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15 Vascularização do Pescoço

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Juliana Geller - 103
Vascularização 
do Pescoço 
Livro Referência: Moore 
Introdução 
Os vasos que irrigam o pescoço tem origem no arco 
aórtico (faz uma curvatura para esquerda e posterior ao 
mesmo tempo). Desse arco saem 3 artérias, sendo a 
p r i nc i pa l o t ronco b raqu ioce fá l i co - mede 
aproximadamente 5 cm de comprimento e está 
localizado mais à direita e anterior em relação aos outros 
vasos (artéria carótida comum esquerda e artéria 
subclávia esquerda). 
DIREITA ——————> ESQUERDA 
Tronco B. Carótida C..E. Subclávia E. 
O tronco braquiocefálico se dirige lateralmente (direita) 
em relação à linha mediana e possui seu trajeto no 
interior do tórax e vai se bifurcar posteriormente à 
articulação esternoclavicular em artéria carótida comum 
direita e artéria subclávia direita. Os ramos esquerdos, 
diferentemente dos ramos direitos - que ja se iniciam na 
abertura anterior do pescoço e mantêm seu trajeto 
exclusivamente no pescoço -, possuem o seu trajeto no 
tórax, se relacionando à estruturas como a cúpula da 
pleura, na qual os vasos sulcam e marcam uma 
impressão nos pulmões. 
Artérias Carótidas 
Comuns 
São as duas artérias que tem a principal função de nutrir 
as estruturas do pescoço e da cabeça. 
A artéria carótida direita tem seu início posterior à 
articulação esternoclavicular, um trajeto inteiramente 
cervical - da articulação à margem superior da cartilagem 
tireoidea (C4). Nesse trajeto, normalmente, ela não dá 
nenhum ramo, apenas no nível de C4, onde ela se 
bifurca nos sesu ramos terminais (carótida interna e 
externa). Ela é envolvida pela bainha carotídea, junto com 
a veia jugular interna e o nervo vago (artéria - medial; 
veia - lateral; nervo - posterior). 
E l a es tá profunda aos segu in tes múscu los : 
esternocleidomastoideo e infra-hioideos (omo-hioideo; 
esterno-hioideo e tireo-hioideo) e também está profunda 
à alça cervical do plexo cervical - responsável pela 
inervação dos músculos infra-hioideos. 
Entre a bainha carótica e os músculos pré-vertebrais 
existe a cadeia simpática paravertebral (ou tronco 
simpático) onde estão localizados os gânglios do sistema 
nervoso autônomo. Assim, essa cadeia simpática está 
posterior à artéria carótida comum. 
No ponto de bifurcação da artéria carótida comum, são 
encontradas duas estruturas: 
- Seio carótico: dilatação da carótida comum que se 
estende para o início da carótida interna. Esse seio 
apresenta receptores especializados na captação da 
pressão arterial. A parede da artéria, perante uma 
situação de elevada pressão sanguínea, cede mais e 
esses receptores captam a informação e levam ao 
SNC, que responde com estímulos de bradicardia ou 
vasodilatação periférica, para que o corpo volte à 
homeostase. 
- Glomo carótico: está localizado na bifurcação da 
artéria carótida comum, com receptores que 
determinam a concentração de oxigênio circulante no 
sangue, gerando um reflexo do sistema autônomo 
para reverter uma baixa de O2, através de medidas 
como taquicardia ou taquipneia para melhorar a 
oxigenaçào sanguínea. 
Essas estruturas normalmente são inervadas por ramos 
dos nervos glossofaríngeo e vago, através de fibras 
aferentes que captam as informações dessas estruturas. 
Caso ocorra a compressão do seio carótico - o que gera 
um aumento abrupto da pressão - isso leva à síncope 
(desmaio), devido à bradicardia do efeito reverso, além 
de hipoxia. 
Artéria Carótida 
Interna 
É uma continuação no longo eixo da carótida comum e 
se dirige ao crânio sem se ramificar, entrando através do 
canal carótico, emergindo lateralmente ao corpo do 
esfenoide - no sulco carótico - onde ela se curva 
superior e depois posteriormente, formando o sifão 
carotídeo (curvatura dentro do seio cavernoso). Por isso 
ocorrer dentro do seio cavernoso, essa porção da 
artéria recebe o nome de parte cavernosa. Ela dá um 
ramo que vai em direção à órbita - artéria oftálmica - 
Juliana Geller - 103
que dá dois ramos - supratroclear e supraorbital - que 
emergem na face e no couro cabeludo, os quais se 
anastomosam com ramos da artéria carótida externa 
(ramo frontal da artéria temporal superficial). Isso forma 
uma importante via de circulação colateral 
Obs: as partes da artéria são 
- Parte cervical; 
- Parte petrosa (dentro do canal carótico); 
- Parte cavernosa (dentro do seio cavernoso) 
Depois dessa curvatura, ela termina inferiormente ao 
processo clinoide anterior, onde dá seus ramos terminais: 
artéria cerebral média e artéria cerebral anterior 
Artéria Carótida 
Externa 
Também se inicia no nível da margem superior da 
cartilagem tireóidea (C4) - no ponto de bifurcação - e se 
estende até o colo da mandíbula, onde dá seus dois 
ramos terminais: temporal superficial e maxilar. Ela 
também emite ramos colaterais no pescoço além dos 
terminais. 
RAMOS DA ACE 
▹ Face anterior 
- Artéria Tireóidea Superior 
Irriga a glândula tireoide e a laringe. Pode ser 
variavelmente um ramo da artéria carótida comum. Passa 
profunda aos músculos infra-hioideos e ECM, irrigando-os 
e depois vai em direção à glândula tireoide (também 
irrigando-a). Como esses ramos caminham em direção à 
linha mediana, eles se anastomosam com a artéria 
tireoidea superior contralateral. 
Além de suprir a tireoide, ela faz anastomose 
posteriormente com a artéria tireoidea inferior, que é 
ramo da artéria subclávia - tronco tireocervical -, sendo 
uma importante circulação colateral entre a subclávia e a 
artéria carótida externa. 
Ramo da Tireoidea Superior: 
⇢ Artéria Laríngea Superior 
Perfura a membrana tireo-hioidea e vai fazer a nutrição 
da laringe. 
- Artéria Lingual 
Passa em direção ao assoalho de boca e penetra nesse 
espaço profundamente ao músculo hioglosso. Vai irrigar a 
língua e o conteúdo do assoalho da boca. 
Forma uma alça superficial ao constritor médio da faringe 
e depois passa profundamente ao hioglosso. 
Obs: superficial ao hioglosso - nervo lingual e nervo 
hipoglosso 
Ramos da Lingual 
⇢ Artéria Dorsal da Língua 
⇢ Artéria Sublingual 
⇢ Artéria Profunda da Língua 
Apesar da veia lingual acompanhar a artéria de mesmo 
nome, a principal drenagem venosa da língua é feita pela 
veia acompanhante do nervo hipoglosso. 
- Artéria Facial 
Não se aprofunda nos músculos da região. Irriga a face e 
emite ramos no pescoço que participam da irrigação, 
principalmente, de estruturas da faringe. 
Ramos Cervicais da Artéria Facial: 
⇢ Artéria Palatina Ascendente 
⇢ Ramo Tonsilar 
⇢ Ramos Glandulares 
⇢ Artéria Submentual 
▹ Face posterior 
- Artéria Occipital 
Na sua origem cruza a ACI, passa profundamente ao 
ventre posterior do digástrico e se coloca no sulco da 
artéria occipital, medial ao processo mastoideo. 
Obs: o nervo hipoglosso cruza a origem da artéria 
occipital 
- Artéria Auricular Posterior 
Irrigação da parte posterior do couro cabeludo e pavilhão 
auricular. 
▹ Face medial 
- Artéria Faríngea Ascendente 
Maior parte do seu trajeto é profunda e paralela à 
carótida externa. 
Obs: todos os ramos da carótida externa que caminham 
em direção à linha mediana fazem anastomose com os 
ramos do lado oposto, isso é uma anastomose 
importantíssima da ACE. Se um paciente tem uma 
obstrução da carótida externa esquerda, ele ainda pode 
sobreviver, devido à circulação colateral. 
Artéria Subclávia 
Ela é dividida em 3 porções, através da relação ao 
músculo escaleno anterior, sendo assim: 
- 1ª parte: medial ao músculo 
Juliana Geller - 103
- 2ª parte: posterior ao músculo 
- 3ª parte: lateral ao músculo 
A veia subclávia e a veia jugular interna são superficiais 
ao músculo escaleno anterior, assim como o nervo vago 
e frênico. 
Ramos da Primeira Divisão: 
1. Artéria Vertebral 
Entra no crânio através do forame magno. As artérias 
vertebrais de cada lado vão se unir no interior do crânio 
para formar a artéria basilar que faz nutrição do encéfalo 
2. Artéria Torácica Interna (mamária) 
3. Tronco Tireocervical 
a) Artéria Tireoidea Inferior: forma uma circulaçãocolateral subclávia-ACE através da anastomose com 
a tireoidea superior 
b) Artéria Cervical Transversa: dá o ramo cervical 
superficial 
c) Artéria Supraescapular 
Ramos da Segunda Divisão: 
1. Tronco Costocervical 
a) Artéria Cervical Profunda 
b) Artéria Intercostal Suprema 
Ramos da Terceira Divisão 
1. Artéria Dorsal da Escápula 
CIRCULAÇÃO COLATERAL: anatomose da carótida 
externa e subclávia ou ACE-ACE 
A) Artéria Tireoidea Superior (ACE) com Artéria 
Tireoidea Inferior (subclávia) 
B) Artéria Occipital (ACE) com as Artérias Cervical 
Profunda e Cervical Transversa (subclávia) 
C) Anastomose contralateral da ACE: aa. Occipitais ou 
aa. Linguais 
Drenagem Venosa 
A veia jugular externa e a veia jugular anterior estão 
superficiais à lâmina superficial da fáscia cervical, 
localizadas na tela subcutânea. Ambas drenam para a veia 
subclávia. 
Já a veia jugular interna está dentro da bainha carotídea 
e também drena para a veia subclávia - o ponto de 
união delas recebe o nome de ângulo venoso. 
Se o paciente tiver uma lesão próxima ao trígono omo-
clavicular, a veia terá dificuldade para colabar, porque a 
adventícia desse vaso está aderida à fáscia. Isso favorece 
a entrada de ar, dando origem à uma embolia gasosa. 
O plexo pterigoideo forma a veia retromandibular, a qual 
se bifurca em ramo anterior e posterior. O ramo 
posterior se junta com a veia auricular posterior, 
formando a veia jugular externa. O ramo anterior se 
junta com a veia facial, formando a veia facial comum. A 
veia facial comum, veia lingual e veia tireoidea superior 
drenam para a jugular interna. 
As vezes, as veias jugulares anteriores se juntam na linha 
mediana formando um arco venoso jugular. Na 
traqueostomia, tem que ter cuidado com essa veia, caso 
contrário, será necessário fazer uma angiorrafia. 
Drenagem Linfática 
Existem linfonodos profundos e superficiais da cabeça e 
do pescoço. 

Os linfonodos superficiais da cabeça são: occipitais, 
mastóideos, parotídeos superficiais e faciais (ao redor da 
veia facial) 

Obs: na face, a lâmina superficial da fáscia cervical é 
contínua com a fáscia parotideomassetérica. 

Os linfonodos profundos da cabeça são: linfonodos 
parotídeos profundos, linfonodos retrofaríngeos. 

Os linfonodos superficiais do pescoço: localizados 
próximos às veias que acompanham. Os linfonodos 
cervicais laterais superficiais acompanham a veia jugular 
externa, e os cervicais anteriores acompanham a jugular 
anterior; linfonodos submentuais e submandibulares, 
estão profundos à fáscia mas são considerados 
superficiais 

Os linfonodos profundos do pescoço são o principal 
grupo que acompanha VJI, os linfonodos cervicais laterais 
profundos; linfonodos cervicais anteriores profundos e 
cervicais laterais profundos; 

A veia jugular interna é cruzada pelo omo-hióideo e pelo 
digástrico. No ponto entre o digástrico e a jugularinterna 
existe o linfonodo jugulodigástrico, e onde o omo-hióideo 
cruza a jugular interna existe o jugulo-omo-hióideo. 

A linfa dessa região é drenada para ao ducto torácico e 
ducto linfático direito.

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