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1 Curso – aula X Michaella Ribeiro Boa Sorte SISTEMA URINÁRIO O sistema urinário tem a função de filtração, produção de hormônios, manutenção da pressão arterial e equilíbrio ácido-base, é composto por 2 rins (direito e esquerdo), 2 ureteres (saindo dos rins), 1 bexiga e 1 uretra. Os rins são responsáveis pela produção de urina, os ureteres, a bexiga e a uretra estão relacionados a condução, armazenamento e eliminação da urina. RIM: Órgão par (direito e esquerdo), cor amarronzada, responsável pela produção de urina, tem uma superfície convexa (voltada para a lateral) e uma superfície côncava (voltada para a coluna vertebral), o rim direito se localiza um pouco mais abaixo quando comparado com o rim esquerdo por conta da presença do fígado que fica localizado em cima do rim direito. Os rins estão protegidos pelas costelas flutuantes, são órgãos retroperitoneais por estão localizados fora da cavidade abdominal (posterior aos órgãos abdominais e anterior a coluna). É dividido em córtex (mais superficial, recoberto por uma cápsula de tecido conjuntivo) e medula (mais internamente). No córtex encontramos os corpúsculos (estrutura composta pelos glomérulos mais a cápsula de bowman), é a parte funcional do rim (filtração, reabsorção de substâncias). Glomérulos: rede de capilares sanguíneos enovelados dentro da cápsula glomerular. Na medula encontramos os túbulos renais, e é onde ocorre a formação da urina. A artéria aorta abdominal se ramifica e vai pros rins formando as artérias renais, a veia cava inferior se ramifica e vai pros rins formando as veias renais. HILO RENAL: Região de concavidade do rim, onde acontece a saída da pelve renal e se continua como ureter, entra artéria e sai veias e vasos linfáticos. O hilo renal é a entrada para um espaço dentro do rim. De anterior para posterior temos a veia renal, atrás da veia renal tem a artéria renal, e atrás da artéria renal tem a pelve renal (VAP), concavidade voltada para a coluna. Tanto no rim direito quanto no rim esquerdo a ordem vai ser a mesma - veia, artéria e pelve renal (VAP). 2 Curso – aula X Michaella Ribeiro Boa Sorte NEFRÓN: É a unidade funcional do rim, cada rim contém cerca de um milhão de nefróns. Rede de túbulos, enrolados por capilares sanguíneos (servem principalmente para a reabsorção). Está presente no córtex e na medula – a parte localizada no córtex é responsável pela reabsorção e a parte localizada na medula é responsável pela produção de urina. Medula renal: na medula tem a presença de pirâmides renais (forma com base e ápice). Lobo renal: Cada lobo renal é composto por uma pirâmide medular e pelo tecido cortical que recobre suas bases e seus lados. Um lóbulo é formado por um raio medular e pelo tecido cortical encontrado em sua periferia, delimitado pelas arteríolas interlobulares. Cada pirâmide é separada por um espaço chamado coluna renal (formada por tecido cortical). O nefrón é composto por corpúsculo renal (cápsula glomerular de bowman + glomérulos (rede de capilares sanguíneos enovelados dentro da cápsula glomerular), e pelo túbulo renal (Túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo coletor). O nefrón se inicia a partir do glomérulo, o sangue chega no glomérulo através da arteríola aferente e é filtrado, passa diversas substâncias (principalmente água) pela cápsula de bowman e passando por essa cápsula vai cair no polo urinário dos túbulos renais e começa o tubo contorcido proximal, depois temos a alça de Henle, o túbulo ascendente, depois o túbulo contorcido distal e por último o túbulo coletor e no final de tudo temos a urina caindo nos cálices renais. 85% dos nefrons são corticais e 15% vão até a medula (justamedulares). Trajeto da urina: chega pelos glomérulos, tem a filtragem na capsula de bowman e cai nos túbulos renais (túbulo contorcido proximal, alça de Henle (porção ascendente e porção descendente), túbulo contorcido distal), túbulo coletor (parte final do néfron), depois do túbulo coletor cai no cálice renal que recebe a urina (cálice menores que se unem e formam os cálices maiores e depois foram a pelve renal que recebe toda a urina), da pelve renal a urina vai para o ureter. https://www.infoescola.com/sistema-circulatorio/arteriola/ 3 Curso – aula X Michaella Ribeiro Boa Sorte HISTOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO: Urotélio ou epitélio de transição, presente desde os cálices menores até a bexiga (cálices menor e maior, ureter, parte da uretra (inicio) e bexiga). O epitélio de transição apresenta células em raquetes (globosas), essas células se organizam em camadas de acordo com o status em que o órgão estiver – se o órgão estiver distendido vai ter um número menor de camadas, se o órgão estiver retraído (murcho) essas células vai ter um número maior de camadas. Se a bexiga estiver cheia, as células se acomodam e formam 4 camadas. Se estiver vazia essas células se acomodam e formam 6 camadas. BEXIGA: Epitélio de transição - Funciona como uma barreira osmótica impermeável (impede a passagem da urina de fora pra dentro e de dentro pra fora), depois desse epitélio tem uma mucosa formada por tecido conjuntivo (lâmina própria), depois da lâmina própria temos a camada muscular (a depender da disposição das células musculares temos – camada longitudinal ou camada circular). A bexiga possui três camadas musculares: camada longitudinal interna, camada longitudinal externa e entre elas temos a camada circular média. A parte de fora da bexiga é recoberta por uma camada serosa ou adventícia, dependendo da parte do órgão (serosa e adventícia são tecidos conjuntivos só que a camada serosa tem também um epitélio revestindo que faz com que o órgão não se grude com os órgãos que estão adjacentes) De dentro pra fora: epitélio de transição – lâmina própria – camada muscular – camada serosa ou adventícia. A bexiga é um reservatório que consegue armazenar até 800 ml de urina, que será eliminada pela uretra quando a bexiga estiver cheia. URETER: Epitélio de transição estratificado, depois desse epitélio tem uma mucosa de tecido conjuntivo (lâmina própria) e depois tem a camada muscular, nos 2/3 proximais do ureter (saindo do rim) essa camada muscular apresenta apenas 2 camadas – uma longitudinal interna e uma circular externa e no terço distal (chegando na bexiga) apresenta 3 camadas – uma longitudinal interna, circular média e longitudinal externa. O ureter é recoberto por uma camada adventícia (ureter está grudado nos órgãos adjacentes). De dentro pra fora: epitélio de transição estratificado – lâmina própria – camada muscular – camada adventícia. São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicasdenominadas peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo. Os cálices renais se juntam a pelve renal, e a pelve renal forma o ureter. URETRA: No início da uretra tem epitélio de transição (saindo da bexiga), no final da uretra tem epitélio pavimentoso estratificado. DICA: toda estrutura que sai do corpo tende a começar ter característica da pele. A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra. A uretra é diferente entre os dois sexos. 4 Curso – aula X Michaella Ribeiro Boa Sorte FUNÇÕES DOS RINS/NÉFRONS: Filtração: filtragem do sangue. É a primeira etapa, acontece nos glomérulos (A diferença de pressão, faz com que as substâncias saiam dos vasos do glomérulo e passem para a cápsula de Bowman, formando o filtrado glomerular). Filtrado: H2O, Cl-, Na+, K+, HCO3, AA, glicose. Não são filtrados: hemácias, leucócitos, plaquetas, proteínas plasmáticas. Aproximadamente, passam pelos rins 180 L de sangue por dia, desses 180 L. 99% serão reabsorvidos de volta pra corrente sanguínea e uma pequena parte forma a urina. Reabsorção: de água, sódio, cloreto, potássio (importantes no equilíbrio hidroeletrolítico do corpo), bicarbonato (importante na manutenção do PH do sangue), aminoácidos e glicose. No túbulo contorcido proximal acontece a reabsorção da maior parte de substâncias do filtrado (100% de aminoácido e glicose, 90% do bicarbonato e aproximadamente 65 a 70 % da água, sódio, cloreto e potássio). As substâncias que foram reabsorvidas serão conduzidas para o sangue (passando pelos capilares peritubulares, formando as vênulas, depois formam as veias até sair pela veia renal, a veia renal desemboca na veia cava inferior e a veia cava inferior vai pro átrio direito fechando o s. circulatório). Secreção: secreção de substâncias tóxicas pro nosso organismo que precisam ser eliminadas, principalmente ureia e creatinina. A ureia e a creatinina são substancias nitrogenadas. A maior parte da secreção acontece no túbulo contorcido distal. Excreção: substâncias que não serão utilizadas pelo corpo são excretadas - urina. O que não for utilizado pelo corpo é conduzido para o túbulo coletor que se estende da medula até os cálices renais, pelve renal, ureter, bexiga e uretra para ser eliminado. A urina é formada por 95% de água, 2% de ureia, 3% de creatinina, fosfatos, nitratos... REGULAÇÃO DA HOMEOSTASE: As 3 funções regulam a homeostase, que é o equilíbrio do corpo. O sistema urinário realiza 3 processos: 1. Equilíbrio hidroeletrolítico: equilíbrio de concentração entre água e eletrólitos. 2. Manutenção do PH sanguíneo: equilíbrio entre os íons hidrogênio e os bicarbonatos. Alcalose ou acidose metabólica – alterações nos rins. Bicarbonato deixa o PH alcalino e o hidrogênio deixa o PH ácido. (Quanto menor a concentração de bicarbonato e quanto maior a concentração de hidrogênio maior é a acidose. Quanto maior a concentração de bicarbonato e menor a concentração de hidrogênio maior é a alcalose). 3. Manutenção da pressão arterial: a pressão artérial é mantida pelos rins através do processo de absorção/eliminação de sódio e água. Quanto mais água no sangue maior a pressão arterial, quanto menor a quantidade de água no sangue menor a pressão arterial. 5 Curso – aula X Michaella Ribeiro Boa Sorte OS NÉFRONS: 1- Filtragem do sangue, 2- reabsorção, 3- excreção. Porção anatômica dos néfrons: Néfrons: rede de túbulos, enrolados por capilares sanguíneos (servem principalmente para reabsorção). Artéria renal: penetra nos rins e vai até o córtex. Veia renal: a parte que vai ser reabsorvida (córtex), serão direcionadas pela veia renais e devolvidas para a corrente sanguínea. A artéria renal quando chega no córtex, tem que entrar no néfron (através de uma arteríola aferente). O glomérulo fica enrolado na cápsula de bowman (suga tudo que tem no glomérulo), tudo que tem no glomérulo é o que tem que ser filtrado do sangue para o néfron, a cápsula de bowman serve como aspirador (água, sódio, cloreto, potássio, bicarbonato, aminoácidos, glicose, creatinina e ureia). As substâncias que não entrar no glomérulo vai sair pela arteríola eferente (sai do glomérulo). Tudo que passa pelos túbulos é chamado de filtrado. Túbulo contorcido proximal: reabsorção da maior parte de substâncias do filtrado, vão em direção a corrente sanguínea (100% de aminoácidos e glicose, 90% do bicarbonato e aproximadamente 65 a 70% da água, sódio, cloreto e potássio são reabsorvidos no túbulo contorcido proximal. O que não for reabsorvido vai percorrer a alça de henle, que tem duas porções (uma ascendente e uma descendente), a alça de henle também é responsável pelo processo de reabsorção (substâncias saindo da alça descendente e ascendente e indo pra corrente sanguínea). Na alça ascendente maior saída de cloreto de sódio, é impermeável a água (apenas reabsorção de cloreto de sódio). Na alça descendente maior saída de água, é impermeável ao cloreto de sódio (apenas reabsorção de água). A água que não for reabsorvida vai ser conduzida pela alça ascendente e cair no túbulo contorcido distal – no túbulo contorcido distal também acontece a reabsorção de substâncias que não foram reabsorvidas na alça de henle (cerca de 5% de sódio e água) e a eliminação de potássio, depois de reabsorvidas são conduzidas de volta pra corrente sanguínea através da veia renal. No túbulo contorcido distal tem o receptor da aldosterona que estimula a reabsorção de sódio (de volta pra corrente sanguínea) e eliminação de potássio para ser eliminado na urina. O que não for utilizado pelo corpo é conduzido para o túbulo coletor que se estende da medula até os cálices renais, pelve renal, ureter, bexiga e uretra para ser eliminado. Também acontece reabsorção de água pois tem receptor do hormônio antidiurético – faz com que a diurese seja reduzida, estimula a reabsorção de água). 6 Curso – aula X Michaella Ribeiro Boa Sorte SISTEMA RENINA-ANGIOSTENSINA-ALDOSTERONA: Os rins regulam a pressão arterial durante toda a vida através do sistema Renina-Angiostensina- Aldosterona, e regulação da volemia (volume de sangue dentro do sistema circulatório). Redução da volemia: disparo do SAA, para fazer com que se retenha mais liquido paraaumentar mais a volemia e aumentar a pressão. Aumento da volemia: inibição do SAA, para fazer com que elimine mais liquido. ANGIOSTENSINA: hormônio vasoconstritor (contrai os vasos sanguíneos), aumentam a pressão arterial – age nos vasos sanguíneos. ALDOSTERONA: reabsorve sódio e elimina potássio – aumenta a volemia através da reabsorção de sódio e água – age no túbulo contorcido distal. ADH: reabsorção de água, hormônio antidiurético (evita a diurese). RENINA: enzima produzida pelas células justaglomerulares. CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL: O sistema é ativado quando a pressão arterial baixa. O túbulo contorcido distal apresenta células especializadas denominadas de macula densa, a macula densa tem a função de detectar a concentração de sódio que passa no glomérulo. A redução da pressão arterial é detectada pela macula densa, quando a macula densa percebe que a concentração de sódio no sangue é baixa ela manda informação para as células justaglomerulares que fazem parte do corpúsculo, essas células justaglomerulares é responsável pela produção da renina, a renina atua na conversão do pré- hormônio angiotensinogênio (produzido pelo fígado), quando a renina encontra o angiotensinogênio converte o angiotensinogênio em angiotensina I, a angiotensina I é pouco potente e precisa ser convertida em angiotensina II, a enzima conversora da angiotensina (ECA- encontrada no endotélio) é responsável pela conversão da angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II tem uma vasoconstrição potente, aumenta a reabsorção renal e vai na supra renal (supra renal possui receptores para a angiotensina II). A angiotensina II liga-se ao receptor e estimula a produção de aldosterona.
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