Aula 08 - Especificidades do jornalismo policial

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AULA 08: ESPECIFICIDADES DO JORNALISMO POLICIAL 
Jornalismo especializado 
JORNALISMO ESPECIALIZADO 
Aula 08: Especificidades do jornalismo policial 
AULA 08: ESPECIFICIDADES DO JORNALISMO POLICIAL 
Jornalismo especializado 
Objetivos 
1. Explicar a evolução do jornalismo policial no Brasil; 
2. Identificar as possibilidades de formação especializada 
e de mercado nesse tipo de jornalismo. 
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Jornalismo especializado 
Breve história 
Década de 1930 e 1940 
A partir de 1937, o jornalismo passou a ser marcado pela censura do Estado Novo, a qual facilitou a 
exploração dos fatos policiais e esportivos. O noticiário era, quase sempre, alienante. 
Década de 1950 
Época de grande transformação dos jornais brasileiros, sob forte influência do jornalismo americano e 
sua fórmula: jornalismo = sexo, sangue e dinheiro. 
Década de 1960 e 1970 
Com o golpe militar, o retorno dos censores levou a reportagem policial a ser, muitas vezes, cúmplice do 
aparelho da polícia. Inúmeros repórteres saíam em operações policiais e acompanhavam execuções de 
bandidos. Nesse contexto, existia troca de fotos entre jornais e polícia. 
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Jornalismo especializado 
Breve história 
Década de 1980 
Novamente, o fim da censura tornou a reportagem policial mais independente e mais crítica. Nesse 
período, surgiram as primeiras matérias sobre direitos humanos e crise no aparelho da polícia. Essa 
grande escola para os jornalistas começou a migrar para a televisão. 
 
Década de 1990 até hoje 
Época em que surgiram os novos jornais populares, com menos sangue e menos sensacionalismo – o 
que, ao contrário, prolifera na televisão. 
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Jornalismo especializado 
Conceitos gerais 
O jornalista é obrigado a realizar todos os tipos de atividade, tais como: 
• Entrevistas; 
• Notas; 
• Reportagens; 
• Comentários – inclusive humorísticos; 
• O trágico e o pitoresco da rotina das delegacias. 
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Jornalismo especializado 
Conceitos gerais 
• Na impossibilidade de sensibilizar o público com outros 
assuntos, os veículos de comunicação buscam 
acontecimentos nas delegacias de polícia para despertar 
a curiosidade (curiositas – como Santo Agostinho 
chamava a cobiça do olhar), própria do sensacionalismo. 
• Poucos assuntos se enquadram tão perfeitamente no 
conceito de notícia como o fato policial. Afinal, seus 
ingredientes falam ao leitor. 
Valorização exagerada do fato policial: característica de países subdesenvolvidos 
Delegacia no bairro do Catete 
(Rio de Janeiro) 
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Jornalismo e justiça 
“Mostre-se à imprensa como ela pode destruir um trabalho de anos, na recuperação de um preso, 
quando publica o nome do criminoso e descreve suas características pessoais e seus antecedentes.” 
 
(I ENCONTRO NACIONAL DA PASTORAL CARCERÁRIA, [s.d.] apud ERBOLATO, 1981, p. 52) 
 
Imagine a observação anterior publicada em um livro de 1981, aplicada aos programas policiais que 
vemos na televisão hoje, a qual, além de expor a vida do suposto criminoso e da família, já julga e 
condena ao vivo, com ares de raiva e de superapelo às sensações. 
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Jornalismo especializado 
Jornalismo e justiça 
Cada empresa de mídia orienta o valor atribuído ao jornalismo policial. 
“Dificilmente, um crime deixa de ser noticiado. Boa parte da imprensa brasileira admite o fato policial 
como um atrativo para o público leitor.” 
(ERBOLATO, 1981, p. 53) 
 
Mas qual é o limite dessa atração? 
 
Essa é uma questão que perdura até os dias de hoje. 
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Jornalismo investigativo 
Principal atividade 
Descrever: 
• Crimes, antecedentes, causas, coautoria; 
• Personalidade do autor e da vítima e tipo de vida que levavam; 
• Opinião de especialistas (juízes, delegados etc.) e de outras personalidades. 
 
Principais dificuldades 
Lidar com um acusado de um crime ou um criminoso confesso; 
Conversar com uma testemunha sem comprometê-la, com os familiares da vítima e com os 
investigadores, e não atrapalhar o trabalho destes. 
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Jornalismo investigativo 
Tentações 
A menor informação precisa de base sólida. A simples troca de um nome pode causar enorme prejuízo 
ao repórter, à empresa e a terceiros. Cada palavra deve ser pesada, e todo cuidado com as pistas é 
fundamental. 
Mercado 
Espera-se um profissional que pense nessas atividades e dificuldades, e que entenda os dilemas 
anteriores. Os jornais sensacionalistas e os programas de televisão proliferam, e precisam de 
profissionais conscientes do entendimento ético do ofício. 
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Jornalismo especializado 
Ética no combate ao sensacionalismo 
O sensacionalismo acaba com a verdade dos fatos 
e fica apenas com a parte que estimula os sentidos 
do público. 
Independente de servir ao povo, esse tipo de 
divulgação jornalística busca a circulação ou a 
sintonia para fazer negócios. 
O jornalista tem responsabilidade diante da 
sociedade pelas informações que divulga. 
Ilustração sensacionalista na Gazeta (1888) 
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Ética no combate ao sensacionalismo 
Uma formação especializada é essencial! 
Vale sempre lembrar o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros: 
“Art. 6º É dever do jornalista: 
[...] 
VIII - respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão; [...] 
Art. 11. O jornalista não pode divulgar informações: 
[...] 
II - de caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura 
de crimes e acidentes”. 
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Atividade proposta 
Redija para um jornal tradicional um texto de notícia de crime baseado no que foi publicado por outro 
sensacionalista. 
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Jornalismo especializado 
Referências 
ERBOLATO, M. Jornalismo especializado. São Paulo: Atlas, 
1981. 
 
PAIXÃO, P. (Org.). Jornalismo policial? – histórias de quem 
faz. Jundiaí: In House, 2010. 
 
ZANFRA, M. A. Manual do repórter policial. Florianópolis: 
Comunique-se, 2009. 
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Jornalismo especializado 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
Jornalismo popular. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.