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Revisão de Tuberculose + Caso Clínico

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Aula 21
07.04.2021
Dra.Paula Hunka
Propedêutica Clínica Revisão de Tuberculose + Casos Clínicos 
 A tuberculose (TB), antiga enfermidade descrita como tísica, foi conhecida, no século XIX, como peste branca, ao dizimar 
centenas de milhares de pessoas em todo o mundo.
 A partir da metade do século XX, houve acentuada redução da incidência e da mortalidade relacionadas à TB, já observada 
àquela ocasião em países desenvolvidos, sobretudo pela melhoria das condições de vida das populações (SAAVACOOL, 1986).
 No início da década de 1980, houve recrudescimento global da TB: nos países de alta renda, esse recrudescimento se deveu 
principalmente à emergência da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
e, nos países de baixa renda, devido à ampliação da miséria e do processo de urbanização descontrolada, além de desestruturação 
dos serviços de saúde e dos programas de controle da tuberculose. (BLOOM, 1992; CDC, 1993; ROSSMAN; MACGREGOR, 
1995).
 Sendo um problema de saúde pública no Brasil, a tuberculose persiste da pobreza e cresce da discrepância entre ricos e pobres. 
 O M. tuberculosis é transmitido por via aérea, de uma pessoa com TB pulmonar ou laríngea, que elimina bacilos no ambiente 
(caso fonte) a outra pessoa, por exalação de aerossóis oriundos da tosse, 
fala ou espirro.
 O termo “bacilífero” refere-se a pessoas com TB pulmonar ou laríngea 
que tem baciloscopia positiva no escarro.
 Esses casos têm maior capacidade de transmissão.
 As gotículas exaladas (gotículas de Pflüger) rapidamente se tornam 
secas e transformam-se em partículas menores (núcleos de Wells) 
contendo um a dois bacilos, podem manter-se em suspensão no ar por 
muitas horas e são capazes de alcançar os alvéolos, onde podem se 
multiplicar e provocar a chamada primo-infecção.
 Outras vias de transmissão (pele e placenta) são raras e desprovidas de importância epidemiológica. Os bacilos que se 
depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel na 
transmissão da doença.
 A probabilidade de uma pessoa ser infectada depende de fatores exógenos. Entre eles, pode-se citar a infectividade do caso-
fonte, a duração do contato e o tipo de ambiente partilhado.
 O bacilo é sensível à luz solar, a circulação de ar possibilita a dispersão de partículas infectantes. Ambientes ventilados e com 
luz natural direta diminuem o risco de transmissão.
 Os pacientes com exame bacteriológico de escarro positivo sustentam a cadeia de transmissão da doença. Estima-se que uma 
pessoa com baciloscopia positiva infecte de 10 a 15 pessoas em média, em uma comunidade, durante um ano.
 O risco de transmissão da TB perdura enquanto o paciente eliminar bacilos no escarro. 
 Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias, ela encontra-se muito 
reduzida. A importância de realizar baciloscopia de escarro de controle reside não somente na confirmação da eficácia do 
esquema terapêutico, mas também na avaliação de risco para os contatos.
Esquema de Tratamento da Tuberculose e Local de Manejo Clínico Preferencial 
Caso novo ou virgem de tratamento (VT): paciente nunca submetido ao tratamento antiTB ou realização de tratamento 
por menos de 30 dias.
Retratamento: paciente que já fez o tratamento antiTB por mais de 30 dias e que necessite de novo tratamento após 
abandono ou por recidiva (após a cura ou tratamento completo).
Recomendado TDO compartilhado com a Atenção Primária.
Falência terapêutica: paciente que apresenta persistência de baciloscopia de escarro positivo ao final do tratamento; 
paciente que inicialmente apresentava baciloscopia fortemente positivo (++ ou +++) e mantém essa positividade até o 
quarto mês de tratamento, por dois meses consecutivos, a partir do quarto mês de tratamento.
Esquema Básico para o Tratamento da TB em Adultos e Adolescentes ((≥ 10 anos de idade)
O risco de adoecimento, isto é, a progressão para a TB ativa após 
infecção, depende de fatores endógenos, em especial da 
integridade do sistema imune Etapas para Criar Hipóteses Clínicas 
1. Selecione os achados mais específicos e críticos 
para apoiar sua hipótese
2. Compare seus achados com todos os quadros 
clínicos que podem provocá-los
3. Elimine as possibilidades diagnósticas que não 
consigam explicar os achados
4. Pondere sobre as possibilidades concorrentes e 
selecione o diagnóstico mais provável 
5. Dê atenção especial aos diagnósticos 
potencialmente fatais
Murmúrio vesicular diminuído e frêmito 
toracovocal aumentado - condensação 
pulmonar 
Consultas clínicas e exames de seguimento do tratamento da TB adultos
Caso Clínico
 Pedro, 39 anos, procedente do interior do Estado, mora na periferia da capital há 12 anos. É zelador de um edifício no centro da 
cidade e mora com a mulher e quatro filhos menores em uma casa mal ventilada, de três cômodos e um banheiro. Há cerca de 3 
meses , apresentou um quadro gripal, tendo feito auto medicação com “antigripais” e chás caseiros. Nas primeiras semanas, a 
esposa achou que o marido estava melhorando, mas com o passar do tempo, notou que ele estava sem apetite, perdendo peso (3kg 
em um mês) e com tosse seca, sem muco. A agente comunitária de saúde (ACS) durante uma visita domiciliar, foi informada 
que Pedro estava doente, com uma tosse persistente há quase um mês e agendou consulta com médico de família, na qual Pedro 
se auto referiu saudável; é fumante, usa 10 cigarros por dia desde os 16 anos e bebe cachaça regularmente.
 Referiu que ficou preocupado quando tossiu tanto que escarrou sangue.
 Expressa também adinamia, febre baixa vespertina, sudorese noturna.
 Na ausculta pulmonar, apresentava diminuição do murmúrio vesicular.
 Informou ao médico que nunca teve “doença do pulmão” e que seus pais faleceram de “velhice” e que nunca teve contato com 
uma pessoa com TB.
 Pedro foi informado da suspeita de TB e da necessidade de realizar investigação diagnóstica.
O primeiro exame a ser 
realizado na investigação do 
diagnóstico em um paciente 
sintomático respiratório com 
presenciando tosse 
expectoração já cerca de 3 
meses será a radiografia 
torácica, histopatologico, 
baciloscopia de escarro 
(principal) e cultura de 
escarro. 
Quadro Clinico do Paciente com Tuberculose - Geral
Tosse: principal sintoma, principalmente com expectoração por mais de 3 semanas
pode ser seca ou produtiva, com expectoração purulenta ou mucóide, com ou sem sangue
Dor torácica: menos frequente, mas é expressa na forma pleural
(dor na região do peito e costelas, tosse e dificuldade para respirar)
Dispnéia: pode existir, dependendo da extensão do comprometimento pulmonar
Febre: tem curso em mais de 50% dos pacientes (vespertina, em geral baixa, até Tax: 38,5oC) e 
muitas vezes acompanhada de sudorese noturna
Sintomas constitucionais: (anorexia, perda de peso e adinamia) frequentes, início insidioso
Exame físico: a ausculta pode apontar diminuição do murmúrio vesicular ou mesmo ser normal
Quadro Clínico do Paciente com Tuberculose - Crianças Menores de 
10 anos 
Tosse: em geral, não são capazes de expectorar
Febre: é o achado clínico que mais se destaca vespertina, moderada por 
15 dias ou mais
Irritabilidade, inapetência, perda de peso e sudorese noturna: são 
comuns 
A hemoptise é rara
Exame físico: inexpressivo
Quadro Clínico do Paciente com Tuberculose - Idosos 
Manifestações clínicas inespecíficas, com mínimos 
sintomas respiratórios Dificuldades na AVD’s
Fadiga crônica
Anorexia progressiva
Prejuízo cognitivo
Tosse seca, dispnéia e febre baixa sem explicação
 (quadro persistente por semanas ou meses) 
Considerar comorbidades
Principais Doenças que Fazem Diagnóstico Diferencial com as 
Formas Pulmonares de TB
Baciloscopia para pesquisa de BAAR (bacilo álcool-
ácido-resistente)
Deverá ser considerado como tuberculose pulmonar 
positiva o caso que apresentar:
 - duas baciloscopias diretas positivas
 - uma baciloscopia direta positiva e culturapositiva
 - uma baciloscopia direta positiva
 - e imagem radiológica sugestiva de TB
Classificação dos achados radiológicos da tuberculose pulmonar
O exame radiológico é auxiliar no diagnóstico da tuberculose 
justificando-se sua utilização, se possível, nos casos suspeitos!
É sempre indispensável realizar o exame bacteriológico para um 
diagnóstico correto.
O exame radiológico permite a identificação de 
pessoas portadoras de imagens sugestivas de 
tuberculose ou de outras patologias
A. Opacidades nodulares em forma de milheto
B. Nódulos 
Anamnese Respiratória 
 Principais queixas:
 - Dor torácica 
 - Tosse
 - Dispneia 
 *SEMPRE que um sintoma novo é 
relatado, é preciso DETALHAR!
Dor torácica
•Onde exatamente? •Intensidade
•Tipo de dor •Irradiação?
•Desde quando?
•Contínua ou intermitente? •Fatores de 
piora
•Fatores de melhora •Sintomas associados
Tosse
•Desde quando?
•Contínua x intermitente? •Horário 
preferencial •Evolução temporal
•Seca ou com expectoração?
 - Cor
 - Cheiro
 - Quantidade 
 - Sangue
Dispnéia
 tomada de consciência do esforço 
ventilatório. Na dispneia esta consciência é 
constante e desconfortável
Intensidade
 - Desde quando?
 - Evolução temporal
 - Contínua ou intermitente? 
 - Fatores de piora/ desencadeantes 
 - Fatores de melhora
Frêmito toracovocal
 “Diga 33”
 Meio homogêneo (condensações, cavidades) – FTV aumentado
 Meio heterogêneo (derrame pleural, pneumotórax) – FTV diminuído
Referências

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