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REVESTIMENTO MIELÍNICO DOS NEURÔNIOS

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REVESTIMENTO MIELÍNICO DOS NEURÔNIOS 
 
A bainha de mielina, como a própria membrana plasmática que a origina, é composta basicamente de 
lipídios e proteínas. Essa bainha é responsável por proteger e isolar o axônio, prevenindo a interferência entre 
axônios à medida que elas passam ao longo dos feixes e por aumentar a velocidade de transmissão do impulso 
nervoso. 
Ao longo dos axônios mielínicos, os canais de sódio e potássio sensíveis à voltagem encontram-se 
apenas nos nódulos de Ranvier. Portanto, a condução do impulso nervoso é saltatória, ou seja, potenciais de 
ação só ocorrem nos nódulos de Ranvier e saltam em direção ao nódulo mais distal, o que confere maior 
velocidade ao impulso nervoso. Isso só é possível em razão do caráter isolante da bainha de mielina, que 
permite à corrente eletrônica, provocada por cada potencial de ação, percorrer todo o intermódulo sem 
extinguir-se. 
Patologicamente, evidencia-se a importância da bainha de mielina, na esclerose múltipla, doença na 
qual há a progressiva destruição das bainhas de mielina dos feixes de fibras nervosas do encéfalo, da medula 
e do nervo ótico. E com isso, cessa-se a condução saltatória nos axônios, levando à diminuição da velocidade 
dos impulsos nervosos até sua extinção completa, causando, assim, lesões cerebrais e medulares com perda 
de substância branca. 
 
REFERÊNCIAS: 
MACHADO, A.B.M. Neuroanatomia Funcional. 2ª ed., São Paulo: Atheneu, 2004 
OLIVEIRA, ALESSANDRA APARECIDA; ORTIGOSO, RITA OLINDA PIMENTA. NEUROCIÊNCIA 
E EDUCAÇÃO: o funcionamento do cérebro, 2017. 
RABELO, Andressa Quirino. Uso terapêutico de canabinóides na Esclerose Múltipla. Ensaios USF, v. 3, n. 
1, p. 12-26, 2019.

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