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Os sistemas circulatório e respiratório estão intimamente ligados, uma vez que é o sangue que transporta o oxigênio a todas as partes do corpo humano, onde ele é necessário. O sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório, é o sistema responsável por garantir o transporte de sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que nossas células recebam, por exemplo, nutrientes e oxigênio. Esse sistema é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos. É nos pulmões que acontece a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. E, graças aos músculos respiratórios que este órgão cria forças para o ar fluir. Tudo isso a partir de estímulos e comandos emitidos pelo Sistema Nervoso Central. A respiração é o conjunto das trocas que ocorrem entre o ar e o sangue (O2porCO2), ao nível dos pulmões .O oxigênio é transportado pelas hemácias, que têm a propriedade de fixar o oxigênio, para próximo das células resultando na troca gasosa ficando assim as células com oxigênio. O dióxido de carbono é transportado, pelo sangue, para os pulmões, local onde se dá nova troca gasosa, liberando-se, o CO2, e entrando, para a circulação sanguínea ,o O2. É constituído por um órgão impulsionador-coração -e por vasos sanguíneos que transportam o sangue. Os vasos sanguíneos, continuamente, levamos sangue do coração aos tecidos, voltando, em seguida, ao coração. •Há três tipos de vasos: -Artérias e arteríolas: que levam o sangue para fora do coração; -Capilares: que trocam materiais como os tecidos; -Vênulas e veias: que trazem o sangue de volta ao coração. 1- sístole ( contração) 2 fase = Ejeção 2- Diátole ( relaxamento ) 2 fase= enchimento ventricular . Volume diastólico final e volume sistólico final . Débito cardíaco : quantidade de sangue que é bombeado para o coração no período de um minuto. -DC= FCbpm X VS ml/min Os batimentos do coração, normalmente marcam 70bpm Pressão arterial : Pressão que o sangue exerce contra as paredes das arteríolas. - No adulto : os valores de 120mm Hg e de 80 mm Hg, para a pressão sistólica e diastólica, respectivamente. Fases do ciclo cardíaco (Guyton, et al 2006) 1. Bomba de escova (primer pump) ou enchimento ventricular lento (diástase) Geralmente, cerca de 80% do sangue que está no átrio escoa diretamente para o ventrículo sem o auxílio da Principais aspectos clínicos e laboratoriais do sistema cardiorrespiratório Sistema cardiorrespiratório Sistema respiratório Sistema circulatório Ciclo cardíaco contração, ficando apenas 20% com ela para terminar de encher os ventrículos. 2. Enchimento ventricular rápido O sangue vai se acumulando nos átrios durante a sístole ventricular. Quando termina essa fase e o ventrículo volta para a fase de diástole, que é o relaxamento, o volume sanguíneo que ficou nos átrios exerce pressão nas valvas atrioventriculares (direita: tricúspide; esquerda: mitral ou bicúspide) e, então, passa rapidamente para os ventrículos. Isso ocorre no primeiro momento da diástole. No segundo momento, pouco sangue escoa diretamente para os ventrículos, e o sangue vindo das veias continua a chegar nos átrios. Esses dois momentos correspondem aos 80% do enchimento ventricular. E, por último, no momento final da diástole ventricular, ocorre a sístole atrial (contração do átrio) para terminar de encher o ventrículo, essa parte se refere aos 20% do enchimento dos ventrículos. 3. Contração isovolumétrica ou isométrica Logo após o início da contração ventricular, ocorre o aumento da pressão ventricular e as valvas atrioventriculares se fecham. Então, o ventrículo começa a se contrair, mas o sangue ainda não é ejetado, pois, para que isso ocorra, é preciso até 0,03 segundos a mais para que tenha a pressão necessária para que as valvas semilunares (direita: pulmonar; esquerda: aórtica) se abram e o sangue seja ejetado de encontro à pressão nas artérias correspondentes, pulmonar ou aorta. 4. Ejeção rápida As valvas semilunares abrem quando a pressão no interior do ventrículo direito está por volta dos 8mmHg e do ventrículo esquerdo aos 80mmHg; logo o sangue é ejetado para as respectivas artérias. No primeiro momento da ejeção, 70% do sangue é expelido, esse período é chamado de ejeção rápida. 5. Ejeção Lenta Como 70% do sangue já foi ejetado, agora restam os 30%, que serão lançados no segundo e terceiro momento, logo após o período de ejeção rápida. Destes, 30% correspondem ao período de ejeção lenta. 6. Relaxamento isovolumétrico (isométrico) Quando acaba o período de contração dos ventrículos, o relaxamento deles começa a ocorrer, e as pressões em seu interior começam a diminuir. As valvas semilunares se fecham quando as artérias começam a empurrar o sangue de volta para os ventrículos. Neste momento, o ventrículo continua a relaxar, mas o volume não altera, sendo o período de relaxamento isovolumétrico. Depois disso, as pressões dos ventrículos diminuem e voltam ao momento de diástole. Assim, as valvas atrioventriculares se abrem dando início a um novo ciclo. Considerações importantes : Volume diastólico final (VDF) É denominado através do enchimento dos ventrículos durante seu relaxamento, a diástole, e atinge por volta dos 110 ou 120ml. Volume sistólico final (VSF) É a quantidade de sangue que resta ao final da ejeção, por volta dos 40 a 60ml. Fração de ejeção (FE) É a fração do volume sanguíneo expelido do volume diastólico final. É por volta dos 60%. Fórmula: FE = VDF – VSF Débito sistólico (volume sistólico ou VS) Quando os ventrículos esvaziam durante a contração, que é a sístole, o volume diminui por volta dos 70ml. Frequência Cardíaca (FC) É o número de batimentos cardíacos que ocorre dentro de 1 minuto. Débito Cardíaco (DC) Caracterizado pelo volume sanguíneo bombeado pelo coração em 1 minuto. DC = FC x VS. Pré-carga É a pressão que o sangue faz no ventrículo quando está cheio antes da contração, ou seja, antes da sístole. Quanto maior ou menor a tensão, maior ou menor é a pré-carga. Pós-Carga É a resistência enfrentada durante a ejeção do ventrículo; o sangue enfrenta dificuldades de seguir no momento em que ele é expelido para as respectivas artérias. Autoria: Ana Tainara Mecanismo intrínseco- • Frank-Starling: a capacidade do coração de se adaptar a variações do volume sanguíneo modificando sua contratilidade. Exemplo: atividade física. • Nodo sinoatrial: responsável pelos impulsos elétricos, que fazem o coração contrair e, após a contração, relaxe. É considerado o marcapasso natural. Mecanismo extrínseco- • SNA (controla a regulação do ritmo cardíaco) • Ondas do eletrocardiograma normais: -Nele, cada batimento possui uma onda P, um complexo QRS e, ainda, uma onda T. -Quando há ondas e intervalos normais, as ondas ocorrem em sequência, sem interrupção, podemos dizer que o coração bate em ritmo padrão ou ritmo sinusal. -O ritmo do coração é definido pela frequência cardíaca, medida bpm. Um adulto jovem e saudável tem uma frequência entre 50 e 100 bpm. -A onda P mostra a contração dos átrios, enquanto o complexo QRS registra a contração dos ventrículos. Composto por três ondas, uma positiva (R) e duas negativas (Q e S). -A onda T aparece após o complexo QRS, indicando a repolarização dos ventrículos. -Já a onda U pode aparecer depois da onda T, e não há consenso sobre o que ela representa. Essa onda nem sempre aparece no traçado do ECG, mas pode estar relacionada à repolarização dos músculos papilares, presentes na parte inferior do miocárdio.- -Aausência de onda P no traçado de ECG indica, por exemplo uma arritmia chamada de fibrilação atrial. Vasoconstrição = aumento da resistência vascular periférica. Vasodilatação = aumento do volume de sangue para os tecidos (mais nutrientes e oxigênio). Isso gera maior controle neural e controle local, como humoral e autorregulação. A prática regular de atividades físicas de lazer, principalmente vigorosas, reduz em apro- ximadamente 30% o risco de desenvolvimento da HA. O treinamento aeróbico reduz a PA clínica sistólica/diastóli- ca de hipertensos em cerca de 7/5 mmHg, além de diminuir a PA de vigília e em situações de estresse físico e mental. Resposta da PA= relação intensidade X tipo de exercício O aumento do débito cardíaco resulta em aumento do transporte de gás carbônico dos tecidos periféricos para os pulmões. VO2 depende: •Débito cardíaco •Fluxo muscular: Densidade capilar Regulação cardíaca Atividade elétrica do coração Hemodinâmica Treinamento físico e Pressão arterial Débito cardíaco e transporte de oxigênio •Quantidade de hemoglobina •Massa muscular •Tipo de fibra muscular •Extração de oxigênio: enzimas oxidativas •Função pulmonar(espirometria): permite o registro de vários volumes e dos fluxos de ar. A hemoglobina é uma proteína relacionada, principalmente, com o transporte de oxigênio pelo nosso corpo. Na hemoglobina, temos quatro subunidades, cada uma apresentando o sítio de ligação com o oxigênio. A medida que esses sítios vão sendo preenchidos mais a afinidade por oxigênio aumenta. Isso acontece, pois quando uma subunidade capta oxigênio, ela provoca uma alteração na molécula de hemoglobina que favorece a captação de outras moléculas de oxigênio. Sendo assim, quando a hemácia rica em hemoglobina está em locais com alta concentração de oxigênio, como nossos pulmões, por exemplo, maior será sua afinidade por ele. Vale destacar que nos tecidos observa-se que a pressão de O2 é baixa e o oxigênio presente nas hemácias é liberado para os tecidos. As hemácias também se combinam com CO2, porém a maior parte do CO2 é transportada dissolvida no plasma. Quando a hemoglobina liga-se ao oxigênio ela é chamada de oxi-hemoglobina. Quando ela não está ligada ao oxigênio é chamada de desoxi-hemoglobina. Ela ainda recebe a denominação de carbamino- hemoglobina quando se combina com gás carbônico. Hemoglobina: -Proteína globular, formada por 4 subunidades, -Cada subunidade contém um radical heme (porfirina fixadora de Fe2+) e uma cadeia polipeptídica - ou .-Hemoglobina adulta -2 2-1 hemoglobina -4 moléculas de O2 •A ligação de O2 pela Hb é profundamente influenciada pelo pH e pela concentração de CO2; •Este efeito do pH e [] de CO2 na ligação e liberação de O2 pela Hb é chamado de efeito Bohr; •Embaixo pH e alta [] de CO2 dos tecidos periféricos, a afinidade da Hb por O2 diminui e O2 é liberado para os tecidos; •Durante exercício anaeróbio, há produção de ácido láctico, que libera H+ para dentro do citoplasma e para o fluido extracelular, levando à diminuição do pH. O efeito de Bohr é caracterizado pelo estímulo à dissociação entre o oxigênio e a hemoglobina (Hb), causando liberação de oxigênio para o sangue, quando ocorre um aumento na concentração de gás carbônico, ou pela promoção da ligação do oxigênio à hemoglobina quando ocorre uma diminuição do pH sanguíneo, facilitando, consequentemente, a expulsão do gás carbônico pelos pulmões. Gasometria arterial : A gasometria arterial é um exame de sangue normalmente realizado em pessoa internadas em Unidade de Terapia Intensiva que tem como objetivo verificar se as trocas gasosas estão ocorrendo da maneira correta e, assim, avaliar a necessidade de oxigênio extra. A gasometria arterial é solicitada pelo médico para: • Verificar a função pulmonar, principalmente em crises de asma ou bronquite e em caso de insuficiência respiratória - Saiba quais são os sintomas e como é feito o tratamento da insuficiência respiratória; • Ajuda avaliar o pH e acidez do sangue, o que é útil para auxiliar o diagnóstico de insuficiência renal e fibrose cística, por exemplo; • Avaliar o funcionamento do metabolismo, o que é importante na identificação de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) ou diabetes tipo II, por exemplo; • Funcionamento dos pulmões após procedimento cirúrgico ou transplante. Além disso, a gasometria também é solicitada em caso de overdose por drogas. Transporte de oxigênio pelo sangue Efeito de fatores na ligação O2-Hb Métodos de avaliação da condição cardiorrespiratória https://www.tuasaude.com/insuficiencia-respiratoria/ https://www.tuasaude.com/insuficiencia-respiratoria/ - Método invasivo, pois exige uma punção arterial Hemograma : O hemograma completo é o exame de sangue que avalia as células que compõem o sangue, como os leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos, as hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos, e as plaquetas. Técnicas microbiológicas : A cultura de escarro é um método bastante simples para a identificação do agente etiológico responsável, na infecção pulmonar. Ensaios de Imunofluorescência, ELISA e Reação de Fixação de Complemento Utilizado para a identificação da infecção viral -são capazes de identificar 60 a 90% das infecções pelo vírus sincicial respiratório (VSR) Teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos (por exemplo, no plasma sanguíneo). Este teste é usado no diagnóstico de várias doenças que induzem a produção de imunoglobulinas, entre outras PCR (Polymerase Chain Reaction) Técnica de biologia molecular que possui a capacidade de detectar, por hibridação de DNA, de pequeno número de patógenos. ECG – Eletrocardiograma Avalia a atividade elétrica do coração através de eletrodos fixados na pele. A partir disso, é possível detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto. Pode diagnosticar: irregularidades no ritmo cardíaco (arritmia), patologias coronarianas, infarto do miocárdio, distúrbios na condução elétrica do órgão, doenças genéticas entre outros. Oxímetro Mede de modo indireto a quantidade de sangue que está transportando no corpo. O monitor do aparelho exibe a porcentagem de hemoglobina arterial e medindo a oxigenação em relação ao tempo. O Oxímetro de dedo é de suma importância para casos de emergência ou para quadros de problemas respiratórios. Esfigmomanômetro : É um aparelho para verificar a pressão arterial(PA), como auxílio de um estetoscópio para a ausculta dos sons de Korotkov, é possível a verificação tanto da pressão sistólica quanto da pressão diastólica. Ergoespirométrico : Ergoespirometria ou teste cardiopulmonar é um exame que alia o teste ergométrico com a análise dos gases expirados durante o exercício físico. O objetivo é fornecer variáveis como: consumo direto de oxigênio, VE/VCO2 slope, OUES, dentre outras. Ao analisar estas informações, entende-se melhor o comportamento dos sistemas: cardiovascular, respiratório, vascular pulmonar e muscular esquelético ao estresse físico. Indicado para avaliação inicial e seriada de atletas e indivíduos ativos em programas de condicionamento físico. Teste ergométrico ou teste de esforço : É um exame que mede a frequência cardíaca, o ritmo cardíaco, a pressão arterial durante a realização de um esforço físico gradual e crescente.
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