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Semiologia Nervoso

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1 
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
 SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA 
 EQUILÍBRIO 
- A manutenção do equilíbrio do corpo depende da integração do sistema motor, da 
propriocepção (a partir dos músculos, informa a posição dos segmentos corpóreos e dos 
movimentos do corpo ao SNC), do sistema vestibular (receptores informam ao SNC a posição e 
os movimentos da cabeça), da visão (percepção das relações espaciais) e do cerebelo 
(coordenação do equilíbrio e do tônus muscular). 
 EQUILÍBRIO ESTÁTICO 
- Avaliado pela manobra de Romberg 
 SEMIOTÉCNICA: 
 Pede – se para que o paciente olhe reto para frente e fique parado com os pés juntos e 
paralelos, com os braços posicionados na lateral do corpo ou cruzados sobre o tórax. 
Avaliar nessa posição com o paciente de olhos abertos por 30 – 60 segundos. Em 
seguida, pedir para o paciente fechar os olhos e avaliar por mais 30 – 60 segundos. 
 Sensibilização da manobra (para avaliar graus menos pronunciados do distúrbio): 
o Manobra de Tandem: pedir para paciente que coloque um pé na frente do outro, 
tocando o calcanhar no antepé. 
 O examinador deve posicionar – se perto para proteger o paciente caso ele caia. 
 Se paciente cair, repetir exame mais 3x com pacientes de olhos fechados para 
observar para qual lado ele cai. 
 RESULTADOS 
 1) Negativo: Sem distúrbio: paciente se mantém em posicao ereta. Cerebelopatia: 
dificuldade para manter – se em pé (astasia). Sofre oscilações ao nível da bacia de tal 
modo que alarga a base para manter – se em pé. 
 2) Pseudoromberg ou Romberg Estereotipado: lesão vestibular. Paciente oscila para 
o mesmo lado ao aparelho vestibular acometido. 
 3) Positivo: lesão proprioceptiva. Paciente oscila em qualquer direção. 
 
Observação: a manobra pode ser tanto de braços estendidos como com os braços ao lado do 
corpo, dependendo da literatura. 
 
2 
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
 EQUILÍBRIO DINÂMICO 
Avaliado por meio da própria marcha. 
 RESULTADOS: 
o Marcha normal: eubásica 
o Marcha alterada: disbásica 
 COMO AVALIAR: Pedir para paciente tirar os sapatos e andar de 3 – 5 metros olhos 
abertos e depois de olhos fechados. Pede-se também para o paciente andar de frente 
e voltar de costas, andar de lado, andar sobre a ponta dos pés. 
 A manobra pode ser sensibilizada ao utilizar a manobra de Tandem (andar com os pés 
um atrás do outro encostando o calcanhar no antepé). 
OBS: Não esquecer de proteger o paciente (ficar de ao lado e acompanhar durante toda a 
caminhada) durante a manobra caso ele oscile ou caia. 
 DISBASIAS (MARCHAS TÍPICAS) 
 A) Marcha em Bloco ou Marcha Parkinsoniana: marcha típica de indivíduos acometidos pela 
doença de Parkinson. Caracterizada por atitude de flexão generalizada, com a flexão do 
tronco, dos braços e joelhos. Paciente fica parado desse modo com olhar fixo e expressão 
facial única. O início dos movimentos é difícil e lento, mas vão se tornando mais rápidos 
(fenômeno chamado de “festinação”). O caminhar é caracterizado por pequenos passos. 
B) Marcha Ebriosa ou Atáxica Cerebelar: observada em pacientes acometidos por lesão 
cerebelar. Paciente alarga a base e, para conseguir andar, projeta suas pernas para frente e 
para os lados, com passos largos e desequilibrados. O paciente demonstra desequilíbrio nos 
membros e no tronco, onde parece estar “chacoalhando” o tempo inteiro, como se estivesse 
tentando se equilibrar com muita dificuldade. É chamada de ebriosa, pois lembra a marcha 
presente após a ingestão exagerada de bebida álcoolica. 
C) Marcha Talonante/Tabética ou Atáxica Sensitiva: ocorre por distúrbio que acomete as 
fibras sensitivas proprioceptivas incapacitando o paciente de perceber sua localização espacial 
pelo acometimento da percepção do posicionamento dos seus membros (perda do senso 
cinestésico muscular). Paciente levanta a perna mais alto que o comum e pisa com extrema 
forca no chão na tentativa de sentir os pés na pisada, produzindo barulho ao pisar. Ex: 
pacientes com neuropatia diabética, pacientes com tabes dorsalis (neurosífilis) 
D) Marcha em Estrela ou Vestibular: Pacientes com lesão vestibular. Ocorre lateropulsão 
quando anda, como se fosse empurrado para o lado ao tentar se locomover em linha reta. Ao 
ir de frente e voltar de costas com os olhos fechados, ele descreve uma figura semelhante a 
uma estrela. 
E) Marcha a Pequenos Passos: ataxia frontal. Passos muito curtos e, ao caminhar, arrasta os 
pés. 
F) Marcha Parética ou Escarvante: pacientes acometidos por lesão do nervo fibular ou ciático, 
das raízes L5 – S1. Não conseguem realizar a dorsoflexao do pé acometido, por isso é chamada 
também de marcha do pé caído. Por isso, o paciente, para conseguir deambular, arrasta a 
ponta do pé acometido no chão e eleva o joelho de maneira muito acentuada. 
G) Marcha Ceifante ou Hemiplégica: observada em pacientes acometidos por AVE que 
provoca hemiplegia no paciente. Caracterizada pela incapacidade de realizar a flexão da coxa, 
a extensao da perna e dorsoflexao do pé (movimentos da marcha eubásica). O paciente 
movimenta o membro inferior acometido para fora e para frente e com os pés em inversão, 
descrevendo um semicírculo e este membro permanece estendido durante todo o movimento. 
 
3 
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
Além disso, o braço acometido fica flexionado sobre o tórax (como um braço engessado) de 
maneira rígida. 
 COORDENAÇÃO 
- Ataxia: perda da coordenação 
 A) COORDENAÇÃO AXIAL 
 MANOBRA DE FUKUDA 
 Pedir para paciente marchar sem sair do lugar, com os bracos estendidos. Fazer 
primeiro de olhos abertos e depois de olhos fechados. 
 Se paciente rotacionar mais que 30º em torno do seu próprio eixo ou apresentar 
deslocamento lateral maior que 1m = FUKUDA POSITIVO 
 
Observação: esteja ao lado do paciente sempre!! 
 B) COORDENAÇÃO APENDICULAR 
 - MEMBROS SUPERIORES: 
 MANOBRA ÍNDEX – NARIZ 
 Pedir para o paciente que estenda os braços para os lados e leve a ponta do dedo 
indicador até o nariz. Fazer um braço de cada vez e depois os dois juntos 
primeiramente de olhos abertos e depois de olhos fechados. Quando o paciente erra o 
alvo (não alcança o nariz), chama – se esse distúrbio de dismetria, podendo ser 
subclassificado em hipermetria quando ultrapassa o nariz ou hipometria quando não 
chega ao nariz. Pode apresentar também lentificação e decomposição do movimento 
(paciente o faz lentamente e aos poucos). Indicativo de cerebelopatia. 
 
 
 
 
 MANOBRA ÍNDEX – NARIZ – ÍNDEX 
 Examinador deve colocar o dedo na frente do paciente e solicitar ao paciente que 
toque seu dedo indicador na ponta do dedo do examinador e, em seguida, no seu 
 
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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
nariz e depois voltar ao dedo do examinador. A posição do dedo do examinador pode 
ser mudada somente quando paciente estiver de olhos abertos. Fazer manobra 
bilateralmente. 
 
 DIADOCOSINESIA 
 Pedir ao paciente para apoiar as mãos em uma superfície, podendo ser suas próprias 
coxas ou em uma mesa, pede – se que ele realize movimentos alternados rápidos 
como pronação e supinação das mãos ou a oponência dos dedos com o polegar. Se 
paciente conseguir realizar a alternância dos movimentos, chama – se 
eudiadocosinesia. Já a incapacidade da realização dos movimentos alternados, chama 
– se disdiadocosinesia. Indicativo de cerebelopatia. 
 
 PROVA DO RECHAÇO (MANOBRA DE STEWART – HOLMES) 
 Paciente sentado. Pede – se para que realize a flexão do antebraço e vire a cabeça 
para o lado oposto. Pedir para paciente fazer força e o examinador deve imprimir 
contrarresistência, não esquecendo de colocaranteparo entre o antebraço e o rosto 
do paciente para o proteger. Em seguida, o avaliador deve soltar o antebraço do 
paciente bruscamente. Se paciente não estiver acometido por lesão cerebelar, deve 
ser capaz de frear o movimento. Em casos de cerebelopatia, paciente não conseguirá 
frear o movimento e antebraço irá de encontro a mão do examinador. Não esquecer 
de realizar a manobra bilateralmente. 
 
5 
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
 
 PROVA DA DESCIDA E PARADA DOS BRAÇOS 
 Examinador e paciente com os braços fletidos formando um ângulo de 90 graus com o 
tronco, e com o dedo indicador de ambos tocando um no do outro. Solicita – se ao 
paciente que eleve e abaixe o antebraço. Se, na descida do antebraço, o paciente 
apresentar: 
 Desvio para o mesmo lado: lesão vestibular 
 Desvio de apenas um membro para um lado: lesão cerebelar 
 Desvio de ambos os membros para lados opostos: lesão dos dois hemisférios 
cerebelares 
 PROVA DE BARANY 
 Examinador estende os braços e os dedos indicadores ao mesmo nível do paciente e 
pede para que o paciente faça o mesmo e toque na ponta dos seus dedos. Depois, 
pede – se para que o paciente abaixe os braços e toque novamente os dedos do 
examinador. Primeiro de olhos abertos e depois de olhos fechados. 
 Desvio de ambos os braços para apenas um lado: lesão vestibular 
 Desvio de apenas 1 braço para um lado: lesão cerebelar no lado que houve desvio 
 Desvio de ambos os braços para lados opostos: lesão de ambos os hemisférios 
cerebelares ou lesão do vermis cerebelar. 
 
 
 
 - MEMBROS INFERIORES 
 PROVA CALCANHAR - JOELHO 
 Posicionar paciente em decúbito dorsal com as pernas estendidas. Pedir para que 
paciente toque o joelho contralateral com a ponta do calcanhar, primeiro de olhos 
abertos e depois de olhos fechados. Pacientes acometidos por ataxias tem dificuldade 
em realizar o movimento. Realizar bilateralmente. Sensibilização: Pedir para paciente 
tocar o joelho contralateral com o calcanhar e deslizar pela crista da tíbia. 
 
 
6 
SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
 MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA: 
 TROFISMO 
O trofismo muscular é a característica muscular que diz respeito ao estado trófico do músculo. Em outras 
palavras, consiste em avaliar o volume e o desenvolvimento do músculo do paciente. 
Podendo encontrar-se de três maneiras: 
 
 MUITO DESENVOLVIDO (OU HIPERTRÓFICO) 
 Estado fisiológico causado por uma hipertrofia induzida (prática de exercícios físicos) 
ou estado patológico envolvida em casos mais raros. 
 
 
 POUCO DESENVOLVIDA (OU HIPOTRÓFICA): 
 Podendo, da mesma forma que a hipertrófica, ser patológica, observado em diversos 
quadros, como: na ELA (Esclerose lateral amiotrófica), uma doença autoimune que 
paralisa a musculatura, nos casos de neuropatia, síndrome de Guillain-Barré e outras 
comorbidades. Ou pode ser simplesmente por falta da utilização de algum grupo 
muscular, como exemplo, quando fraturamos algum membro, pelo tempo de desuso a 
musculatura esquelética acaba sofrendo um processo hipotrófico. 
 
 
 NORMAL/SEM ALTERAÇÃO (OU EUTRÓFICO) 
 Paciente não se encontra em estado hipotrófico, nem hipertrófico. 
 COMO AVALIAR: avalia-se o trofismo por meio de: 
 
o Inspeção 
o palpação da musculatura do paciente 
 
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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
*Observação: Deve ser avaliado todos os segmentos corporais e comparando-os bilateralmente. 
É importante destacar que usualmente utilizam-se medidas para realizar a avaliação do trofismo, sendo 
uma técnica pouco usada. 
 
 TÔNUS 
Consiste na tensão muscular que o musculo se encontra submetido. 
3 TIPOS DE TÔNUS: 
1) De repouso: Que se caracteriza pelo estado de tensão do músculo inerente as suas características físicas, 
como a sua elasticidade, responsividade, condições nutricionais e anatômicas (eutróficas ou atróficas), 
que determinam a consistência e formato muscular. 
2) Postural: é ele que mantem a atitude correta em resposta as mudanças de decúbito dos seres humanos. 
3) De ação: É o tônus muscular no momento da execução de um movimento. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Normal – Normotonia; paciente normotônico ou normotenso. 
 Aumentado – Hipertônico; paciente com hipertonia ou hipertônico. 
 
 Diminuído – Hipotônico; paciente com hipotonia ou hipotônico. 
 
 
 COMO AVALIAR: 
o Inspeção 
o Mobilização passiva 
o Palpação dos músculos do paciente 
a) Na inspeção dos músculos do paciente, pede-se que ele tire a camisa e o examinador consegue avaliar o 
tônus global, observando-se retrações, lesões, abaulamentos... 
 
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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
b) A mobilização passiva consiste em mobilizar todos os músculos do paciente, em que o examinador 
repousa sua mão sobre as articulações do examinado e realiza a movimentação dos músculos. 
Observação: não esquecer de isolar os segmentos que estão sendo avaliados! Então, se você quer avaliar a 
movimentação da falange distal do pododáctilo, isolar o movimento das outras falanges e da mão segurando-
os firmemente. 
 MANOBRAS QUE PODEM SER RELIALIZADAS NA MOVIMENTAÇÃO 
PASSIVA: 
 Pulso ombro: pede que o paciente encoste o punho no ombro ipsilateral. 
 Calcanhar-nadega: novamente pede-se ao paciente que encoste o calcanhar na 
nádega ipsilateral. 
Onde faz-se a movimentação passiva de flexão do braço e flexão da perna, realizando sempre bilateralmente. 
Sendo denominadas de manobras de Babinski. 
 
 RESULTADOS ESPERADOS: 
1) HIPOTÔNICO - Caso o paciente consiga encostar um no outro. 
 As patologias frequentes que geram a hipotonia são: 
o Choque do SNC 
o Coma profundo 
o Neuropatias 
o Encefalite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) HIPERTÔNICO - há exagerada resistência a esses movimentos impostos. 
A hipertonia é encontrada principalmente a lesão nas vias motoras piramidais e extrapiramidais. 
Caso a lesão seja piramidal (hipertonia espástica ou elástica): Paciente apresenta o sinal do canivete, 
quando o paciente, ao tentar realizar as manobras de babinski ou os balanços passivos, imprime uma 
resistência inicial ao movimento, porem tende a ceder ao longo do exame, formando um ângulo 
semelhante a um canivete se abrindo. 
Caso a lesão seja extrapiramidal (hipertonia rígida ou plástica): É associada principalmente ao sinal da 
roda denteada. Presente em paciente acometidos por infecções dos núcleos da base ou presente muito 
comumente na doença de Parkinson. Paciente imprime uma resistência ao movimento semelhante a 
movimentação de uma engrenagem (Interrupções sucessivas do movimento) 
 
E a última forma de avaliar-se o tônus é pela palpação dos músculos, em que o examinador palpa todos 
os músculos avaliando a consistência muscular. 
 
Punho-Ombro Calcanhar-nádega 
 
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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
 FORÇA 
 CLASSIFICAÇÃO: os graus de força. 
 
Grau 0  Paciente apresenta força abolida, sem movimento 
Grau 1 Não apresenta movimentos, porem podem se perceber contrações visíveis ou a 
palpação 
Grau 2 Apresenta movimento, porém não vence a força da gravidade 
Grau 3 Consegue vencer a gravidade, porém não resiste a nenhuma contra resistência 
imposta 
Grau 4 Tem movimento, vence a gravidade e resistências leves (proximais) 
Grau 5 Força plena, vence a gravidade e resistências proximais e distais 
 
 COMO AVALIAR: 
o Movimentação ativa com contra resistência 
o Manobras deficitárias 
 
1) Pede-se para o paciente realizar a movimentação ativa de todos os segmentos do corpo e o examinadorimpõe uma contra resistência. Exemplo: pedir para o paciente realizar uma flexão de antebraço enquanto 
o examinador imprime resistência no movimento r assim segue-se para todas as outras partes do corpo. 
Sendo essas manobras denominada de manobras de oposição. 
 
2) Pelas manobras deficitárias, sendo realizadas de 30 segundos a 1 minuto (o ideal é que sejam feitas por 1 
minuto, mas em decorrência do tempo de prova ser curto, pode ser realizada em 30 segundos.) com os 
pacientes de olhos abertos e olhos fechados (os olhos fechados dificultam a prova, servindo como uma 
forma de sensibilizar as manobras para avaliação mais criteriosa acerca da força do paciente.) (ou seja, 
faz-se 30 segundos com ele de olhos abertos e depois 30 segundos de olhos fechados). Sendo dividida em 
MMSS (membros superiores) e MMII (membros inferiores). SEMPRE AVALIAR BILATERALMENTE. 
 
 
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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
 PARA MMSS: 
 Manobra dos braços estendidos (paciente posiciona os braços em supinação) 
/Mingazzini para membros superiores (paciente posiciona os membros em pronação); 
 Raimiste, principalmente para paciente acamados; 
 Manobra do rolamento dos braços. 
 
 PROVA DOS BRAÇOS ESTENDIDOS 
 Paciente pode estar sentado na maca ou em pé, pede-se para ele elevar os dois 
membros em 90°, com os braços em SUPINAÇÃO. 
 ATENÇÃO – PARA AJUDAR A APRENDER! 
SUPINAÇÃO – SUPLICA (mãos para cima, suplicando por algo) 
 
“Deus, por favor, me ajuda nessa prova!” 
 Realiza-se por cerca de 30 segundos a 1 minuto, de olhos abertos e depois de olhos 
fechados. SEMPRE AVALIAR BILATERALMENTE. 
 Caso o paciente apresente algum déficit de força (principalmente relacionada as lesões 
de trato piramidal) pode aparecer o sinal do desvio pronador ou sinal de Barré, em 
que o membro com o déficit troca de posição da supinação para a pronação depois ele 
despenca, evidenciando um déficit de força. 
 
 MINGAZZINI PARA MEMBROS SUPERIORES 
 Segue-se a mesma semiotécnica realizada na manobra dos braços estendidos, porém o 
paciente agora coloca os braços em PRONAÇÃO (palma da mão para baixo). Pode se 
observar a presença do sinal de Wartenberg ou do quinto quirodáctilo, que consiste 
no afastamento do último dedo para fora do corpo, se afastando dos demais dedos e 
demonstrando um déficit de força. 
 
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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
 
 MANOBRA DE RAIMISTE 
 Paciente em decúbito dorsal, pede-se que ele faça um ângulo de 90° com os braços em 
relação ao tronco. Também realizada de olhos abertos e fechados, sendo preferencial 
para pacientes acamados, que não conseguem realizar a manobra de mingazzini para 
MMSS. Caso haja algum déficit, pode apresentar o sinal de Wartenberg ou o braço 
com déficit cai sobre o tronco do paciente. 
 
 MANOBRA DO ROLAMENTO DOS BRAÇOS 
 Pedir para o paciente realizar o rolamento sobre os dois braços. Buscando-se o 
paciente consegue fazer ritmicamente e na mesma velocidade com os dois braços. 
Caso apresente dificuldade de realizar o movimento com algum dos membros, se 
configura um déficit de força. 
 
 
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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
 PARA MMII: 
 Manobra de Mingazzini: Paciente em decúbito DORSAL; 
 Manobra de Barré: Paciente em decúbito VENTRAL; 
 Queda dos membros em abdução. 
 
 MANOBRA DE MINGAZZINI PARA MMII 
 Paciente em decúbito dorsal, faz a flexão das pernas sobre as coxas e das coxas sobre a 
pelve. Formando tudo um ângulo de 90 graus. Pede-se para que o paciente segure 
nessa posição por 30 segundos. Se houver déficit, ele não vai conseguir se manter 
nessa posição, podendo haver oscilações ou queda de um ou ambos os membros. 
 
 MANOBRA DE BARRÉ 
 Paciente em decúbito ventral (barriga para baixo), faz a flexão das pernas. Formando 
um ângulo de 90 graus. Pede-se para que o paciente segure nessa posição por 30 
segundos. Se houver déficit, ele não vai conseguir se manter nessa posição, podendo 
haver oscilações ou queda de um ou ambos os membros. Obs: pode se posicionar a 
perna do paciente um pouco antes do ângulo de 90 graus, com intuito de dificultar a 
prova e avaliar déficits mais sutis. 
 
 
 MANOBRA DE QUEDA DO MEMBRO EM ABDUÇÃO 
 Posiciona-se o paciente em decúbito dorsal, sustentando-se suas pernas fletidas sobre 
a coxa, mantendo os joelhos unidos e os pés na maca. Após soltar os joelhos, caso o 
paciente apresente déficit, os membros caem em movimento de abdução (abertura, 
para fora do corpo), podendo ser as duas pernas, caindo então, para lados opostos, ou 
só um membro lesionado realizando esse movimento, podendo ser tanto imediata 
 
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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
quando de forma progressiva, indo de acordo com o grau de fraqueza do paciente. 
 
 CONCEITOS IMPORTANTES: 
 Plegia: Ausência total de força (Grau 0); 
 Paresia: Déficit parcial de força (Grau 1 a 4); 
 Tetraplegia: Ausência de força dos 4 membros; 
 Paraplegia: Ausência de força a partir de um nível medular; 
 Hemiparesia ou hemiplegia: Ausência ou déficit de força de um lado do corpo 
 
 
 
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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
 MOTRICIDADE REFLEXA: 
Se manifestam de acordo com estimulos especificos. Podendo ser superficial ou profunda. 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 REFLEXOS PROFUNDOS (OU PROPRIOCEPTIVOS): 
É necessario elucidar que para realização dos reflexos a musculatura do paciente deve estar descoberta e 
relaxada, sendo sempre feita de forma COMPARATIVA, ou seja, é de suma importancia avaliar 
bilateralmente os reflexos do paciente. Dessa forma, é mais importante avaliar se o reflexo do paciente é 
equiavalente do que se ele apresenta um aumento ou diminuição do reflexo em si. São reflexos 
monossinapticos. 
 REFLEXO DO BÍCEPS OU BICEPTAL: 
 Exame é realizado com o antebraço apoiado, relaxado e fletido, com a mão em 
supinação, espera-se a flexão do antebraço do paciente. Para facilitar o exame, pede 
que o paciente faça força com o braço e procura-se o tendão do musculo (Parecido 
com umas cordinhas) 
Obs: ATENÇÃO!! É o único que é percutido em cima do dedo do examinador!! 
- Raiz nervosa: C5-C6 
- Nervo: Musculocutâneo 
- Local de percussão: Tendão distal do bíceps braquial 
 
 
0+/++++ Arreflexia 
+/++++ Hiporreflexia 
++/++++ Reflexo 
preservado/normal 
+++/++++ Reflexo vivo/exacerbado 
++++/++++ Hiperreflexia 
 
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JULIANO BARROS, LUÍSA RANIERI, RAFAELA PINHO E VINÍCIUS SOUZA 
 REFLEXO TRICEPTAL 
 Braço em abdução e relaxado, pode ser sustentado pelo braço do examinador ou 
realizado com o paciente sentando sustentando o próprio braço sobre a coxa. Espera-
se a extensão do antebraço. 
- Raiz nervosa: C7-C8 
- Nervo: Radial 
- Local de percussão: Tendão distal do tríceps braquial 
 
 REFLEXO ESTILORRADIAL OU BRAQUIORADIAL: 
 Antebraço fletido, apoiado, com a mão em supinação leve (de lado). A percussão é 
feita na área próxima ao processo estilóide do rádio. Lembrar que o rádio é o osso do 
lado do polegar. Espera-se a flexão e pronação da mão do paciente. 
- Raiz nervosa: C5-C6 
- Nervo: Radial 
- Local de percussão: próximo ao processo estiloide do radio 
 
 REFLEXO PATELAR 
 Paciente sentado, com as pernas relaxadas e totalmente bambas (não podem estar 
apoiadas). Espera-se a extensão da perna. 
- Raiz nervosa: L2-L4 
- Nervo: Femural 
- Local de percussão: Tendão patelar 
 
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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA – MONITORIA 2019.2 
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Obs: outra formade ser realizada é apoiada no braço do examinador, quando o paciente não conseguir 
se sentar. Sendo realizado um apoio com o braço do examinador embaixo do joelho do paciente. 
 
 Caso o paciente encontre-se muito tenso e nervoso para a realização do exame, 
podemos realizar uma manobra de distração. A manobra de Jendrassik, pede-se então 
que o paciente encaixe as mãos uma na outra e faça força, olhando para o lado. 
Também podemos pedir para o paciente contar de 0 a 30. 
 
 REFLEXO AQUILEU: 
 Paciente com um joelho apoiado na cadeira e a outra perna está lateral, apoiando o 
paciente no chão. Espera-se a flexão do pé do paciente. Lembrar sempre que os pés do 
paciente devem estar desnudos, sem sapatos e meias (NÃO ESQUEÇAM DISSO NA 
HORA DA PROVAAA!). 
- Raiz nervosa: S1 
- Nervo: Ciático 
- Local de percussão: Tendão de Aquiles 
 
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 REFLEXOS SUPERFICIAIS (OU EXTEROCEPTIVOS): 
São reflexos polissinápticos, que apresentam período de latência maior e sofrem fadiga mais rapidamente 
que os profundos. Consistem em aplicar um estimulo na superfície da pele ou da mucosa, geralmente 
com um objeto de ponta romba. 
 REFLEXO CUTÂNEO-ABDOMINAL: 
Paciente em decúbito dorsal. O exame é realizado com a região abdominal despida. O examinador com 
um objeto de ponta romba, estimula a superfície abdominal, em três sentidos, de forma simétrica: 
 Do rebordo costal até a cicatriz umbilical; 
 Do ponto médio entre o rebordo costal e a crista ilíaca a cicatriz umbilical; 
 Da crista ilíaca antero-superior a cicatriz umbilical. 
- A resposta esperada consiste na contração dos músculos abdominais do lado examinado com o 
deslocamento ipsilateral da cicatriz umbilical 
- Raiz nervosa: T6-T12 
 
 
 
 
 REFLEXO CUTÂNEO-PLANTAR: 
 Paciente em decúbito dorsal. Examinador estimula a região dorsal do pé, pela borda 
lateral. Realizando um movimento lateral-medial. Correndo pela borda lateral do pé 
até a cabeça do primeiro metatarso. 
Caso ocorra a extensão do hálux em crianças menores de 2 anos, tal resposta é dita fisiológica, haja 
vista as fibras do sistema piramidal ainda não sofreram mielinização completa. A extensão do hálux, 
fora essa exceção é dita patológica, caracterizando O SINAL DE BABINSKI, sugerindo uma lesão na 
via piramidal ou corticoespinhal. 
- Resposta esperada: Flexão do Hálux; 
- Raiz nervosa: L5-S2. 
 
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 SENSIBILIDADE 
O sistema sensitivo é a interface do indivíduo com o meio ambiente. A percepção de todas as sensações 
depende dos impulsos oriundos do estímulo adequado nos receptores ou terminações finais. Estes 
impulsos são transmitidos inicialmente pelos nervos aferentes sensitivos, que, depois de transitarem por 
tratos de fibras aos centros superiores, tornam–se conscientes ou fazem parte de uma ação reflexa. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE SHERRINGTON: divisão das sensações de acordo com a localização das terminações e 
tipos de estímulos que medeiam: 
 SENSIBILIDADE EXTEROCEPTIVA (SUPERFICIAL) 
- Diz ao organismo o que está ocorrendo no meio ambiente; origem do estímulo é da pele ou 
mucosas. Consideram–se três os tipos principais: dolorosa, térmica (frio ou quente) e tátil (toque 
leve). 
Observação: antes de começar a avaliação, é importante, sempre, explicar para o paciente o 
procedimento e depois pedir para ele fechar os olhos e em seguida realizar a avaliação de forma 
comparativa. 
 
 SENSIBILIDADE TÁTIL (PROTOPÁTICA) E DOLOROSA 
 COMO AVALIAR o tato: por meio de toque leve, utilizando–se um pincel de pelos 
finos, um chumaço de algodão, uma tira de papel. 
 Observação O tato pode ser examinado simultaneamente à dor, alternando–se 
irregularmente estímulos e ritmo empregados. 
 COMO AVALIAR a dor: se faz com ponta de um palito de madeira/ palito quebrado, 
que deve ser descartável. 
O estímulo deve ter sempre a mesma intensidade e o paciente deve reconhecer não somente a qualidade 
do estímulo, aferido em diferentes intensidades, mas também sua localização. O estímulo tátil deve ser 
leve a ponto de não provocar pressão no tecido subcutâneo. 
 Na hora da prova: “O SR ESTÁ SENTINDO? ONDE? É IGUAL DOS DOIS LADOS?” 
Observação: Podemos também examinar a capacidade do paciente de diferenciar o toque em dois 
pontos, sabendo localiza-los, por meio de dois toques com o palito de madeira em locais diferentes 
(sensibilidade tátil epicrítica). 
 
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Imagens acima: avaliação de sensibilidade tátil (com algodão) e dolorosa (com alfinete). 
 SENSIBILIDADE TÉRMICA. 
 COMO AVALIAR: uso de tudo de ensaio contendo água fria (5°–10°C) e água aquecida 
(40°–45°C), ou placas de metal previamente aquecidas ou resfriadas. Ao paciente é 
perguntado se sente “frio” ou “quente”. O indivíduo normal tem condições de 
perceber variações de apenas 2° a 5°C em média. É importante destacar que difere 
muito a sensibilidade ao calor e a sensibilidade ao frio nas diversas regiões cutâneas, 
de modo que o tronco, e as regiões proximais das extremidades são geralmente mais 
sensíveis ao frio. Além disso, devemos realizar o estudo comparativo de regiões 
simétricas do corpo. 
 NA PROVA: “O SR ESTÁ SENTINDO? FRIO OU QUENTE? É IGUAL DOS DOIS LADOS” 
Observação: temperaturas mais altas ou mais baixas podem estimular a sensibilidade dolorosa e não 
térmica. 
RESULTADOS: 
 Termoanestesia = não sente temperatura nenhuma; 
 Termo–hipostesia 
 Termo–hiperestesia 
Deve-se destacar se a alteração é para frio ou quente!! 
 Isotermognosia = percebe como “quente” qualquer que seja o estímulo térmico 
 
Imagem com 2 tubos de ensaios avaliando sensibilidade térmica. 
 
 
 
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 SENSIBILIDADE PROFUNDA 
 SENSIBILIDADE PROPRIOCEPTIVA 
 Batiestesia é a capacidade de reconhecermos, de olhos fechados, a posição de um 
segmento do corpo em relação ao espaço. Palestesia é a percepção do estímulo 
vibratório, assim como barestesia é a impressão que envolve a pressão. 
Noção de posição segmentar (batiestesia) 
Sensação de posição também pode ser avaliada solicitando–se ao paciente que coloque um segmento 
numa determinada posição e, de olhos fechados, imite a posição adotada com o segmento homólogo, ou, 
estando também com os olhos fechados, tente pegar o polegar da outra mão. 
MANOBRAS QUE PODEM SER FEITAS: 
Prova dedo–calcanhar: estando o paciente em decúbito dorsal, solicita–se que com o dedo indicador da 
mão direita toque o calcanhar esquerdo utilizando a estratégia que julgar mais conveniente. Depois, que 
repita o movimento com os segmentos opostos. 
 
 SENSIBILIDADE VIBRATÓRIA (PALESTESIA) 
 COMO AVALIAR 
o Colocamos um diapasão oscilando a 128 Hz sobre proeminências ósseas. O 
paciente deve ter a capacidade de percepção de quando o instrumento para 
de vibrar ou quando há diferença da sensação vibratória do segmento 
contralateral. 
 Perda do senso de vibração denomina–se palanestesia. 
 
 SENSIBILIDADE À PRESSÃO (BARESTESIA) 
 O exame é realizado mediante a firme pressão exercida pelos dedos do examinador 
em porções do corpo do examinado. 
 
OBS: Os exames de sensibilidade devem respeitar a disposição dos dermátomos! 
 
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 SENSIBILIDADE COMBINADA 
 ESTEREOGNOSIA 
 É definido como a capacidade do paciente em identificar, por meio do tato, a forma e 
a natureza de um objeto. Pra isso, é necessário o paciente realizar a avaliação de olhos 
fechados, posteriormente, um objetode fácil identificação tátil (como uma chave, 
caneta e outros). 
OBSERVAÇÃO: IMPORTANTE REALIZAR NAS DUAS MÃOS. 
 GRAFESTESIA 
 É a habilidade tátil em reconhecer números ou estruturas desenhadas na palma da 
mão, com objetos rombos. Deve ser realizado de olhos fechados e as estruturas 
desenhadas devem ser de fácil compreensão, como números, quadrado ou círculo. 
 
 
 
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 SINAIS MENINGORADICULARES 
1) RIGIDEZ DE NUCA 
 Paciente em decúbito dorsal, posicionando a mão na região occipital do paciente, o 
avaliador realiza a flexão passiva da cabeça. Caso ocorra uma flexão fácil, sem 
referência de dor não há rigidez de nuca. 
 RESULTADO: 
 RIGIDEZ DE NUNCA +: QUANDO DOR. 
 
 
 
 
 
 
 
 PROVA DE BRUDZINSKI: ANÁLISE DA RIGIDEZ DA NUCA. 
 Paciente em decúbito dorsal. Examinador coloca uma mão na região occiptal e outra 
no tórax do paciente. Faz a flexão da cabeça do paciente e observa se há a flexão das 
pernas ou dor, que são sinais de irritação meníngea. Se houver flexão, há presença do 
sinal de Brudzinski. 
 
IMAGEM ACIMA: SINAL DE BRUDZINSKI JÁ QUE OBSERVA-SE FLEXÃO DE PERNAS NO MOMENTO DA 
PROVA DE BRUDZINSKI. 
 
 
 MANOBRA 
DE RIGIDEZ DE NUCA 
PROVA DE BRUDZINSKI 
FLEXÃO PASSIVA 
 DA CABEÇA 
MAIS LENTA BRUSCA 
SEMIOTÉCNICA 
(A GRANDE DIFERENÇA) 
SEM MÃO NO TÓRAX COM MÃO NO TÓRAX 
 
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 PROVA DE KERNIG 
 Paciente em decúbito dorsal,examinador fletea coxa do paciente a 90° sobre o tronco 
e flete a perna sobre a coxa, também a 90°. Depois, deve-se estender a perna do 
paciente. Se referir dor ou ridigez, há sinal de Kerning, que indica irritação meníngea 
ou lesão do nervo ciático. 
 
 SINAL DE ESTIRAMENTO RADILAR 
 PROVA DE LASÉGUE 
 Paciente em decúbito dorsal, examinador levanta uma das pernas estendidas à 30° (é 
necessário fazer bilateral). Para sensibilizar, pode ser realizado o Sinal de Bragard, 
onde o examinador faz a dorsoflexão do pé do paciente ao mesmo tempo que eleva 
suas pernas. Se o paciente referir dor, sobretudo na parte posterior, há sinal de 
laségue. 
 PODE INDICAR: IRRITAÇÃO MENÍNGEA OU ACOMETIMENTO DO NERVO CIÁTICO 
 OBSERVAÇÃO: DEPENDENDO DA LITERATURA, O SINAL DE BRUDZINSK E SINAL DE KERNING TAMBÉM 
SÃO CONSIDERADOS SINAIS DE ESTIRAMENTO RADICULAR 
 
 
 
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 NERVOS CRANIANOS 
 
 NERVO OLFATÓRIO – I 
 Avalia-se uma narina de cada vez, pedindo para o paciente identificar cheiros 
conhecidos, como: chocolate, café, canela, cravo 
 Paciente deve estar de olhos fechados durante o exame 
Obs: não se deve utilizar substâncias que irritam a mucosa nasal, como álcool 
 NERVO ÓPTICO - II 
 ACUIDADE VISUAL 
 Pede-se para o paciente ler algo na sala de exame (na parede, na porta, o nome no 
jaleco do examinador) 
 Avalia-se um olho de cada vez 
 Obs: paciente deve manter a lente de contato ou os óculos de grau, caso ele use 
 CAMPO VISUAL 
 Sentado, paciente fixa o olhar na face do examinador a sua frente 
 Examinador desloca seu dedo ou objeto (de preferência de cor vermelha) do meio 
para a margem do seu campo visual, e pergunta até onde o paciente consegue ver. 
Avalia-se os 4 quadrantes do campo visual (campo nasal superior e inferior; campo 
temporal superior e inferior) de cada olho SEPARADAMENTE 
 Pode-se perguntar se o dedo ou objeto está mexendo ou parado, ou perguntar 
quantos dedos estão levantados 
 Ambos (paciente e examinador) devem tapar o olho que não está sendo examinado 
 *Exame é comparativo. Compara-se o campo visual do examinador com o do paciente 
 
 
 
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FUNDOSCOPIA 
 Utiliza-se o oftalmoscópio para avalia o fundo do olho do paciente 
 NERVO OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE - III, IV E 
VI 
 
- Nervo Oculomotor: inerva músculos Reto Superior, Reto Inferior, Reto Medial e Obliquo Inferior; 
músculos intrínsecos pupilares (que realizam miose e midríase) e músculo elevador da pálpebra 
- Nervo Troclear: inerva músculo Obliquo Superior 
- Nervo Abducente: inerva músculo Reto Lateral 
 
 
 
 
 
 MOTILIDADE EXTRÍNSECA 
 Examinador move o seu dedo em 9 direções, e o paciente deve segui-lo com o olhar 
(cima, baixo, direita, esquerda, diagonal superior direita, diagonal superior esquerda, 
diagonal inferior direita, diagonal inferior esquerda e a convergência dos olhos) 
 Avalia-se os dois olhos JUNTOS 
 
 MOTILIDADE INTRÍNSECA 
 Examinador deve incidir luz em um olho do paciente, colocando a mão sobre nariz do 
paciente para que a luz não chegue ao outro olho 
 A aferência é feita pelo Nervo Óptico, e a eferência pelo Nervo Oculomotor. Deve 
ocorrer fechamento da pupila (miose) do lado ipsilateral (reflexo fotomotor direto), o 
 
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qual foi estimulada pela luz, e do lado contralateral (reflexo fotomotor consensual). 
Deve-se fazer a prova bilateralmente 
 Caso haja contração de apenas uma das duas pupilas, o Nervo Oculomotor (eferência) 
do lado que não ouve miose está acometido. Caso não haja miose em nenhum dos 
dois olhos, Nervo Óptico (aferência) está acometido 
 ABERTURA DA PÁLPEBRA 
 Paciente em que o nervo Oculomotor está comprometido, é possível observar que o 
movimento de abertura da pálpebra está deficiente, caracterizando a Ptose (pálpebra 
caída) 
 NERVO TRIGÊMEO - V 
 
 AFERÊNCIA 
 Avalia-se a sensibilidade superficial (tátil, térmica, dolorosa) dos 3 ramos do Nervo 
Trigêmeo (oftálmico [V1], maxilar [V2], mandibular [V3]) 
Obs: não se deve fazer essa avaliação no ângulo mais distal da mandíbula, o qual é inervado por nervos 
cervicais 
 
 
 
 EFERÊNCIA 
 Testa-se os músculos da mastigação (músculos Temporal, Pterigoide interno e externo 
e Masseter) 
 1). Deve-se palpar os músculos Temporais e Masseter para avaliar o tônus deles 
quando o paciente estiver forçando-os. 
2). Outra maneira é pedindo para o paciente morder 2 abaixadores de língua, um de 
cada lado da boca, e o examinador deve puxa-los, para avaliar se a força dos músculos 
da mastigação está preservada. 
3). A última maneira é fazendo contra resistência na mandíbula nos movimentos de 
abertura, fechamento e lateralização 
 
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 Reflexo mandibular: examinador deve colocar a ponta de um dedo no queixo do paciente. Paciente com a 
boca entreaberta, deve-se percutir com o martelo de reflexo sobre o dedo do examinador. Espera-se um 
leve fechamento da mandíbula do paciente 
 
 
 
 
 NERVO FACIAL – VII 
 Pede-se ao paciente para fazer mimicas faciais. Exemplo: enrugar a testa, franzir os 
supercílios, fechar as pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, assobiar, inflar a boca 
e contrair o platisma ou músculo cutilar do pescoço. 
Obs: principal movimento é o de ENRUGAR A TESTA, assim avalia-se se a paralisia facial é central ou 
periférica 
 
 
 
 SINAIS DE PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: 
 Sinal de Bell: paciente não fecha os olhos completamente do lado da lesão, sempre 
aparecendo uma parte da esclera 
 
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 Sinal de Negro: paciente, ao olhar para cima, o globo ocular do lado paralisado sobe 
mais que o outro lado(lado sadio) 
 
 Sinal dos cílios: paciente, ao fechar os olhos com força, do lado sadio os cílios irão 
praticamente desaparecer, enquanto do lado paralisado os cílios estarão bem 
aparentes 
 
 
 
 NERVO VESTÍBULO-COCLEAR – VIII 
 WEBER 
 Coloca-se o cabo do diapasão vibrando no vértex do crânio e o paciente deverá ouvir 
um zumbido nos ouvidos 
 Normal: paciente ouvirá o som na mesma intensidade nos dois ouvidos 
 Surdez de condução: paciente ouvirá o som mais intensamente do lado que está 
obstruído (Ex: obstrução por acúmulo de cera no ouvido) 
 Surdez sensorial: paciente ouvirá o som apenas do lado em que o nervo está integro. 
Do outro lado o som estará abolido (Ex: comprometimento do ramo coclear do VIII 
Nervo) 
 
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 RINNE 
 Coloca-se o cabo do diapasão vibrando no processo mastoide (região retro auricular) 
do paciente, e pede-se para ele avisar quando parar de ouvir o zumbido. Quando ele 
falar que parou, examinador deve aproximar a haste do diapasão do pavilhão auricular 
e perguntar se o paciente continua ouvindo 
 Realiza-se a prova BILATERALMENTE 
 Resultados: 
o Positivo (normal): condução aérea maior que a condução óssea 
o Negativo (alterado): condução óssea maior que a condução aérea 
 
 
 
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 REFLEXO VESTÍBULO-OCULAR OU ÓCULO-CEFÁLICO 
 Examinador pede para o paciente fixar o olhar em um ponto imaginário (pode ser na 
parede ou olhando para o próprio rosto do examinador), após isso, examinador 
lateraliza a cabeça do paciente (movimentação passiva) e observa se o paciente 
mantem o olho fixo no mesmo lugar ou não 
 
 
 TESTE DE EQUILÍBRIO 
 Romberg, avaliação da marcha e coordenação 
 NERVO GLOSSOFARÍNGEO E VAGO - IX E X 
 AVALIAÇÃO DO VÉU PALATINO 
 Pede-se para o paciente abrir a boca, utiliza-se o abaixador de língua para abaixa-la, 
melhorando, assim, a visão sobre o véu palatino e a úvula 
 Nervos íntegros: os dois arcos palatinos (véus palatinos) levantam-se quando o 
paciente pronuncia a vogal A 
 Nervos comprometidos: o arco palatino do lado ipsilateral a lesão do nervo não 
levanta quando o paciente pronuncia a vogal A, e a úvula aponta para o lado 
contralateral à lesão (lado saudável). Esse achado é chamado de SINAL DA CORTINA 
 
 
 
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 NERVO ACESSÓRIO - XI 
 M. ESTILOCLEIDOMASTOIDE 
 Pede-se para o paciente fazer movimentos de lateralização da cabeça (movimento 
ativo) para o lado esquerdo e direito, e após isso examinador deverá avaliar esse 
movimento fazendo uma contra resistência (empurrando a cabeça para o lado 
contrário ao movimento do paciente) 
 M. TRAPÉZIO 
 Pede-se para o paciente levantes os ombros (movimento ativo), e após isso 
examinador deverá avaliar esse movimento fazendo contra resistência (empurrando 
os ombros para baixo enquanto o paciente força-os para cima) 
 NERVO HIPOGLOSSO - XII 
 MOTRICIDADE DA LÍNGUA 
 1° - Avalia a língua dentro da boca. 
 2° - Pedir para o paciente pôr a língua para fora, inspecionar a língua parada e depois 
pedir para fazer movimentos para cima, baixo, esquerda e direita 
 3° - Pedir para paciente forçar a língua contra a bochecha. Examinador deve realizar 
contra resistência bilateralmente para avaliar a força da língua 
 Examinador deve procurar alguma atrofia ou déficit de força na língua 
 Caso haja comprometimento do Nervo Hipoglosso de um lado, dentro da boca a língua 
estará desviada para o lado contralateral à lesão (lado saudável), e ao bota-la para 
fora, estará desviada para o lado ipsilateral à lesão (lado comprometido)

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