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Estudo Dirigido TCE e TRM

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Karolinne Rodrigues Silva Lemes – 12011ENF069
Estudo Dirigido
1. O que devemos perguntar ao paciente vítima do trauma relacionado a cinemática? Justifique o motivo dessa avaliação.
Deve perguntar qual foi o agente transmissor de energia, por exemplo, se foi queda, saber qual a altura, se foi acidente, qual foi o tipo de colisão, se foi frontal traseira, lateral, rotacional, capotamento, é importante saber se estava ou não com o cinto, porque é importante saber procurar as lesões, com essas informações sabe-se onde procurá-las.
2. Como deve ser a avaliação inicial ao paciente vítima de trauma? Explique 
A avaliação inicial deve ser feita com uma rápida abordagem, intervenção precoce, identificação e reavaliação. Se houver hemorragia externa grave, essa deve ser a primeira abordagem, pois epidemiologicamente, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves; avalia-se a via aérea, quando possível solicitar que o paciente fale; após a garantia de uma boa via aérea deve-se examinar o tórax (ventilação e respiração) em busca de sinais de pneumotórax hipertensivo, hemotórax maciço, tórax instável, pneumotórax aberto ou tamponamento cardíaco e, uma vez identificados, deve-se realizar, simultaneamente, o tratamento especifico de cada lesão; os profissionais devem providenciar a estabilização hemodinâmica do paciente: avaliar nível de consciência, uma vez que alterações no trauma podem causar má perfusão no sistema nervoso central, avaliar PA, pulso, temperatura da pele, enchimento capilar e presença de sangramentos evidentes e ocultos. Nesses momentos, o FAST e os Raios X de tórax e pelve podem ajudar; os médicos devem avaliar o estado neruolófico do paciente politraumatizado utilizando a escala de coma de Glasgow e a resposta pupilar; deve-se verificar se há lesões externas e manutenção da temperatura do paciente, evitando a hipotermia, por meio da verificação, é possível realizar os procedimentos adequados e garantir que o paciente receba o melhor tratamento.
3. Quais são os cuidados de enfermagem aos pacientes vítimas de TRM. Justifique todos os cuidados.
Realizar a mobilização manual, garantindo a estabilidade da cabeça e do pescoço, a fim de minimizar o movimento da coluna em pacientes com lesão da coluna cervical; classificar o paciente baseado no quadro neurológico inicial de acordo com Frankel; de terminar lesões associadas e em outros sistemas; realizar o exame neurológico a fim de determinar o nível de consciência e prognóstico avaliado através da Escala de Coma de Glasgow; avaliação neurológica compreendendo a função cerebral, nervos cranianos, sistema motor, sistema sensitivo e reflexos; controle de drogas prescritas e soros, monitorização de procedimentos invasivos e controle de exames bioquímicos que devem ser colhidos assim que possível
4. Quais os critérios para retirada do colar cervical?
Paciente consciente que não se queixa de dor após palpação da coluna e a realização de movimentos suaves de flexão, extensão e rotação de cabeça, Glasgow = 15.
5. Como podemos classificar os TCE´s? Caracterize essas classificações.
Pode-se classificar em: fratura de crânio, lesão cerebral difusa, lesão focal e ferimento de couro cabeludo.
A fratura de crânio são comuns, mas nem sempre estão associadas a lesão cerebral, apesar de muitas lesões cerebrais graves ocorrem sem fratura craniana, sua identificação é de grande importância devido a possibilidade da presença ou do desenvolvimento de hemorragia intracraniana. As fraturas de crânio podem ser classificadas em: fratura linear sem afundamento – não requer tratamento especifico, somente observação se houver suspeita de lesão cerebral, deve se atentar as fraturas que cruzem o leito vascular ou suturas cranianas, em virtude da possibilidade de hematoma epidural; afundamento craniano – pode não ser uma emergência cirúrgica, dependendo da lesão cerebral, mas devido ao risco de sequelas graves e crises convulsivas de difícil controle, geralmente o tratamento é cirúrgico, com retirava e elevação do fragmento ósseo; fratura de base de crânio – seu diagnóstico se baseia em otoliquorréia ou rinoliquorréia, sinal de Battle, hemotímpano e equimose periorbitária. Esse tipo de fratura muitas vezes não aparece na radiografia convencional, sua suspeita surge devido a presença de ar intracraniano e opacificação do seio esfenoide.
A lesão cerebral difusa geralmente é produzida por rápidos movimentos da cabeça e leva a interrupção das funções cerebrais, pode ser caracterizada em: concussão – distúrbio que não se associa a lesão anatomopatológica, caracterizada por perda rápida das funções neurológicas, com possível confusão ou amnésia temporária, geralmente causa perda temporária ou prolongada da consciência e o paciente pode apresentar cefaleia, náusea e vômitos; lesão axonal difusa – caracterizada por coma prolongado, é uma lesão de alta velocidade com estiramento ou chocoalhamento do tecido cerebral, geralmente causada por aumento da pressão intracraniana secundária ao edema cerebral, causado por mini hemorragias (petequias) em substância branca.
As lesões focais consistem em contusões, hemorragias e hematomas, normalmente exigindo tratamento cirúrgico, classificadas em: contusão – única ou multiplica, geralmente associada a uma concussão, caracteriza-se por longo período de coma e confusão mental, pode ocorrer na área de impacto ou em áreas remotas, lobos frontais e temporais são os locais mais comuns desse tipo de lesão, é indicado tratamento cirúrgico se a contusão for grande e apresentar edema perilesional, causando compressão de tronco cerebral devida a herniação causada pelo efeito massa da lesão.
O ferimento de couro cabeludo pode ser caracterizado por sangramento por lesão de couro cabeludo, podendo ser extenso e, em crianças, pode levar ao choque hipovolêmico.
6. Quais são os cuidados de enfermagem aos pacientes vítimas de TCE. Justifique todos os cuidados.
Os cuidados de enfermagem aos pacientes vítimas de TCE se baseiam na estabilização das condições vitais do paciente, consiste na realização da avaliação primária, garantia da permeabilidade das vias aéreas, estabilização da coluna cervical, oferta de oxigênio, monitorar e avaliar a ECG, realizar a avaliação da reação pupilar, sinais vitais, exame físico, deve-se fazer o uso de protocolos para intervenções e estabilização das condições respiratórias e hemodinâmicas da vítima, o enfermeiro enquanto integrante da equipe multiprofissional deve fazer o acompanhamento da vítima, bem como monitorar o seu estado, a fim de prevenir ou tratar precocemente outras lesões encefálicas. Além disso, o enfermeiro deve manter o paciente em decúbito elevado a 30º com a cabeça em posição neutra, alinhada ao tórax, prevenir hipertermia e hipotermia.
7. Como podemos classificar as hemorragias decorrentes do TCE. Caracterize-as.
Hemorragia intracraniana – classificada em meníngea e cerebral, devido à grande variação de local, tamanho e rapidez de sangramento.
A hemorragia meníngea se subdivide conforme sua localização: hematoma epidural agudo – ocorre sangramento epidural geralmente por lesão de uma artéria dural, sua evolução é rapidamente fatal e essa lesão está associada a fraturas lineares temporais ou parietais, ocasiona perda de consciência seguida de períodos de lucidez, de depressão no nível de consciência e hemiparesia do lado oposto, pode-se encontrar uma pupila fixa e dilada no mesmo lado da lesão ou, as vezes, alteração pupilar contralateral ao hematoma; hematoma subdural agudo – ocorre geralmente por rotura de veias entre córtex e dura, a fratura de crânio está ou não presente, melhor prognóstico quanto mais precoce a intervenção cirúrgica; hemorragia subaracnóide – leva a um quadro de irritação meníngea e apresenta complicações graves, como o aumento da PIC.
A hemorragia cerebral – intraparenquimatosas podem ter qualquer localização, as hemorragias intraventriculares e cerebral estão associadas a altas taxas de mortalidade e as alterações neurológicas são variáveis, dependendo da área afetada edo tamanho da hemorragia.
8. Como deve ser realizada a monitorização neurológica?
Deve-se fazer a monitorização da PIC (pressão intracraniana), observando os três componentes gerados pela pulsação arterial do círculo de Willis e o parênquima cerebral tendo a P1 ou onda de pulso representando o pulso arterial sistólico com relação a complacência cerebral, a P2 ou “tidal wave” que reflete o componente liquórico, venoso e parenquimatoso do SNC e a P3 ou onda dicrótica que está relacionada a elastância cerebral. Realizar a monitorização da autoregulação metabólica a fim de não se ter complicações devido a uma acidose ou alcalose, mas sim um equilíbrio, manter o controle glicêmico, conferir a saturação venosa jugular e a extração cerebral de oxigênio, observar a pressão de perfusão cerebral, que se dá através da mensuração do fluxo sanguíneo realizado por meio do cálculo da PPC, deve-se fazer também a colocação de eletrodos no tecido cerebral com o objetivo de monitorar o metabolismo de O2, realizar a microdiálise, que consiste na monitorização bioquímica do espaço extracelular do tecido vivo, marcadores para avaliar precocemente a isquemia, monitorar a temperatura cerebral e a monitorização de sedação com o BIS – índice Biespectral.
9. Como deve ser feita a avaliação do nível de consciência?
A avaliação do nível de consciência deve ser feita utilizando a Escala de Coma de Glasgow, avaliação das pupilas, avaliação ocular, verbal e motora.

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