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[RESUMO] DERMATOFITOSES II

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DERMATOFITOSES II 
prof. SARAH 
 
TINEA PEDIS 
 
A ​tinea pedis ​acomete a ​sola dos pés e região interdigital​, podendo ter 3 formas.  
 
Na forma ​intertriginosa​, há fissuras entre os dedos (que podem sangrar), podendo ter prurido e até                               
formar um odor fétido (normalmente quando há bactérias também). É conhecida como pé-de-atleta,                         
sendo bastante frequente em pessoas que praticam natação, bem com em pessoas que não secam                             
adequadamente os pés. 
 
Na forma ​desidrótica​, se formam vesículas contendo líquido na região plantar. 
 
Já na forma ​hiperceratósica ​(ou hiperqueratótica), há a formação de placas eritemato-escamosas                       
em região plantar e bordos laterais do pé.  
 
Como ​principais agentes​, cita-se: T. rubrum, T. mentagrophytes e E. floccosum. 
 
 
 
 
TINEA UNGUIUM 
 
A ​tinea unguium pode acometer as ​unhas das mãos e pés​, porém é mais frequente nos pés. Pode                                   
ser classificada de diversas formas. 
 
A ​tinea subungueal distal é a mais frequente, podendo tanto atingir a borda livre da unha, quanto                                 
pode atingir a lateral da unha, na tinea lateral. Pode ocorrer a tinea ​tinea subungueal distal e lateral. 
Geralmente, quando o fungo começa a consumir a queratina, ela muda sua coloração, ficando mais                             
opaca ​e, às vezes, até avermelhada (T. rubrum). Fica também ​mais espessa​. 
 
Principais agentes:​ T. rubrum, T. mentagrophytes. 
 
 
No tipo ​branco superficial​, aparecem ​manchas brancas na parte média da lâmina superior​, sendo                           
um tipo mais raro e acontece normalmente em pacientes com alguma imunodeficiência. 
 
Principais agentes: T. rubrum, T.         
mentagrophytes. 
 
No tipo ​subungueal proximal​, aparecem         
manchas brancas na região proximal, indo em             
direção a porção distal. É raro. 
 
Principais agentes: T. rubrum, T.         
mentagrophytes. 
No tipo ​distrófica total​, ocorre uma evolução             
(pode ser de qualquer uma das formas             
anteriores) que cursa com o consumo de toda a                 
queratina local, se tornando crônica e termina             
com a destruição da unha, podendo haver             
queda dela. Isso pode ocorrer se as formas               
anteriores não forem tratadas. 
 
Principais agentes: T. rubrum, T.         
mentagrophytes. 
 
 
 
TINEA CRURIS 
 
A ​tinea cruris acomete a virilha, raiz das coxas períneo ou até a região interglútea (pode ocorrer em                                   
outras regiões que permitem a maceração do estrato córneo como inframária e axilar). Ocorre uma                             
lesão descamativa​, com ​bordo eritemato-vesiculoso ou pustuloso e de caráter pruriginoso (prurido                       
noturno é uma queixa comum). Geralmente é bilateral e contagiosa. 
 
Obs.: um diagnóstico diferencial é o eritrasma,             
que tem lesões bem parecidas. À lâmpada de               
Wood, é possível diferenciar pois o eritrasma             
fica avermelhada. 
 
A tinea cruris normalmente afeta essas regiões             
que acumulam mais calor, são mais úmidas, em               
que há maceração da camada córnea. 
 
Principais agentes: T. rubrum, T.         
mentagrophytes e E. floccosum. 
 
 
 
 
 
TINEA CAPITIS (TONSURANTE) 
 
A ​tinea capitis é a mais frequente, acometendo preferencialmente crianças em idade escolar (4 a                             
10 anos), pois estas não apresentam ​ácidos graxos ​ainda (nessa idade) com ação antifúngica. É                             
caracterizada pelo aparecimento de uma ou mais ​placas de alopecia aparente​, onde se observam                           
pequenos fragmentos de pelo emergindo dos folículos pilosos. É facilmente contagiosa. 
 
Principais agentes:​ M. canis e T. tonsurans. 
 
A tinea capitis pode ser de dois tipos. Na forma microspórica há um número reduzido de lesões de                                   
grande diâmetro, apresentando normalmente ​uma única placa de diâmetro maior​. O parasitismo é                         
do tipo ​ectotrix​. À lâmpada de Wood, a fluorescência é esverdeada. 
 
Na forma ​tricospórica​, apresentam-se lesões de ​pequenos tamanhos​, com ​múltiplas placas em que                         
o parasitismo se dá de forma ​endotrix​. 
 
 
 
TINEA CAPITIS (SUPURATIVA) 
 
A ​tinea supurativa é mais frequente em crianças e adultos,                   
sendo mais comum no ​cabelo de mulheres e crianças (lesão                   
única em couro cabeludo) e como ​lesões secundárias em                 
barba e bigode no homem​. Formam-se placas escamosas,               
com edema e rubor, além de secreção purulenta e possível                   
perda de cabelos. Conhecida também como Kérion Celsi. 
 
Principais agentes:​ M. gypseum e T. mentagrophytes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TINEA CAPITIS (FÁVICA) 
 
A ​tinea fávica é uma forma mais rara, tendo sido a primeira doença fúngica diagnosticada. O agente                                 
causal é apenas o ​T. schoenleinii​ (pode causar outras tineas).  
 
A doença ​acomete o couro cabeludo​, e começa ao redor do folículo piloso, liberando algumas                             
gotículas de líquido seroso que formam uma massa que desenvolvem-se em crostas amareladas                         
de hifas (godet ou escútulas) conhecidas como c​rostas fávicas​. 
 
O odor é ​fétido e muitas vezes comparado com urina de rato. Ocorre ​foliculite intensa que pode                                 
evoluir para uma ​alopécia definitiva​.  
 
O parasitismo do T. schoenleinii pode ser do tipo endotrix ​ou ectotrix​, formando bolhas                           
características fora ou dentro do pelo. 
 
 
 
TINEA IMBRICATA (TOKELAU) 
 
A ​tinea imbricata se caracteriza pela formação de               
placas escamosas branco-acinzentadas ​dispostas       
em ​anéis concêntricos ​com bordos elevados. Na             
região da lesão a epiderme é constituída por lamelas                 
que se destacam facilmente. São lesões pruriginosas             
de aspecto liquenizante.  
 
Não há sinais inflamatórios na infecção por tinea               
imbricata. O agente é antropofílico e, portanto, a               
tinea é transmissível de pessoa a pessoa, daí a                 
característica de microepidemias familiares dessa         
dermatofitose. 
 
Agente:​ T. concentricum. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DAS DERMATOFITOSES 
 
Quando o paciente apresenta clínica de dermatofitose, o recomendado é retirada de amostra para                           
análise laboratorial. O médico, nesse caso, deve pedir o ​exame micológico (microscópico) direto                         
bem como a ​cultura​, para análise mais aprofundada do fungo. 
 
Para o ​EMD​, deve-se pegar a amostra (ex.: escamas epidérmicas, escamas ungueais) e fazer a                             
adição de KOH e tinta Parker para análise ao microscópio com ​evidenciação do fungo em questão​.                               
Ao EMD, vê-se as hifas (hialinas) e/ou artroconídios. 
 
Para a ​cultura​, faz-se o isolamento do patógeno em cultivo apropriado para identificação de gênero                             
e espécie do agente etiológico. Faz-se a ​análise macroscópica​, analisando textura, topografia, cor                         
da colônia (essencial) e pigmento (bastante presente no reverso da colônia). Na ​análise                         
microscópica​, analisa-se o micélio vegetativo (septado ou cenocítico / hialino ou demáceo /                         
variações de hifas) bem como estruturas reprodutivas (microconídios ou macroconídios). 
 
Obs.: importante inserir na solicitação laboratorial a hipótese diagnóstica, até para a avaliação do                           
que deve ser colocado no meio de cultura. 
 
O ​diagnóstico histopatológico também pode ser feito, usando o ácido periódico de Schiff, porémnão é necessário. 
 
 
 
CARACTERIZAÇÃO DOS DERMATÓFITOS 
 
Microsporum canis 
 
Cultivo​ → micélio aéreo branco, pulverulento, com reverso amarelo “gema de ovo”. 
Micromorfologia → hifas septadas hialinas, macroconídios fusiformes, com mais de seis células,                       
paredes espessas e pontas afiladas. 
Zoofílico​. 
Ectotrix​. 
 
 
 
 
 
Microsporum gypseum 
 
Cultivo​ → superfície grosseiramente granulosa, bege, com reverso incolor/ castanho. 
Micromorfologia → hifas septadas hialinas com macroconídios fusiformes, com até 6 células                       
internas, paredes delgadas. “Charuto”. 
• Ectotrix. 
• Geofílico. 
 
Microsporum nanum 
 
Pouco interesse para a área médica, pois causam mais dermatofitoses em animais. 
 
 
Trichophyton rubrum 
 
Cultivo​ → colônia algodonosa, cotonosa, com reverso vermelho a vinho (rubro). 
Micromorfologia ​→ hifas hialinas e septadas, microconídios em forma de lágrima, paralelos. 
 
 
 
 
Trichophyton mentagrophytes 
 
Cultivo​ → superfície branca, algodonosa, cotonosa, com reverso de bege a marrom escuro 
Micromorfologi​a → hifas septadas hialinas com microconídios arredondados, alternados ou                   
dispostos em cachos. Presença de hifas em espiral. 
Ectotrix 
Zoofílico 
Urease positiva 
 
Trichophyton tonsurans 
 
Cultivo​ → superfície purulenta, acamurçada, com sulcos, de cor castanho a marrom. 
Micromorfologia → microconídios em forma de gota, elipsoides, alternados nas hifas. Endotrix –                         
Aspecto de centopeia. 
Trichophyton schoenleinii 
 
Cultivo → superfície branca cotonosa, cerebriforme, reverso incolor. Aspecto de cera, vela derretida. 
• Micromorfologia → macroconídios ausentes, microconídios raros. Presença de candelabro fávico. 
• Endotrix (bolhas dentro do pelo). 
• Antropofílico. 
 
 
 
Epidermophyton floccosum 
 
Cultivo → superfície finamente granulosa, acamurçada, com filamentação, verso amarelo                   
esverdeado. 
Micromorfologia → macroconídios clavados, lisos, isolados ou em cachos e apresentando de 01 a                           
09 septos. 
Microconídios ausentes. 
Antropofílico.  
Não parasita o pelo​. 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
Tratamento Tópico 
 
O​ tratamento tópico ​é utilizado em casos de dermatofitoses em que a infecção ​não é disseminada​, 
não acometendo cabelo e unhas. Esses tratamentos são basicamente géis, loções e cremes de 
aplicação local. São usados: 
 
❖ Solução de iodo (1%), ácido salicílico (2%) e ácido benzóico (3%) para lesões de pele glabra, pés 
e unhas. 
❖ Derivados imidazólicos: miconazol (2%), oxiconazol (1%), tioconazol (1%), isoconazol (1%) - 
creme, loção ou pó em uma ou duas aplicações diárias. 
 
Usa-se esses tratamentos para tinea corporis ou cruris (2 semanas) e tinea pedis tipo seco (4                               
semanas). 
 
Tratamento Sistêmico 
 
O tratamento tópico ​é utilizado em casos de               
dermatofitoses normalmente disseminadas e/ou       
crônicas. 
Obs.: ​fungos antropofílicos apresentam       
tendência a resistência a esses tratamentos,           
pois esses microrganismos estão adaptados a           
esses indivíduos.

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