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1 Curso de Engenharia Civil CONCRETO CONVENCIONAL X CONCRETO USINADO Ivan Leite Carvalho - R.A.:1452 João Paulo Campos Viatek - R.A.:1462 Mario Vinicio Garcia - R.A.:1669 Oswaldo Trautwein Pereira - R.A.: 1457 Maringá-PR 2018 2 IVAN LEITE CARVALHO JOÃO PAULO CAMPOS VIATEK MARIO VINICIO GARCIA OSWALDO TRAUTWEIN PEREIRA CONCRETO CONVENCIONAL X CONCRETO USINADO Comparativo apresentado à Disciplina de Construção de Edifícios do Curso de Engenharia Civil da FEITEP. Maringá 2018 3 1. INTRODUÇÃO O concreto de cimento portland é um dos mais utilizados na construção mundialmente. Por esse motivo desde o início procura-se métodos de aperfeiçoamento de suas características. Suas propriedades como capacidade de agregar reforços para resistir à tração de cisalhamento, bem como resistência a compressão e a água, com vantagens em seu custo que é pertinentemente reduzido, justificando seu sucesso. Os traços de dosagem do concreto atingem resistências bem maiores que as obtidas anteriormente de acordo com o progresso tecnológico dos materiais e o avanço de novas técnicas. Esclarece-se que o concreto de cimento portland contém água, cimento e agregados, além de possibilitar a adição de materiais diferentes como aditivos, minerais entre outros. A proporção empregada é buscada pela tecnologia do concreto, para atender todas a propriedades necessárias previstas. Com o objetivo de atender às obras de infraestruturas que necessitam de muito concreto em curto tempo e com uma menor variabilidade de suas resistências mecânicas surgiu a produção do concreto dosado e produzido em central. Em obra é possível observar dois tipos de concretos dos quais são eles: realizados na própria obra onde tem-se que confiar em seu pedreiro pois a mesma ira misturar a quantidade que acha certa ou seguir a receita do engenheiro, caso haja cálculo estrutural. Porém neste caso há uma enorme dificuldade em controlar a qualidade, porque dependerá da dedicação e capricho de seu pedreiro, o mínimo é observar se ele a medida constante e se faz as receitas diferentes para os diversos lugares que aplicará o concreto. A outra opção é comprar diretamente do caminhão betoneira onde se tem a segurança de que a mistura usada tem as proporções certas (ele fica com a resistência esperada) e poupa tempo na obra. Esse estudo tem por objetivo avaliar se há alguma diferença entre os dois meios de produção de concreto quanto a sua qualidade/resistência e custos, verificando se tem algum controle de traço dos pedreiros na produção do concreto e se há controle por meio de corpos de prova da concreteira para o concreto usinado. Em seguida por meio de dados pesquisados indicar onde se mostra a melhor qualidade do concreto e qual dos meios de produção se tem uma maior redução de custos. 2. CARACTARÍSTICAS QUANTO A RESISTÊNCIA A qualidade do concreto dependerá primeiramente da qualidade dos materiais constituintes. Portanto para que se tenha um concreto de qualidade superior, é indispensável a uma seleção cuidadosa desses materiais. Após a devida escolha desses materiais, é preciso 4 mistura-los em proporções adequadas. Neste proporcionalmente deve-se ter conta a relação entre cimento e agregado, a divisão do agregado miúdo e graúdo, e principalmente a relação de agua empregada aos materiais secos, ou seja, a relação água/cimento. Após a mistura, o concreto deve ser transportado, lançado e adensado de maneira adequada. O último passo que se faz necessário, é a hidratação do cimento continua por longo tempo, e é preciso que as condições ambientes favoreçam as reações que estão se processando, o que é chamado de cura do concreto. Qualidade deve ser definida em todos os aspectos, utilizando-se de parâmetros técnicos mensuráveis, a qualidade deve ser objetiva e não subjetiva, deve ser dada preferência aos parâmetros e características, qualitativa. A qualidade deve estar explicitada em procedimentos de projeto, de qualificação e seleção de materiais, de execução, de operação e manutenção. A produção do concreto dosado e produzido em central surgiu com o objetivo de atender às obras de infraestrutura que necessitam de grandes volumes de concreto em curto período de tempo e com uma menor variabilidade de suas resistências mecânicas. Concreto dosado em central é o concreto executado pelas empresas prestadoras de serviços de concretagem (concreteiras), dentro dos mais altos níveis de qualidade e tecnologia. A dosagem correta dos seus materiais componentes - cimento, água, agregados (brita e areia) e aditivos quando necessários - é feita seguindo-se as normas específicas regidas pela ABNT e de acordo com o tipo de obra. O concreto dosado em central além de ser prático, seguro, resistente e com alta trabalhabilidade. Figura 1 – Concreto usinado Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. A expressão “concreto feito em obras” deve ser entendida como a produção de concreto dentro dos limites do canteiro. Em obras, um concreto pode ser produzido a partir do 5 emprego de betoneiras estacionárias com capacidade de misturas de um volume de concreto em cada operação definido a partir do emprego de um número inteiro de sacos de cimento, quanto pode ser produzido em modernas centrais misturadoras ou simplesmente dosadoras. Figura 2 – Concreto convencional Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Uma característica das pequenas obras é a demora na aplicação do concreto, devido à pouca estrutura e reduzido número de funcionários. Essa demora causa perda de abatimento no concreto, sendo necessário adicionar água ao mesmo a fim de garantir a consistência adequada para seu lançamento e adensamento, fatores estes que são determinantes para garantir a qualidade das estruturas de concreto na etapa de execução, juntamente com seu tempo de aplicação, condições climáticas e realização da cura. Os dados a seguir são um comparativo de concreto de traço 1:3:3, tendo como esperado a resistência final de 20 Mpa. Consumo de material (Concreto usinado) Cimento 50 Kg. Areia 160 Kg. Brita 1 150 Kg. Pedrisco 70 Kg. Água 21 L. Aditivo 1,7 L. Consumo de material (Concreto convencional) Cimento 50 Kg. Areia 139 Kg. 6 Brita 1 157 Kg. Pedrisco 0 Kg. Água 40 L. Resistência ao rompimento concreto usinado Idade (dias) Resistência compressão (Mpa) 3 13,28 3 13,46 3 13,83 7 17,69 7 17,48 7 17,80 21 21,42 21 22,23 21 23,03 28 23,45 28 23,58 28 23,90 Resistência ao rompimento concreto convencional Idade (dias) Resistência compressão (Mpa) 3 4,89 3 5,22 3 5,44 7 7,42 7 5,72 7 7,11 21 9,13 21 8,54 21 10,19 28 11,24 28 12,15 28 11,1 Resistências médias ao rompimento do concreto usinado Idade(dias ) Resistência media Usinado (Mpa) Resistência media convencional (Mpa) 3 13,49 5,33 7 17,75 7,27 21 22,13 8,84 28 23,52 11,17 7 3. CUSTO Para que fosse possível um cálculo comparativo entre o concreto executado na obra e o dosado em concreteira, foi escolhido um concreto com resistência de 30Mpa, levando em consideração encargos com pessoal, conforme Tabela SINAPI (Sistema nacional de Pesquisa de Custos e índices para construção civil 1. CONCRETO FCK=30MPA, TRAÇO 1:2,1:2,5 (CIMENTO, AREIA MÉDIA, BRITA 1). COM PREPARO MECÂNICO EM BETONEIRA DE 400L VALOR POR METRO CÚBICO: R$ 310,55 Tabela SINAPI (Sistema nacional de Pesquisa de Custos e índices para construção civil 1 – Custo de composição sintético, com encargos sociais sobre preço da mão-de-obra e data de emissão dia 22/05/2018) CONCRETO USINADO FCK=30MPA, COM LANÇAMENTO E ADENSAMENTO VALOR POR METRO CÚBICO: R$ 335,86 0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25 30 Re sis tê nc ia M éd ia ( MPa ) Dias Usinado X Convencional Usinado Convensional 8 Tabela SINAPI (Sistema nacional de Pesquisa de Custos e índices para construção civil 1 – Março de 2017, com a seguinte composição: DESCRIÇÃO COEFICIENTE VALOR TOTAL Pedreiro com encargos 0,7 22,97 16,08 Servente com encargos 1,2 17,84 21,41 Concreto usinado 1,103 265,55 292,90 Um dado que chama atenção e merece análise é quanto ao valor do metro cúbico de um concreto com FCK=15MPA com preparo manual. O valor, de acordo com a tabela SINAPI de 22/05/2018 é de R$ 378,79, o que nos permite concluir que quanto maior o volume necessário de concreto em uma edificação, menos vantajoso se torna a utilização desse método para preparo de concreto. 4. VANTAGENS E DESVANTAGENS GERAIS 4.1 Vantagens concreto usinado Acaba sendo rápido pois, vem das concreteiras pronto para ser utilizado em sua obra, e por vim em caminhões betoneiras com uma capacita grande de ser trazidos esse volume de concreto, assim trazendo maior agilidade e reduzindo a mão de obra. A industrialização deste processo reduz drasticamente o espaço utilizado em sua obra por diminuir os armazenamentos de agregados (areia, pedra, cimentos) assim também diminuindo o consumo de agua em sua obra. Maior qualidade por possuir um controle e equipamentos para fazer a melhor dosagem dos agregados, para um concreto mais resistente entre outros aspectos. As indústrias de concretagem devem fornecer o concreto igual especificado no projeto pelo empreiteiro, trazendo mais segurança à o próprio empreiteiro. Pelo fato da concreteira ter a possibilidade de disponibilizar grande volume de concreto ao cliente, assim possibilitando uma concretagem de uma área maior, 9 sem interrupções evitando menos juntas de dilatação. O que gera elementos estruturais com maior qualidade, evitando juntas frias ao longo da peça. 4.2 Desvantagens do concreto usinado Preço relativamente maior do que o produzido em obra (não muito mais elevados se for colocar o gasto com mão de obra e tempo) Dependência da disponibilidade da concreteira quanto relação a disponibilidade de entrega, para não ocorrer atrasos em sua obra Dependência da concreteiras quanto aos materiais utilizados na dosagem, por isso devemos procurar por empresas de concretagem com responsabilidade pois o mau dimensionamento de seu concreto pode levar a muitos problemas em sua obra Se ocorrer atrasos na entrega, devido a imprevistos como transito e congestionamentos, a qualidade do concreto pode ficar comprometida Impossibilidade ou dificuldade de trabalhar com pequenas quantidades de concreto (por algumas pesquisas o mínimo fornecido são 3 metros cúbicos). 4.3 Vantagens concreto convencional: Custo inferior ao concreto usinado. Indicado para pequenas áreas de concretagens e com certa dificuldade de acesso. 4.4 Desvantagens concreto convencional: Dosagem do traço muitas vezes diferenciada por ser um traço feito à mão, Resumindo deverá ter um pedreiro de sua confiança para que não acha erro nesse traço e lê trazer problemas em sua edificação Maior espaço ocupado em seu canteiro de obra, devido à o espaço de armazenamento de seus agregados. No geral aparente mente o usinado seria o melhor mais o determinante seria o analise do mais indicados para sua obra e necessidades 10 5. CONCLUSÃO Apresenta-se nesse trabalho a diferença entre dois tipos de concretos sendo eles o usinado (dosado na central) ou o feito em obra, para mostrar qual a diferença apresentada e a modificação em suas qualidades, características e resistências pesquisadas. Também a questão de custos, vantagens e desvantagens presentes no mesmo e por fim qual deles é de melhor eficiência para o canteiro. Foram analisados o FCK de vários tipos de concreto, porém o de 30Mpa é possível calcular um comparativo de valores que é apresentado como mais vantajoso dentre os dois estilos citados no trabalho. Pois quando se apresenta um planejamento de canteiro de obra com cronograma plausível é possível orientar-se das datas e horários que o concreto usinado chegará na obra, aproveitando melhor seu tempo, mão de obra, apenas deferindo do custo que é um pouquinho maior que o próprio realizado em obra. REFERÊNCIAS DALDEGAN, Eduardo. Concreto usinado: Principais vantagens e cuidados importantes. Engenharia Concreta, 2016. Disponível em: <https://www.engenhariaconcreta.com/concreto- usinado-principais-vantagens-e-cuidados-importantes/>. Acesso em: 21 de maio de 2018. PEREIRA, Caio. O que é Concreto Usinado? Escola Engenharia, 2017. Disponível em: <https://www.escolaengenharia.com.br/concreto-usinado/>. Acesso em: 21 de maio de 2018. STAUDT, Alcinei C. Caracterização de agregados graúdos disponíveis na região extremo oeste de santa catarina, utilizados na dosagem do concreto. Anuário pesquisa e extensão UNOESC; São Miguel do Oeste, 2016.
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