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Semiologia da criança

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Semiologia da criança 
 
Características de um recém-nascido: 
 Presença de gordura que recobre a pele da criança rescenacida, essa protege a pele, garantindo 
hidratação e logo absorvida nas primeiras 48 horas de vida; 
 A medida que a criança vai se encaminhando para o final da gestação esse vernix vai diminuindo, 
e vai desaparecendo. 
 Ele pode estar acumulado em regiões de dobras; 
 Pelos recobrindo o corpo da criança, especialmente em região do dorso e em regiões dos 
ombros, esses são chamados de lanugo; 
 Manchas de coloração arroxeada na região sacral, região glútea, região lombar, são denominadas 
de mongólicas; Melanose dérmica; não está associada a nenhuma característica genética, trata-se 
apenas da imaturidade de migração dos melanócitos; 
 Descamação da pele: a descamação superficial pode acontecer na maioria dos bebes, 
principalmente em crianças pós termo e em crianças com restrição de crescimento intrauterino; 
 Coloração da pele: rósea; cianótica, essa pode ser vista principalmente na região Peri oral, região 
de extremidades; o que diferencia uma pele normo corada e uma pele cianótica? É a 
concentração de hemoglobina no sangue periférico, se a criança apresentar mais de 5g% de 
hemoglobina não oxigenada (reduzida), apresentará cianose 
 Pele ictérica: coloração amarelada, isso acontece devido a pele está com impregnação de 
bilirrubina na pele; frequentemente serão submetidas ao tratamento com fototerapia; 
 Hemangioma Plano: pequenas malformações vasculares encontradas em regiões de pálpebra; 
região da glabela; região da nuca; essas manchas desaparecem quase em 90% dos casos e 1% 
persiste, mas sem nenhuma consequência funcional; 
 Hemangioma cavernoso: de forma mais saliente, não é plano, ocorre em regiões que podem 
causar problemas estéticos e funcionais, sendo assim, deve ser tratado de maneira clínica e 
sistêmica, pois esses poderão causar problema como ex: abertura ocular, permeabilidade das vias 
aéreas, ou abertura bucal ; 
 Máscara cianótica: petéquias, ou marcas de coloração arroxeada, não podes confundir massa 
equimótica com cianose; vai apresentar petéquias e a coloração, essa é consequência de parto 
prolongado ou presença de circulares de cordão, essa condição desaparece depois de 3 a 4 dias 
de vida e também não tem consequência funcional; 
 Milium sebáceo: se apresentam na região nasal, e são consequências de obstrução de glândula 
sebácea; não são infectados e nem tem consequência funcional, esses podem aparecer em 
outras regiões do corpo, apresentando sutis diferença; sendo cristalina, ou seja, com o conteúdo 
transparente, rubra de coloração mais avermelhada na região central e pustulosa que 
apresentam um conteúdo esbranquiçado ou amarelado; 
 Eritema tóxico neonatal: comum em crianças muito manipuladas, surgem manchas avermelhadas 
pelo corpo, que nada mais é que a expressão de pele do recém-nascido, alguns estudos já 
mostraram eosinófilos nas lesões, mas isso não quer dizer que seja infectante ou que irá infectar, 
é apenas em crianças que tem a pele muito manipulada; 
 Melanose pustulosa transitória: vesículas mais evidentes, em maior número e que tem uma 
característica de apresentar halos mais eritematoso; dermatose pouco comum, porém benigna, 
autolimitada, de etiologia desconhecida; conseguimos notar a presença de vesículas e pústulas 
difusamente no corpo da criança, coloração amarelada, porém o conteúdo é estéreo, essas 
lesões não são infectadas, posteriormente elas evoluem para máculas hiperpigmentadas e 
desaparecem dentro de alguns dias, deixando alguma descamação superficial da pele; 
 Mucosas: na região de boca, olhos, observando a coloração da mucosa, se estão coradas, se 
existem lesões em atividades; 
 Tecido celular subcutâneo: procurando avaliar sua distribuição e sua quantidade; GIG ou 
prematuro; 
 Musculatura: observando o trofismo que é normal, em crianças a termo ou GIG, ele vai ser 
reduzido em crianças prematuras ou que tiveram crescimento reduzido ou restrito intrauterino; a 
posição comumente observada em crianças que demonstram integridade neurológica, em 
decorrência da integração subcortical por falta de comando cortical e da simulação de postura no 
útero e da hipertonia em flexão; em relação aos membros superiores e inferiores; 
 Diferenças subcutâneo e tônus muscular: ex: criança em hipertonia em flexão, embora os 
membros estejam pouco estendidos, isso é consequência de hiportenia de prematuros; 
 Esqueleto e articulações: presença de polidactlia, dedinho pedunculado ou um dedo com 
articulação, temos também o pé torto congênito que pode ser postural, devido a posição do feto 
no útero, ou realmente via com malformação; acompanhamento com ortopedista infantil; 
sindactilia, ou malformação dos atelho 
 Fratura de clavícula: o examinador deve realizar a palpação da clavícula do bebe, buscando 
integridade; caso encontre alguma alteração visual, uma nodulação da região da clavícula, o 
examinador pode sentir uma instabilidade ou crepitação; proceder para imobilização; a clavícula 
ela tende a se normalizar; 
 Manobra de ortolani: avaliamos a existência de uma luxação congênita no quadril, onde ele é 
instável, e a cabeça do fêmur pode ser colocado para dentro da cavidade do acetábulo; caso a 
manobra seja de resultado positivo, o tratamento é feito e obtendo a melhora entre 3 a 6 
meses; 
 Displasias ósseas: ex: osteogênese imperfeita- aspecto triangular da face, deformidade dos 
membros superiores arqueados e dos membros inferiores; 
Exame físico deve ser analisado sistematicamente: 
Crânio: 
 Observar o seu formato e a simetria: 
 Formato arredondado e simétrico é comum em filhos de mães multíparas e em fetos com 
apresentação pélvica, uma apresentação anômala quando a criança está sentada dentro do útero 
em relação ao canal do parto 
 No crânio temos estruturas que são denominadas de fontanelas e suturas, essas são fibrosas que 
separam os folhetos dos ossos do crânio e permitem tanto o amoldamento para o processo de 
nascimento, facilitando a saída da cabeça, quanto permitindo o crescimento encefálico, 
desenvolvimento do sistema nervoso central, após o nascimento; fontanela posterior e anterior; 
suturas sagital e lambdoide, sutura coronária e a sutura frontal metópica 
 Perímetro encefálico: deve ser medido logo no nascimento; a fita não pode ter deformidade 
para não subestimar a medida, deve passar anteriormente no primeiro ponto de referência que 
é a glabela e a proeminência occipital que é o segundo ponto de referência; 
Lesões decorrente do trabalho de parto: 
2 existem avaliações detalhadas 
Cefalohematoma: 
 Sangramento na região subperiosteal do crânio, esse tipo de lesão respeita a anatomia óssea; 
 Pode ser bi parietal, isso pode levar tempo, de 3 a 5 meses; 
Bossa serosanguínea: 
 Região subgaleal, abaixo do couro cabeludo, e por esse motivo não respeita a anatomia óssea, 
um pouco de sangramento associado, se resolve de 4 a 7 dias, e desparece juntamente com o 
amoldamento do crânio, sem necessidade de medida intervencionista; 
Macrocefalia: 
 Esses quadros geralmente estão associados a hemorragias intracranianas, ocorridas intrauterinas 
ou em infecções congênitas; 
 Olhos em sol poente; sinal oftalmológico, olhos para baixo, deixando a esclera bem visível; 
geralmente associada a hipertensão intracraniana; 
Microcefalia: 
 Perda ou destruição cerebral que pode estar associada a processos infecciosos, como: rubéola 
congênita, toxoplasmose congênita e zika; 
 Pode ser também de origem genética como por ex: as microcefalias primárias; 
Fechamento precoce das suturas: 
 Esse fechamento pode levar a assimetria 
 Escafocefalia: fechamento precoce da sutura sagital 
 Trigonocefalia: fechamento precoce da sutura metópica 
Olhos: 
 Simetria entre os olhos; tamanho normal; simetria de movimentação; simetria entre as pupilas 
 Avaliação: detecção doreflexo vermelho; distância de 30 a 40 cm, observando externamente o 
reflexo luminoso, ele olha através da lente e tenta observar a ocorrência de um reflexo, 
amarelado, alaranjado ou avermelhado; 
 Se for observado uma imagem branca, que é a leucocoria, ou apacificada, ou uma imagem 
duvidosa, a criança deve ser encaminhada ao serviço de oftalmologia; realização de retinoscopia. 
 Devem apresentar fundo vermelho indicando normalidade; 
Nariz: 
 Avaliar a permeabilidade das narinas; 
 A criança deve respirar tranquilamente, não apresentar roncos nasais, não se nota 
movimentação bucal; não tem abertura da boca para respiração; 
Cavidade oral: 
 Examinador segura logo abaixo do lábio inferior do bebê, esse movimento facilitara a avaliação; 
 Observar a ocorrência de perolas de Epstein, que são pontinhos perolados na região do palato; 
 Observar ocorrência de nódulos de Bohn; na região da gengiva; são pontos esbranquiçados 
Pescoço: 
 Podemos encontrar contraturas, ou encurtamento do musculo externocleidomastoideo; 
evidenciado para um quadro que é chamado de torcicolo congênito 
 Devemos procurar também a presença de massas; abaulamentos ou tumorações; 
 Lesões: higroma cístico 
Tórax: 
 Examinar o formato; deformidades; elasticidade; 
 Inspeção da parte estática e dinâmica; 
 Perímetro torácico, deve ser comparado ao perímetro cefálico e deve ser na grande maioria 
inferior a ele; 
 O maior perímetro, do corpo da criança é o cefálico em condições normais; 
 Importante observar as mamas do bebê, pois pode encontrar um certo aumento do volume 
mamário; uma nodulação da região dos mamilos, pode ser unilateral ou bilateralmente, esse pode 
ocorrer como consequência da passagem dos hormônios maternos do estrógeno e 
progesterona via placentária, normalmente ela regride nas primeiras semanas de vida, sem 
consequências; 
Aparelho respiratório: 
 Observar a expansibilidade 
 Presença de tiragens 
 Retrações 
 Abaulamentos 
 A ausculta torácica deve procurar a presença de ruídos adventícios, sinais de desconforto 
respiratório, 
 Caso seja notado desconforto respiratório, existe o boletim de Silverman- Andersen, irá avaliar 
retração intercostal, retração xifoide, batimento de asa nasal, gemido expiratório; 
Circulação fetal: 
 Presença da placenta, é responsável por oxigenação e nutrientes para o feto; 
 O sangue bem oxigenado sai da placenta, entra através da veia umbilical, uma pequena parte 
entra no fígado pela veia porta e a maior parte passa pelo seio venoso, caindo na veia cava 
inferior, sendo assim o sangue bem oxigenado entra no átrio direito e faz um caminho 
preferencial através do forame oval que é patente intra útero até atingir o átrio esquerdo; 
 Nesse mesmo caminho, o sangue oxigenado no ventrículo esquerdo será jogado para o 
segmento cefálico e membros superiores do feto, 
 Uma pequena parte que passa do átrio direito para o ventrículo direito, é bombeado pela artéria 
pulmonar, cerca de 10% vai nutrir os pulmões, e os outros 90% do que chegam no ventrículo 
direito, será bombeado para a aorta descendente, levando o sangue pouco menos oxigenado 
para os órgãos abdominais e para os membros inferiores da criança, 
 Quando o sangue chega nas artérias ilíacas, ele vem pelas artérias umbilicais para fechar o círculo 
 da circulação placentária. 
 Fechamento do forame oval 
Coração: 
 Ictus 
 Bulhas cardíacas, se existe uma terceira ou quarta 
 Ritmo 
 Sopros 
 Pulsos periféricos, palpação, principalmente carótida, radiais e femorais (embora difíceis devem 
ser palpados necessariamente) 
 Ausência de pulsos femorais, leva a uma coarctação de aorta (estreitamento de aorta) 
 Frequência cardíaca, maiores em bebês, variando de 120 a 160bpm 
Abdome: 
 Forma; normalmente é semi globoso 
 Abaulamentos ou retrações 
 Peristaltismo, se indicar a presença de peristaltismo visível, pode ser indicativo de obstrução 
intestinal; 
 Agenesias da parede abdominal: presença de aças intestinais visível, sendo impressas na pele do 
bebê; Abdome ameixa 
 Hiperemia na região periumbilical: formato levemente triangular na parte inferior, denota presença 
de um processo infeccioso denominado de onfalite 
 Coto umbilical: aspecto gelatinoso, queda do umbigo deve ocorres entre 3 a 7 dias de vida 
 Avaliação do coto umbilical: presença de 2 artérias e 1 veia; artéria umbilical única, pode 
correlacionar má formações no aparelho gênito urinário e aparelho cardíaco; 
 Além da palpação geral, é necessário palpação especifica; órgãos: fígado, baço esse as vezes 
palpável ou não 
 Onfalocele: má formações da parede abdominal, presença de uma membrana peritoneal 
recobrindo as alças intestinais além dessas, a extrusão do fígado; geralmente associada a outras 
más formações; 
 Gastrosquise: extrusão de conteúdo abdominal, eventualmente pode ocorrer problemas de via 
urinário e bexiga, sempre ocorre do lado direito do umbigo, muitas vezes com necrose das alças 
intestinais e na maioria das vezes alças viáveis, o recém-nascido deve ser encaminhado para 
correção cirúrgica 
 Presença de abaulamentos na região do umbigo, como hérnia umbilical, fechamento espontâneo, 
não tem necessidade de intervenção cirúrgica rápida, porém a partir dos dois anos o paciente 
deve ser encaminhado para avaliação com cirurgião pediátrico; 
Genitais: 
Genitália masculina: 
 Primeiro passo: observar a simetria da bolsa escrotal e posteriormente a palpação dos testículos 
que deve ser bilateralmente posicionado no saco escrotal 
 Avaliação da uretra: posicionamento e o local de sua emergência, dependo da posição podemos 
observar: uma condição de hipospádia ou hepispádia 
 Hipospádia: o meato uretral aparece na face períneo escrotal do pênis, com excesso de pele 
dorsal e pode estar associado a alterações do testículo, mas ela também pode ser uma má 
formação isolada. 
 Hepispádia: falha no fechamento da uretra na parede dorsal, essa pode acometer toda a uretra, 
inclusive com extrofia vesical. 
Genitália feminina: 
 Observar, grandes lábios, pequenos lábios 
 Sinéquia de pequenos lábios: acolamento dos pequenos lábios, que dificulta a higiene e facilita a 
ocorrência de infecções urinárias 
 Imperfuração do hímen: impossibilita a drenagem de secreções vaginais intrauterinas, sendo 
necessária abordagem cirúrgica. 
 Genitália ambígua: genitália que não se define muito bem; precisam ser investigadas rapidamente; 
 Tumores próximos a região genital 
Ânus: 
 Agenesia do ânus: não há formação do ânus 
 Ânus imperfurado 
Avaliação do sistema nervoso central: 
 De 26 a 28 semanas, no terceiro trimestre, no final da gestação; vão surgir os principais reflexos 
que são chamados de reflexos transitórios do recém-nascido; 
 Postura: flexão dos 4 membros 
 Tônus: hipotonia (prematuro) ou hipertonia 
 Reação a luz 
 Nistagmo e estrabismo 
 Pupila (tamanho e forma) 
 Reflexo cocleopalpebral: em estímulo sonoro o bebê deve piscar 
 Movimentação espontânea 
 Paralisias 
 Tremores 
 Reflexo de sucção: voracidade da criança, quando tocada no rosto, ela vira o lado para que está 
sendo tocado 
 Reflexo de moro: pode ser provocado de várias maneiras, temos que observar, durante o 
reflexo, a criança deverá realizar uma extensão e uma abdução dos membros superiores e 
discretamente nos membros inferiores; deve apresentar uma face de assustado, posteriormente 
ele chorará; 
 Paralisia braquial obstetra: alguma alteração de plexo braquial ou algum problema durante o parto; 
 Reflexo de preensão palmar e plantar: tudo que for colado na palma da mão, ela fechará os 
dedinhos e tudo que for colocar na planta do pé, ela reflete todos os artelhos inclusive o hálux; 
quando deslizamos o dedo por toda extensão da planta do pé, isso provoca um reflexo cutâneo 
plantar em extensão, ou seja, a criança vai estender o dedinho e o hálux; Reflexo marcha reflexa: criança é colocada em uma margem sólida e rígida e sendo mantida 
suspensa pela região da axila, ela vai trocar passinhos de marcha cruzada 
 Reflexo de propulsão: a criança se projeta para frente

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