Aula 09 - Especificidades do jornalismo popular

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AULA 09: ESPECIFICIDADES DO JORNALISMO POPULAR 
Jornalismo especializado 
JORNALISMO ESPECIALIZADO 
Aula 09: Especificidades do jornalismo popular 
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Objetivos 
1. Explicar a evolução do jornalismo popular no Brasil; 
2. Identificar os aspectos éticos, sociais, políticos e 
econômicos da cobertura popular. 
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Identificar os aspectos éticos, sociais, políticos e econômicos da cobertura popular. 
O jornalismo popular é aquele que pretende atingir, em diferentes veículos – jornais baratos, programas 
de televisão em rede aberta, programas de rádio –, a população de menor poder aquisitivo. 
No Brasil, seu início teve como base os jornais sensacionalistas – embora tal conceito não mais 
explique, de forma suficiente, o jornalismo popular – e, também, outras mídias semelhantes, até 
desaguar em programas voltados para a cidadania e as temáticas de interesse público. 
Nesses exemplos, encontramos publicidades de produtos destinados ao público de baixa renda e 
elementos culturais historicamente direcionados aos setores populares ou produzidos por eles. 
O jornalismo popular só possui viabilidade se responder, de modo ético e técnico, a demandas sociais 
da população e se estiver inserido culturalmente junto ao segmento de leitores a quem se dirige. 
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Dados/assuntos gerais 
Exemplos 
• 3º lugar: Extra – média de 272.015 
exemplares diários; 
• 7º lugar: Diário Gaúcho – média de 
152.495 exemplares diários; 
• 8º lugar: O Dia – média de 152.277 
exemplares diários. 
Fonte: Instituto Verificador de Circulação. 
Entre os maiores jornais brasileiros em circulação, estão vários jornais populares. 
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Dados/assuntos gerais 
Recentemente, o jornal Meia Hora (ligado ao Grupo O Dia) assumiu o posto de um dos principais jornais 
populares. 
Suas capas podem ser vistas diariamente no site: <http://meiahora.ig.com.br/capas/>. 
A maioria dos assuntos abordados mexe, de forma imediata, com a vida da população. 
Exemplos 
• Atendimento do SUS e do INSS; 
• Segurança pública; 
• Mercado de trabalho; 
• Futebol; 
• Televisão. 
http://meiahora.ig.com.br/capas
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Jornalismo popular interessante 
As pessoas leem jornais não apenas para se informar mas também pelo senso de pertencimento, pela 
necessidade de se sentir partícipe da história cotidiana e poder conversar sobre os mesmos assuntos 
acerca dos quais “todo mundo discute”. 
O ato de ler um jornal e de assistir a um programa também está associado a um ritual que reafirma, 
cotidianamente, a relação das pessoas com o mundo (AMARAL, 2011, p. 59). 
“O jornalismo, para popularizar-se, não poderá ignorar o cotidiano do leitor, e tem de fazer uma ponte 
entre sua posição de leitor do mundo e o mundo do leitor... Cabe ao jornalismo popular ser 
interessante ao público, e não só responder ao que imagina que seja o desejo do público.” (AMARAL, 
2011, p. 130-131) 
Para além do jargão de sensacionalista, o jornalismo popular precisa entender essas questões 
levantadas por Amaral (2011). Identificar seu lugar de fala e a (nova) forma de se falar com quem 
consome esse tipo de jornalismo é fundamental. 
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Assistencialismo e marketing 
Os jornais mais populares são vendidos, sobretudo, em bancas, já que o poder aquisitivo dos leitores é 
menor, e há dificuldades de distribuição em locais mais distantes. 
A circulação é, portanto, mais suscetível a promoções. Basta observar como certos jornais criam cupons 
e selos para coleção e troca por produtos diversos. 
Esses jornais optam por agregar valor às notícias e reportagens, adotando estratégias de marketing 
agressivas e a primazia de entretenimento na sociedade do espetáculo. 
Alguns exemplos de jornais e programas populares caracterizam-se, também, pelo assistencialismo, 
pela ideia de que o leitor popular não se interessa pelos temas políticos e econômicos, e por uma 
relação quase que demagógica com o leitor. 
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Notícia no jornalismo popular 
No segmento popular, alguns valores-notícia predominam. O ponto de vista das temáticas abordadas 
pelos jornais populares é outro, porque o lugar econômico, social e cultural do leitor é diferente do 
lugar do leitor dos jornais de referência para classes A e B. 
Na imprensa popular, um fato terá mais possibilidade de virar notícia se: 
• Possuir capacidade de entretenimento; 
• Estiver próximo, geográfica ou culturalmente, do leitor; 
• Puder ser simplificado ou narrado de forma dramática; 
• Tiver a identificação dos personagens com os leitores (personalização); 
• For útil. 
Entretenimento, proximidade e utilidade são critérios que ampliam a visão de que o popular é só o 
sensacionalista, apontando para um melhor entendimento das diferenças entre interesse público e 
interesse DO público. 
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Atividade proposta 
Produza um texto para um jornal popular. 
Opções de pauta 
• Feira de produtos; 
• Hortifrutigranjeiros ou situação do posto de saúde do bairro em que vive. 
Características do texto 
• Mínimo de 2,5 mil caracteres (com espaço); 
• Mínimo de três fontes. 
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Saiba mais 
Textos sobre jornalismo e violência 
• Para além da tragédia; 
• Jornalismo popular: não 
necessariamente sensacionalista. 
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/il2108201104.htm
http://www.itpac.br/arquivos/Revista/52/1.pdf
http://www.itpac.br/arquivos/Revista/52/1.pdf
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Referências 
AMARAL, M. F. Jornalismo popular. São 
Paulo: Contexto, 2011. 
 
ERBOLATO, M. Jornalismo especializado. 
São Paulo: Atlas, 1981. 
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
Conceito de cultura para o jornalista; 
 
Evolução e especificidades do 
jornalismo cultural. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.