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Desenvolvimento infantil - P3

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Lídia Negrão – Med3 
 
1 
 Desenvolvimento infantil 
OBJETIVOS: 
1. Caracterizar os marcos do 
desenvolvimento; 
• Infantil 
• Neuropsicomotor 
2. Caracterizar as alterações do 
crescimento (estatura) 
• Gráfico de crescimento 
3. Relacionar a puberdade feminina e 
masculina com as alterações 
hormonais (fisiológicas, anatômicas, 
psicológicas e sociais) 
• Adiantamento da puberdade 
• Atraso da puberdade 
• Escala de Tanner 
AVALIAÇÃO DOS MARCOS DE CADA 
FASE: 
A avaliação de desenvolvimento deve ser 
um processo contínuo de acompanhamento 
das atividades e potencial de cada criança, 
para que de detecte precocemente desvios 
ou atrasos no desenvolvimento. 
à É verificada através de testes e/ou 
escalas, como por exemplo: Teste de 
Gesell, teste de triagem de Denver II, a 
escala de desenvolvimento Bayley entre 
outros... 
à Os marcos também podem ser vistos na 
caderneta de saúde da criança, aonde se 
acompanha o desenvolvimento infantil até 
os 3 anos de idade. 
à É necessário um acompanhamento 
individualizado com a família de cada 
criança, em que se compreenda o contexto 
familiar e social na qual a criança vive, até 
mesmo nas mudanças nas relações 
familiares após o nascimento da criança. 
à Obter dados sobre possíveis fatores de 
riscos para distúrbios do desenvolvimento, 
como por ex: 
• Ausência de pré-natal 
• Dificuldades no nascimento 
• Baixo peso ao nascer 
• Prematuridade 
• Intercorrências neonatais, uso de 
drogas ou álcool, infecções e 
depressão durante a gestação. 
à Também relatar; Quem traz a criança? 
Como ela é carregada? A sua postura, seu 
interesse pelo ambiente e a interação com 
as pessoas 
à Aquisições motoras: 
No recém nascido, vemos um padrão 
motor muito imaturo, com a presença do 
reflexo tônico cervical assimétrico, que lhe 
dá uma postura assimétrica e com o 
predomínio do tônus flexor nos membros e 
intensa hipotonia na musculatura 
paravertebral. 
Tem reflexos como: 
• Sucção 
• Preensão palmar, plantar e da 
marcha 
• Moro 
• Tônico cervical assimétrico 
Lídia Negrão – Med3 
 
2 
Com a evolução do sistema motor, durante 
os primeiros meses, tem uma diminuição 
progressiva do tônus flexor e substituição 
pelo padrão extensor. 
à Amadurecimento na direção 
craniocaudal, sendo o quadril e os 
membros inferiores os últimos a 
amadurecerem (padrão extensor). 
à No 2º trimestre o bebê já consegue 
rolar, já tendo dissociado os movimentos 
entre as cinturas escapular e pélvica, 
consegue mudar da posição deitada para 
sentada (posteriormente) 
à A regra do desenvolvimento é que 
ocorra no sentido craniocaudal e 
proximodistal, das aquisições mais simples 
para as mais complexas 
à Primeira musculatura controlada é a 
ocular 
à Controle progressivos da musculatura 
de sustentação da cabeça e depois do 
tronco 
à No 3º trimestre, a criança fica na 
posição ortostática e apoio progressivo na 
musculatura dos braços, vai permitir apoio 
nos antebraços e aí as primeiras tentativas 
de engatinhar. É possível que crianças 
andem sem ter engatinhado e isso não 
indica nenhuma anormalidade. 
à Desenvolvimento motor fino, se dá no 
sentido distal, no nascimento a criança fica 
com as mãos fechadas na maior parte do 
tempo, já no 3º mês, em decorrência do 
tônus flexor, as mãos ficam abertos por 
mais tempo e as crianças já conseguem 
agarrar objetos, mas são incapazes de 
soltar. 
à Entre o 5º e 6º mês já conseguem 
aprender um objeto voluntariamente, e já 
conseguem fazer o movimento de pinça, 
que vai ser aprimorado com o tempo até se 
tornar ‘’polpa com polpa’’ 
à A partir dos 2 dois anos, o contexto 
cultural em que a criança se insere tem 
uma influência maior e vai ter variação 
entre os marcos. 
à A avaliação do sistema sensorial, 
principalmente da audição e da visão. 
• No exame dos olhos deve ficar 
atendo ao tamanho das pupilas, 
pesquisar o reflexo fotomotor 
bilateralmente, assim como o reflexo 
vermelho que avalia a transparência 
dos meios e no caso da suspeita de 
opacidades, encaminhar para um 
especialista. 
• A audição começa por volta do 5º 
mês de gestação, portanto ao nascer 
a criança já está acostumada com os 
ruídos do organismo materno e das 
vozes dos familiares. Na consulta, 
deve-se perguntar se o bebê costuma 
se assustar, chorar ou acordar com 
sons intensos ou repentinos, se ele é 
capaz de reconhecer a voz da mãe e 
se procura a origens do sons. 
• A realização da triagem auditiva 
neonatal é obrigatória para todos os 
recém nascidos ‘’teste da orelhinha’’ 
à O olhar e o sorriso, estão presentes 
desde o nascimento e representam formas 
de comunicação, mas, entre a 4ª e 6ª 
Lídia Negrão – Med3 
 
3 
semana surge o ‘’sorriso social’’ 
desencadeado por algum estimulo. 
à Já no 2º semestre de vida a criança não 
responde mais com sorriso para todos que 
vê, pois já começa a reconhecer o familiar 
de um estranho. Assim, criando um 
espectro de comportamento que expressam 
o medo e a recusa de entrar em contato 
com quem estranha. 
à Na linguagem, nos primeiros meses de 
vida o bebê se expressa por meio de 
mímica fácil e pelo choro. No 2º e 3º mês a 
criança inicia a emissão de barulho e por 
volta de 6º mês de balbucio ou sons 
bilabiais, cujas repetições são realizadas 
pelo prazer de se escutar. No 9 e 10º mês, 
emite balbucios com um padrão de 
entonação semelhantes as palavras faladas 
no seu meio. 
à A linguagem gestual, aparece no 2º 
semestre de vida e é fruto da significação 
dada pelo seu meio. Nessa fase é comum a 
criança apontar e obedecer comandos 
verbais, bater palmas, acenar e mandar 
beijinho. Por volta dos 12 meses, vão 
surgir as primeiras palavras e nos 18 meses 
começam as frases simples e a partir daí 
aumenta o repertório de palavras da 
criança. E também as falas com trocas de 
turnos começam a ocorrer. 
Pode-se deduzir que, ao abordar uma 
criança com suspeita de problema no seu 
desenvolvimento, precisa de mais uma 
consulta para se afirmar a possível 
condição do paciente. Frequentemente, é 
necessária uma equipe multidisciplinar 
com competência para esse enfrentamento, 
não se esquecendo do apoio psicossocial 
aos familiares. 
ALTERAÇŌES DE CRESCIMENTO: 
Lídia Negrão – Med3 
 
4 
à O crescimento de uma criança vai 
depender de fatores intrínsecos e 
extrínsecos e pode ser dividido em duas 
fases distintas: a pré-natal e a pós-natal. 
à Pré-natal: Durante o crescimento, 
fatores associados a saúde materna e à 
placenta constituem os fatores extrínsecos 
ao feto. A carga genética e a integridade do 
sistema endócrino são os fatores 
intrínsecos. 
à Pós-natal: Os fatores extrínsecos são: o 
acesso a nutrientes, o ambiente 
psicossocial e o acesso a medidas 
preventivas de saúde. Os aspectos 
intrínsecos são semelhantes aos do período 
pré-natal, sendo que, nessa fase o 
crescimento depende do hormônio do 
crescimento (GH) 
à A falta de saúde, seja ela física ou 
mental por convívio em um ambiente 
hostil, pode afetar o crescimento. 
à O crescimento deve ser estimulado com 
uma nutrição adequada, prática de esportes 
e obtenção de um sono que seja 
restaurador. Uma alimentação nutritiva 
com a presença dos macro e 
micronutrientes juntamente com a prática 
de esportes colaboram para que a criança 
atinja seu potencial de crescimento. 
à A carga genética individual de cada 
criança tem dois aspectos importantes. O 
primeiro é que não haja anomalias 
estruturais ou numéricas ou mutações 
capazes de influenciar a integridade dos 
sistemas necessários para um crescimento 
normal. O segundo aspecto genético 
importante é o histórico familiar, que pode 
ser avaliado pela simples observação da 
altura dos pais e dos avós. 
à Por meio da altura dos pais (se eles não 
forem portadoras de alguma doença que 
afete o crescimento) é possível calcular o 
‘’alvo genético’’ – Cálculo de potencial de 
altura (estatístico) 
• 10% dos filhos de um casal saudável 
podem apresentar uma altura adulta 
acima ou abaixo do alvo genético. 
HORMÔNIOSE FATORES 
NECESSÁRIOS CRESCIMENTO: 
à O principal fator de crescimento, nos 
dois períodos é a IGF-I, que age na epífise 
de crescimento. 
à No período pós-natal, a IGF-I sob 
regulação direta do GH, é produzida no 
fígado e liberada na circulação e também 
produzida diretamente na epífise óssea. 
à O GH é produzido na hipófise, também 
tem ação direta na placa de crescimento. 
Enquanto a IGF-I estimula a expansão e a 
hipertrofia, o GH vai estimular a 
diferenciação celular. 
• Os hormônios tireoidianos 
estimulam a produção e a secreção 
de Gh e estimulam a síntese de 
IGF-I (GH- dependente). Além disso 
os hormônios tireoidianos tem um 
efeito direto na placa de 
crescimento, estimulando a 
diferenciação terminal dos 
contrócitos e a atividade dos 
osteoclastos 
• Os glicocorticoides apresentam um 
efeito agudo de estimular o 
Lídia Negrão – Med3 
 
5 
crescimento, mas uma exposição 
crônica a níveis elevados de 
glicocorticoides causa uma 
diminuição da síntese e da 
sensibilidade ao GH, assim, 
comprometendo o crescimento. 
• Os esteroides sexuais (androgênios e 
estrogênios) apresentam receptores 
específicos na placa de crescimento, 
além de estimularem a síntese de 
GH. O fechamento das epífises de 
crescimento é um efeito direto dos 
estrogênios. 
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO: 
à Obtenção de dados antropométricos. 
• O comprimento de crianças com 
menos de três anos de idade deve ser 
obtido com um estadiômetro infantil 
ou uma régua horizontal. A criança 
deve estar em posição supina com a 
linha que conecta o meato auditivo 
interno externo e o canto do olho 
perpendicular ao corpo, os pés 
devem estar juntos. 
Para crianças com mais de 2 anos se usa o 
estadiômetro fixo, graduado em 
milímetros. Essa aferição é feita com a 
criança descalça, mantendo os calcanhares 
juntos e encostados na parede. A cabeça 
deve ser mantida com a linha conectando o 
meato auditivo externo e o canto do olho 
perpendicular ao eixo do corpo. 
GRÁFICO DE CRESCIMENTO: 
Para avaliação do crescimento, deve-se 
sempre utilizar o gráfico do crescimento 
para comparar com a altura esperada para 
crianças esperadas do mesmo sexo e idade, 
para acompanhar as possíveis alterações na 
velocidade de crescimento. 
IDADE ÓSSEA: 
É calculada pela avaliação de uma 
radiografia da mão e do punho esquerdos e 
é o modo pelo qual os endocrinologistas 
podem acompanhar o grau de maturação 
corporal. O calculo da idade óssea é feito 
comparando-se os centros de ossificação 
visíveis da mão esquerda de uma criança 
com os padrões previamente estabelecidos. 
CRESCIMENTO PÓS NATAL: 
A criança ao nascer apresenta um 
comprimento relacionado ao aporte 
nutricional intrauterino. Nos primeiros 
dias, o recém nascido pode perder ate 10% 
do seu peso de nascimento, retornando o 
peso em ate 2 semanas 
à Nos primeiros dois anos de vida, a 
criança aumenta ou diminui a velocidade 
de crescimento para se posicionar na curva 
de crescimento em um patamar condizente 
com as características genéticas. (Crianças 
que nascem grande, de família de estatura 
baixa, mudarão de percentil, ou seja, irá 
diminuir o crescimento num desvio 
fisiológico.) 
à A velocidade de crescimento continua a 
diminuir, atingindo seu ponto mais baixo 
(5,5 cm/ano) logo antes do inicio da 
puberdade. Nessa idade os efeitos de GH e 
dos hormônios tireoidianos são mais 
evidentes. (Na infância) 
PUBERDADE: 
Lídia Negrão – Med3 
 
6 
Na puberdade, a velocidade de crescimento 
aumenta em razão da presença dos 
esteroides sexuais. É nessa etapa que as 
diferencias de velocidade crescimento 
entre sexos aparece. 
 
à As meninas começam a puberdade 1 a 2 
anos antes dos meninos, e apresentam o 
estirão de crescimento no inicio do 
processo puberal. 
à Os meninos apresentam um estirão 
puberal no final da puberdade e tem um 
pico na velocidade de crescimento maior 
do que as meninas. 
• O crescimento se encerra com o 
fechamento das epífises de 
crescimento, o qual ocorre primeiro 
nas meninas, por terem o processo 
puberal primeiro 
• O atraso no fechamento das epífises 
dos meninos e o pico maior na 
velocidade de crescimento faz os 
homens serem, na media 13cm mais 
altos que as mulheres. 
CRESCIMENTO ALTERADO: 
à Alta estatura: Geralmente, é de origem 
familiar na infância ou relacionado a uma 
exposição precoce a níveis elevados de 
esteroides sexuais, não fisiológicos para 
aquela idade. 
• O avanço na idade óssea antecipa o 
inicio da puberdade, mas não traz 
repercussão na estatura adulta. 
• O avanço constitucional do 
crescimento e puberdade (ACCP) é 
uma condição em que o crescimento 
está levemente acelerado e esse 
avanço na idade óssea antecipa o 
inicio da puberdade, mas não muda 
a estatura adulta. 
• As crianças expostas frequentemente 
a níveis altos de esteroides sexuais 
apresentam alta estatura no período 
de crescimento, mas como 
aceleração na maturação da idade 
óssea, ocorre o comprometimento da 
altura adulta, levando a uma baixa 
estatura. 
àCausas: 
• Constitucional 
• Puberdade precoce 
• Obesidade exógena 
• Gigantismo 
• Síndrome de Marfan 
Lídia Negrão – Med3 
 
7 
• Síndrome de Klinefelter (47, XXY) 
As crianças com obesidade exógena, são 
altas, apresentam quadro de ACCP, 
atingindo antecipadamente, a altura alvo 
esperada. 
à Baixa estatura: A grande maioria é de 
origem familiar. A fisiopatologia pode 
envolver diversos mecanismos isolados ou 
a associação entre eles. 
• Baixa estatura idiopática (BEI) 
É definida axiologicamente como 
uma altura mais de 2 desvios padrão 
abaixo da media, sem sinais de 
doenças endócrinas ou pediátricas 
evidenciadas. Crianças nascidas 
pequenas para a idade gestacional 
estariam excluídas dessa 
classificação. Dentro dessa nova 
classificação de BEI, há duas 
grandes subdivisões relacionadas ao 
histórico familiar de baixa estatura e 
à idade óssea. 
 
à Causas: 
(BEI) 
• Variantes da normalidade 
• Baixa estatura familiar (BEF) 
• Retardo constitucional do 
crescimento e puberdade (RCCP) 
(Causas patológicas) 
• Desproporcional 
• Displasias ósseas 
• Proporcional 
• Pré-natal 
• Retardo do crescimento intrauterina 
(RCIU) 
• Síndromes genéticas 
Entre outras... 
à Baixa estatura desproporcional: 
• São chamadas de displasias ósseas – 
acondroplasia, hipocondroplasia, 
displasias metafisarias e epifisárias. 
• Nessas crianças, por uma alteração 
genética, a cartilagem de 
crescimento não é normal, e o 
crescimento dos ossos longos está 
prejudicado. A relação entre corpo e 
membro é desproporcional, porque o 
crescimento vertebral não está 
afetado. 
à Baixa estatura proporcional (Pré-natal) 
Lídia Negrão – Med3 
 
8 
Pequenos para a idade gestacional 
(PIG)/retardo do crescimento intrauterino 
(RCIU) 
Este diagnóstico é feito no momento do 
nascimento por meio da correlação entre a 
idade gestacional e o peso e/ou compri- 
mento de nascimento. Os recém-nascidos 
podem ser adequados para a idade 
gestacional (AIG), pequenos para a idade 
gestacional (PIG) ou grandes para a idade 
gestacional (GIG). 
Dez por cento das crianças que nascem 
PIG não fazem uma recuperação do 
crescimento até o 2o ano de vida. Além de 
risco maior de baixa estatura, as crianças 
nascidas pequenas apresentam um risco 
maior de apresentar adrenarca precoce 
(produção de esteroides sexuais pela 
suprarrenal) e na vida adulta, síndrome 
plurimetabólica e hipertensão arterial. 
REGULAÇÃO ENDÓCRINA: 
à Na fase pós-natal, o GH estimula o 
crescimento por sua ação direta na 
diferenciação celular, na placa de 
crescimento e no hepatócito, onde aumenta 
a secreção de fator de crescimento IGF-I 
(insulina-símile) 
 
Os hormônios tireoidianos são necessário 
para o crescimento desde a infância pela 
ação de estimulo à produção e secreção de 
GH, síntese de IGF-I e ação direta sobre a 
placa epifisária. 
No inicio da puberdade, além das 
elevações dos níveis séricos dos esteroides 
sexuais, se tem um aumento na frequência 
e na amplitude de pulsosde GH, com 
aumento de duas até dez vezes a 
quantidade de GH secretada por cada 
pulso, o que vai aumentar a produção de 
IGF-I pelo fígado. 
à Vai agir também em outros órgãos, 
como musculatura cardíaca, diafragma, 
adipócitos e sistema hematopoiético, o que 
é essencial para adequar esses órgãos ao 
crescimento. 
• Durante a puberdade os esteroides 
sexuais, principalmente os 
estrógenos, são essenciais para 
acelerar o crescimento por meio da 
ação em receptores específicos da 
placa epifisária, promovendo o 
crescimento e também decretando o 
fechamento das epífises. 
• O crescimento na adolescência é 
desproporcional, iniciando pelas 
extremidades distais. Depois do 
crescimento dos pés e das mãos, 
ocorre o crescimento das 
extremidades proximais e por 
ultima, o do tronco, retomando a 
harmonia e proporção do corpo. 
• As meninas, além de iniciarem a 
puberdade mais cedo, apresentam 
um pico de velocidade (PVC) mais 
precocemente que os meninos, entre 
os estádios 2 e 3 de Tanner. Os 
meninos apresentam PVC nos 
estágios 3 e 4 de Tanner e desacelera 
mais tarde. 
 
 
Lídia Negrão – Med3 
 
9 
PUBERDADE: 
à Desde o 3º trimestre da gestação até os 
6 meses de vida, há uma ativação parcial 
do sistema hipotalâmico-hipofisário-
ovariano (HHO) que ocasiona algumas 
manifestações clínicas como a telarca, 
tropismo genital, acne neonatal (mini 
puberdade). 
à Depois dos 6 meses de idade há uma 
redução significativa dos níveis de 
hormônio luteinizante (LH) e o hormônio 
folículo-estimulante (FSH) que 
permanecem baixos até a puberdade. 
à Os um momento, os fatores permissivos 
(neuropeptídios, leptina, insulina, IGF-1 e 
estímulos oriundos de centros cerebrais 
superiores) atuam sobre o sistema HHO, 
aumentando a frequência e amplitude de 
produção da produção do hormônio 
liberador de gonadotrofinas (GnRH) pelos 
neurônios hipotalâmicos, via sistema porta-
hipofisário, ativam receptores específicos 
localizados na adenoipófise, aumentando a 
produção de gonadotrofinas. 
 
à A liberação de FSH e LH estimula os 
ovários e testículos a produzirem os 
esteroides sexuais que vão induzir todo o 
processo de mudança do corpo, 
capacitando o organismo para a 
reprodução. 
à Além do eixo HHO, há necessidade de 
outros mecanismos que terão ação 
simultânea no crescimento e 
desenvolvimento físico na puberdade. 
• Produção de androgênios pelas 
glândulas adrenais, controlada pelo 
ACTH, é anterior à produção de 
esteróides gonadais, ocorrendo entre 
6 e 8 anos (adrenarca) 
• Responsável pelo odor nas 
secreções, aumento na oleosidade da 
pele, aparecimento e manutenção 
pílica axilar e púbica durante a 
puberdade. 
• O desenvolvimento e a maturação 
sexual são acompanhados pelos 
critérios de Marshall e Tanner. 
 
 
 
 
 
 
Lídia Negrão – Med3 
 
10 
ESTÁGIOS DE TANNER: 
 
SINAIS DE ALERTA PARA 
TRANSTORNOS DE 
DESENVOLVIMENTO PUBERAL: 
• Inicio da puberdade antes dos 8 anos 
nas meninas e dos 9 nos meninos 
• Discordância entre os sinais puberais 
e o sexo 
• Ausência de sinais puberais aos 13 
anos nas meninas 
• Ausência de sinais puberais aos 14 
anos nos meninos 
à Nas meninas a primeira manifestação 
clínica é o aparecimento do broto mamário 
(telarca) em resposta ao inicio da produção 
estrogênica pelos ovários. 
à Nos meninos pelos penianos e aumento 
dos testículos e também podem apresentar 
ginecomastia transitória que pode 
desaparecer em 1 e 2 anos. 
PUBERDADE PRECOCE: 
à Ocorre quando o desenvolvimento dos 
caracteres sexuais acontece antes dos 8 nas 
meninas e antes do 9 nos meninos. 
à Ocorre por exposição crônica a 
esteroides sexuais usados para tratamento 
de outras doenças ou síndrome de 
McCune-Albright 
à A puberdade precoce pode ser de 
origem central, dependente de 
gonadotrofinas, ou periférica, independente 
das gonadotrofinas. Outra classificação 
importante diz respeito à concordância dos 
caracteres sexuais com o sexo do 
indivíduo. Então, pode ser de padrão 
isossexual, normalmente central ou 
heterossexual, de causa periférica 
(virilização ou feminização). 
à Diagnostico é verificando e 
classificando os caracteres sexuais de 
acordo com os critérios de Tanner. 
à Tratamento é o bloqueio da produção de 
gonadotrofinas para estabilizar ou regredir 
os caracteres sexuais e desacelerar a 
maturação esquelética. 
ATRASO PUBERAL: 
Atraso puberal é a falta de 
desenvolvimento dos caracteres sexuais 
Lídia Negrão – Med3 
 
11 
secundários aos 13 anos nas meninas e aos 
14 nos meninos, ou seja, ausência de broto 
mamário e testículo menor que 4ml. 
à Causa comum é o ACCP, que é mais 
frequentemente nos meninos. 
• Tanto a puberdade quanto a 
maturação óssea e o crescimentos 
estão atrasados por falta de ativação 
do eixo HHO. (pode ser 
hipogonadismo) 
• A prática de exercícios intensos 
pode causar atraso puberal;

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