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Serviços públicos

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Conclusão
Conclui-se, então, que serviço público é tudo aquilo direcionado à população e suas necessidades, e que nada mais é do que a obrigação do estado (por mais que seja feita de forma direta ou indireta).
“Serviço público em sentido vulgar seria qualquer serviço prestado pelo poder público, aberto ao público e prestado a todos.” (EBRADI,2018.)
E pode ser encontrado em forma jurídica no artigo 10 da Lei 7783/89, no qual se é regulado os serviços e atividades essenciais do estado que são: Assistência médica, transporte público coletivo, tratamento de lixo e esgoto, distribuição de alimentos e medicamentos, assistência funerária, acesso às telecomunicações, entre outros. O serviço público também é regulamentado pelo Código de Defesa do Consumidor, no qual o artigo 22 regula a obrigação dos órgãos públicos ao fornecimento de serviços adequados, eficientes, seguros e quanto aos essenciais a sua continuidade. E por fim, esses serviços também são regulamentados e são formados à partir de um principal conceito da Carta Magna: o conceito de igualdade e segurança garantida à todos em território nacional em um dos principais artigos da nossa Constituição Federal, o artigo 5°:
“Todos são iguais perante a lei,[...] garantindo-se [...] a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.” (Constituição Federal, 1988.)
Assim tornando todo e qualquer serviço público o meio essencial e contínuo, visto que a população depende de suas utilidades no dia-a-dia e servem como base para a vigência da dignidade humana à princípios básicos e essenciais. Sendo assim, para seu funcionamento adequado formularam-se alguns princípios/pressupostos, sendo eles: A regularidade, ou seja, manter um padrão na forma dos serviços; Continuidade/ permanência, sendo elas o compromisso de manter esses serviços contínuos e vigentes à certas datas e de forma interrupta; A eficiência, sendo assim, manter a qualidade e não desperdiçar nenhum recurso; Segurança para aqueles que prestam o serviço tanto para aqueles que irão usufruir dele; Atualidade, de forma que as práticas de serviço e equipamentos sejam atualizados e adaptados de forma mais moderna e que traga maior benefícios; Generalidade no atendimento e prestação de serviço, de forma que todos sejam tratados igualmente e sem distinções; Cortesia, que aplica-se ao modo de tratar a pessoa atendida de forma moral e educada e por último a Modicidade das tarifas, que de forma geral seria não exagerar nos preços de forma que as tarifas tenham preço razoável. 
Além disso o serviço público pode ser classificado de três maneiras diferentes: Serviços essenciais, serviços aos objetos (comércios, administração pública e serviços sociais) e serviços aos usuários. Dos serviços essenciais temos: Os serviços indelegáveis: aqueles que não precisam de execução de terceiros, por exemplo o Serviço de Segurança Nacional; e os serviços delegáveis: aqueles que precisam da execução de terceiros, como o serviço de produção de energia elétrica. Dos serviços aos objetos: Serviços administrativos, serviços comerciais ou industriais e serviços sociais. E por fim dos serviços aos usuários: serviços públicos individuais, ou uti singuli, prestados à pessoas específicas; e serviços públicos gerais, ou uti universi, prestados ao público de forma coletiva para o todo.
Fora essas classificações o serviço público é definido em diferentes espécies relacionadas à entidade que se é prestado esse serviço, a sua obrigatoriedade, forma de execução, exclusividade e essencialidade. Quanto à entidade competente, podem ser: federais, estaduais, distritais ou municipais; quanto à obrigatoriedade, podem ser: compulsórios (como a coleta de lixo) ou facultativo (como serviços postais); quanto à forma de execução, podem ser: de execução direta (pela própria Administração Pública e seus agentes) ou indireta (prestado por concessionário, permissionários); quanto à exclusividade, podem ser: exclusivos, ou próprios (serviço postal, correio aéreo nacional, telecomunicações, radiodifusão, energia elétrica), e não exclusivos, ou impróprios, (executados pelo Estado ou pelo particular, como educação, saúde, previdência e assistência social); quanto à essencialidade são: essenciais (que não podem faltar, pois são de necessidade pública como segurança externa e serviços judiciários) e não essenciais (considerados por lei ou por sua própria natureza, apenas de utilidade pública).
Entre as formas no qual a prestação dos serviços públicos é importante lembrar que existem três formas, os serviços centralizados: prestados diretamente pelo Poder Público, em seu próprio nome e sob sua exclusiva responsabilidade. Os serviços desconcentrados: quando há distribuição de competência, por meio da criação de repartições, no interior de uma autarquia, por exemplo. E os serviços descentralizados: prestados por terceiros, para os quais o Poder Público transferiu a titularidade ou a possibilidade de execução. E esse serviços podem ser prestados de forma direta e indireta, de forma direta quando a prestação do serviço é feita pelo próprio responsável, ou seja, sem a interposição de terceiros, e indireta quando o responsável pela prestação dos serviços públicos interpõe terceiro para a respectiva execução.

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