Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONSEQUÊNCIAS DO HIPOESTROGENISMO: v TRANSIÇÃO MENOPÁUSICA • Disfunção menstrual • Lesões endometriais v PÓS MENOPAUSA • Sintomas vasomotores • Alterações atróficas na pele e mucosas • Alterações atróficas do trato urogenital e do assoalho pélvico • Mudanças de comportamento psicológico e sexual • Perda de massa ossea • Risco de de doença cardiovascular Receptores estrogenicos existem em diferentes concentrações em vários locais do organismo – como na pele, ossos, coração, diversas regiões do cérebro, mama, útero, vagina, uretra e bexiga – e redução nos niveis de estrogênio circulante gera efeitos diferentes para cada mulher. Há indicacoes de tratamento na menopausa a fim de evitar sintomas psicossomáticos, urogenitais, vasomotores e prevenção da osteoporose. OSTEOPOROSE: “Doença esquelética caracterizada pelo comprometimento da resistência óssea, predispondo a um aumento de risco de fratura” -a cada 3s ocorre uma fratura por osteoporose no mundo -OMS: 1⁄3 mulheres de raça branca > 65 anos, têm osteoporose (5% delas no BR) -50% da mulheres e 20% dos homens > 50 anos, apresentarão uma fratura por osteoporose na vida -incidência de fraturas de quadril é 2-3 vezes > em mulheres, e a mortalidade no ano após fratura é 2 vezes .em homens -cerca de 10 milhões de brasileiros acometidos -⬆ substancial da morbi-mortalidade -20% de risco de nova fratura no 1o ano após fratura vertebral incidente -risco de óbito: fraturas de quadril = ca de mama -enorme custo social direto e indireto -custos intangíveis: mortalidade pela fratura. Desfecho a serem evitados: fraturas de punho, de quadril de vértebra. Morbidade/mortalidade: ● Fraturas osteoporóticas:grande peso econômico aos sistemas de saúde em todo o mundo ● Fraturas de quadril e de coluna vertebral: 2 tipos de fratura mais graves ● ⬆ taxa de morbimortalidade na população acometida - dor -incapacidade -morte ● representa um encargo significativo para o indivíduo e para a sociedade ● fraturas do quadril são as mais graves: - taxa de mortalidade em 12% a 20% nos dois anos subsequentes à fratura - complicações: infecção, trombose venosa, úlceras de pressão >50% daqueles que sobrevivem às fraturas de quadril tornam-se incapazes de ter uma vida independente - muitos ficam institucionalizados Doença Esquelética Sistêmica caracterizada por baixa massa óssea + deterioração microarquitetural do osso → fragilidade óssea + ⬆ do risco de fratura ✔ doença silenciosa ✔ doença osteometabólica ● doença assintomática, a não ser que ocorra uma fratura ● fraturas mais comuns: vertebrais, de antebraço e de quadril (fêmur proximal) → dor, incapacidade física, deformidades e ⬇ qualidade de vida ✔ Tipos: ● Idiopática ou primária (forma mais comum):diagnosticada na ausência de doenças ● Secundária: ⬇ de massa óssea por doença ou uso de medicamentos ✔ resistência óssea, depende: -da quantidade óssea: estimada pela medição da densidade mineral óssea (DMO) -qualidade óssea: microarquitetura óssea, taxa de remodelação, grau de mineralização e normalidade da matriz osteóide Osso Cortical: -80% da massa óssea total -denso e compacto -parte externa de todas as estruturas ósseas e a diáfise dos ossos longas -promove resistência e proteção mecânica Osso Trabecular (ou esponjoso): -20% da massa óssea total -estrutura esponjosa para alojar células da Medula Óssea Hematopoiética -> superfície de contato ⟹ > acometimento por doenças osteometabólicas -suporte mecânico: principalmente vertebrais -processo de remodelação 4-8 vezes mais rápido - o osso é remodelado em 25% do seu total anualmente ⟶ favorece a ocorrência de fratura VIA RANK-RANKL-OPG (Osteoprotegerina): -via de comunicação entre o Ob e Oc - Importante para a reabsorção: Ob ativa Oc -Receptor RANK: presente na membrana do Oc -Ligante RANK: presente na membrana do Ob e secretada por ele -quando RANK se liga ao RANKL ativa o Oc -Osteoprogenina: produzida pelos Ob: para modular a ligação RANK-RANKL, ocupando o espaço do receptor para controle da reabsorção -RANK/RANKL (receptor ativador do fator nuclear kappa B/ligante do receptor do fator nuclear kappa VIA WNT-ESCLEROTINA (SOST): -via importante para formação óssea (via do Ob) -sinal Wnt é transmitido (ativação celular e proliferação do Ob -osteócitos produzem os SOST - inibidor/modulador de formação → degradação de �-cateína → ↓ formação óssea PARATORMONIO: ✓hormônio da Paratireóide ✓existem receptores de PTH no Ob e osteócitos ✓efeito depende de estímulos - contínuo: ⬆ reabsorção (hiperparatireoidi smo) -intermitente: ⬆ formação (inibe SOST) OSTEOPOROSE: Fisiopatologia ✔ Mulher no Menacme: -formação e destruição ósseo em equilíbrio -pico de massa óssea aos 30 anos -após 30 anos perda de 0,4% / ano ✔ Após a Menopausa: -5-8 após a menopausa: perda de massa óssea- 2% osso cortical e 5% osso trabecular -atividade intensa de reabsorção (osteoclasto) pela ⬇ estrogênio -menopausa tardia: ⬇ o ritmo de reabsorção e > prejuízo na formação do osso (osteoblasto) -50% das fraturas osteoporóticas sem significado clínico (achado de rX) -25% das deformidades vertebrais -15% acometem o quadril Hereditariedade: influencia na massa óssea máxima que uma pessoa vai apresentar por volta dos 30 anos e na velocidade de perda óssea subsequente ✔ ESTROGÊNIO: -tem papel central na remodelação óssea e sua deficiência acarreta predomínio da reabsorção óssea sobre a formação, decorrente de aumento da osteoclastogênese e também da sua maior sobrevida e, dessa forma, leva à perda progressiva da massa óssea -efeitos anti reabsortivos no osso por meio da estimulação da expressão da osteoprotegerina em osteoblastos e osteócitos. OSSO É UM ÓRGÃO ENDÓCRINO: -produz hormônios e está sujeito a ação de diferentes hormônios. -principal manifestação clínica da osteoporose é a fratura que resulta de pequenos traumas -principais locais: antebraço distal, coluna vertebral, colo do fêmur -perda óssea ocorre sem sintomas. SINTOMAS: - DOR LOMBAR - PERDA DE ESTATURA - DEFORMIDADE (CIFOSE) - REDUCAO DA FUNÇÃO PULMONAR - DIMINUICAO DA QUALIDADE DE VIDA DIAGNOSTICO: ✔ medida anual da altura: estadiômetro ✔ Densitometria Óssea ✔ Avaliação por imagem das Vértebras: especialmente em usuário de corticoesteróides ✔ Check list de causas secundárias: -30- 60% casos de osteoporose em homens -50% casos de osteoporose em mulheres na perimenopausa ✔ Laboratório e Marcadores Bioquímicos de Remodelação Óssea ✔ Monitorização dos pacientes ✔ Clínico: após ocorrência de fratura atraumática ou advinda de trauma menor a queda ✔ objetivo: identificar o risco de fratura a curto e longo prazo e estabelecer a conduta terapêutica adequada ✔ determinação do risco de fratura: fatores que determinam a resistência óssea. -quantidade de mineral [cristais de hidroxiapatita (Ca10(PO4)6(OH)2)] presente na área avaliada (DMO) - qualidade dos elementos que compõem sua parte orgânica, que inclui fatores relacionados a composição (percentual de cada componente), mineralização (organização dos minerais, tamanho e perfeição dos cristais), tipo, quantidade e disposição do colágeno, morfologia, microarquitetura e presença de microfraturas Exame Físico: -estadiômetro: medida anual de estatura -IMC:estatura , peso corpóreo -deformidades esqueléticas:cifose dorsal, protusão abdominal -desproporções, dor a palpação dos corpos vertebrais, alteração de marcha -imposssibilidade de levantar da cadeira sem o uso dos braços Exames para avaliação da quantidade (massa) óssea → medição da DMO: - absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA), ou , Densitometria Óssea (DMO) -tomografia computadorizada quantitativa (QCT) -ultrassonometria de calcâneo (QUS) -Avaliação de Fraturas Vertebral (VFA) Exames para avaliaçãode qualidade óssea: Marcadores Bioquímicos do Metabolismo Ósseo: -permitem avaliação dinâmica do metabolismo ósseo, complementando a avaliação estática da DXA -são produtos da formação e reabsorção óssea liberados na circulação ● -Marcadores de Formação (ação do Ob): fragmentos de pró-colágeno (P1NP, P1CP), Fosfatase Alcalina Fração Ósea ● -Marcadores de Reabsorção (ação do Oc): Fosfatase ácida (TRAP 5b), Fragmentos do Colágeno (Pyr, DDyr, NTx, CTx) -indicação: avaliação de velocidade de perda óssea e risco de fratura, definir tipo de terapia, monitorar aderência e eficácia do tto, auxílio na decisão de iniciar e parar. OSTEOPOROSE: DIAGNÓSTICO - DENSITOMETRIA ÓSSEA (DXA) ✔ ”padrão ouro”: prediz o risco futuro de fratura e monitora a resposta terapêutica ✔ exame mais utilizado na prática clínica para diagnóstico, monitoração e investigação clínica do paciente com osteoporose ✔ a DMO é descrita como um valor absoluto em g/cm2, -T-score (comparação da massa óssea do indivíduo testado com a média da massa óssea de uma população adulta jovem saudável) -Z-score (comparação da massa óssea do indivíduo testado com a média da massa óssea de uma população pareada pela idade e sexo), - ambas expressas em desvio-padrão (DP) ✔ para melhorar a acurácia da densitometria óssea na identificação de mulheres com osteoporose, orienta-se avaliar os fatores de risco clínicos para baixa massa óssea ✔ mulheres saudáveis com massa óssea normal no primeiro exame podem ser reavaliadas aos 65 anos; aquelas com osteopenia, reavaliadas em torno de cinco anos e as com osteoporose, de acordo com a conduta terapêutica estabelecida. Índice de Osso Trabecular (TBS): é um índice gerado por software que permite avaliação indireta da arquitetura do osso trabecular -Índices baixos de TBS mostram ser um preditor significativo de risco para fratura e, quando incorporados ao Fracture Risk assessment Tool (FRAX) ou associados ao resultado da DMO e fatores de risco clínicos, podem ajudar na decisão terapêutica. Avaliação de Fraturas Vertebral (VFA): avaliação radiológica de uma fratura vertebral costuma ser feita por análise semi quantitativa por meio da medição da altura vertebral. -Diferente da quantidade óssea, não há, um método acurado e aplicável à prática clínica para avaliação da qualidade óssea ⟹ a avaliação desse componente da resistência óssea é feita de maneira indireta, por meio dos fatores de risco clínicos de fratura - Visando melhorar a identificação dos indivíduos com risco de fratura, foram criados modelos de ferramentas clínicas (por exemplo, Garvan, QFracture e FRAX) que combinam a idade e o gênero com fatores de risco clínico para estimar o risco de fratura nos próximos cinco ou dez anos ( - FRAX: é a mais utilizado, disponível na internet, estima a probabilidade de fratura de quadril e fraturas “maiores” (fraturas vertebrais clínicas, antebraço, quadril e ombro) nos próximos 10 anos.
Compartilhar