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Vict�ria Kar�line Libório Card�so Isquemia abd�minal aguda Introdução Trata-se de uma dor abdominal aguda causada por isquemia mesentérica. ● Fornecimento inadequado de O2 para o intestino. ● O tempo de diagnóstico está relacionado ao prognóstico - é uma doença de alta mortalidade, pela demora do diagnóstico, causando entre 75 e 80% de morte em trombose arterial. Obs: a isquemia mesentérica é mais comum em idosos, pois está relacionada à aterosclerose. Etiologia: ● Oclusão arterial: embolia e trombose. ● Oclusão venosa: trombose. ● Vasoespasmo arterial (causa não oclusiva). Áreas críticas de isquemia: ● Ângulo esplênico do cólon: zona de Griffins. ● Junção retossigmoidiana: zona de Sudeck. Artérias de vias colaterais: ajudam a diminuir o risco de isquemia mesentérica - compensam a diminuição do fluxo. ● Artéria marginal de Drummond. ● Arcada de Riolan. Vict�ria Kar�line Libório Card�so Frequência: 1. Oclusão da artéria mesentérica superior (AMS): por ê,bolo (50%) ou por trombo (15-25%). 2. Trombose de veia mesentérica superior. 3. Vasoespasmo arterial. (isquemia mesentérica não oclusiva). Fisiopatologia A lesão intestinal se dá por 2 mecanismos: ● Hipoperfusão com hipóxia: comprometimento da oferta de O2 por redução do fluxo intestinal maior que 50%. ○ Quando o fluxo estiver menor que 50% as artérias de Drummond e de Riolan conseguem compensar e diminuir o risco de isquemia. ● Reperfusão: devido à ação de espécies reativas ao oxigênio. Fatores de risco gerais: ● HAS. ● Tabagismo. ● Doença vascular periférica. ● Coronariopatia. Fatores de risco mais específicos: ● História recente de evento cardíaco. ● História prévia de embolismo. ● Aterosclerose. ● Distúrbio de coagulação. ● Uso de anticoncepcional (estrogênio). Quadro clínico Principal característica: dor abdominal referida desproporcional ao exame �ísico (dor pouco intensa à palpação). Vict�ria Kar�line Libório Card�so ● Início súbito: por êmbolos ou por trombos em território arterial. ● Início insidioso: por trombose da VMS. Exame físico: ● Inicialmente o abdome pode estar normal. ● Inicialmente com peristalse normal ou aumentada → a primeira reação à hipóxia é o peristaltismo. ● Com a progressão da isquemia tem-se: ○ Distensão abdominal. ○ Timpanismo aumentado. ○ Diminuição dos ruídos hidroaéreos. ● Fezes sanguinolentas, caso haja necrose. ● Sinais de choque e peritonite generalizada são achados tardios e indicam mau prognóstico. Intensidade da dor: ● Branda: isquemia mesentérica não oclusiva. ● Intensa: êmbolos ou trombos. Localização: ● Epigástrica ou mesogástrica: território da AMS. ● Quadrantes inferiores: território da AMI. ● Isquemia colônica: geralmente no lado esquerdo. Diagnóstico Achados nos exames laboratoriais: ● Leucocitose. ● Hemoconcentração. ● Acidose metabólica - gasometria arterial com pH < 7,3 → qualquer alteração é extremamente significativa. ○ Para ser acidose metabólica precisa ter diminuição do bicarbonato também, caso contrário chama-se apenas “acidose”. ● Elevação do lactato. Exames de imagem: ● Padrão ouro: angiografia. Vict�ria Kar�line Libório Card�so ● Exame mais fácil de pedir e mais comum: tomografia de abdome com contraste endovenoso. ● USG com doppler. Tratamento Clínico: ● Analgesia → controle da dor. ● Antibioticoterapia endovenosa. ● Uso de anticoagulantes. ● Reposição hidroeletrolítica. ● Tratamento específico: ○ Embolia: faz uma laparotomia com embolectomia. ○ Trombo: angioplastia (stent) ou revascularização. ○ Vasoespasmo: injeção intra-arterial de Papuerina. Cirúrgico: ● No caso de infarto ou de perfuração. Isquemia mesentérica crônica ● Está relacionada à aterosclerose. ● Há formação de vasos colaterais. ● É sintomático quando duas ou mais artérias são comprometidas. ● Angina
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