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1 - DIABETES - conceito, epidemiologia, classificação e risco

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Histórico 
- Papiro de Ebers – doença de emissão de urina. Diabetes, do 
grego, passar pelo sifão – Poliúria, polifagia, polidipsia e perda 
de peso. 
- Século XVIII – Cullen: mellitus (mel) 
- 1796-1802 – Bouchardt – introduziu um método de determinar 
a perda de glicose pela urina; Porém a glicosúria já é 
determinante de um estado avançado. 
- 1921 – Banting – ressignificação do tratamento pela 
descoberta da insulina (porém muito alérgica) 
- 2000-2013 – insulinas análogas – mais eficiente. 
PANCREAS E INSULINA 
Insulina é um hormônio anabólico ou de reserva – quando 
comemos, o pâncreas libera insulina para metabolizar a glicose 
ingerida. 
- A produção ocorre pelas células BETA pancreática. 
- Estimula a reserva de glicose no fígado e músculos (na forma 
de glicogênio) 
- Aumenta a reserva de gordura dietética no tecido adiposo 
- Acelera o transporte de aminoácidos para as células 
- Inibe a degradação da glicose de reservam proteínas e 
gorduras 
DIABETES MELITTUS 
- Distúrbio metabólico causado pela hiperglicemia persistente, 
alta produção de insulina. 
- Falência na produção de insulina ou resistência da ação da 
insulina (hábitos de vida moderno – sedentarismo, ingestão de 
alimentos ultraprocessados - gera o aumento da resistência) 
- é uma epidemia – estima-se que 415 mi portadores 
- Hiperglicemia está relacionado com complicações micro e 
macrovasculares: Risco de mortalidade (+80%), 25% de morte 
por câncer, +132% causas vasculares, 73% outras causas. 
RASTREAMENTO DE DM2 EM INDIVÍDUOS ASSINTOM. 
- Acima de 45 anos – todos 
- Menores: sobrepeso, obesidade, histórico familiar, raça 
(negros, hispânicos), HDL menor que 35 mg/dl, triglicérides 
250 mg/dl, pré diabetes, HAS, SOP 
DIAGNÓSTICO: glicemia em jejum 
- Glicemia em jejum (na veia) – NORMAL – abaixo de 100 
mg/dl | Pré-diabetes – 100 a 125 mg/dl | Diabetes – maior 
que 126 mg/dl. 
- Ingesta calórica ausente em no mínimo 8 horas. 
- O diabetes não pode ser confirmado de primeira. 
- Glicemia em jejum deve ter 2 amostras, devido vários fatores 
(estresse clínico...). 
- Pode fazer outra glicemia em jejum ou pedir outro exame. 
- Zona de penumbra: pré-diabetes – espectro inicial do 
diabetes – não é ausência de doença, apenas o início do 
diabetes. Assim, deve mudar seu estilo de vida, hábitos 
alimentares. Já pode iniciar terapia medicamentosa (Glifage, 
metformina). 
- Glicemia capilar (ponta do dedo) não pode ser usada para 
diagnóstico, somente para monitorização. 
DIAGNÓSTICO: TOTG 75 graus 
- Teste oral de tolerância à glicose. 
- Eficiência do organismo metabolizar após uma carga oral. 
- Após 8 a 12 horas de jejum, são coletadas amostras de 
sangue antes e depois da ingestão oral de DEXTROSOL (75G 
DE GLICOSE diluída em 300 ml de água). 
- Segunda coleta: 2h após do dextrosol. 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: hemoglobina Glicada (HBA1C) 
- Hemácia é liberada em circulação e sobrevive 3 meses. 
- Vantagem: refletir os níveis glicêmicos dos últimos ¾ meses 
- HbA1C – hb ligada a um açúcar 
- 5,7% - glicemia de 117 mg/dl 
- 6,5% - glicemia 140 mg/dl 
- Situações que não podem usar: HBLC, anemia, 
hemoglobinopatia e uremia. 
 
DIABETES MELLITUS 
- Hiperglicemia é comum nos dois tipos 
- Tipo 1 – ausência de insulina – destruição das células beta 
pancreáticas – perde peso, urina em excesso, lembra 
desnutrição. 
 1A – deficiência de insulina por destruição autoimune 
das células BETA comprovada por exames 
laboratoriais. – Primeiro ano, perda parcial, 5 anos 
depois falência do órgão – transplante pode resolver. 
 1B – deficiência de natureza idiopática. 
- Tipo 2 (maioria – 90 a 95%) – Resistência à insulina – a ação 
da insulina fica dificultada – são mais obesos, pois tem excesso 
de insulina mas não é eficaz. Multifatorial, poligênico, a partir 
dos 40 anos, hábitos de vida. Alguns países, aum. + jovens. 
- DM gestacional – diagnosticada durante a gestação; 
- outros tipos: monogênicos, neonatal, secundário à: 
endocrinopatias, doenças do pâncreas exócrino, infecções... 
 
Marcadores de autoimunidade (auto-anticorpos): Anti-GAD 
(FICA MAIS TEMPO NA CORRENTE), ICA, IAA, anti- Znt8, Ia-
2 e IA-2B. 
Pedro Arthur Rodrigues 
Medicina 
@arthurnamedicina 
DIABETES 
 
DIABETES 
 
Obesidade visceral – aumenta ácidos graxos livres > 
lipotoxicidade > hepatite não alcoolica, resistência muscular da 
insulina, disfunção de células beta. 
LANCET, 2017 – novos “tipos” de diabetes - ¨% seria o 
diabetes tipo1, 18% deficiência à insulina, 15% resistência, 
22% associado à obesidade e 39% idade. 
RESISTÊNCIA À AÇÃO DA INSULINA 
- Resistência à ação da insulina: ação inadequada nos 
tecidos periféricos: adiposo, músculo e fígado. 
- Aumento de 
pelos, acne e 
oleosidade, 
menstruação 
irregular, 
escurecimento da 
pele em regiões 
de dobras de 
braço, axilas e 
pescoço: 
ACANTOSE NIGRICANS. 
FATORES DE RISCO (DM2) 
- Histórico familiar 
- Idade avançada, obesidade (androide causa mais risco à 
saúde) 
- Diagnóstico prévio de pré-diabetes ou DMG 
- Síndrome metabólica (HAS, dislipidemia) 
SINAIS E SINTOMAS 
Assintomático > fadiga > alterações visuais > fraqueza > pele 
seca/lesões cutâneas > feridas de difícil cicatrização > 
infecções recorrentes > disfunção erétil. 
- SINAIS COMUNS: Neuropatia diabética: fibras C são 
comprometidas. 
- SINAIS CLÁSSICOS – pacientes descompensados ou 
estágio mais avançado. 
4 P: poliúria (2-3 l/dia), polidipsia, polifagia (glicose não chega 
às células, por isso), perda ponderada (o organismo precisa 
recorrer a outras formas de energia). 
DURANTE A ANAMNESE 
- Pele e fâneros: lesões/infecções (candidíase) 
- Cabeça e pescoço: disfunção da tireoide 
- Gastrointestital: vômito, diarreia, constipação, plenitude pos 
prandial – polineuropatia diabética 
- Rins e vias urinárias: poliúria, nictúria 
- órgãos genitais: vulvovaginite, uretrite 
- Endócrino: cushing, acromegalia. 
Antecedentes pessoais – fisiológicos e patológicos. 
- Gestação: peso do RN 
- Complicações crônicas – IAM, AVC, Amputação, nefropatia, 
retinopatia e neuropatia. 
- Doenças crônicas relacionadas – HAS, dislipidemia, 
obesidade e neoplasia. 
- Terapêutica atual para DM> Uso de medicações (QUAL, 
INSULINA, DOSES, HORÁRIO. Se usa insulina, verificar 
armazenamento e aplicação. 
Antecedentes familiares 
- Diabetes – pai, mãe, irmãos e descendentes. 
Hábitos de vida 
- atividade física, sono, lazer, álcool 
Complicações 
- microvasculares e macrovasculares. 
ALGORITMO SBD 2019 para abordagem 
- Equipe interdisciplinar – estratégias educacionais, de 
automonitorização e farmacológicas. 
- Metas laboratoriais – 7% em adultos de Hb glicada 
- Glicemia em jejum acima de 100, sendo toletável até 130 
- PRé-prandial entre 100 e 130 
- Pós prandial – 160 pra cima 
VACINAS ESPECIALMENTE RECOMENDADAS 
- HB, influenza, Pneumocócica, HIB, Varicela (catapora), 
Vricela-Zoster. 
RASTREAR AS COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO 
PACIENTE DIABÉTICO 
- DM1: rastreamento cinco anos após o diagnóstico de DM ou 
cinco anos após a puberdade. 
- DM2: rastreamento deve ser realizado anualmente a partir do 
diagnóstico. 
- Retinopatia – exame olftálmico de fundo de olho 
- Doença renal do diabético – proteinúria de 24h 
(microalbuminúria ou relação albumina/creatinina – alto risco 
cardiovascular ou de DRC) – e creatinina. Medicamentos anti-
hipertensivos – captopril (25 mg 1 vez ao dia ou 12,5 uma vez), 
losartana podem prevenir essas doenças renais e proteinúria 
em doses baixas. 
- Identificação do pé em risco de ulceração – historia, 
exame neurológico nos pés. OBS: recomendar o uso de 
calçados. 
- Complicações autonômicas: cardiovasculares, 
gastrointestinais – perda de inervação de alguns órgãos e por 
isso ele não sente alguns estímulos. Por isso, deve ser feito 
ECG uma vez ao ano. 
HIPOGLICEMIA 
- Condição temida do tratamento 
- Gera sintomas adrenérgicos – taquicárdico, sudoríparo,hipertenso, vasoconstrição. 
- Glicemia capilar se presta para monitorar. 
- Hipoglicemia – abaixo de 70 mg/dl | Forma grave abaixo de 
45 – Tríade de Whipple – sinais e sintomas de hipoglicemia – 
adrenérgicos e neuroglicopênicos: tontura, cefaleia, distúrbios 
visuais, convulsões... 
 Tratar: Paciente acordado – 15g de glicose (150 ml de 
suco de laranja/refrigerante comum ou 1 colher de 
sopa de açúcar) | Desacordado – glicose hipertônica 
EV | Desacordado em casa – acionar SAMU ou 
glucagon (ampola para aplicação subcutânea) 
- Hiperglicemia – acima de 126 mg/dl 
- HI – acima de 600 mg/dl 
MENSAGENS P/ LEVAR 
- Não esperar os sintomas aparecerem 
- Pacientes com acometimento de outros sistemas já podem 
ter forma avançada 
- Há dezenas de tipos de diabetes 
- No estágio inicial os sintomas podem ser sutis ou inexistentes 
- Os exames diagnósticos são baratos e efetivos. Investigue os 
grupos de risco. 
REFERÊNCIA 
- Diretrizes da SBD 
- Manual da American Diabetes association

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