Aula 5 - Especificidades do Jornalismo Econômico

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AULA 5: ECONOMIA: ESPECIFICIDADES DO JORNALISMO ECONÔMICO 
Jornalismo especializado 
JORNALISMO ESPECIALIZADO 
Aula 5: Economia: Especificidades do 
Jornalismo Econômico 
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Jornalismo especializado 
Objetivos 
1. Analisar a evolução do jornalismo econômico no Brasil; 
2. Conhecer as possibilidades de formação especializada, 
texto e de mercado no jornalismo econômico. 
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Breve Histórico: 
• Informações de natureza econômica sempre estiveram presentes no jornalismo. 
• No Brasil, jornais do final do século XIX já publicavam colunas de temática econômica. Do mercado 
de café nos anos 1930, principal produto da economia brasileira da época ao jornalismo econômico 
que começa a se desenvolver no país na Era Vargas, entre a década de 1940 e meados de 1950, 
quando o presidente Getúlio Vargas impulsiona o setor com a criação de grandes empresas estatais 
nacionais, como a Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), a Petrobras e a Vale do Rio Doce aos planos de 
modernização e industrialização do governo Juscelino Kubistchek. 
• Nessa época, porém, o jornalismo econômico ainda não ocupa lugar próprio nos jornais. 
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Breve Histórico – Continuação 
No contexto do início do período militar no Brasil, a setorização da cobertura, com jornalistas 
acompanhando de perto as notícias de órgãos como o Banco Central, a Bolsa de Valores, o IBGE e o 
Ministério da Fazenda, ocorre o processo de qualificação dos jornalistas para o jornalismo especializado 
em economia. No contexto de euforia com o “milagre econômico” brasileiro, o crescimento do país 
torna-se pauta constante da agenda política e do noticiário. 
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Breve Histórico - Continuação 
Além de se organizarem as primeiras editorias de 
economia, esse momento também vê o surgimento ou a 
consolidação de publicações especializadas, como a 
criação no jornal Correio da Manhã, do caderno Diretor 
Econômico, com 16 páginas que diariamente se atinham à 
economia. Vale lembrar que a Gazeta Mercantil fundada 
nos anos 1920, que foi “a primeira experiência de sucesso 
como jornal econômico informativo” entra em uma 
espécie de espiral ascendente (CALDAS, 2003, p. 20). 
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O jornalismo econômico. Anos 1980 e globalização 
A partir dos anos 1980, a televisão começa também a investir na área do jornalismo econômico. Uma 
série de planos econômicos força as redações a mais uma vez pensarem o segmento. 
Com as questões advindas na era Collor foram anos de embates político-econômicos. Até a 
estabilização da economia em 1994, o jornalismo especializado na área precisou decifrar para todos os 
brasileiros planos, pacotes, expressões que culminaram em coberturas e reportagens cuidadosas para 
que o jornalismo acompanhasse as mudanças na área nos anos globalizados que vivemos. 
Hoje programas específicos sobre economia na TV a cabo mostram o avanço dessa parte específica do 
jornalismo. Programas como o Conta Corrente da Globo News são exemplos: 
http://g1.globo.com/globo-news/conta-corrente/videos/ 
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Função e Formação do jornalista de economia 
“A função do jornalista de economia é fornecer às pessoas informações que as tornem capazes de 
aproveitar as oportunidades e fazer escolhas disponíveis a todos no dia a dia, auxiliando o maior 
número de pessoas em busca do bem-estar”. É sabido que ao jornalista especializado cabe analisar a 
realidade, proporcionando uma interpretação do mundo como mais refinada possível, ajustando a 
língua para um nível que é determinado pelo meio, de modo a aprofundar os interesses e necessidades 
do público” (ORIVE; FAGOAGA, 1974). 
O jornalista que atua na editoria de economia, ou em publicações especializadas na área, necessita de 
conhecimentos específicos para exercer propriamente a profissão. Experiência e formação específica 
são essenciais. “O papel do jornalismo econômico não é meramente informativo, mas contribui para 
impulsionar o progresso, fazendo análises e emitindo sugestões” (ERBOLATO, 1980, p.139). 
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Mercado 
O mercado de jornalismo econômico oferece muitas oportunidades para o bom profissional. Além da 
grande mídia de massa existe uma série de publicações de empresas, entidades e instituições da área 
econômica (as house organs), além de assessorias de imprensa, em que o jornalista com experiência em 
cobertura econômica encontra um campo sólido de atuação, devido à demanda de profissionais 
especializados em finanças para atendimento a empresas e órgãos públicos em suas necessidades de 
comunicação com o público e divulgação de suas ações. 
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Um novo mercado 
Um novo mercado de trabalho surgiu com a internet e o 
jornalismo online. Além dos sites de empresas, bancos e 
provedores que prosperaram na bolha da Web no início 
dos anos 2000, houve o surgimento de novas plataformas 
de comunicação: hoje em dia, o celular é o grande 
exemplo, abriu um novo mercado para informações 
econômicas ao longo da década, que tira proveito da 
mobilidade e da instantaneidade das novas tecnologias, 
oferecendo informação em tempo real para executivos e 
investidores, ou para o receptor médio, que precisa ser 
permanentemente atualizado e deve tomar decisões 
rápidas. Ao mesmo tempo, esse novo mercado reforçou 
jornais, revistas e a mídia televisiva a se aperfeiçoarem e 
criarem mais programas e opções. 
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O texto no jornalismo econômico 
A economia é uma das áreas da especialização jornalística que mais exige do repórter/redator na hora 
de escrever a matéria. Saber sobre os ciclos na economia “e que numa economia as compras raramente 
equivalem à produção” (KUCINSKI, 2007, p,113) e como transmitir isso com clareza é um imperativo. 
O texto no jornalismo econômico deve se empenhar em fugir da aridez do vocabulário técnico para 
garantir a comunicabilidade da matéria, uma vez que uma linguagem ininteligível compromete a leitura. 
Mesmo que não seja possível extinguir os termos específicos da área, uma vez que eles são 
consagrados, inclusive internacionalmente, sempre há a alternativa de explicá-los didaticamente, com 
expressões mais simples. Menos pode não ser mais na economia, mas certamente ajuda no texto do 
jornalista econômico. 
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Propostas de atividades (retirada de ERBOLTATO, 1980, p.142) 
“Colecione editoriais que tratem de assuntos econômicos e guarde-os. Algumas semanas depois, 
compare-os com a realidade. O redator previu o que iria acontecer? Em caso negativo, ouça opiniões de 
técnicos do setor” 
Aproveite para discutir com seu professor essa atividade. 
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Bibliografia 
CALDAS, Suely. Jornalismo econômico. São Paulo, Contexto, 
2003. 
 
ERBOLATO, Mário. Jornalismo especializado. Rio de Janeiro: 
Atlas, 1981. 
 
 KUCINSKI, Bernardo. Jornalismo Econômico São Paulo, Editora 
da Universidade de São Paulo. 2007. 
 
ORIVE, Pedro; FAGOAGA, Concha. La especialización en el 
periodism. Madrid: Dossat, 1974. 
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Saiba mais 
Filmes: Wall Street: Poder e Cobiça (1987) e Wall Street: 
O Dinheiro Nunca Dorme (2010), dirigidos por Oliver 
Stone. 
SALDANHA, Felipe; ARAÚJO, Marcelo; SOUZA, Gérson. 
Jornalismo Econômico:O Desafio de Simplificar sem 
Comprometer a Profundidade. Disponível em: 
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2012/res
umos/R7-2354-1.pdf Acesso em 20 nov. 2016. 
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2012/resumos/R7-2354-1.pdf
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2012/resumos/R7-2354-1.pdf
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2012/resumos/R7-2354-1.pdf
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2012/resumos/R7-2354-1.pdf
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2012/resumos/R7-2354-1.pdf
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2012/resumos/R7-2354-1.pdf
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
Jornalismo e política; 
 
Especificidades do Jornalismo Político. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.