primeiramente devemos compreender os elementos específicos do 
processo de ensino. Segundo Kubo e Botomé (2005), o processo de ensino-
aprendizagem é um sistema de interações comportamentais entre professores e 
alunos, pois há os processos comportamentais atribuídos como “ensinar” e 
“aprender”. Além disso, os autores salientam que a interdependência desses dois 
conceitos é fundamental para compreender o que acontece, e seu entendimento e 
percepção constitui algo essencial para o desenvolvimento dos trabalhos de 
aprendizagem, de educação ou de ensino. 
Corroborando como o tema,Veiga (2006), salienta que, no processo de ensino 
é importante que o professor defina as estratégias e técnicas a serem utilizadas. Uma 
estratégia de ensino é uma abordagem adaptada pelo professor que determina o uso 
de informações, orienta a escolha dos recursos a serem utilizados, permite escolher 
 
21 
 
os métodos para a consecução de objetivos específicos e compreende o processo de 
apresentação e aplicação dos conteúdos. Já as técnicas são componentes 
operacionais dos métodos de ensino, têm caráter instrumental uma vez que 
intermediam a relação entre professor e aluno, são favoráveis e necessárias no 
processo de ensino-aprendizagem. 
Neste caso, como intermediário da prática docente, o professor busca uma 
forma de metodologia de ensino, estabelecendo assim os objetivos de ensino e 
aprendizagem dos alunos. A metodologia e o método são realizados a partir da 
seguinte ideia: A metodologia de ensino incorpora o que os professores acreditam ser 
um método realista e significativo para os alunos, esta estrutura é necessária para a 
aplicação das habilidades que irão complementar o processo para atingir o objetivo. 
 Segue logo abaixo a figura de conceito de metodologia de ensino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Altrão e Nez (2016) 
Rays (1991) entende que, o método de ensino passa a ser, assim, um dos 
elementos possíveis para a estruturação dos caminhos a serem percorridos pela ação 
didática. Esses caminhos utilizarão em suas trajetórias diferentes procedimentos de 
ensino, objetivando motivar e orientar o educando para a assimilação do saber 
veiculado no processo escolar e na sua relação com os meios: natural, cultural, 
socioeconômico etc. (RAYS,1991 p. 85). 
Neste sentido o educador tem a necessidade de ficar atento em sua escolha 
do melhor método que facilitara o caminho dos estudantes na aprendizagem. 
Compreender o caminho/método, está intimamente ligado no momento de definição 
Metodologia 
de Ensino 
Método- 
Concepção 
Técnica- 
Forma 
Objetivo 
 
22 
 
de sua metodologia de ensino, através da escolha correta, ocorre a ligação entre 
currículo e realidade que tem como foco central o aluno. 
Defendendo essa metodologia, Nunes, 1993, afirma que: 
A “aplicação do método de ensino”, logo, diz: “A metodologia de ensino pode 
ser entendida, então, como a aplicação dos princípios gerais de uma ciência, 
traduzidos nos seus métodos de investigação nas situações de ensino. 
Concretiza-se pela aplicação dos métodos de ensino em seus pressupostos 
teóricos” (NUNES, 1993, p. 51). 
Gil (2012, p. 94) por sua vez afirma que é necessária uma reflexão em relação 
a falta de criatividade com que muitos educadores ainda planejam seus cursos 
“simplesmente seguem os capítulos de um livro-texto, sem considerar o que é 
realmente necessário que os alunos aprendam”, além disso, o autor destaca que 
muitos professores também utilizam sempre os mesmos métodos de ensino e 
procedimentos de avaliação, não acompanhando assim as mudanças e evoluções 
que vêm ocorrendo. 
Neste sentido, Araújo (2012), conclui que a metodologia de ensino está atrelada 
ao que “pode e precisa ser feito” quanto à prática pedagógica, além disso, representa 
o processo “[...] que viabiliza a veiculação dos conteúdos entre o professor e o aluno, 
quando então manifesta a sua dimensão prática” (p. 27). Portanto, essa relação 
professor-aluno marcada pela implementação de métodos de ensino mostra que o 
planejamento do educador é necessário, e isso mostrará no decorrer do curso que 
sua prática de ensino atingiu o objetivo. 
4.1 Tipos de metodologias ativas de ensino 
De acordo com Guimarães (2015), devido às inúmeras tecnologias que 
desviam a atenção dos alunos, atraí-los é uma tarefa difícil para os professores do 
ensino superior. Para resolver este problema, as Instituições de Ensino Superior, 
estão buscando maneiras de ajudar o professor, através de programas de ensino que 
envolvam o interesse do aluno em aprender. 
Para Cohen (2017), uma metodologia ativa de aprendizagem: 
 Tem como premissa que apenas ver e ouvir um conteúdo de maneira apática 
não é suficiente para absorvê-lo. O conteúdo e as competências devem ser 
discutidos e experimentados até chegar ao ponto em que o aluno possa 
 
23 
 
dominar o assunto e falar a respeito com seus pares, e quem sabe até mesmo 
ensiná-lo. 
Neste sentido iremos elencar alguns métodos de ensino superior: 
Para Oliveira e Araújo (2014), citados por Valente (2014), existem seis tipos 
específicos de métodos ativos de aprendizagem: 
1. Flipped classroom, ou sala de aula invertida, é o método de ensino 
através do qual a lógica da organização de uma sala de aula é 
invertida por completo, ou seja, primeiro os alunos estudam o 
conteúdo curricular em casa, depois vão ao encontro de professores 
e colegas para sanar as dúvidas e praticar os conhecimentos com 
exercícios e estudos de casos. 
2. Peer instruction, ou instrução pelos pares, criado em 1991 pelo 
Professor Eric Mazur da Universidade de Harvard, nos EUA; 
3. Problem based learning - PBL, ou aprendizagem baseada em 
problema, criado no final da década de 60 na Faculdade de Medicina 
da Universidade McMaster, na cidade de Hamilton, Canadá, e é 
amplamente utilizado nas escolas de medicina e/ou de profissionais 
da saúde, do Brasil; 
4. Project based learning - PjBL, ou aprendizagem baseada em projeto, 
que vem de uma tradição pedagógica inspirada pelo filósofo 
americano John Dewey, segundo a qual os alunos aprendem melhor 
a partir da experiência e da resolução de problemas do mundo real; 
5. Team based learning - TBL, ou aprendizagem baseada em equipe, 
criado por Larry Michaelson, em 1970 na Universidade de Oklahoma, 
EUA. 
6. Case study, ou estudo de caso, surgiu em 1880, no curso de Direito 
da universidade de Harvard, onde os estudantes passaram a 
aprender melhor, estudando as decisões dos tribunais e não somente 
os textos doutrinários. 
4.2 Pirâmide de William Glasser 
A Pirâmide de William Glasser propõe um método de aprendizagem novo e 
mais eficaz, ou seja, este modelo faz parte da abordagem alternativa. A proposta é 
aumentar ainda mais a participação do aluno para que ele se torne mais ativo em seu 
próprio processo de aprendizagem. De acordo com o próprio criador do modelo, “ a 
boa educação é aquela em que o professor pede para que seus alunos pensem e se 
dediquem a promover um diálogo para promover a compreensão e o crescimento dos 
estudantes” (GLASSER, 2017). 
 
24 
 
Figura da pirâmide de Glasser. 
Fonte: comoestudar.com.br 
A pirâmide de aprendizagem compara os resultados que foram absolvidos no 
estudo da matéria de acordo com o método de aprendizagem. Este acontece da 
seguinte maneira: 
 10% quando lê; 
 20% quando ouve; 
 30% quando observa; 
 50% quando vê e ouve; 
 70% quando discute com outras pessoas; 
 80% quando faz; 
 95% quando ensina aos outros. 
4.3 Estratégia sala de aula invertida – Flipped classroom 
Sala de aula Invertida é um modelo de ensino que demonstra o conteúdo da 
disciplina por meio de vídeos gravados pelos professores, sendo estes 
disponibilizados vídeos aos alunos, geralmente utilizando ferramentas da Internet para 
armazenamento. Desta forma, com o apoio da docente, as atividades 
complementares propostas (tarefas), serão realizadas em grupo na sala de aula como 
apoio do educador. Assim, com a ajuda de colegas e professores, os alunos têm a 
 
25 
 
oportunidade de esclarecer dúvidas e problemas, promovendo um ambiente de 
aprendizagem colaborativo. Segue abaixo figura explicativa do modelo. 
Fonte: ensinovirtualdequimica.blogspot.com 
Fonte: www.ufjf.br 
 
26 
 
4.4 Aprendizagem baseada em projetos ou Project-Based Learning – PBL 
Através de pesquisas de longa duração, o PBL aposta na construção de 
conhecimentos para responder a questões, problemas ou desafios complexos. 
Partindo desse problema inicial, os alunos participarão do processode pesquisa, 
elaboração de hipóteses, busca de recursos de informação e aplicação prática, até 
que uma solução ou produto final seja encontrado. Segue abaixo figura explicativa do 
modelo. 
 Fonte: myhubjundiai.com.br 
As principais características dessa metodologia são (MASSON, MIRANDA, 
MUNHO JR, & CASTANHEIRA, 2012): 
 O aluno é o ponto central do processo; 
 Desenvolve-se em grupos tutoriais; 
 Define-se por ser um processo ativo, cooperativo, integrado e 
interdisciplinar e orientado para a aprendizagem do aluno. 
 Orientar e incentivar o aluno sobre o que ele sabe e do que precisa 
estudar; 
 Incentivar o aluno a aprender, de fazer projetos em grupo, escutar 
opiniões diferentes das suas; 
 
27 
 
 Professor passa de transmissor do saber à um incentivador. O professor 
define os objetivos da situação e incentiva os alunos a discutirem sobre 
o tema, através de uma dinâmica em grupo, avaliando assim o aluno. 
Neste contexto, os alunos devem: 
 Colaborar através de seu conhecimento na discussão; 
 Colaborar com grupo propondo soluções para eventuais problemas que 
talvez comprometam o desempenho do projeto. 
4.5 Peer instruction (PI) 
Traduzido literalmente como "ensino entre pares", surgiu na década de 1990. 
Após vários anos de observação do professor em sala de aula, com base nas 
estatísticas de desempenho dos alunos do Curso Introdutório de Física da América 
do Norte. Este modelo foi criado por Eric Mazur. Este modelo busca estimular a 
interação social em sala de aula e ao mesmo tempo estimular o aprendizado fora da 
sala de aula. Segue abaixo figura explicativa do modelo. 
Fonte: www.researchgate.net 
Conforme os autores Mazur e Somer (1997) e Crouch et al. (2007), o método 
pode ser descrito em nove etapas: 
 
28 
 
 Etapa 1 – Apresentação oral sobre os elementos centrais de um dado 
conceito ou teoria é feita por cerca de 20 minutos. 
 Etapa 2 - Uma pergunta conceitual, usualmente de múltipla escolha, é 
colocada aos alunos sobre o conceito (teoria) apresentado na exposição 
oral. 
 Etapa 3 - Os alunos têm entre um e dois minutos para pensarem 
individualmente, e em silêncio, sobre a questão apresentada formulando 
uma argumentação que justifique suas respostas. 
 Etapa 4 - Os alunos informam suas respostas ao professor. 
 Etapa 5 - De acordo com a distribuição de respostas, o professor pode 
avançar para o passo seis (quando a frequência de acertos estiver entre 
35% e 70%), ou diretamente para o passo nove (quando a frequência de 
acertos for superior a 70%). 
 Etapa 6 - Os alunos discutem a questão com seus colegas por cerca de 
dois minutos. 
 Etapa 7 - Os alunos votam (informam suas respostas ao professor) 
novamente, de modo similar ao descrito no passo 4. 
 Etapa 8 - O professor tem um retorno sobre as respostas dos alunos 
após as discussões e pode apresentar o resultado da votação para os 
alunos. 
 Etapa 9 - O professor, então, explica a resposta da questão aos alunos 
e pode apresentar uma nova questão sobre o mesmo conceito ou passar 
ao próximo tópico da aula, voltando ao primeiro passo. 
A partir desse conhecimento prévio, uma vez em sala de aula, os alunos podem 
participar de um debate promovido pelo professor e responder a questões conceituais 
com base nas dificuldades do grupo. Antes do final da reunião, o professor verificará 
a precisão por meio de um teste planejado e determinará se o conteúdo foi absorvido 
pela maioria das pessoas, para que este método seja eficaz, as perguntas 
apresentadas deverão somar uma distribuição de frequências das respostas dos 
alunos em torno de 35% e 70% de acertos. Desta forma, o ensino torna-se mais 
personalizado e a aula é ajustada de acordo com a situação de cada turma. 
 
29 
 
4.6 Projeto Teal/Studio Physics 
O MIT- Massachusetts Institute of Technology, produziu o Projeto TEAL/Studio 
Physics, sendo o responsável o educador John Belcher (2001). Neste consiste que, 
classes de aulas tradicionais foram transformadas em Estúdio de Física e a 
metodologia de ensino é baseada no Technology Enabled Active Learning (TEAL). 
Esta abordagem está sendo utilizada nas disciplinas introdutórias de Física: 
Introductory Mechanics (8.01) e Electricity and Magnetism (8.02), ministradas para 
todos os alunos em ingressam no MIT. Segue abaixo figura explicativa do modelo. 
Fonte: web.mit.edu 
São duas salas, uma sala para cada disciplina, cada sala tem 3.000 m2, e existe 
um posto de trabalho no centro da sala do palestrante, rodeado por treze mesas 
redondas. Existem três grupos em cada mesa, cada grupo tem três alunos e cada 
grupo tem um computador, onde os alunos utilizam-se de slides informações e coleta 
de dados. Os grupos são compostos por alunos com níveis de conhecimento de 
diferentes, estes estudam o material e respondem questões. Sendo as questões 
apresentadas pelo educador junto ao material de estudo, ocorrendo debates e 
resoluções de exercícios por um período de vinte minutos, através do uso de 
computadores e pelo professor com perguntas onde é incentivado o debate. 
Por intermédio do Projeto TEAL/Studio Physics o MIT conseguiu bons 
resultados com relação ao aproveitamento dos alunos, reduzindo a taxa de 
 
30 
 
reprovação nas disciplinas, que era de aproximadamente 15% e a frequência no final 
do semestre inferior a 50% (Belcher, 2001). 
4.7 Ensino híbrido 
 Ensino híbrido é um método que combina aprendizagem online e off-line, seu 
modelo integra as cenas virtuais dos alunos quando estudam sozinhos com a 
aprendizagem quando os outros estão aprendendo presencialmente, avaliando assim 
a relação entre pares e entre alunos e professores. O educador será responsável por 
propor atividades que valorizem a interação interpessoal. Já a parte didática com o 
auxílio de recursos digitais permite que o aluno controle o local, método, conteúdo e 
objeto de aprendizagem. Podemos observar seu significado nas palavras de Bacich e 
Moran (2015, p. 1): 
 Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A educação sempre foi 
misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, 
metodologias, públicos. Agora esse processo, com a mobilidade e a 
conectividade, é muito mais perceptível, amplo e profundo: trata-se de um 
ecossistema mais aberto e criativo. O ensino também é híbrido, porque não 
se reduz ao que planejamos institucionalmente, intencionalmente. 
Aprendemos através de processos organizados, junto com processos 
abertos, informais. Aprendemos quando estamos com um professor e 
aprendemos sozinhos, com colegas, com desconhecidos. Aprendemos 
intencionalmente e aprendemos espontaneamente. 
Tabela explicativa do ensino híbrido. 
Fonte: www.professorfiorin.com 
 
31 
 
Valente (2014) alerta sobre os materiais a serem utilizados nas atividades 
online, isto é, recomenda-se que os mesmos sejam elaborados para a disciplina em 
questão e não apenas escolhidos materiais aleatórios da internet. Já para as 
atividades presenciais a ressalva é para a atuação do professor na condução das 
atividades e interações bem como a continuidade e a interligação entre os assuntos 
estudados nos dois espaços. 
4.8 Gamificação 
Gamificação refere-se ao uso da mecânica e motivação do jogo para atrair 
pessoas, resolver problemas e melhorar o aprendizado, além de estimular ações e 
comportamentos fora do ambiente de jogo. O principal objetivo é aumentar a 
participação e estimular a curiosidade dos usuários. Além dos desafios trazidos pelos 
jogos, as recompensas gamificadas também são a chave para o sucesso. De acordo 
com Alves e Maciel: 
[...] a gamificação não é um jogo (ou processo para se transformar algo em 
jogo), mas sim a utilização de abstrações e metáforas originárias da cultura e 
estudos de videogames em áreas não relacionadas a videogames. Essa ideia 
é importante para a compreensão do uso da gamificação na educação e sua 
diferenciação do uso de videogamesna educação (educational games, 
game-based learning). (ALVES, MACIEL, 2014, p.4). 
Fonte: www.blogs.unicamp.br 
 
32 
 
Há casos de uso dos games no Ensino Superior. Algumas universidades vêm 
utilizando as simulações de situações reais em disciplinas, para os alunos vivenciarem 
habilidades que integram a profissão escolhida (JOHNSON, et.al, 2017). 
5 COMPETÊNCIA DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR 
Fonte: pixabay.com 
As funções de um docente de nível superior são diversas. Benedito, Ferrer e 
Ferreres (1995) descrevem algumas dessas funções: a pesquisa, a docência, a 
comunicação de suas investigações, a avaliação da docência, o estudo, o 
estabelecimento de relações com o mercado de trabalho, com a cultura, entre outras. 
Segundo McClelland (1973), competências são características pessoais que 
podem promover uma performance superior na realização de uma tarefa. Boyatzis 
(1982) vê a competência como uma conjunção de conhecimentos, habilidades e 
atitudes que propiciam uma performance superior, mas sem desconsiderar o contexto 
no qual as competências são desempenhadas. Assim, para ele, os resultados 
alcançados pela competência estão em função de uma dinâmica interação entre as 
competências pessoais propriamente ditas, o desempenho no trabalho e o ambiente 
organizacional (NOGUEIRA; BASTOS, 2012). 
De acordo com Masetto (2012), o perfil do professor universitário contempla os 
seguintes aspectos: 
 Concepção e gestão do currículo: conheça e se inteire do currículo do 
curso no qual leciona e tenha conhecimento das diretrizes curriculares e 
 
33 
 
das competências básicas esperadas pela instituição. Elas são 
essenciais para uma prática pedagógica competente; 
 Integração das disciplinas como componentes curriculares: toda 
disciplina faz parte de uma grade curricular específica e é planejada de 
acordo com o currículo de cada curso, por isso é importante 
compreender que disciplinas com o mesmo nome podem ter programas 
diferentes conforme o curso em que estão inseridas. Esse conhecimento 
permite ao professor planejar a disciplina de modo a contribuir mais 
eficientemente para a formação do profissional; 
 Relação professor-aluno e aluno-aluno no processo de aprendizagem: 
no processo de ensino, o professor desempenha o papel de mediador, 
possibilitando situações de interação com os alunos. A aula é um 
momento de diálogo, de trocas, debates e discussões, que promovem a 
produção de conhecimentos; 
 Teoria e prática da tecnologia educacional: operar com os recursos 
tecnológicos disponíveis modifica o ambiente de aprendizagem e 
dinamiza as aulas, portanto, saber usá-los como ferramentas de auxílio 
é de suma importância para que a ação docente seja mais eficiente; 
 Concepção do processo avaliativo e suas técnicas para feedback: o 
professor compreende o processo avaliativo não apenas como modo de 
atribuir notas e conceitos, mas como meio para incentivar e motivar a 
aprendizagem, pelas informações contínuas. A importância é dada à 
aprendizagem; notas e conceitos vêm, como consequência. 
 Planejamento como atividade educacional e política: o planejamento da 
disciplina e do programa é elaborado de forma crítica e reflexiva, 
articulado ao contexto sócio-histórico-político-ideológico, com foco na 
formação do profissional. 
Segundo Pimenta e Anastasiou (2005) os saberes didáticos são 
imprescindíveis para o ensino das diversas áreas de conhecimento, pois esses tratam 
da articulação entre a teoria da educação e a teoria do ensino para ensinar nas 
situações contextualizadas, dialogando com outros saberes. De acordo com as 
autoras, é pela prática que os saberes tomam forma. Ou seja, é pela intermediação 
 
34 
 
da didática que os conteúdos trabalhados e discutidos em aula se transformam em 
conhecimento. 
6 POSTURA DO EDUCADOR NA SALA DE AULA 
Fonte: pixabay.com 
Segundo Freire (2006), o educador já não é apenas o que educa, mas o que, 
enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, 
também educa. É preciso que o educador tenha antes de tudo competências técnicas 
e sociais para ser capaz de identificar e de valorizar suas próprias competências, 
dentro de sua profissão e dentro de outras práticas sociais, pois isto exige um trabalho 
sobre sua própria relação com o saber e sua prática pedagógica visto que "um ensino 
só poderá ser considerado de qualidade se oportunizar uma efetiva construção do 
conhecimento, e não apenas uma acumulação de informações repassadas em sala 
de aula, por todos os indivíduos envolvidos no processo” (BAZZO, 248). 
Quando acreditamos que uma educação estruturada é essencial para os 
indivíduos, a formação atual que se dá na relação professor-aluno é preocupante. No 
entanto, o resultado do confronto entre educadores e estudantes acaba por abalar 
essa estrutura, levando a professores insatisfeitos e ao conhecimento dos alunos 
sobre as diferentes disciplinas em risco. 
Neste sentido, pode-se dizer que o modo de se portar do professor deve ser 
democrático, com respeito entre as partes e uma flexibilização em relação ao ponto 
 
35 
 
de vista do aluno, e saber articular sua mediação com o saber do aluno e ampliar esse 
saber de forma a complementar o que o estudante adquiriu em seu meio social. É 
importante entender qual o pensamento dos alunos em relação a determinada 
matéria, através dessa percepção, o educador irá compor uma forma de ampliar essa 
visão ou até mesmo mudar sua opinião sobre determinado assunto. 
6.1 Didática e características do educador 
Segundo Nidelcoff (1983), existem linhas que caracterizam o trabalho dos 
professores, ou seja, são características que revelam a identidade do trabalho dos 
mesmos. 
 Professor Policial: estes educadores são caracterizados pelo autoritarismo. 
Este professor se define como o único que sabe e ensina, e os alunos são 
aqueles que não sabem, mas deveriam aprender. O aprendizado só pode ser 
feito ouvindo e prestando atenção às pessoas que você conhece. O professor 
policial busca manter uma disciplina em sala de aula, não perceber o meio 
social em que o estudante vive, e também no momento de transmitir o ensino 
somente se preocupa com o conteúdo e sua funcionalidade. 
 Professor Povo: de acordo com Nidelcoff (1983), este tipo de professor não 
se preocupa apenas com a aprendizagem intelectual, mas visa a formação de 
atitudes, visto que seus alunos são pessoas e não “máquinas de aprender”. No 
que diz respeito ao método de aprendizagem, sua linha geral é: “Partir da 
observação e da análise de situações reais e concretas”. 
 Professor Reflexivo: Segundo Mackay, (2003), os professores estão 
constantemente tomando decisões, o que pode acontecer antes, durante e 
depois da aula. Ainda segundo Mackay o professor reflexivo: guia para 
investigação do comportamento em sala de aula, a autora trata de formas 
variadas para se chegar a ser um professor reflexivo com dicas para uma 
pesquisa ordenada, a fim de distinguir e solucionar problemas habituais de uma 
sala de aula, motivando os professores às práticas reflexivas em seu contexto 
de trabalho. Segundo Cadau (2000, p.89): 
[...] o educador nunca estará definitivamente “pronto”, formado, pois 
que sua preparação, sua maturação se faz no dia a dia, na mediação 
teórica sobre sua prática. A sua constante atualização se fará pela 
 
36 
 
reflexão diurna sobre os dados de sua prática. Os âmbitos do 
conhecimento que lhe servem de base não deverão ser facetados, 
estanques e isoladas de tratamento do seu objeto de ação: a 
educação. Mas serão, sim, formas de ver e compreender globalmente, 
na totalidade, o seu objeto de ação. 
6.2 Métodos de ensino pedagógicos: específicos, gerais e de conteúdos 
A prática pedagógica é composta pela integração entre saberes profissionais 
específicos e a capacidade de ajudar os alunos a construir seus próprios 
conhecimentos. Neste sentido, o comportamento dosprofessores é essencial para a 
conversão direcional (transposição didática) do conhecimento científico para o 
acadêmico, contribuindo assim para o aumentando do nível de formação profissional 
dos estudantes. 
Nesta sequência a prática docente envolve tanto os procedimentos gerais da 
ação, os quais se voltam para as ações e operações inerentes à atividade educativa, 
quanto as estratégias mentais necessárias a incorporação e recombinação das 
experiências e conhecimentos próprios a essa área de atuação. Os procedimentos e 
as estratégias estão vinculados ao domínio específico de formação de cada professor 
e ao campo para o qual se formam (ISAIA, 2006 apud BOLZAN e POWACZUK, 2009, 
p. 95). 
Isaia (2005) aborda os seguintes elementos mobilizadores e constitutivos da 
docência no ensino superior: conteúdo específico, pedagógico geral e pedagógico do 
conteúdo. 
 Conteúdo pedagógico específico: diz respeito aos conteúdos básicos de 
cada área. Esse saber é produzido por meio de estudos metodológicos 
e empíricos dos processos ocorridos na natureza e na sociedade, em 
prol de um maior conhecimento sobre o mundo em que vivemos. Desde 
o século XIX, esse saber vem sendo organizado em disciplinas, que se 
constituem na subdivisão dos conhecimentos específicos, possibilitando 
a especialização e o domínio, cada vez mais profundo de cada área da 
ciência (D’ÁVILA, 2011). 
 Conteúdo pedagógico geral: neste conteúdo ocorre a inclusão de metas, 
objetivos e finalidades educacionais, cuidando da aula e a interação dos 
alunos, sendo que este conteúdo está relacionado à forma como os 
alunos aprendem e se relacionam com outros conteúdos. 
 
37 
 
 Pedagógico do conteúdo: este conteúdo integra os dois outros 
conteúdos, visando dar orientação ao professor na proposta de ensino 
de cada matéria. 
6.3 Formação pedagógica superior 
Quando falamos em pedagogia em nível superior, é necessário pensar no 
ensino e na formação dos professores, pois como já foi dito, ensinar neste nível é uma 
atividade complexa. Pois de acordo com Cunha a formação; 
[...] exige tanto uma preparação cuidadosa como singulares condições de 
exercício, o que pode distingui-la de outras profissões [...] o exercício da 
docência exige múltiplos saberes que precisam ser apropriados e 
compreendidos em suas relações. A ciência pedagógica situa-se nesse 
contexto e só com essa perspectiva contribui para a formação dos 
professores (CUNHA, 2010, p. 25). 
Libâneo (2001, p. 3), diz que a formação do docente é um campo de tensões, 
de um lado, estão os pedagogos que insistem na necessidade de aquisição de 
saberes pedagógicos e competências metodológicas e de mudanças de atitudes em 
relação à tarefa de ensinar. De outro, estão os docentes que recusam essa 
necessidade de formação pedagógica específica. A despeito disso, a condução 
pedagógica da universidade supõe uma dupla convicção: 
 De que o professor universitário possui duas especialidades 
profissionais: a ser especialista na matéria e especialista no ensino 
dessa matéria. 
 De que, se houver algum lugar mais propício para promover mudanças 
e inovações em vista da melhoria da qualidade de ensino, esse lugar é 
o curso, com seus professores e alunos, e a forma, a gestão 
participativa. 
Apesar da tensão supracitada, a Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira nº. 
9394/96 foge do plano da formação pedagógica. Anastasiou (2012 apud NOGUEIRA; 
LIMA, 2012, p. 3) da força a essa abstenção feita pela LDB: 
Quando existe alguma formação para a docência neste grau de ensino está 
se encontra circunscrita “a uma disciplina de Metodologia do Ensino Superior, 
nos momentos da pós-graduação, com carga horária média de 60 horas”. 
Situa-se nesta disciplina, muitas vezes, as referências e orientações para o 
professor universitário atuar em sala de aula. Não há uma exigência de 
 
38 
 
conhecimentos de base para o magistério e nem uma formação sistemática 
propiciadora da construção de uma identidade profissional para a docência. 
Em face da inexistência de legislação para a formação de professores no 
ensino superior, e da falta de uma formação sistemática que ajude a estabelecer uma 
imagem profissional da docência, há uma tensão entre a necessidade de saberes 
docentes e a recusa de alguns docentes em buscar o saber profissional. O ensino e a 
formação específicos continuarão a existir e terão um impacto negativo na excelência 
profissional Educação universitária. 
7 LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 
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 Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
TÍTULO I 
Da Educação 
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na 
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e 
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas 
manifestações culturais. 
 
39 
 
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, 
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. 
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática 
social. 
TÍTULO II 
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de 
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII - valorização do profissional da educação escolar; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação 
dos sistemas de ensino; 
IX - garantia de padrão de qualidade; 
X - valorização da experiência extraescolar; 
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, 
de 2013) 
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da 
vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) 
TÍTULO III 
Do Direito à Educação e do Dever de Educar 
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado 
mediante a garantia de: 
 
40 
 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) 
anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013) 
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de 
idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente 
na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os 
que não os concluíram na idade própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com 
características e modalidades adequadas àssuas necessidades e disponibilidades, 
garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência 
na escola; 
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por 
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e 
quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do 
processo de ensino-aprendizagem. 
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais 
próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) 
anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008). 
Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de 
internação, ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde em 
regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser o Poder 
 
41 
 
Público em regulamento, na esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei 
nº 13.716, de 2018). 
Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, 
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização 
sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério 
Público, acionar o poder público para exigi-lo.(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013) 
§ 1º O poder público, na esfera de sua competência federativa, 
deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem 
como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Redação dada pela 
Lei nº 12.796, de 2013) 
II - fazer-lhes a chamada pública; 
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 
§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em 
primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando 
em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades 
constitucionais e legais. 
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade 
para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição 
Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente. 
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o 
oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de 
responsabilidade. 
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público 
criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, 
independentemente da escolarização anterior. 
Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na 
educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 
12.796, de 2013) 
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo 
sistema de ensino; 
 
42 
 
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público; 
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da 
Constituição Federal. 
Art. 7º-A Ao aluno regularmente matriculado em instituição de ensino pública 
ou privada, de qualquer nível, é assegurado, no exercício da liberdade de consciência 
e de crença, o direito de, mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de 
prova ou de aula marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja 
vedado o exercício de tais atividades, devendo-se lhe atribuir, a critério da instituição 
e sem custos para o aluno, uma das seguintes prestações alternativas, nos termos do 
inciso VIII do caput do art. 5º da Constituição Federal: (Incluído pela Lei nº 13.796, de 
2019) (Vigência) 
I - prova ou aula de reposição, conforme o caso, a ser realizada em data 
alternativa, no turno de estudo do aluno ou em outro horário agendado com sua 
anuência expressa; (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
II - trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, 
objetivo e data de entrega definidos pela instituição de ensino. (Incluído pela Lei nº 
13.796, de 2019) (Vigência) 
§ 1º A prestação alternativa deverá observar os parâmetros curriculares e o 
plano de aula do dia da ausência do aluno. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 
2019) (Vigência) 
§ 2º O cumprimento das formas de prestação alternativa de que trata este artigo 
substituirá a obrigação original para todos os efeitos, inclusive regularização do 
registro de frequência. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
§ 3º As instituições de ensino implementarão progressivamente, no prazo de 2 
(dois) anos, as providências e adaptações necessárias à adequação de seu 
funcionamento às medidas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 
2019) (Vigência) (Vide parágrafo único do art. 2) 
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar a que se refere o 
art. 83 desta Lei.(Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
TÍTULO IV 
Da Organização da Educação Nacional 
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em 
regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. 
 
43 
 
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, 
articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, 
redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. 
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta 
Lei. 
Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento) 
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios; 
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema 
federal de ensino e o dos Territórios; 
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento 
prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; 
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental 
e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a 
assegurar formação básica comum; 
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e 
atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com altas 
habilidades ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015) 
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; 
 VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino 
fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, 
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; 
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação; 
 VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação 
superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este 
nível de ensino; 
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, 
os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema 
de ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004) 
 
44 
 
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, 
com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. 
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a 
todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos 
educacionais. 
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão serdelegadas aos Estados 
e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior. 
 Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: 
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino; 
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino 
fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das 
responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos 
financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; 
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com 
as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas 
ações e as dos seus Municípios; 
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, 
os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema 
de ensino; 
V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio 
a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação dada 
pela Lei nº 12.061, de 2009) 
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela 
Lei nº 10.709, de 31.7.2003) 
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes 
aos Estados e aos Municípios. 
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: 
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos 
Estados; 
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; 
 
45 
 
III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema 
de ensino; 
V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o 
ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando 
estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com 
recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à 
manutenção e desenvolvimento do ensino. 
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído pela 
Lei nº 10.709, de 31.7.2003) 
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema 
estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica. 
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as 
do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; 
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; 
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; 
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; 
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de 
integração da sociedade com a escola; 
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, 
os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre 
a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 
2009) 
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que 
apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual 
permitido em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.803, de 2019) 
IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos 
os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito 
das escolas; (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) 
X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas 
escolas. (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) 
 
46 
 
XI - promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e 
enfrentamento ao uso ou dependência de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 
2019) 
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: 
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de 
ensino; 
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do 
estabelecimento de ensino; 
III - zelar pela aprendizagem dos alunos; 
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor 
rendimento; 
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar 
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao 
desenvolvimento profissional; 
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a 
comunidade. 
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do 
ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme 
os seguintes princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto 
pedagógico da escola; 
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou 
equivalentes. 
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de 
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e 
administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito 
financeiro público. 
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: (Regulamento) 
I - as instituições de ensino mantidas pela União; 
II - as instituições de educação superior mantidas pela iniciativa 
privada; (Redação dada pela Lei nº 13.868, de 2019) 
III - os órgãos federais de educação. 
Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem: 
 
47 
 
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público 
estadual e pelo Distrito Federal; 
II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal; 
III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela 
iniciativa privada; 
IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente. 
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educação infantil, 
criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino. 
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem: 
I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas 
pelo Poder Público municipal; 
II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa 
privada; 
III – os órgãos municipais de educação. 
Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas 
seguintes categorias administrativas: (Regulamento) (Regulamento) 
I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e 
administradas pelo Poder Público; 
II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas físicas 
ou jurídicas de direito privado. 
III - comunitárias, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 13.868, de 2019) 
§ 1º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III do caput deste 
artigo podem qualificar-se como confessionais, atendidas a orientação confessional e 
a ideologia específicas. (Incluído pela Lei nº 13.868, de 2019) 
§ 2º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III do caput deste 
artigo podem ser certificadas como filantrópicas, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 
13.868, de 2019) 
Art. 20 (Revogado pela Lei nº 13.868, de 2019) 
TÍTULO V 
Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino 
CAPÍTULO I 
Da Composição dos Níveis Escolares 
Art. 21. A educação escolar compõe-se de: 
 
48 
 
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e 
ensino médio; 
II - educação superior. 
CAPÍTULO II 
DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
Seção I 
Das Disposições Gerais 
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, 
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e 
fornecer-lhe meios para progredirno trabalho e em estudos posteriores. 
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos 
semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, 
com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de 
organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o 
recomendar. 
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de 
transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como 
base as normas curriculares gerais. 
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive 
climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso 
reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei. 
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada 
de acordo com as seguintes regras comuns: 
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino 
fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de 
efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando 
houver; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) 
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino 
fundamental, pode ser feita: 
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou 
fase anterior, na própria escola; 
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; 
 
49 
 
c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela 
escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita 
sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo 
sistema de ensino; 
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o 
regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada 
a sequência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino; 
IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, 
com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas 
estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares; 
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: 
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência 
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período 
sobre os de eventuais provas finais; 
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; 
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do 
aprendizado; 
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; 
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao 
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas 
instituições de ensino em seus regimentos; 
VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu 
regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima 
de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação; 
VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações 
de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as 
especificações cabíveis. 
§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser 
ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, 
devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos 
mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017. (Incluído pela Lei 
nº 13.415, de 2017) 
 
50 
 
§ 2o Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de jovens e 
adultos e de ensino noturno regular, adequado às condições do educando, conforme 
o inciso VI do art. 4o. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar 
relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as 
condições materiais do estabelecimento. 
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições 
disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para 
atendimento do disposto neste artigo. 
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino 
médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de 
ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas 
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos 
educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, 
o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e 
natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil. 
§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá 
componente curricular obrigatório da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 
13.415, de 2017) 
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é 
componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa 
ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; (Incluído pela 
Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, 
estiver obrigado à prática da educação física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 
1º.12.2003) 
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969; (Incluído 
pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
 
51 
 
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das 
diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das 
matrizes indígena, africana e europeia. 
§ 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será ofertada a 
língua inglesa. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 6º As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que 
constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo. (Redação dada 
pela Lei nº 13.278, de 2016) 
§ 7º A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sistemas de ensino, 
projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata 
o caput. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente 
curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua 
exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais. (Incluído pela Lei nº 
13.006, de 2014) 
§ 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as 
formas de violência contra a criança e o adolescente serão incluídos, como temas 
transversais, nos currículos escolares de que trata o caput deste artigo, tendo como 
diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), 
observada a produção e distribuição de material didático adequado. (Incluído pela Lei 
nº 13.010, de 2014) 
§ 9º-A. A educação alimentar e nutricional será incluída entre os temas 
transversais de que trata o caput. (Incluído pela Lei nº 13.666, de 2018) 
§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na 
Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de 
Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação. (Incluído pela Lei 
nº 13.415, de 2017) 
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, 
públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileirae indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). 
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos 
aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, 
a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos 
 
52 
 
africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e 
indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando 
as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do 
Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). 
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos 
indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em 
especial nas áreas de educação artística e de literatura e história 
brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). 
Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as 
seguintes diretrizes: 
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres 
dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; 
II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada 
estabelecimento; 
III - orientação para o trabalho; 
IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-
formais. 
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de 
ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades 
da vida rural e de cada região, especialmente: 
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e 
interesses dos alunos da zona rural; 
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às 
fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; 
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural. 
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas 
será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, 
que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do 
diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar. (Incluído 
pela Lei nº 12.960, de 2014) 
Seção II 
Da Educação Infantil 
 
53 
 
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como 
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus 
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e 
da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
Art. 30. A educação infantil será oferecida em: 
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; 
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de 
idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras 
comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das 
crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino 
fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um 
mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; (Incluído pela Lei nº 12.796, 
de 2013) 
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno 
parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 
2013) 
IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a 
frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído pela Lei 
nº 12.796, de 2013) 
V - expedição de documentação que permita atestar os processos de 
desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
Seção III 
Do Ensino Fundamental 
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, 
gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a 
formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) 
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos 
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da 
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
 
54 
 
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a 
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade 
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em 
ciclos. 
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem 
adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da 
avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo 
sistema de ensino. 
§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, 
assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e 
processos próprios de aprendizagem. 
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado 
como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. 
§ 5º O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo 
que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei 
no 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, 
observada a produção e distribuição de material didático adequado.(Incluído pela Lei 
nº 11.525, de 2007). 
§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal 
nos currículos do ensino fundamental. (Incluído pela Lei nº 12.472, de 2011). 
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da 
formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas 
públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa 
do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 
9.475, de 22.7.1997) 
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição 
dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e 
admissão dos professores. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997) 
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes 
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino 
religioso. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997) 
 
55 
 
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro 
horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o 
período de permanência na escola. 
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de 
organização autorizadas nesta Lei. 
§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo 
integral, a critério dos sistemas de ensino. 
Seção IV 
Do Ensino Médio 
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima 
de três anos, terá como finalidades: 
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino 
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; 
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para 
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas 
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; 
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação 
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; 
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos 
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. 
Art. 35-A.A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de 
aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de 
Educação, nas seguintes áreas do conhecimento: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 
2017) 
I - linguagens e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
II - matemática e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
III - ciências da natureza e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 
2017) 
IV - ciências humanas e sociais aplicadas. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 1º A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26, definida 
em cada sistema de ensino, deverá estar harmonizada à Base Nacional Comum 
Curricular e ser articulada a partir do contexto histórico, econômico, social, ambiental 
e cultural. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
 
56 
 
§ 2º A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá 
obrigatoriamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e filosofia. 
(Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 3º O ensino da língua portuguesa e da matemática será obrigatório nos três 
anos do ensino médio, assegurada às comunidades indígenas, também, a utilização 
das respectivas línguas maternas. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 4º Os currículos do ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da 
língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, 
preferencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e 
horários definidos pelos sistemas de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 5º A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum 
Curricular não poderá ser superior a mil e oitocentas horas do total da carga horária 
do ensino médio, de acordo com a definição dos sistemas de ensino. (Incluído pela 
Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 6º A União estabelecerá os padrões de desempenho esperados para o ensino 
médio, que serão referência nos processos nacionais de avaliação, a partir da Base 
Nacional Comum Curricular. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 7º Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do 
aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de 
vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais. (Incluído 
pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 8º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação processual e 
formativa serão organizados nas redes de ensino por meio de atividades teóricas e 
práticas, provas orais e escritas, seminários, projetos e atividades on-line, de tal forma 
que ao final do ensino médio o educando demonstre: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 
2017) 
I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção 
moderna; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem. (Incluído pela Lei 
nº 13.415, de 2017) 
Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional 
Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio 
da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto 
 
57 
 
local e a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber: (Redação dada pela Lei nº 
13.415, de 2017) 
I - linguagens e suas tecnologias; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) 
II - matemática e suas tecnologias; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) 
III - ciências da natureza e suas tecnologias; (Redação dada pela Lei nº 13.415, 
de 2017) 
IV - ciências humanas e sociais aplicadas; (Redação dada pela Lei nº 13.415, 
de 2017) 
V - formação técnica e profissional. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 1o A organização das áreas de que trata o caput e das respectivas 
competências e habilidades será feita de acordo com critérios estabelecidos em cada 
sistema de ensino. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) 
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) 
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 3º A critério dos sistemas de ensino, poderá ser composto itinerário formativo 
integrado, que se traduz na composição de componentes curriculares da Base 
Nacional Comum Curricular - BNCC e dos itinerários formativos, considerando os 
incisos I a V do caput. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 5º Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede, 
possibilitarão ao aluno concluinte do ensino médio cursar mais um itinerário formativo 
de que trata o caput. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
 § 6º A critério dos sistemas de ensino, a oferta de formação com ênfase 
técnica e profissional considerará: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
I - a inclusão de vivências práticas de trabalho no setor produtivo ou em 
ambientes de simulação, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando aplicável, 
de instrumentos estabelecidos pela legislação sobre aprendizagem 
profissional; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
II - a possibilidade de concessão de certificados intermediários de qualificação 
para o trabalho, quando a formação for estruturada e organizada em etapas com 
terminalidade. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
 § 7º A oferta de formações experimentais relacionadas ao inciso V do caput, 
em áreas que não constem do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, dependerá, 
para sua continuidade, do reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual de 
 
58 
 
Educação, no prazo de três anos, e da inserção no Catálogo Nacional dos Cursos 
Técnicos, no prazo de cinco anos, contados da data de oferta inicial da 
formação. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
 § § 8º A oferta de formação técnica e profissional a que se refere o inciso V 
do caput, realizada na própria instituição ou em parceria com outras instituições, 
deverá ser aprovada previamente pelo Conselho Estadual de Educação, homologada 
pelo Secretário Estadual de Educação e certificada pelos sistemas de ensino. 
(Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
 § 9º As instituições de ensino emitirão certificado com validade nacional, que 
habilitará o concluinte do ensino médio ao prosseguimento dos estudos em nível 
superior ou em outros cursos ou formações para os quais a conclusão do ensino 
médio seja etapa obrigatória. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
 § 10. Além das formas de organização previstas no art. 23, o ensino médio 
poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos com terminalidade 
específica. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 11. Para efeito de cumprimento das exigências curriculares do ensino médio, 
os sistemas de ensino poderão reconhecer competências e firmar convênios com 
instituições de educação a distância com notório reconhecimento, mediante as 
seguintes formas de comprovação: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
I - demonstração prática; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
II - experiência de trabalho supervisionado ou outra experiência adquirida fora 
do ambiente escolar; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
III - atividades de educação técnica oferecidas em outras instituições de ensino 
credenciadas; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
IV - cursos oferecidos por centros ou programas ocupacionais; (Incluído pela 
Lei nº 13.415, de 2017) 
V - estudos realizados em instituições de ensino nacionais ou 
estrangeiras; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
VI - cursos realizados por meio de educação a distância ou educação 
presencial mediada por tecnologias. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 12. As escolas deverão orientar os alunos no processo de escolha das áreas 
de conhecimento ou de atuação profissional previstas no caput. (Incluído pela Lei nº 
13.415, de 2017) 
 
59 
 
Seção IV-A 
Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio (Incluído pela Lei nº 11.741, 
de 2008) 
Art. 36-A.Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste Capítulo, o ensino 
médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de 
profissões técnicas. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, as 
habilitações profissionais poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos 
de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação 
profissional. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida 
nas seguintes formas: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
I - articulada com o ensino médio; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
II - subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino 
médio. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível médio deverá 
observar: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais 
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 
2008) 
II - as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino; (Incluído 
pela Lei nº 11.741, de 2008) 
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto 
pedagógico. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio articulada, prevista 
no inciso I do caput do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida de forma: (Incluído pela 
Lei nº 11.741, de 2008) 
I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino 
fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação 
profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se 
matrícula única para cada aluno; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
 
60 
 
II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja 
cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo 
ocorrer: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades 
educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades 
educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de 
intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto 
pedagógico unificado. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação profissional técnica de nível 
médio, quando registrados, terão validade nacional e habilitarão ao prosseguimento 
de estudos na educação superior. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
Parágrafo único. Os cursos de educação profissional técnica de nível médio, 
nas formas articulada concomitante e subsequente, quando estruturados e 
organizados em etapas com terminalidade, possibilitarão a obtenção de certificados 
de qualificação para o trabalho após a conclusão, com aproveitamento, de cada etapa 
que caracterize uma qualificação para o trabalho. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 
2008) 
Seção V 
Da Educação de Jovens e Adultos 
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não 
tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade 
própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da 
vida. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de 2018) 
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos 
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades 
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus 
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do 
trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. 
 
61 
 
§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, 
com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.741, 
de 2008) 
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que 
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento 
de estudos em caráter regular. 
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: 
I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze 
anos; 
II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. 
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios 
informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames. 
CAPÍTULO III 
DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 
Da Educação Profissional e Tecnológica (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 
2008) 
Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos 
da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e 
às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. (Redação dada pela Lei nº 
11.741, de 2008) 
§ 1º Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados 
por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos, 
observadas as normas do respectivo sistema e nível de ensino. (Incluído pela Lei nº 
11.741, de 2008) 
§ 2º A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes 
cursos: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
I – de formação inicial e continuada ou qualificação profissional; (Incluído pela 
Lei nº 11.741, de 2008) 
II – de educação profissional técnica de nível médio; (Incluído pela Lei nº 
11.741, de 2008) 
III – de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação. 
(Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
 
62 
 
§ 3º Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-
graduação organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração, 
de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho 
Nacional de Educação. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) 
Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino 
regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições 
especializadas ou no ambiente de trabalho. (Regulamento) 
(Regulamento) (Regulamento) 
Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, 
inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação 
para prosseguimento ou conclusão de estudos. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 
2008) 
Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus 
cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada 
a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de 
escolaridade. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008) 
CAPÍTULO IV 
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 
Art. 43. A educação superior tem por finalidade: 
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do 
pensamento reflexivo; 
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a 
inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da 
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; 
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o 
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse 
modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; 
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicações ou de outras formas de comunicação; 
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e 
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão 
 
63sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada 
geração; 
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular 
os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer 
com esta uma relação de reciprocidade; 
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à 
difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa 
científica e tecnológica geradas na instituição. 
VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação 
básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de 
pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que 
aproximem os dois níveis escolares. (Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015) 
Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas: 
(Regulamento) 
I - cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, 
abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de 
ensino, desde que tenham concluído o ensino médio ou equivalente; (Redação dada 
pela Lei nº 11.632, de 2007). 
II - de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio 
ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo; 
III - de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, 
cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados 
em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino; 
IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos 
estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. 
§ 1º O resultado do processo seletivo referido no inciso II do caput deste artigo 
será tornado público pela instituição de ensino superior, sendo obrigatórios a 
divulgação da relação nominal dos classificados, a respectiva ordem de classificação 
e o cronograma das chamadas para matrícula, de acordo com os critérios para 
preenchimento das vagas constantes do edital, assegurado o direito do candidato, 
classificado ou não, a ter acesso a suas notas ou indicadores de desempenho em 
provas, exames e demais atividades da seleção e a sua posição na ordem de 
classificação de todos os candidatos. (Redação dada pela Lei nº 13.826, de 2019) 
 
64 
 
§ 2º No caso de empate no processo seletivo, as instituições públicas de ensino 
superior darão prioridade de matrícula ao candidato que comprove ter renda familiar 
inferior a dez salários mínimos, ou ao de menor renda familiar, quando mais de um 
candidato preencher o critério inicial. (Incluído pela Lei nº 13.184, de 2015) 
§ 3º O processo seletivo referido no inciso II considerará as competências e 
as habilidades definidas na Base Nacional Comum Curricular. (Incluído pela lei nº 
13.415, de 2017) 
Art. 45. A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, 
públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou 
especialização. (Regulamento) (Regulamento) 
Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o 
credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo 
renovados, periodicamente, após processo regular de 
avaliação. (Regulamento) (Regulamento) (Vide Lei nº 10.870, de 2004) 
§ 1º Após um prazo para saneamento de deficiências eventualmente 
identificadas pela avaliação a que se refere este artigo, haverá reavaliação, que 
poderá resultar, conforme o caso, em desativação de cursos e habilitações, em 
intervenção na instituição, em suspensão temporária de prerrogativas da autonomia, 
ou em descredenciamento. (Regulamento) (Regulamento) (Vide Lei nº 10.870, de 
2004) 
§ 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo responsável por sua 
manutenção acompanhará o processo de saneamento e fornecerá recursos 
adicionais, se necessários, para a superação das deficiências. 
§ 3º No caso de instituição privada, além das sanções previstas no § 1o deste 
artigo, o processo de reavaliação poderá resultar em redução de vagas autorizadas e 
em suspensão temporária de novos ingressos e de oferta de cursos. (Incluído pela Lei 
nº 13.530, de 2017) 
§ 4º É facultado ao Ministério da Educação, mediante procedimento específico 
e com aquiescência da instituição de ensino, com vistas a resguardar os interesses 
dos estudantes, comutar as penalidades previstas nos §§ 1º e 3º deste artigo por 
outras medidas, desde que adequadas para superação das deficiências e 
irregularidades constatadas. (Incluído pela Lei nº 13.530, de 2017) 
 
65 
 
§ 5º Para fins de regulação, os Estados e o Distrito Federal deverão adotar os 
critérios definidos pela União para autorização de funcionamento de curso de 
graduação em Medicina. (Incluído pela Lei nº 13.530, de 2017) 
Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, 
tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo 
reservado aos exames finais, quando houver. 
§ 1o As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo, 
os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração, requisitos, 
qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-
se a cumprir as respectivas condições, e a publicação deve ser feita, sendo as 3 (três) 
primeiras formas concomitantemente:(Redação dada pela lei nº 13.168, de 2015) 
I - em página específica na internet no sítio eletrônico oficial da instituição de 
ensino superior, obedecido o seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015) 
a) toda publicação a que se refere esta Lei deve ter como título “Grade e Corpo 
Docente”; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015) 
b) a página principal da instituição de ensino superior, bem como a página da 
oferta de seus cursos aos ingressantes sob a forma de vestibulares, processo seletivo 
e outras com a mesma finalidade, deve conter a ligação desta com a página específica 
prevista neste inciso; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015) 
c) caso a instituição de ensino superior não possua sítio eletrônico, deve criar 
página específica para divulgação das informações de que trata esta Lei; (Incluída 
pela lei nº 13.168, de 2015) 
d) a página específica deve conter a data completa de sua última 
atualização; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015) 
II - em toda propaganda eletrônica da instituição de ensino superior, por meio 
de ligação para a página referida no inciso I; (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015) 
III - em local visível da instituição de ensino superior e de fácil acesso ao 
público; (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015) 
IV - deve ser atualizada semestralmente ou anualmente, de acordo com a 
duração das disciplinas de cada curso oferecido, observando o seguinte: (Incluído 
pela lei nº 13.168, de 2015) 
a) caso o curso mantenha disciplinas com duração diferenciada, a publicação 
deve ser semestral; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015) 
 
66 
 
b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do início das aulas; (Incluída 
pela lei nº 13.168, de 2015) 
c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo docente até o início das 
aulas, os alunos devem ser comunicados sobre as alterações; (Incluída pela lei nº 
13.168, de 2015) 
V - deve conter as seguintes informações: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015) 
a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição de ensino 
superior; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015) 
b) a lista das disciplinas que compõem a grade curricular de cada curso e as 
respectivas cargas horárias; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015) 
c) a identificação dos docentes que ministrarão as aulas em cada curso, as 
disciplinas que efetivamente ministrará naquele curso ou cursos, sua titulação, 
abrangendo a qualificação profissional do docente e o tempo de casa do docente, de 
forma total, contínua ou intermitente. (Incluída pela lei nº13.168, de 2015) 
§ 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, 
demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, 
aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus 
cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino. 
§ 3º É obrigatória a frequência de alunos e professores, salvo nos programas 
de educação a distância. 
§ 4º As instituições de educação superior oferecerão, no período noturno, 
cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período diurno, 
sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a necessária 
previsão orçamentária. 
Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, 
terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular. 
§ 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias 
registrados, e aqueles conferidos por instituições não-universitárias serão registrados 
em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação. 
§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras 
serão revalidados por universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e 
área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou 
equiparação. 
 
67 
 
§ 3º Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades 
estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de 
pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível 
equivalente ou superior. 
Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão a transferência de 
alunos regulares, para cursos afins, na hipótese de existência de vagas, e mediante 
processo seletivo. 
Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão na forma da 
lei. (Regulamento) 
Art. 50. As instituições de educação superior, quando da ocorrência de vagas, 
abrirão matrícula nas disciplinas de seus cursos a alunos não regulares que 
demonstrarem capacidade de cursá-las com proveito, mediante processo seletivo 
prévio. 
Art. 51. As instituições de educação superior credenciadas como universidades, 
ao deliberar sobre critérios e normas de seleção e admissão de estudantes, levarão 
em conta os efeitos desses critérios sobre a orientação do ensino médio, articulando-
se com os órgãos normativos dos sistemas de ensino. 
Art. 52. As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos 
quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e 
cultivo do saber humano, que se caracterizam por: (Regulamento) (Regulamento) 
I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos 
temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto 
regional e nacional; 
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de 
mestrado ou doutorado; 
III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral. 
Parágrafo único. É facultada a criação de universidades especializadas por 
campo do saber. (Regulamento) (Regulamento) 
Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, 
sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições: 
I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação 
superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o 
caso, do respectivo sistema de ensino; (Regulamento) 
 
68 
 
II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes 
gerais pertinentes; 
III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa científica, produção 
artística e atividades de extensão; 
IV - fixar o número de vagas de acordo com a capacidade institucional e as 
exigências do seu meio; 
V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonância com as 
normas gerais atinentes; 
VI - conferir graus, diplomas e outros títulos; 
VII - firmar contratos, acordos e convênios; 
VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos 
referentes a obras, serviços e aquisições em geral, bem como administrar 
rendimentos conforme dispositivos institucionais; 
IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de 
constituição, nas leis e nos respectivos estatutos; 
X - receber subvenções, doações, heranças, legados e cooperação financeira 
resultante de convênios com entidades públicas e privadas. 
§ 1º Para garantir a autonomia didático-científica das universidades, caberá aos 
seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos orçamentários 
disponíveis, sobre: (Redação dada pela Lei nº 13.490, de 2017) 
I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos; (Redação dada pela 
Lei nº 13.490, de 2017) 
II - ampliação e diminuição de vagas; (Redação dada pela Lei nº 13.490, de 
2017) 
III - elaboração da programação dos cursos; (Redação dada pela Lei nº 13.490, 
de 2017) 
IV - programação das pesquisas e das atividades de extensão; (Redação dada 
pela Lei nº 13.490, de 2017) 
V - contratação e dispensa de professores; (Redação dada pela Lei nº 13.490, 
de 2017) 
VI - planos de carreira docente. (Redação dada pela Lei nº 13.490, de 2017) 
 
69 
 
§ 2º As doações, inclusive monetárias, podem ser dirigidas a setores ou 
projetos específicos, conforme acordo entre doadores e universidades. (Incluído pela 
Lei nº 13.490, de 2017) 
§ 3º No caso das universidades públicas, os recursos das doações devem ser 
dirigidos ao caixa único da instituição, com destinação garantida às unidades a serem 
beneficiadas. (Incluído pela Lei nº 13.490, de 2017) 
Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público gozarão, na forma da 
lei, de estatuto jurídico especial para atender às peculiaridades de sua estrutura, 
organização e financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos de 
carreira e do regime jurídico do seu pessoal. (Regulamento) (Regulamento) 
§ 1º No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo 
artigo anterior, as universidades públicas poderão: 
I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim 
como um plano de cargos e salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os 
recursos disponíveis; 
II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas 
gerais concernentes; 
III - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos 
referentes a obras, serviços e aquisições em geral, de acordo com os recursos 
alocados pelo respectivo Poder mantenedor; 
IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais; 
V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas peculiaridades de 
organização e funcionamento; 
VI - realizar operações de crédito ou de financiamento, com aprovação do 
Poder competente, para aquisição de bens imóveis, instalações e equipamentos; 
VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras providências de ordem 
orçamentária, financeira e patrimonial necessárias ao seu bom desempenho. 
§ 2º Atribuições de autonomia universitária poderão ser estendidas a 
instituições que comprovem alta qualificação para o ensino ou para a pesquisa, com 
base em avaliação realizada pelo Poder Público. 
Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, 
recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de 
educação superior por ela mantidas. 
 
70 
 
Art. 56. As instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio 
da gestão democrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos, 
de que participarão os segmentos da comunidade institucional, local e regional. 
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta por cento 
dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da 
elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de 
dirigentes. 
Art. 57. Nas instituiçõespúblicas de educação superior, o professor ficará 
obrigado ao mínimo de oito horas semanais de aulas. (Regulamento) 
CAPÍTULO V 
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a 
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de 
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e 
altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola 
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços 
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não 
for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. 
§ 3º A oferta de educação especial, nos termos do caput deste artigo, tem início 
na educação infantil e estende-se ao longo da vida, observados o inciso III do art. 4º 
e o parágrafo único do art. 60 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de 2018) 
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização 
específicos, para atender às suas necessidades; 
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível 
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e 
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; 
 
71 
 
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para 
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados 
para a integração desses educandos nas classes comuns; 
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida 
em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade 
de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, 
bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, 
intelectual ou psicomotora; 
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares 
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. 
Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com 
altas habilidades ou superdotação matriculados na educação básica e na educação 
superior, a fim de fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao 
desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado.(Incluído pela Lei nº 
13.234, de 2015) 
Parágrafo único. A identificação precoce de alunos com altas habilidades ou 
superdotação, os critérios e procedimentos para inclusão no cadastro referido 
no caput deste artigo, as entidades responsáveis pelo cadastramento, os mecanismos 
de acesso aos dados do cadastro e as políticas de desenvolvimento das 
potencialidades do alunado de que trata o caput serão definidos em regulamento. 
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios 
de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com 
atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo 
Poder Público. 
Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a 
ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede pública regular 
de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste 
artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
TÍTULO VI 
Dos Profissionais da Educação 
 
72 
 
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela 
estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, 
são: (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009) 
I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na 
educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; (Redação dada pela Lei nº 
12.014, de 2009) 
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com 
habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação 
educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas 
áreas; (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009) 
III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou 
superior em área pedagógica ou afim. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009) 
IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de 
ensino, para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação ou experiência 
profissional, atestados por titulação específica ou prática de ensino em unidades 
educacionais da rede pública ou privada ou das corporações privadas em que tenham 
atuado, exclusivamente para atender ao inciso V do caput do art. 36; (Incluído pela lei 
nº 13.415, de 2017) 
V - profissionais graduados que tenham feito complementação pedagógica, 
conforme disposto pelo Conselho Nacional de Educação. (Incluído pela lei nº 13.415, 
de 2017) 
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a 
atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos 
das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como 
fundamentos: (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009) 
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos 
fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho; (Incluído pela Lei 
nº 12.014, de 2009) 
II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e 
capacitação em serviço; (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009) 
III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições 
de ensino e em outras atividades. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009) 
 
73 
 
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em 
nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para 
o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino 
fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. (Redação dada pela 
lei nº 13.415, de 2017) 
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de 
colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos 
profissionais de magistério. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009). 
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério 
poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância. (Incluído pela Lei nº 
12.056, de 2009). 
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao 
ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de 
educação a distância. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009). 
§ 4º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios adotarão 
mecanismos facilitadores de acesso e permanência em cursos de formação de 
docentes em nível superior para atuar na educação básica pública. (Incluído pela Lei 
nº 12.796, de 2013) 
§ 5º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a 
formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública 
mediante programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes 
matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de 
educação superior. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
§ 6º O Ministério da Educação poderá estabelecer nota mínima em exame 
nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como pré-requisito para o ingresso 
em cursos de graduação para formação de docentes, ouvido o Conselho Nacional de 
Educação - CNE. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
§ 7º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
§8º Os currículos dos cursos de formação de docentes terão por referência a 
Base Nacional Comum Curricular. (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017) (Vide Lei nº 
13.415, de 2017) 
 
74 
 
Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere o inciso III do art. 61 
far-se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou 
superior, incluindo habilitações tecnológicas. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a 
que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e 
superior, incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores de graduação 
plena ou tecnológicos e de pós-graduação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
Art. 62-B. O acesso de professores das redes públicas de educação básica a 
cursos superiores de pedagogia e licenciatura será efetivado por meio de processo 
seletivo diferenciado. (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017) 
§ 1º Terão direito de pleitear o acesso previsto no caput deste artigo os 
professores das redes públicas municipais, estaduais e federal que ingressaram por 
concurso público, tenham pelo menos três anos de exercício da profissão e não sejam 
portadores de diploma de graduação. (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017) 
§ 2º As instituições de ensino responsáveis pela oferta de cursos de pedagogia 
e outras licenciaturas definirão critérios adicionais de seleção sempre que acorrerem 
aos certames interessados em número superior ao de vagas disponíveis para os 
respectivos cursos. (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017) 
§ 3º Sem prejuízo dos concursos seletivos a serem definidos em regulamento 
pelas universidades, terão prioridade de ingresso os professores que optarem por 
cursos de licenciatura em matemática, física, química, biologia e língua 
portuguesa. (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017) 
Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: (Regulamento) 
I - cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o curso 
normal superior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e para as 
primeiras séries do ensino fundamental; 
II - programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de 
educação superior que queiram se dedicar à educação básica; 
III - programas de educação continuada para os profissionais de educação dos 
diversos níveis. 
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, 
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação 
básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-
 
75 
 
graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base 
comum nacional. 
Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática 
de ensino de, no mínimo, trezentas horas. 
Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível 
de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado. 
Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por universidade com curso de 
doutorado em área afim, poderá suprir a exigência de título acadêmico. 
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da 
educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de 
carreira do magistério público: 
I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; 
II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento 
periódico remunerado para esse fim; 
III - piso salarial profissional; 
IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação 
do desempenho; 
V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga 
de trabalho; 
VI - condições adequadas de trabalho. 
§ 1º A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de 
quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de 
ensino. (Renumerado pela Lei nº 11.301, de 2006) 
§ 2º Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8o do art. 201 da 
Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por 
professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, 
quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e 
modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade 
escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. (Incluído pela Lei nº 
11.301, de 2006) 
§ 3º A União prestará assistência técnica aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios na elaboração de concursos públicos para provimento de cargos dos 
profissionais da educação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
 
76 
 
TÍTULO VII 
Dos Recursos financeiros 
Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação os originários de: 
I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios; 
II - receita de transferências constitucionais e outras transferências; 
III - receita do salário-educação e de outras contribuições sociais; 
IV - receita de incentivos fiscais; 
V - outros recursos previstos em lei. 
Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas 
respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos, 
compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento 
do ensino público. (Vide Medida Provisória nº 773, de 2017) (Vigência encerrada) 
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, 
não será considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo 
que a transferir. 
§ 2º Serão consideradas excluídas das receitas de impostos mencionadas 
neste artigo as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária de 
impostos. 
§ 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes aos mínimos estatuídos 
neste artigo, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada, 
quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais, com base 
no eventual excesso de arrecadação. 
§ 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente 
realizadas, que resultem no não atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios, 
serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro. 
§ 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão 
responsável pela educação, observados os seguintes prazos: 
I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês, até o vigésimo 
dia; 
 
77 
 
II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada mês, até 
o trigésimo dia; 
III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o 
décimo dia do mês subsequente. 
§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a correção monetária e à 
responsabilização civil e criminal das autoridades competentes. 
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino 
as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das 
instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a: 
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais 
da educação; 
II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e 
equipamentos necessários ao ensino; 
III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino; 
IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao 
aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino; 
V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas 
de ensino; 
VI - concessãode bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas; 
VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao 
disposto nos incisos deste artigo; 
VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de 
transporte escolar. 
Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do 
ensino aquelas realizadas com: 
I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando 
efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao 
aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão; 
II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, 
desportivo ou cultural; 
III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam 
militares ou civis, inclusive diplomáticos; 
 
78 
 
IV - programas suplementares de alimentação, assistência médico-
odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social; 
V - obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou 
indiretamente a rede escolar; 
VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio 
de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino. 
Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino 
serão apuradas e publicadas nos balanços do Poder Público, assim como nos 
relatórios a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal. 
Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, prioritariamente, na prestação de 
contas de recursos públicos, o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição 
Federal, no art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e na legislação 
concernente. 
Art. 74. A União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o 
ensino fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de 
assegurar ensino de qualidade. 
Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela 
União ao final de cada ano, com validade para o ano subsequente, considerando 
variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino. 
Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida 
de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão 
mínimo de qualidade de ensino. 
§ 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fórmula de domínio público 
que inclua a capacidade de atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo 
Estado, do Distrito Federal ou do Município em favor da manutenção e do 
desenvolvimento do ensino. 
§ 2º A capacidade de atendimento de cada governo será definida pela razão 
entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatório na manutenção e 
desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão mínimo de 
qualidade. 
 
79 
 
§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a União poderá fazer 
a transferência direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o 
número de alunos que efetivamente frequentam a escola. 
§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser exercida em favor do 
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios se estes oferecerem vagas, na área de 
ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do art. 11 
desta Lei, em número inferior à sua capacidade de atendimento. 
Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ficará 
condicionada ao efetivo cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e Municípios do 
disposto nesta Lei, sem prejuízo de outras prescrições legais. 
Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo 
ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas que: 
I - comprovem finalidade não-lucrativa e não distribuam resultados, dividendos, 
bonificações, participações ou parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma ou 
pretexto; 
II - apliquem seus excedentes financeiros em educação; 
III - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, 
filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas 
atividades; 
IV - prestem contas ao Poder Público dos recursos recebidos. 
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de 
estudo para a educação básica, na forma da lei, para os que demonstrarem 
insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede 
pública de domicílio do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir 
prioritariamente na expansão da sua rede local. 
§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio 
financeiro do Poder Público, inclusive mediante bolsas de estudo. 
TÍTULO VIII 
Das Disposições Gerais 
Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências 
federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas 
integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilíngue e 
intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos: 
 
80 
 
I - proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas 
memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas 
línguas e ciências; 
II - garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, 
conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades 
indígenas e não-índias. 
Art. 79. A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino no 
provimento da educação intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo 
programas integrados de ensino e pesquisa. 
§ 1º Os programas serão planejados com audiência das comunidades 
indígenas. 
§ 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos nos Planos Nacionais 
de Educação, terão os seguintes objetivos: 
I - fortalecer as práticas socioculturais e a língua materna de cada comunidade 
indígena; 
II - manter programas de formação de pessoal especializado, destinado à 
educação escolar nas comunidades indígenas; 
III - desenvolver currículos e programas específicos, neles incluindo os 
conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades; 
IV - elaborar e publicar sistematicamente material didático específico e 
diferenciado. 
§ 3º No que se refere à educação superior, sem prejuízo de outras ações, o 
atendimento aos povos indígenas efetivar-se-á, nas universidades públicas e 
privadas, mediante a oferta de ensino e de assistência estudantil, assim como de 
estímulo à pesquisa e desenvolvimento de programas especiais. (Incluído pela Lei nº 
12.416, de 2011) 
Art. 79-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003) 
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia 
Nacional da Consciência Negra’. (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003) 
Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de 
programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de 
educação continuada. (Regulamento) (Regulamento) 
 
81 
 
§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será 
oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. 
§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e 
registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. 
§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação 
a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos 
sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes 
sistemas. (Regulamento) 
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá: 
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão 
sonora e de sons e imagens e em outros meios de comunicação que sejam explorados 
mediante autorização, concessãoou permissão do poder público; (Redação dada pela 
Lei nº 12.603, de 2012) 
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; 
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos 
concessionários de canais comerciais. 
Art. 81. É permitida a organização de cursos ou instituições de ensino 
experimentais, desde que obedecidas as disposições desta Lei. 
 Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de 
estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria. (Redação dada 
pela Lei nº 11.788, de 2008) 
 Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.788, de 2008) 
Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica, admitida a equivalência 
de estudos, de acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino. 
Art. 84. Os discentes da educação superior poderão ser aproveitados em 
tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de 
monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos. 
Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação própria poderá exigir a 
abertura de concurso público de provas e títulos para cargo de docente de instituição 
pública de ensino que estiver sendo ocupado por professor não concursado, por mais 
de seis anos, ressalvados os direitos assegurados pelos artigos 41 da Constituição 
Federal e 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
 
82 
 
Art. 86. As instituições de educação superior constituídas como universidades 
integrar-se-ão, também, na sua condição de instituições de pesquisa, ao Sistema 
Nacional de Ciência e Tecnologia, nos termos da legislação específica. 
TÍTULO IX 
Das Disposições Transitórias 
 Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da 
publicação desta Lei. 
§ 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei, encaminhará, 
ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação, com diretrizes e metas para 
os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação para 
Todos. 
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela lei nº 12.796, de 2013) 
§ 3º O Distrito Federal, cada Estado e Município, e, supletivamente, a União, 
devem: (Redação dada pela Lei nº 11.330, de 2006) 
I - (revogado); (Redação dada pela lei nº 12.796, de 2013) 
a) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) 
b) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) 
c) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) 
II - prover cursos presenciais ou a distância aos jovens e adultos 
insuficientemente escolarizados; 
III - realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício, 
utilizando também, para isto, os recursos da educação a distância; 
IV - integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu território 
ao sistema nacional de avaliação do rendimento escolar. 
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela lei nº 12.796, de 2013) 
§ 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes 
escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo 
integral. 
§ 6º A assistência financeira da União aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, bem como a dos Estados aos seus Municípios, ficam condicionadas ao 
cumprimento do art. 212 da Constituição Federal e dispositivos legais pertinentes 
pelos governos beneficiados. 
Art. 87-A. (VETADO). (Incluído pela lei nº 12.796, de 2013) 
 
83 
 
Art. 88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adaptarão sua 
legislação educacional e de ensino às disposições desta Lei no prazo máximo de um 
ano, a partir da data de sua publicação. (Regulamento) (Regulamento) 
§ 1º As instituições educacionais adaptarão seus estatutos e regimentos aos 
dispositivos desta Lei e às normas dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos 
por estes estabelecidos. 
§ 2º O prazo para que as universidades cumpram o disposto nos incisos II e III 
do art. 52 é de oito anos. 
Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas 
deverão, no prazo de três anos, a contar da publicação desta Lei, integrar-se ao 
respectivo sistema de ensino. 
Art. 90. As questões suscitadas na transição entre o regime anterior e o que se 
institui nesta Lei serão resolvidas pelo Conselho Nacional de Educação ou, mediante 
delegação deste, pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino, preservada a 
autonomia universitária. 
Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nºs 4.024, de 20 de dezembro de 
1961, e 5.540, de 28 de novembro de 1968, não alteradas pelas Leis nºs 9.131, de 24 
de novembro de 1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995 e, ainda, as Leis nºs 
5.692, de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis 
e decretos-lei que as modificaram e quaisquer outras disposições em contrário. 
Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
 Paulo Renato Souza 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 23.12.1996. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
84 
 
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