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Maria Paula Miranda Mattei | HMC 5° período – PALS aula 1 Dispositivos de Oxigenação Nos dispositivos de oxigenação, o paciente está vivo, com drive respiratório (respira sozinho – puxa e solta ar), precisa apenas do oxigênio. Cateter Nasal ou Cânula Nasal Para paciente com drive respiratório e acordado Para quando o paciente precisa de pouco aporte de O2 – baixo fulo de O2 É um sistema aberto – se ele respira pela boca, o O2 sai por ela Prendemos atrás da cabeça (paciente precisa estar sentado durante todo o efluxo de O2) ou prendemos abaixo do queixo e passamos pela orelha. ↳ precisa decorar essa tabela Não consigo garantir que a porcentagem de O2 escolhida vai ser absorvida Observar que não consigo ofertar 100% Na vida real, usamos até uns 4 L porque o O2 é irritativo para as mucosas nasais e o paciente não consegue ficar com o cateter Máscara de Venturi Para paciente retentor de CO2 (DPOC) e para paciente que respiram pela boca Esses pacientes com DPOC precisam de mini hipóxia para ativar o centro de respiração e fazer a inspiração Se eu ofereço muito O2, eu inibo o centro respiratório e ele esquece de respirar e morre Essa máscara é muito boa para retentores de CO2 porque ela garante que não ocorra hiperóxia → o conector tem furinhos de segurança e oferta apenas a quantidade estabelecida pelo conector mesmo que você aumente o fluxo de O2 ↳ não precisa decorar porque está escrito nas peças Máscara Não Reinalante com Reservatório Paciente tem que respirar sozinho, porque essa máscara só oferta oxigênio, mas não coloca ele “para dentro”. Capaz de oferecer até 100% de O2 Maria Paula Miranda Mattei | HMC 5° período – PALS aula 1 A bolsa deve ficar gordinha → significa que está cheia de O2 Para pacientes graves que precisam de muito O2, mas com drive respiratório ↳ precisa decorar Posso colocar mais de 10 L que a bolsa não estoura (mas 10 L já atende a necessidade) → A partir de agora são dispositivos para pacientes rebaixados, com diminuição de nível de consciência A causa mais comum de obstrução das vias aéreas superiores em paciente inconsciente é a perda do tônus da musculatura da garganta A língua obstrui as vias aéreas porque empurra a epiglote fechando a traqueia O que fazer? Fora do Hospital: 1 – Inspecionar a cavidade oral → se vejo algum material e é “pegável”, eu enfio meus dedos indicador e médio em pinça e puxo (se não dá pra pegar deixa lá). 2 – Caso não tenha nada obstruindo, preciso primeiro abrir as vias aéreas: Posicionamento de Vias Aéreas: Chin Lift Pacientes SEM suspeita de lesão cervical Inclinar a cabeça para trás e puxar o queixo para cima Jaw-Thrust Usado para suspeita de trauma com lesão cervical Puxamos a mandíbula sem inclinação da cabeça Seria bom ter alguém segurando o pescoço, mas se não tiver, sem problemas Na Ambulância Cânula Orofaríngea – COF ou Cânula de Guedel Paciente inconsciente Abre a via aérea → só abre a via e não protege o pulmão Usada em pacientes sob risco de desenvolver obstrução de via aérea provocada pela língua ou por músculos relaxados na via aérea superior Não usamos em caso de trismo e trauma bucal Como medir: Do canto da boca ao ângulo da mandíbula No tamanho certo, ela mantém a língua afastada da parede da faringe Como inserir: Maria Paula Miranda Mattei | HMC 5° período – PALS aula 1 Colocamos virada para o palato (ao contrário da posição final), e ao encostar no palato giro 90º e empurro para dentro Nas crianças, empurramos a língua da criança para baixo e já inserimos na posição final. Cânula Nasofaríngea Abre, porém não protege as vias aéreas Pode ser usado em pacientes conscientes, semi-conscientes ou inconscientes Usado em caso de trismo, trauma bucal, paciente com sutura nas mandíbulas → quando a de Guedel não pode ser usada. Contraindicado em fratura de base de crânio e fraturas nasais Conectamos alguma oferta de O2, como o AMBU Não é tão comum de achar, é mais comum em centro cirúrgico Como medir: Comparar o diâmetro da cânula com o orifício do nariz OU usar o diâmetro do dedo mínimo do paciente Medir o comprimento da ponta do nariz até o lóbulo da orelha Como colocar: Passar lubrificante em volta da cânula (não passar dentro do bisel) e insiro com a ponta oposta do bisel virada para o septo - A parte redonda fica para fora do nariz e a parte pontuda (bisel) para dentro Bolsa Válvula Máscara (AMBU) Usado para ventilar o paciente (quando o paciente não movimenta o tórax) VPP – ventilação com pressão positiva Sempre conectar ao O2 (12-15 L) → não adianta ambuzar sem oxigênio Posso usar tanto em paciente vivo rebaixado quanto em mortos (parada cardiorespiratória) É um dispositivo de transição, não serve pra longos períodos, ou o paciente melhora de vez ou avança para máscara laríngea ou tubo A máscara do ambu sai e posso acoplar ele na máscara laríngea, na cânula nasofaríngea e em outros dispositivos Como usar: Técnica C e E: Dedão e polegar fazem C em volta da máscara e o resto dos dedos pegam a mandíbula em forma de E e puxam um pouco para frente a mandíbula para vedar bem a máscara Em duas pessoas, uma faz o C e o E com as duas mãos e a outra ambuza Aperta metade da bolsa em adultos → apertamos 1 vez a cada 5s Maria Paula Miranda Mattei | HMC 5° período – PALS aula 1 → Está ventilando se o paciente eleva o tórax e pela saturação (lembrar que em parada cardiorespiratória, o paciente não tem saturação não colocar oxímetro) Máscara Laríngea Para pacientes totalmente rebaixados e protege vias aéreas Não é ato médico, enfermeiro pode colocá-la Não é definitiva, pode ficar no corpo por até 6 horas (mas pode ficar 24 horas se extremamente necessária) Em adultos temos basicamente 2 opções: Número 4 → 50-70 kg → cuff de 30 mL Número 5 → 70-100 kg → cuff 40 mL Em adultos com menos de 50 kg, usamos as pediátricas e nos que possuem mais de 100 kg usamos a 5 O cuff (saquinho azul na imagem) é o reflexo de como a máscara está na laringe. Deve estar inflado. A quantidade de ar que preciso inflar vem escrito no cano da máscara Como colocar: Inserir murcha → não totalmente murcha Com uma mão seguro a língua do paciente e com a outra empurro a máscara Ao chegar no local correto, devemos inflar a máscara para ocluir o esôfago e passar ar apenas para a traqueia Inserimos as cegas – sem instrumento, apenas parar quando sentir uma resistência maior Posso ou não lubrificar, mas se lubrificar NUNCA lubrificar a parte do buraco e o lubrificante deve ser a prova de água (xilogel não é) Intubação Ato médico Primeiro tenho que me paramentar e preparar o material Para adultos, sempre usar tubo orotraqueal com cuff para impedir entrada de vômito – homens tubo 8 ou 8,5 e mulheres 7 ou 7,5 (o mais grosso possível) Laringoscópio – sempre segura com a mão esquerda, com a língua do laringo para baixo e o tubo para cima Maria Paula Miranda Mattei | HMC 5° período – PALS aula 1 Fio guia / bougie: não se usa comumente → é um arame que colocamos dentro do tubo para firmar o tubo. Deve ser curto para terminar dentro do tubo para não perfurar traqueia e com uma curva na ponta que fica dentro do tórax O bougie é melhor porque é um guia siliconado que vem com uma curvinha na ponta usado para intubações as cegas EPI: - Máscara cirúrgica (PFF2 em TB) - Óculos - Luva não estéril (de procedimento) Agora com COVID-19: - Todos devem estar paramentados - Máscara N95/PFF2 - Luva - Touca - Face shield - Capote Posicionamento: Hiperestender a cabeça/posição do farejador: a mandíbula deve estar na altura do esterno → se for trauma, não posso estender Apoiamos o laringo na epigoleto e a empurramos para cima. Tenho quever 2 buracos – traqueia e esôfago – passar no branquinho, que é a traqueia COMO CONFERIR A INTUBAÇÃO? Confirmo pela ausculta (sinal da cruz): 1 – Insuflo o cuff 2 – Ausculto epigástrio para conferir que o tubo não foi para o estômago (se estiver, tiro o tubo jogo fora e reintubo com outro tubo) Se NÃO escutei nada 3 – Ausculto a base esquerda do pulmão para ver se o tubo não foi para o brônquio direito Devo escutar na esquerda (se não auscultar, subo um pouco o cano) 4 - Base direita (devo escutar) 5 - Ápices pulmonares – auscultar murmúrio vesicular → Em cada ausculta, uma pessoa deve ambuzar para enviar ar Mallampati: Maria Paula Miranda Mattei | HMC 5° período – PALS aula 1 Nos dá uma ideia da dificuldade de intubação Pessoa deve estar sentada e os meus olhos devem estar no mesmo nível dos olhos dela. Peço para que coloque o máximo que conseguir a língua para fora. Se ela for difícil, já sei que vou colocar alguns materiais de segurança no carrinho de intubação → máscara laríngea, materiais para cricotireoidostomia
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