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DIETAS HOSPITALARES LARA ROCHA E MARIA CLARA FONSECA GRADUANDAS EM NUTRIÇÃO. ATENÇÃO Não é permitido o uso de celular na Uan; Mantenha a organização do ambiente que você trabalha; Conceitos importantes: PTN – Hiperproteica /Hipoproteica Lip – Hiperlipídica/Hipolipídica CHO – Hiperglicídica/Hipoglicídica DIETA LIVRE Tem como objetivo: Manter o estado nutricional de pacientes com ausência de alterações metabólicas significativas ao risco nutricional; Indicada para pacientes que não apresentam restrições específicas; Características: normoglicídica, normoprotéica, normolipídica, balanceada e completa; Utiliza condimentos, utiliza todos os tipos de preparação 4 a 6 refeições/dia. MODIFICAÇÕES DA DIETA LIVRE Livre Branda Pastosa Líquida completa Líquida restrita DIETA BRANDA Tem como objetivo fornecer calorias e nutrientes para manter o estado nutricional, melhora a mastigação, deglutição e digestão; – Dieta de transição entre dietas de consistência pastosa e normal É indicada para crianças e idosos com alterações no trato gastrointestinal; – Reduz a necessidade de mastigação e o tempo e o trabalho digestivo dos alimentos; Características: Normoglicídica, normoproteica, balanceada e completa com consistência branda; Os alimentos são submetidos a um processo de cocção maior, devem ser muito bem cozidos; DIETA BRANDA Alimentos recomendados: Salada cozida; carnes frescas cozidas, assadas, grelhadas; vegetais cozidos no forno, água, ovo cozido; frutas (sucos, em compotas, assadas, ou bem maduras, sem a casca); torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais); bolo simples, sopas, óleos vegetais; margarina; gordura somente para cocção. Alimentos evitados: Cereais e derivados integrais; frituras em geral; frutas oleaginosas; condimentos fortes, picantes; queijos duros e fortes. Alimentos flatulentos: brócolis, couve-flor, repolho, batata-doce. 4 a 6 refeições/dia. DIETA PASTOSA Tem como objetivo: Fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço; Indicada para os casos que hajam a necessidade de facilitar a mastigação, deglutição e para permitir o repouso gastrointestinal, e em alguns pós pós operatórios; Características:Normoglicídica, normoproteica e normolipítica; apresenta consistência pastosa ou abrandada pela cocção e processos mecânicos (trituração e raspagem); Os alimentos estão na consistência de pasta; transição para dieta branda e normal; – 4 a 6 refeições/dia DIETA PASTOSA Alimentos recomendados: todos os alimentos que possam ser transformados em purê. Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz. Alimentos sem casca ou pele, moídos, liquidificados e amassados. Alimentos evitados: Alimentos duros, secos, crocantes, empanadas, fritos, cruas, com semente, casca, pele. Preparações contendo azeitona, passas, nozes (outras frutas oleaginosas), coco e bacon. Iogurte com pedaços de frutas, frutas com polpas, hortaliças folhosas cruas, com sementes; biscoitos amanteigados, pastelarias. DIETA PASTOSA DIETA LÍQUIDA Tem como objetivo reduzir o tempo de trabalho digestivo; Apresenta fluidez e viscosidade diminuída, é isenta de condimentos que possam causar irritação; Podendo ser caracterizada como líquida completa ou líquida restrita; DIETA LÍQUIDA COMPLETA Tem como objetivo hidratar e nutrir os tecidos, repousar o Trato gastrointestinal e amenizar a sintomatologia; É indicada para pacientes que apresentam alterações na mastigação, deglutição, digestão ou disfagias como anorexia, pacientes que estão preparando para algum exames ou em pos operatório, casos de infecções graves; Características ser hipocalórica, normoglicidica, normopoteica e normolipídica, conscistência líquida com volume de 200 a 300 ML por refeições, de três em três horas. DIETA LÍQUIDA COMPLETA Pode apresentar baixo valor nutritivo, por isso a evolução deve ser feita o mais rápido possível; Alimentos recomendados: Mingaus a 3% (arroz, milho, mucilon, maisena); caldos e sopas liquidificadas; sucos diluídos e/ou coados; leite, iogurte, creme de leite, queijos cremosos; gelatina, pudim, sorvetes; chá, café, chocolate, mate, bebidas não gasosas, sucos de frutas e de vegetais coados; mingau de cereais. Devem ser evitados: , frutas inteiras com casca, queijos ricos em gorduras, embutidos, condimentos picantes. DIETA LÍQUIDA RESTRITA tem como objetivo saciar a sede, hidratar os tecidos, evitar acidose, manter função renal, repousar o trato gastrointestinal, amenizar sintomatologia; É indicada para o pre preparo de exames como por exemplo colonospopia e endoscopia, e pre e pós operatório; Tem como característica ser hipocalórica, hiperglicidica, hipoproteica e hipolipica, com conscistência líquida e volume de 200 a 300 Ml por refeições, de três em três horas, sendo isenta de fibras; Fornece líquidos, eletrólitos e pequena quantidade de calorias; – 6 a 8 refeições/dia DIETA LÍQUIDA RESTRITIVA Alimentos recomendados: Água, infusos adocicados com açúcar, caldos de legumes coados; sucos de frutas coados; gelatina, sorvetes a base de frutas coadas (sem leite). Alimentos evitados: Cereais integrais com exceção do caldo; leguminosas; condimentos com exceção do sal; sucos de frutas que contêm polpa, hortaliças com exceção caldo, carnes de todos os tipos e os respectivos caldos, leite e derivados. MODIFICAÇÕES DA DIETA NORMAL TEOR DE SÓDIO Hipossódica; Restrição Leve (2.000 a 3.000mg) – quantidade limitada de sal no cozimento; Restrição Moderada (1.000 a 2.000mg) – adicionar 1 a 2g de NaCl após o cozimento; Restrição Estrita (500mg) – nenhum sal é adicionado durante ou após a preparação do alimento. Além disso, carnes, ovos e leite são permitidos em pequenas quantidades; 1g NaCl = 400mg Na. MODIFICAÇÕES DA DIETA NORMAL Tem como objetivo: fornecer uma dieta com restrição de sódio. Evitar elevação da pressão arterial; Indicação para uso: doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, retenção hídrica, ascite, edema, cirrose hepática, hipertensão portal, tratamentos com cortisona; Características: Teor de sódio intrínseco e extrínseco entre 1 a 3 gramas por dia, normal em todos os outros nutrientes. DIETA SEM LACTOSE Dieta sem lactose é considerada como dieta normal isenta de lactose. A indicação é para pacientes com deficiência de lactose, pacientes na fase aguda de doença inflamatória intestinal ou ressecção intestinal. 5 a 6 refeições/dia. Alimentos permitidos: Bebidas à base de soja, formula isolada de soja ou formula à base de extrato de soja sem lactose, iogurte de soja, leite condensado de soja, margarina sem lactose, bolacha sem lactose. Alimentos evitados: Leite, iogurte, queijo, requeijão, manteiga, nata, creme de leite, margarina com leite, maionese, ricota, pudins, coalha, leite condensado, sorvete, chocolate, alimentos com lactose ou preparações que contenham leite em sua composição. DIETA SEM GLUTEN Dieta para doença celíaca é uma dieta composta por preparações isentas de glúten. É indicada para pacientes com intolerância ao glúten, podendo ser ofertada de 5 a 6 refeições/dia. Alimentos permitidos: arroz, milho, mandioca, fécula de batata ou mandioca, polvilho doce ou azedo, tapioca, amido de milho, soja, macarrão de arroz, milho e mandioca, quinoa, amaranto. Alimentos evitados: Trigo, centeio, cevada, aveia e malte. Todos os produtos que contenham gérmen de trigo e flocos de cereais; temperos prontos e extrato de tomate que contenham glúten, embutidos, carnes empanadas, croquetes, bolinhos de carne, patês e todas as preparações com farinhas. ATENÇÃO É necessário consultador o rotulo dos alimentos industrializados para procurar os ingredientes que são proibidos para pacientes acometidos pela doença celíaca e intolerantes a lactose. Procurar pelas mensagens “Sem glúten” e “Sem lactose” Conclusão Concluímos que os tipos de dietas, consistências e ingredientes precisam ser compreendidos pelos colaboradores para que haja atendimento individualizado respeitando as características e necessidadesnutricionais de cada paciente no ambiente hospitalar. E para não haver dúvidas é necessário treinamento periódico para todos aqueles que já trabalham na cozinha relembrem as informações e para aqueles que ingressaram a pouco tempo compreendam e tirem dúvidas a respeito do assunto. OBRIGADA!! REFERÊNCIAS AUGUSTO, A. L. P. et al. Terapia Nutricional. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. DIAS et al. Dietas orais hospitalares. In: WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4ªed. São Paulo: Editora Atheneu. V. 1. Cap.36. p.649-663, 2009. HOSPITAL GETÚLIO VARGAS. Manual de dietas hospitalares. Disponível em:<http://www.hgv.pi.gov.br/download/201204/HGV25_9251000eac.pdf>, acesso em 01/04/2021. Simon, MISS; et. Al.; Manual de Dietas Hospitalares. Ed. São Paulo. Editora Atheneu; 2014
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