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Prova de Paleozoologia

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CENTRO BIOMEDICO
INSTITUTO DE BIOLOGIA ROBERTO ALCÂNTARA GOMES
DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA
AVALIAÇÃO: PALEOVERTEBRADOS
1) Os ciclostomados são um grupo parafilético? Explique.
R: Sim, os ciclostomados são considerados um grupo parafilético e isso pode ser
explicado por meio da filogenia questionável desses seres. Apesar do nome do
grupo ter significado de “BOCA ABERTA” eles não possuem mandíbula, sendo
mandíbula uma característica que define boca, por conta disso este grupo passa a
ser considerado como um grupo- artificial, ou seja, não pode se julgar como um
grupo verdadeiro. Além disso, não se pode considerar este grupo como um grupo
verdadeiro baseado em ausências de características como: ausência de nadadeiras
pares e outras características que sustentam a hipótese de um grupo parafilético
como canais semicirculares e persistência da notocorda estas características são
ausentes em gnatostomados e também são não homólogas, portanto eles são
confirmados como um grupo parafilético.
2) Cite as principais diferenças entre peixe-bruxa e lampreia.
R: As principais diferenças entre lampreia e peixe-bruxa são:As lampreias possuem
7 arcos branquiais, musculatura radial, abertura naso-hipofisária separada, 2 canais
semi-circulares, arcuália, linha lateral e olho funcional, já os peixes-bruxa possuem
15 aberturas branquiais, abertura naso-hipofisária única, presença de somente 1
canal semicircular e ausência de estruturas como musculatura radial, arcuália, linha
lateral e olho funcional.
3) Descreva as características que fazem os agnatos fósseis serem considerados
mais derivados que as formas atuais
R: As características que fazem agnatos fósseis serem considerados mais
derivados que as formas atuais são: ossos dérmicos, cerebelo no robencéfalo e
trato olfatório conectado o bulbo olfatório com o prosencéfalo eles são considerados
mais derivados do que os ciclostomados que por sua vez são os agnatos de formas
atuais. Além disso, possuem canais semicirculares completos, a migração do
encéfalo e do bulbo pineal para região frontal do corpo, alguns apresentam traços
de cintura peitoral que possibilitaram certa movimentação permitindo ocupar a
coluna d’água.
4) Uma das principais características presentes em raias e quimeras é a fusão das
primeiras vértebras cerebrais em uma estrutura chamada sinarcual. Essa estrutura é
homóloga para ambos os grupos? Explique
R: Essa estrutura é considerada como não-homóloga devido apresentarem funções
distintas entre os grupos. Nas Quimeras as primeiras vértebras são fusionadas para
inserção espinho cefálica, conhecida também como clásper cefálico. Já nas raias as
vértebras fusionadas são para inserção muscular, extremamente importante para a
movimentação das nadadeiras.
5) O tesseraê é uma estrutura presente em alguns grupos. Cite esses grupos e
explique se tal estrutura é homóloga.
R: O tesseraê está presente nos seguintes grupos: condricties, acanthoides e
placodermas. Sendo: cartilaginoso em condricties ( em forma de prisma); em
acanthoides como estrutura que recobre o endoesqueleto, sendo então dérmico e
não cartilaginoso; e em placoderma sendo uma estrutura óssea. Por conta disso,
essa estrutura presente nesses grupos não é homóloga por apresentar diferenças
entre os grupos.
6) Descreva sucintamente as duas teorias propostas para o surgimento da
mandíbula. Sabendo que os placodermas seriam os primeiros mandibulados e que
assim como os ágnatas fósseis teriam um corpo recoberto por placas ósseas, qual
seria a importante aquisição anatômica desses seres que possibilitava a abertura
dessa boca primitiva?
R: A primeira teoria é a teoria clássica, que sugere que os primeiros arcos
branquiais são reduzidos e alguns migram para formar os ossos da mandíbula e que
nos agnatas tenham sofrido mudança em estrutura e função, onde o primeiro arco
desaparece e o segundo se modifica para formar a mandíbula, ou seja, uma
estrutura que seria altamente especializada na respiração sofreu mudanças
drásticas para se especializar na alimentação. Já a segunda teoria, denomina-se:
Teoria do Velum ou teoria moderna,que sugere que o velum ( uma estrutura do véu
especializada para alimentação presente em larvas amocetes) teria sofrido
mutações para a originar a mandíbula, ou seja, sem mudança na função,um dos
argumentos usados para justificar a teoria moderna é de que as branquiais surgem
antes dos arcos na ontogenia desta maneira o arco recebe toda capilarização
proveniente da brânquia. Torna-se altamente questionável o surgimento dos arcos
mandibulares através dos aros brânquias por dois motivos, um deles é devido estes
arcos serem fixos ao crânio e evolutivamente e adaptativamente todo o processo de
argumento da teoria clássica é muito complexo. A importante aquisição anatômica
para abertura da boca em placodermas é o espaço nucal possibilitando uma maior
abertura da maxila.
7) Quais foram os principais desafios enfrentados pelos vertebrados quando estes
invadiram o ambiente terrestre?
R:Os principais desafios encontrados pelos vertebrados foram: suportar a estrutura
corporal e o peso do corpo, afinal no ambiente aquático a força de empuxo é igual a
peso zero e no ambiente tem que se vencer a força da gravidade, a espinha dorsal
precisa agora ser adaptada a pressão de dobramento e estiramento lateral com
vértebras e musculatura modificadas em torno da espinha dorsal para impedir que o
corpo deles se afunde entre os membros; quanto a sua locomoção, houve
alterações nos membros posteriores e anteriores, pois a cintura peitoral agora será
separado do crânio, para evitar a transmissão do impacto pela pisada dessa cintura
peitoral direto para o crânio e maior mobilidade do pescoço para capturar uma presa
sem dobrar o corpo, a cintura pélvica agora será evidente e firmemente ancorada a
coluna vertebral; Quanto a alimentação e respiração eles precisam agora de
movimentos mandibulares muito mais simples, como maxila inferior se dobrando
apenas para um ponto e entre osso articular na mandíbula e o quadrado crânio; Na
respiração, eles precisam de mecanismo de ventilação costal e sucção bucal; e no
sistema sensorial, uma vez que não havia mais a linha lateral, pois esse tipo de
sistema sensorial só funciona dentro d’água, logo precisavam de uma audição
desenvolvida para ambientes terrestres.
8) Explique porque anteriormente os placodermas eram considerados como grupo
irmão dos condrictes e atualmente são colocados como grupo-irmão dos osteíctes.
R: Antes os placodermas e os condrictes eram considerados grupo- irmão devido a
forma corporal muito similar, ambos possuem tesserêa e esqueleto cartilaginoso (
sem placoderma, com cartilagem no endoesqueleto). Porém estudos mais recentes
devido a caracteres compartilhados de condrictes e acantoide os torna grupo irmão (
devido a presença de nadadeiras peitorais articuladas diretamente a cintura peitoral-
placodermas semelhantes a osteíctes).
9) Explique por que a maioria das características sinapormoficas para os condrictes
(cf. caixa craniana única, tesserae, clasper, osso cartilaginoso) quando
consideramos as formas fósseis, são altamente questionáveis.
R: A maioria dessas características são consideradas questionáveis, pois são
visíveis nas formas atuais do que nas formas formas fósseis e isso ocorre devido a
complicada conservação da cartilagem no fóssil. Sendo seu registro fóssil composto
por dentes e arcada dentária, em sua maioria, tornando as sinapomorfias apenas
especulações uma vez que se foi analisado as formas atuais.
10) Quais são as principais sinapomorfias dos lissamphibias? Explique a formação
da coana nos diferentes grupos.
R: As principais sinapomorfias dos lissamphibia são: dentes com duas cúspides ou
multicúspide articulados sobre um pedicelo, onde a coroa está articulada sobre o
pedicelo por um ligamento a mandíbula; perda do osso jugal, entre a maxila e o
quadradojugal; possuem um labirinto, formado por uma estrutura particular chamada
de papila amphibiorum; costelas curtas, pois sua caixa torácica não é fechada,
tornando osmovimentos ventilatórios impossíveis, por essa razão a sucção de ar;
acomodação visual. Onde os movimentos do cristalino em direção ao exterior e
interior é controlado por um músculo de origem mesodérmica única desse grupo:
protactos lentis.
Quanto à formação da coana, é essencial ressaltar que existem dois tipos de
coanas: endodérmicas e ectodérmicas. As endodérmicas estão presentes nos
batráquios ( urodelas + anuros) e é formada da seguinte forma: o saco nasal e a
parede da cavidade bucal dão lugar a um único buraco, a narina externa, a porção
interior do tubo digestivo primitivo com origem endodérmica projeta um processo
que se conecta ao saco nasal, formando o tubo coanal, fazendo uma comunicação
nasal com o tubo digestivo. Já a coana ectodérmica presente em não batráquios (
gimnofiona + amniotas) é formada quando a parede da cavidade bucal + saco nasal
possuem origem ectodérmica, divididos em sulco naso bucal. O sulco forma dois
orifícios: na narina externa e interna a enquanto há a desconhecimento do ducto
nasolacrimal.

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