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Prova broncodilatadora

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Illana	Lages	
1.	O que é uma prova broncodilatadora? 
A prova broncodilatadora é parte integrante da espirometria, que no caso é 
um teste fisiológico que mede a quantidade de ar inspirado e expirado por 
um indivíduo com base no tempo e no fluxo respiratório. É realizado durante 
a respiração lenta e a expiração forçada. 
A prova broncodilatadora requer também critérios de aceitabilidade e 
reprodutibilidade. É usado para determinar a reversibilidade do fluxo e do 
volume pulmonar e é útil no diagnóstico, tratamento e monitoramento de 
doenças pulmonares. 
A espirometria é um exame de grande valor na triagem das doenças 
pulmonares em geral, podendo ser o primeiro exame a indicar a presença 
de doença pulmonar. É frequentemente diagnóstica em pacientes com 
sinais ou sintomas associados ao aparelho respiratório. 
 
2.	O que acontece após a prova broncodilatadora em indivíduos normais, 
com asma e com enfisema? 
Nos indivíduos normais, a resposta à prova broncodilatadora apresenta 
uma relação de 80 a 120% entre o volume expiratório forçado no primeiro 
segundo (VEF1) e a capacidade vital forçada. 
A asma é uma doença inflamatória crônica de vias aéreas, caracterizada 
pela reversibilidade da obstrução após o uso 
de broncodilatador (Bd). Isso ocorre até que o remodelamento brônquico 
se instale, tornando a via aérea fixa. Na espirometria, a asma se comporta 
como um distúrbio obstrutivo. O VEF1 é um parâmetro importante para 
estabelecer a gravidade da doença e avaliar a reversibilidade com Bd, 
como critérios 1) VEF1 menor que 80% do previsto e VEF1 /CVF menor 
que 75% em adultos e de 86% em crianças; 2) aumento no VEF1 superior 
a 20% e 250 ml de modo espontâneo no decorrer do tempo ou após 
intervenção com medicação controladora. Em um indivíduo com asma a 
resposta à prova broncodilatadora é intensa e positiva sugerindo asma, 
mas não definindo o diagnóstico. 
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), como o enfisema, também 
se manifesta como uma doença obstrutiva, mas a limitação do fluxo aéreo 
é contínua e não há alteração ou há pouca alteração após o Bd. E 
pacientes com história clínica adequada não respondem bem ao Bd, o 
que sugere fortemente o diagnóstico. Por exemplo, em pacientes com 
mais de 40 anos que têm história de exposição a partículas ou gases 
2	
inalados principalmente devido ao tabagismo, o padrão obstrutivo na 
medida da função pulmonar após broncodilatadores não pode ser 
completamente revertido. Mesmo em indivíduos assintomáticos, sugere 
fortemente DPOC. Sendo assim, a medida do VEF1 pós-
broncodilatador é utilizada para a classificação da gravidade da DPOC. A 
correlação entre o grau de obstrução e a gravidade dos sintomas é fraca, 
e muitas vezes a reposta à prova broncodilatadora é negativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
 
��DE BARROS ARAÚJO, Flavia. Prova broncodilatadora na 
espirometria: comparação entre o 
efeito broncodilatador do salbutamolinalatório através de espaçadores 
de grande volume com tratamento antiestático e pela técnica usual. 
2011. 
��SILVESTRI, Isabella Correia; PEREIRA, Carlos Alberto de Castro; 
RODRIGUES, Sílvia Carla Sousa. Comparação da variação de 
resposta ao broncodilatador através da espirometria em portadores de 
asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Jornal Brasileiro de 
Pneumologia, v. 34, n. 9, p. 675-682, 2008.

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