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Recursos em espécie - processo civil

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Recursos em espécie 
 
a) Apelação - art. 1009 
 
Cabível contra sentença, qualquer que seja o procedimento, sempre proferida por 
juiz de 1° grau, e seja ela: 
 
• Terminativa – art. 485 do CPC (sem a resolução do mérito) 
• Definitiva - art. 487 do CPC (com a resolução do mérito) 
 
OBS: dá sentença proferida no JEC (Juizado Especial Cível) cabe Recurso Inominado, 
conforme a lei n° 9.099/95: 
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de 
conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio 
Juizado. 
 
O prazo para interpor apelação é de 15 dias, bem como para responder ao recurso de 
apelação (contrarrazões de apelação): 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da 
data em que os advogados, a sociedade de advogados, a 
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério 
Público são intimados da decisão. 
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para 
interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) 
dias. 
 
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo 
de primeiro grau, conterá: 
§ 1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões 
no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
Para interpor a apelação, é necessário o pagamento das custas. 
Como em todos os recursos, também há o efeito devolutivo, ou seja, o recurso é 
recebido com o efeito devolutivo, devolve toda matéria para reexame em instância 
superior, para que sentença seja anulada, reformada, ou, também, mantida. Porém 
os efeitos dessa sentença continuam vigentes. 
Em regra, a apelação também apresente o efeito suspensivo, ou seja, a sentença 
proferida não pode ser executada, pois o recurso “suspende” os efeitos da mesma, 
até que o recurso seja julgado. 
O CPC prevê as exceções, nas quais a apelação tem efeito suspensivo: 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a 
produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a 
sentença que: 
I - Homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - Condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes 
os embargos do executado; 
IV - Julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - Confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - Decreta a interdição. 
contrarrazões 
VII – sentenças previstas na Lei de Locação, como a que 
decreta o despejo (art. 58, V da Lei n° 8.245) 
De acordo com as hipóteses deste rol, publicada a sentença, a parte interessada pode 
pleitear o cumprimento provisório, depois da publicação da sentença, sendo que o 
apelante poderá pleitear a concessão do efeito suspensivo da sentença, diretamente 
ao Tribunal. 
A apelação obedece a uma tramitação, que também é a base para a tramitação de 
todos os outros recursos. 
É interposta no 1° grau (juízo a quo / de piso) e deverá conter: 
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo 
de primeiro grau, conterá: 
I - os nomes e a qualificação das partes; 
II - A exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de 
nulidade; error in judicando e error in procedendo 
IV - O pedido de nova decisão. 
 
O magistrado deverá intimar o apelado, para que este apresente as contrarrazões e, 
se houver alguma apelação adesiva, também intimará o apelante para as 
contrarrazões. 
Na apelação não haverá juízo de admissibilidade. O juiz a quo deverá remeter o 
processo para o Tribunal, logo, não há que se falar em não conhecimento da 
apelação, nem de indicação de quais são os efeitos da apelação (devolutivo ou 
suspensivo). Via de regra, ao receber a apelação, o magistrado não pode reconsiderar 
a sentença, porém, existem algumas exceções. São elas: 
• Indeferimento de inicial (art. 331): quando houver grave vício processual na inicial, 
que não permita sanar apenas com a emenda 
Legislação extravagante! 
• Extinção sem resolução do mérito (art. 485, §7°): a hipótese mencionada no art. 485, 
I, também está inserida nesta previsão 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
I - Indeferir a petição inicial; 
 
• Improcedência liminar (art. 332, §3°): quando já houver jurisprudência contrária ao 
pedido que foi formulado pelo autor. 
Somente nestes três casos é que o magistrado poderá reconsiderar a sentença, 
determinando a citação do réu e o normal prosseguimento da lide. Não havendo nenhuma 
reconsideração de sua parte, o processo segue para o Tribunal. 
 Se ainda não tiver havido a citação do réu (sempre nos casos de indeferimento da inicial e da 
improcedência liminar e, às vezes, nos casos de extinção sem resolução do mérito), os autos 
só serão remetidos para o Tribunal após a sua citação para apresentar as contrarrazões do 
recurso. 
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, 
facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se. 
§ 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para 
responder ao recurso. 
 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, 
independentemente da citação do réu, julgará liminarmente 
improcedente o pedido que contrariar: 
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o 
prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não 
houver retratação, determinará a citação do réu para 
apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
A apelação será distribuída para o Tribunal e designada para um juiz Relator (desembargador, 
que será o responsável pela análise do mérito do recurso). 
Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e 
distribuído imediatamente, o relator: 
I - Decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 
932, incisos III a V ; 
II - Se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu 
voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado. 
 
Art. 93, CF: Lei complementar, de iniciativa do Supremo 
Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, 
observados os seguintes princípios: 
XV a distribuição de processos será imediata, em todos os 
graus de jurisdição. 
 
Em caso de vício processual ou de jurisprudência dominante, o Relator pode decidir 
a questão monocraticamente, seja para não conhecer, seja para conhecer, negar ou 
dar provimento à apelação. 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
I - Dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em 
relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, 
homologar autocomposição das partes; 
II - Apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos 
processos de competência originária do tribunal; 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que 
não tenha impugnado especificamente os fundamentos da 
decisão recorrida; 
IV - Negar provimento ao recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal 
de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo 
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos; 
Já se saberá, desde logo, quem 
será o Relator responsável pelo 
recurso, mesmo que ele não seja 
julgado imediato. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art932iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art932iii
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
 
havendo julgamento monocrático, o Relator deve elaborar um relatório e seu voto, 
para serem lidos no momento do julgamento, pelo órgão colegiado. 
 
A partir do momento em que o recurso está em condições de ser julgado, o Relator 
deverá enviar os autos, já com o relatório e seu voto, para a secretaria do Tribunal. O 
Presidente do órgão julgador deverá designar o dia para o julgamento do recurso, 
devendo a pauta ser publicada em diário oficial, para a ciência das partes e 
interessados. Deve haver prazo mínimo de 5 dias entre a publicação da pauta e a 
sessãode julgamento. 
Art. 934. Em seguida, os autos serão apresentados ao 
presidente, que designará dia para julgamento, ordenando, 
em todas as hipóteses previstas neste Livro, a publicação da 
pauta no órgão oficial. 
 
No dia da sessão de julgamento, obedece-se a uma ordem de procedimentos: 
Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da 
causa pelo relator, o presidente dará a palavra, 
sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de 
sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo 
improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de 
sustentarem suas razões. 
 
 
 
No NCPC, não há mais a necessidade de encaminhar os autos para outro juiz (Revisor) 
I. O Relator faz a leitura do seu relatório; 
 
II. Se for de sua vontade, os advogados das partes podem fazer uma sustentação 
oral, que podem ser feitas também por via videoconferência (§4° do art. 937). → 
(cabível em casos de apelação, ROSC, REsp, RE, embargos de divergência, ação 
rescisória, Mandado de Segurança, reclamação, agravo de instrumento interposto 
contra decisões interlocutórias que tratem de tutela provisória); 
 
 
III. Leitura do voto do Relator; 
 
IV. Voto do segundo e do terceiro magistrados. 
 
 
 
 
Em caso de pedido de vistas, o prazo do magistrado é de 10 dias, para que o recurso 
seja reincluído na pauta de julgamento: 
Art. 940. O relator ou outro juiz que não se considerar 
habilitado a proferir imediatamente seu voto poderá 
solicitar vista pelo prazo máximo de 10 (dez) dias, após 
o qual o recurso será reincluído em pauta para 
julgamento na sessão seguinte à data da devolução. 
 
 
 
 
Não cabe sustentação oral no agravo interno, embargos de declaração e parte dos agravos 
de instrumento 
Se algum dos magistrados não tiver condição de proferir seus votos, se apresentar alguma 
dúvida sobre a questão, pode pedir vistas, ou seja, retirar o recurso de julgamento para 
estuda-lo e proferir seu voto, futuramente. Se ao fim do prazo, ainda não tiver em condições 
de votar, poderá ser substituído, a critério do Presidente do órgão. 
O Relator pode pedir 
prorrogação deste prazo, por 
mais 10 dias. Ao fim desse 
prazo, o presidente do órgão 
julgador poderá requisitar o 
processo para julgamento na 
próxima sessão. 
Em caso de voto vencido, deve constar no acórdão a divergência dos votos, para fins 
de prequestionamento: 
Art. 941. Proferidos os votos, o presidente anunciará o 
resultado do julgamento, designando para redigir o acórdão o 
relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto 
vencedor. 
§ 3º O voto vencido será necessariamente declarado e 
considerado parte integrante do acórdão para todos os fins 
legais, inclusive de pré-questionamento. 
 
Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o 
julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada 
com a presença de outros julgadores, que serão convocados 
nos termos previamente definidos no regimento interno, em 
número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do 
resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros 
o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos 
julgadores. 
 
O acórdão deve ser publicado no prazo de 30 dias, contados da data da sessão de 
julgamento. Caberá ao presidente do órgão julgador (turma, câmara, seção ou 
pleno/órgão especial), lavras as conclusões e a ementa e mandar publicar o acórdão. 
Art. 944. Não publicado o acórdão no prazo de 30 (trinta) 
dias, contado da data da sessão de julgamento, as notas 
taquigráficas o substituirão, para todos os fins legais, 
independentemente de revisão. 
 
O Tribunal deverá apreciar a matéria impugnada pela parte na apelação (com efeito 
devolutivo – art. 1.013 do CPC). Entretanto, o Tribunal poderá julgar todas as questões 
que foram levantadas e debatidas no processo, mesmo que não tenham sido 
solucionadas, desde que sejam relativas ao capítulo que foi impugnado. 
 
OBS: TEORIA DA CAUSA MADURA: se o processo estiver em condições de 
julgamento imediato, o Tribunal deve decidir, desde logo, o mérito, nas seguintes 
hipóteses: 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento 
da matéria impugnada. 
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato 
julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito 
quando: 
I - Reformar sentença fundada no art. 485 ; sem resolução do 
mérito 
II - Decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente 
com os limites do pedido ou da causa de pedir; ou seja, 
decisão extra ou ultra petita 
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, 
hipótese em que poderá julgá-lo; ou seja, decisão infra petita 
IV - Decretar a nulidade de sentença por falta de 
fundamentação. Se a sentença não observar a exaustiva 
fundamentação, não haverá volta para o 1° graus, para ser 
feita uma nova fundamentação, será feito o julgamento do 
mérito pelo tribunal 
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência 
ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, 
examinando as demais questões, sem determinar o retorno 
do processo ao juízo de primeiro grau. 
 
Em relação à Teoria da Causa Madura, a dúvida é se a mesma viola o princípio do 
duplo grau de jurisdição. 
 
 
 
 A jurisprudência entende que não, tendo em vista que: 
• Cabe recurso dessa decisão 
• O princípio do duplo grau de jurisdição, em algumas situações pode ser afastado. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art485
b) Agravo de instrumento – art. 1.015 
Cabível contra decisões interlocutórias, proferidas por magistrado de 1° grau, no 
decorrer do processo, mas que não tem o condão decisório. 
O CPC apresenta as hipóteses em que cabe utilizar o agravo de instrumento: 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões 
interlocutórias que versarem sobre: 
I - Tutelas provisórias; 
II - Mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - Incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou 
acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI - Exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - Concessão, modificação ou revogação do efeito 
suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 
1º ; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
 
Cabe agravo de instrumento também contra as decisões interlocutórias proferidas 
na liquidação de sentença, na execução e no procedimento especial do inventário: 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento 
contra decisões interlocutórias proferidas na fase de 
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no 
processo de execução e no processo de inventário. 
 
Rol taxativo! 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art373%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art373%C2%A71
O prazo para a interposição do AI é de 15 dias. Mesmo prazo para responder o recurso 
(através de contraminuta oi contrarrazões de AI): 
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e 
distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação 
do art. 932, incisos III e IV , o relator, no prazo de 5 (cinco) dias: 
II - Ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta 
com aviso de recebimento, quando não tiver procurador 
constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso 
de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda 
no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a 
documentação que entender necessária ao julgamento do 
recurso; 
 
Há a possibilidade de cobrança de custas e porte de remessa e retorno, sendouma 
faculdade de cada Tribunal estabelecer a cobrança ou não. 
 
 
 
Há, como em todos os recursos, o efeito devolutivo. 
Via de regra, não há efeito suspensivo. Porém, se julgar que os requisitos estejam 
presentes, o Relator pode atribuir efeito suspensivo ou a antecipação de tutela 
recursal. 
 
 
 
Cabe efeito suspensivo se a decisão do juízo a quo for positiva, ou seja, se o juiz 
conceder a liminar pleiteada pelo autor, o réu agrava de instrumento, pleiteando a 
suspensão dos efeitos daquela decisão. 
No âmbito da Justiça Federal é cobrado em todas as regiões. 
No âmbito da Justiça Estadual, a maioria dos estados cobram as custas 
Cabe a antecipação de tutela recursal se a decisão de 1° grau for negativa, ou seja, se o juiz 
negar a liminar pleiteada ao autor, este pode agravar de instrumento, pleiteando a concessão 
da antecipação de tutela recursal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art932iii
O agravo de instrumento é interposto diretamente no Tribunal (juízo ad quem). 
A petição do agravo deve trazer os seguintes requisitos: 
Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido 
diretamente ao tribunal competente, por meio de 
petição com os seguintes requisitos: 
I - Os nomes das partes; 
II - A exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da 
decisão e o próprio pedido; 
IV - O nome e o endereço completo dos advogados 
constantes do processo. 
 
O agravante desde logo, se dirige ao Tribunal, por isso, o recurso deve trazer cópias 
do processo, exatamente essas cópias é que formam o instrumento (ainda que os 
autos sejam eletrônicos). 
Existem cópias obrigatórias (ou necessárias) e cópias facultativas: 
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída: 
I - Obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da 
contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da 
própria decisão agravada (para que se saiba qual a decisão 
recorrida), da certidão da respectiva intimação ou outro 
documento oficial que comprove a tempestividade e das 
procurações outorgadas aos advogados do agravante e do 
agravado; para que se saiba se o advogado do agravante tem 
poderes e quem é o advogado do agravado, que deverá ser 
intimado para responder o agravo. 
II - Com declaração de inexistência de qualquer dos 
documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do 
agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal; 
III - facultativamente, com outras peças que o agravante 
reputar úteis. 
No CPC de 1973, em casos de ausência das cópias, o recurso não era conhecido. No C 
NCPC/2015, se faltar alguma das cópias obrigatórias, ou existir algum outro vício 
sanável, o Relator deverá intimar o agravante para que ele possa corrigir o recurso. 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o 
recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao 
recorrente para que seja sanado vício ou 
complementada a documentação exigível. 
 
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será 
instruída: 
§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de 
algum outro vício que comprometa a admissibilidade do 
agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto 
no art. 932, parágrafo único . 
 
Como o AI é interposto diretamente no Tribunal, o juiz a quo não tem ciência do 
recurso, portanto, o agravante poderá requerer a juntada da petição de AI e da 
relação de documentos que o instruíram, no juízo de origem. Quando o juiz a quo 
recebe-lo, poderá reconsiderar a decisão que foi agravada (exercer o juízo de 
retratação). Neste caso, o AI será considerado prejudicado. 
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos 
do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, 
do comprovante de sua interposição e da relação dos 
documentos que instruíram o recurso. 
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, 
o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. 
 
OBS: em se tratando de autos físicos, a juntada do AI no juízo a quo, é um dever da 
parte e cabe ao agravante providenciar essa juntada, dentro do prazo de 3 dias. Não 
A juntada do agravo no juízo 
a quo é uma opção do 
agravante, pois se trata de um 
processo eletrônico. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art932p
se cumprindo esta exigência, o AI não será conhecido, desde que alegado e provado 
pelo agravado. 
 
O AI será distribuído para um Relator, de deverá proceder da seguinte maneira: 
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e 
distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação 
do art. 932, incisos III e IV , o relator, no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - Poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em 
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão 
recursal, comunicando ao juiz sua decisão; 
II - Ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta 
com aviso de recebimento, quando não tiver procurador 
constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso 
de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda 
no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a 
documentação que entender necessária ao julgamento do 
recurso; 
III - determinará a intimação do Ministério Público, 
preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de 
sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 
(quinze) dias. 
 
• Julgar de forma monocrática: conhecer ou não conhecer e negar provimento ao 
recurso, se houver vício processual grave ou jurisprudência pacífica contra o 
agravante. 
 
• Efeito suspensivo ou antecipação de tutela recursal: concedido, parcialmente; 
 
• Intimar o agravado para apresentar resposta, dentro de 15 dias 
 
• Determinar a intimação do MP, para se manifestar, dentro de 15 dias. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art932iii
Após a manifestação do agravado, o Relator poderá: 
 
 
• Julgar monocraticamente, dando provimento ao recurso: 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
V - Depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar 
provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal 
de Justiça ou do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo 
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
 
• Elaborar seu voto para julgamento em colegiado, colocando o recurso em pauta. 
Segundo o CPC, o recurso deverá ser julgado em até 30 dias, contados da intimação 
do agravado: 
 
Art. 1.020. O relator solicitará dia para julgamento em prazo 
não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado. 
 
 
 
 
 
 
 
c) Agravo interno – art. 1.021 
 
Cabível contra decisões monocráticas proferidas pelo Relator. 
 Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá 
agravo interno para o respectivo órgão colegiado, 
observadas, quanto ao processamento, as regras do 
regimento interno do tribunal. 
 
O agravo interno cabe contra as decisões monocráticas do Relator, acerca de erros 
processuais ou jurisprudência pacífica e, também, contra decisões sobre tutelas de 
urgência. Com a interposição do agravo, sendo provido ou não provido o recurso, a 
decisão monocrática deverá se transformar em decisão colegiada (acórdão), 
proferida pelo Relator e mais dois magistrados (desembargadores). 
O prazo para a interposição do agravo interno é de 15 dias, bem como as 
contrarrazões do agravo (que é uma inovação do CPC de 2015), que deverão ser 
apresentadas também em 15 dias: 
Art. 1.021, 
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado 
para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) 
dias, ao finaldo qual, não havendo retratação, o relator levá-
lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em 
pauta. 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da 
data em que os advogados, a sociedade de advogados, a 
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério 
Público são intimados da decisão. 
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para 
interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) 
dias. 
No CPC de 1973, era 
chamado de agravo 
regimental! 
 
 
Não há exigência no pagamento de custas, na maioria dos Estados e no âmbito da 
Justiça Federal. Entretanto, existe a cobrança em alguns tribunais estaduais. 
Há, como em todos os recursos, efeito devolutivo. 
Não há, no agravo interno, efeito suspensivo. 
A interposição do agravo interno segue o regimento interno dos Tribunais, e não há 
a necessidade de juntada de cópias (instrumento) ou de qualquer outra formalidade, 
dada a simplicidade de procedimento, na sua interposição. 
O recurso é interposto nos próprios autos (razão pela qual se chama agravo interno), 
dirigido diretamente para o Relator que proferiu a decisão, de forma monocrática. O 
agravo deve impugnar especificamente os fundamentos da decisão que foi agravada, 
sob pena de o recurso não ser conhecido. 
Art. 1.021, § 1º Na petição de agravo interno, o recorrente 
impugnará especificadamente os fundamentos da decisão 
agravada. 
 
O agravado terá o prazo de 15 dias para apresentar as contrarrazões, depois que lhe 
for dada vista. No Código de 1973, não havia esta previsão. 
Art. 1.021, § 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o 
agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 
(quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o 
relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com 
inclusão em pauta. 
 
No caso de o Relator reconsiderar a decisão monocrática, revogando-a. Assim, se 
uma apelação que foi julgada monocraticamente for reconsiderada pelo Relator, 
haverá o processamento normal da apelação, para um julgamento colegiado. 
 
Se o relator não reconsiderar a decisão monocrática, o recurso será pautado para 
julgamento colegiado e prolação de acórdão. 
 
OBS: são inovações do agravo interno no NCPC/2015: 
 
• Vedar que o Relator, no momento do julgamento do agravo interno, se limite apenas 
a reproduzir os fundamentos da decisão que foi agravada. 
 
• Uma vez que o agravo interno seja declarado inadmissível ou improcedente, em 
votação unânime, deve ser imposta uma multa entre 1% e 5% do valor atualizado da 
causa (de forma fundamentada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A interposição de qualquer outro recurso fica condicionada ao depósito da multa, de 
forma prévia. 
Isto não se aplica à Fazenda Pública e ao beneficiário da Justiça Gratuita, que 
recolherão a multa, ao final do processo. 
d) Embargos de declaração – art. 1.022 
 
Cabíveis contra qualquer pronunciamento judicial, que tenha caráter decisório, para 
complementar uma decisão que contenha: 
 
• Omissão 
• Obscuridade 
• Contradição 
• Erro material 
 
Omissão: ocorre quando o magistrado deixa de se manifestar a respeito de uma 
questão ou pedido sobre o qual ele deveria fazê-lo. 
 
Obscuridade: quando o magistrado não é claro, não se fazendo compreender, na sua 
decisão. 
 
Contradição: quando há informações heterogêneas, inconciliáveis. 
 
Erro material: ocorre quando há uma informação impertinente na lide em análise. EX: 
nome errado da parte, erro no fornecimento de endereço, etc. 
 
 
 
 
O próprio CPC de 2015 prevê situações que já podem ser consideradas como omissão: 
Nesses casos, considera-se a decisão viciada, necessitando ser corrigida, complementada 
e esclarecida. O mesmo órgão que prolatou a sentença, deve corrigi-la. 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer 
decisão judicial para: 
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: 
I - Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento 
de casos repetitivos ou em incidente de assunção de 
competência aplicável ao caso sob julgamento; 
II - Incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 
1º . 
 
Os embargos de declaração serão opostos no prazo de 5 dias. Trata-se do único 
recurso que não tem prazo de 15 dias para a sua interposição. 
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) 
dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, 
obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a 
preparo. 
 
Para litisconsortes com advogados distintos, prazo em dobro. Havendo necessidade 
de contraditório, o prazo também é de 5 dias. 
Nos embargos declaratórios, não há preparo. 
Como em todos os prazos, há efeito devolutivo. Neste caso, os autos serão 
devolvidos ao próprio órgão que prolatou a sentença e ao Judiciário. 
Também não há efeito suspensivo. Haverá a interrupção do prazo para a interposição 
do outro recurso (cabível para impugnar a decisão, para ambas as partes), ou seja, o 
prazo para de correr, na íntegra, até que sejam julgados os embargos: 
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito 
suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de 
recurso. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art489%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art489%C2%A71
Os embargos são opostos perante o órgão que prolatou a decisão embargada (tanto 
no juízo a quo, quando no juízo ad quem), e será julgado pelo próprio órgão que 
proferiu a decisão: 
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 
§ 1º Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa 
na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo 
julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta 
automaticamente. 
 
Em se tratando de embargos declaratórios contra uma decisão monocrática, eles só 
poderão ser julgados pelo próprio Relator e, logicamente, de forma pessoal. 
Entretanto, se o Relator entender que os embargos tem o objetivo de reformar a 
decisão embargada, ele poderá convertê-los em agravo interno, intimando a parte 
recorrente, para complementar as razões recursais, para o julgamento em colegiado: 
Art. 1.024 
§ 2º Quando os embargos de declaração forem opostos contra 
decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em 
tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á 
monocraticamente. 
§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração 
como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, 
desde que determine previamente a intimação do recorrente 
para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões 
recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º . 
 
Não se pode utilizar os embargos de declaração conjuntamente com outro recurso. 
Portanto, no caso de uma sentença viciada, a parte deve, primeiramente, opor 
embargos declaratórios e, somente após a decisão dos embargos, interpor a 
apelação da sentença. 
 Em razão da unirrecorribilidade recursal e pelo fato de não se saber se a sentença será 
reformada, ou não, já que este fato pode alterar o interesse recursal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1021%C2%A71
e) ROC – Recurso Ordinário Constitucional – art. 1.027 do 
CPC e art. 102, II e 105, II da CRFB 
 
Cabível em apenas um caso específico: contra acórdão que denegue (indefira) uma 
ação constitucional originária de Tribunal. EX: MS, HC, HD, MI. 
Cabe contra decisões que indefiram ações que devem ser propostas diretamente nos 
Tribunais e serão julgadas pelo STF ou STJ. Por serem previstas na CRFB, são 
chamados de recurso ordinário constitucional. 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
II - Julgar, em recurso ordinário: 
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e 
o mandadode injunção decididos em única instância pelos 
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; 
b) o crime político; 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
II - Julgar, em recurso ordinário: 
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância 
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for 
denegatória; 
b) os mandados de segurança decididos em única instância 
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória 
a decisão; 
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou 
organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município 
ou pessoa residente ou domiciliada no País; 
Há ainda, outra hipótese de cabimento de ROC, prevista no CPC de 2015: 
 Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: 
II - Pelo Superior Tribunal de Justiça: 
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado 
estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município 
ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
 
Essas lides tramitam no 1° grau, perante a Justiça Federal, conforme a CRFB: 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
II - As causas entre Estado estrangeiro ou organismo 
internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente 
no País; 
 O ROC será julgado pelo STJ, dessa forma, das sentenças que forem proferidas 
nestes processos, caberá ROC e ele será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Das decisões interlocutórias, caberá agravo de instrumento, que deverá ser julgado, 
igualmente, pelo STJ. 
 
 
 
 
 
O prazo para interpor o ROC é de 15 dias. Da mesma forma, o prazo para 
contrarrazões também é de 15 dias: 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da 
data em que os advogados, a sociedade de advogados, a 
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério 
Público são intimados da decisão. 
Atenção!!! 
Excepcionalmente, não haverá julgamento por Tribunal de 2° grau. Haverá julgamento 
somente pelo 1° grau da Justiça Federal e, o recurso ordinário e o agravo, serão julgados pelo 
Stj. 
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para 
interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) 
dias. 
Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, 
alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de 
admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à 
apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de 
Justiça. 
§ 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea 
“a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, 
cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a 
intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar 
as contrarrazões. 
 
Há a necessidade do pagamento de custas. 
Há, como em todos os recursos, efeito devolutivo. 
Não há efeito suspensivo. 
O ROC tramita da mesma forma que a apelação, aplicando-se, inclusive a Teoria da 
Causa Madura. 
O ROC será interposto na origem (juízo a quo - 1° grau da Justiça Federal) e, após as 
contrarrazões, deverá ser remetido para o Tribunal de destino (juízo ad quem – STJ 
ou STF), independentemente de juízo de admissibilidade: 
 Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, 
alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de 
admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à 
apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de 
Justiça. 
§ 3º Findo o prazo referido no § 2º, os autos serão remetidos 
ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo 
de admissibilidade. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1027iib
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1027iib
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1027i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1027iia
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1027iia
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1027iib
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1027iib
OBS 1: a competência para julgamento: 
• STJ: em casos de acórdão denegatório proferido nos TJ’s e TRF’s 
• STF: no caso de acórdão denegatório proferido nos Tribunais Superiores. 
OBS 2: o ROC garante o duplo grau de jurisdição de decisões denegatórias de ações 
constitucionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
f) REsp – Recurso Especial – art. 1.029 do CPC e art. 105. III da 
CRFB 
Cabível no caso de acórdãos que violam a legislação infraconstitucional, ou quando 
Tribunais diferentes, derem uma interpretação divergente, a um mesmo dispositivo 
de lei infraconstitucional. 
Art. 105, III, CF - julgar, em recurso especial, as causas 
decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei 
federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja 
atribuído outro tribunal. 
 
Art. 1.029, CPC. O recurso extraordinário e o recurso especial, 
nos casos previstos na Constituição Federal , serão 
interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do 
tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: 
I - A exposição do fato e do direito; 
II - A demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da 
decisão recorrida. 
 
Importante observar que, cabe REsp em razão da divergência externa e não interna. 
O dissenso, a controvérsia, tem de ser externo ao âmbito do tribunal, ao qual se 
recorre. Deve ser uma divergência jurisprudencial em relação a outro Tribunal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
EX: A parte ingressa com REsp de um julgado do TJBA. Neste caso, não se deve 
apontar o acórdão proferido pelo TJBA encontra divergência no âmbito do seu 
próprio Tribunal. Deve-se apontar que a decisão do TJBA diverge da decisão de 
qualquer outro Tribunal do país, inclusive, do próprio STJ, ou mesmo do TRF da 1ª 
Região (Tribunal Regional Federal situado na Bahia). 
 
 
 
OBS 1: para que o REsp seja cabível, o acórdão não deve admitir outros recursos. Só 
caberá REsp depois de todos os recursos esgotados. 
 
OBS 2: na hipótese de o agravo violar tanto dispositivo infraconstitucional (CPC) 
quanto dispositivo constitucional (CRFB), são cabíveis, simultaneamente, REsp e RE. 
Porém, cada um desses recursos irá atacar matérias distintas: 
• REsp: violação de lei infraconstitucional 
• RE: violação ao texto constitucional 
 
 
No caso dessa interposição conjunta de REsp e RE, os autos serão remetidos ao STJ. 
Se o Relator do REsp considerar o RE prejudicial, em decisão irrecorrível sobrestará o 
processo (suspenderá o andamento processual até que a decisão judicial seja julgada) 
e remeterá os autos para o STJ. 
Se o Relator do RE, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os 
autos para o STJ, para que o REsp seja julgado. 
Atenção!! 
Súmula 13 do Stj: A divergência entre julgados do mesmo tribunal não enseja recurso 
especial 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso 
extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao 
Superior Tribunal de Justiça. 
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o 
recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o 
julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso extraordinário, 
em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá 
os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamentodo 
recurso especial. 
 
O prazo para a interposição do REsp é de 15 dias, da mesma forma que é de 15 dias o 
prazo para apresentar contrarrazões. 
 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da 
data em que os advogados, a sociedade de advogados, a 
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério 
Público são intimados da decisão. 
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para 
interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) 
dias. 
 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do 
tribunal, o recorrido será intimado para apresentar 
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os 
autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do 
tribunal recorrido. 
 
Conforme a Lei n° 11.636/20047 (Dispõe sobre as custas judiciais devidas no âmbito 
do Superior Tribunal de Justiça), há custas processuais. 
Além dos requisitos de admissibilidade, o REsp apresenta outros requisitos, pois se 
trata de um recurso cujo objetivo é a rediscussão da causa (como acontece com a 
apelação), porém, discutir a unidade na interpretação da legislação 
infraconstitucional. 
O intuito do STJ é evitar a regionalização do direito, assim como o REsp. por conta 
disso, não se discute matéria fática (onde as partes tem de demonstrar que estão 
certas, através de todos os meios de provas), discute-se apenas matéria de direito 
(onde o magistrado decide quem está certo, de acordo com os documentos juntados 
e à luz da interpretação e aplicação da lei). 
SÚMULA 5, STJ: A simples interpretação de cláusula 
contratual não enseja recurso especial. 
SÚMULA 7, STJ: A pretensão de simples reexame de prova 
não enseja recurso especial. 
 
 
Ou seja, não se debate REsp que discuta se um determinado fato ocorreu ou não. 
Debate-se o REsp à luz de fatos que já foram fixados pelo Tribunal de Origem, qual o 
direito aplicado. 
Apesar de não ser possível discutir o fato, o REsp permite a discussão acerca da 
matéria de mérito ou processual; logo, cabe discussão tanto por violação do Código 
Civil (ou CDC ou Lei de Locação), quanto por violação ao CPC. 
Para que haja delimitação em relação à discussão dessas matérias de direito, tem-se 
como requisito do REsp, o prequestionamento. Que se trata da apreciação do artigo 
de pelo Tribunal a quo, durante o julgamento do acórdão que foi recorrido. 
 
 
Os julgadores de origem debatem acerca dos dispositivos que foram apontados como 
violados, no REsp. 
 
Súmula 282, STF: é inadmissível o recurso extraordinário, 
quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão 
federal suscitada. 
 
Se o tribunal de origem não tiver se manifestado sobre determinado dispositivo, que 
foi apontado como violado no REsp, o prequestionamento não terá ocorrido. 
Uma inovação do CPC de 2015 foi o STJ poder desconsiderar um vício formal, de um 
recurso considerado tempestivo, determinando sua correção, desde que não 
considere como um erro grave. Dá-se uma nova oportunidade para análise do mérito 
recursal. 
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos 
casos previstos na Constituição Federal , serão interpostos 
perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal 
recorrido, em petições distintas que conterão: 
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de 
Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso 
tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o 
repute grave. 
 
Há, como em todos os recursos, efeito devolutivo. 
Não há, em regra, efeito suspensivo. É possível que se atribua efeito suspensivo ao REsp. a 
petição requerendo o efeito suspensivo, deverá ser dirigida: 
Art. 1.029, § 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a 
recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser 
formulado por requerimento dirigido: 
I – Ao tribunal superior respectivo, no período compreendido 
entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua 
distribuição, ficando o relator designado para seu exame 
prevento para julgá-lo; ao STJ 
II - Ao relator, se já distribuído o recurso; ao Relator no STJ 
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, 
no período compreendido entre a interposição do recurso e a 
publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 
1.037 . por força de recurso repetitivo. 
 
O REsp é interposto no tribunal de origem, endereçado à residência ou vice-
presidência, conforme o regimento interno de cada tribunal. A petição do recurso 
deve indicar: 
• A exposição do fato e do direito 
• A demonstração de cabimento 
• As razões do pedido de reforma ou a invalidação da decisão recorrida 
 
Se tratando de REsp baseado em divergência jurisprudencial em relação a julgado de 
outro tribunal, obrigatoriamente, deve ser instruído com o acórdão paradigma, que 
é a decisão divergente, do outro tribunal. A divergência é comprovada mediante: 
• Certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência oficial (inclusive, 
mídia eletrônica) ou; 
• Reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da fonte. 
O recorrente deve mencionar as circunstâncias que se assemelham ou que 
identifiquem os casos confrontados (chamado de cotejo analítico), entre o acórdão 
recorrido e o paradigma (do outro tribunal, que decidiu de forma divergente). 
OBS: nos casos de REsp fundado em dissídio (divergência) jurisprudencial, 
comumente ele não é admitido, sob o argumento de que não se admitem situações 
fáticas distintas entre os acórdãos. Por conta disso, incluiu-se o §2° parágrafo, neste 
artigo, justificando que era vedado ao tribunal inadmitir o recurso, com base em 
fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem 
demonstrar a distinção. Este §2° foi revogado em 2016 pela Lei n° 13.256/2016. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1037
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1037
Uma vez que o REsp é interposto, a parte contrária é intimada a apresentar as 
contrarrazões em 15 dias, oportunidade em que é possível impugnar não só o mérito, 
quando a admissibilidade do recurso. Com as razões e contrarrazões do REsp, o 
recurso estará pronto para sua admissibilidade. 
Atenção!!! 
O REsp guarda algumas alterações: 
• No CPC/73, a admissibilidade do REsp e o RE era feita na origem, pela presidência do 
Tribunal intermediário 
 
• No CPC/2015, a admissibilidade passa a ser feita apenas e diretamente no STJ 
 
• De acordo com a Lei n° 13.256/2016, a admissibilidade voltou para o tribunal de 
origem, porém, em caso de inadmissão do REsp, cabe agravo em recurso especial, 
para tentar que o REsp seja admitido. 
 
Uma vez admitido o REsp, o desembargador que o admite, tem algumas 
possibilidades: 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do 
tribunal, o recorrido será intimado para apresentar 
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os 
autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do 
tribunal recorrido, que deverá: 
I – Negar seguimento: a REsp interposto contra acórdão que 
esteja em conformidade com entendimento do STJ, 
proferido com base em julgamento de recursos repetitivos. 
II – Encaminhar o processo ao órgão julgador (turma ou 
câmara que proferiu o acórdão) para realização do juízo de 
retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento 
do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de 
Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de 
repercussão geral ou de recursos repetitivos; 
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de 
caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal 
Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se 
trate de matériaconstitucional ou infraconstitucional 
IV – Selecionar o recurso como representativo de controvérsia 
constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do 
art. 1.036; para que venha a ser julgado como repetitivo pelo 
STJ 
V – Realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter 
o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal 
de Justiça, desde que: 
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de 
repercussão geral ou de julgamento de recursos 
repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da 
controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. 
 
Dessas decisões monocráticas, é possível recorrer, de acordo com os §§1° e 2° deste 
mesmo artigo: 
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com 
fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, 
nos termos do art. 1.042. cabe agravo em REsp 
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III 
caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. a ser julgado 
perante o próprio tribunal de origem, sem que haja a 
possibilidade - pela legislação – de se chegar ao tribunal 
superior. 
Uma vez que o REsp chegue ao STJ, se o ministro Relator entender que o REsp versa 
sobre questão constitucional, deverá conceder ao recorrente, o prazo de 15 dias para 
que este demonstre a repercussão geral (que são questões relevantes sob o aspecto 
econômico, político, social ou jurídico e que ultrapassem os interesses subjetivos da 
causa), e se manifeste sobre a questão constitucional. 
Quando essa diligência for cumprida, o Relator remete o recurso para o STF, que fará 
o juízo de admissibilidade, podendo devolvê-lo ao STJ, conforme o CPC: 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, 
entender que o recurso especial versa sobre questão 
constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para 
que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral 
e se manifeste sobre a questão constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput , o 
relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, 
em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior 
Tribunal de Justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
g) RE – Recurso Extraordinário – art. 1.029 do CPC e art. 
102, III da CRFB 
Cabe RE contra acórdãos que violem o texto constitucional: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas 
decididas em única ou última instância, quando a decisão 
recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face 
desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal 
 
 
 
Art. 1.029, CPC: O recurso extraordinário e o recurso especial, 
nos casos previstos na Constituição Federal , serão 
interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do 
tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: 
I - A exposição do fato e do direito; 
II - A demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da 
decisão recorrida. 
 
Em relação a esta alínea, após a EC n° 45/04, cabe RE de acórdão que julgar válida lei local 
contestada em face de lei federal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
Para o cabimento do RE, o acórdão não deve admitir outros recursos, portanto, assim 
como acontece com o REsp, só cabe RE quando forem esgotados todos os outros 
recursos. 
No caso de o acórdão violar, ao mesmo tempo, dispositivos do CPC e da CF, cabem, 
simultaneamente, REsp e RE, porém, cada recurso atacando matérias diferentes: 
Porém, cada um desses recursos irá atacar matérias distintas: 
• REsp: violação de lei infraconstitucional 
• RE: violação ao texto constitucional 
 
Neste caso de interposição conjunta, os autos serão remetidos ao STJ: se o Relator 
do REsp considerar o RE prejudicial, em decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento 
e remeterá os autos para o STF. 
Se o Relator do RE, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os 
autos para o STJ, para que o REsp seja julgado. 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso 
extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao 
Superior Tribunal de Justiça. 
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o 
recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o 
julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso extraordinário, 
em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá 
os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do 
recurso especial. 
 
O prazo para a interposição do RE é de 15 dias, da mesma forma para as 
contrarrazões. 
Há custas para o RE (a tabela é divulgada pelo STF): 
 
 
O RE tem algumas distinções, em relação à sua admissibilidade. Além dos requisitos 
existente, existem outros, dada a sua finalidade, que não é apenas rediscutir a causa, 
mas sim, buscar o respeito e a unidade de interpretação da CRFB. 
O RE tem como objetivo, zelar pela supremacia da Constituição, não se discutindo 
matéria fática neste recurso, apenas matéria de direito. O Re permite também a 
discussão de matéria processual, ou seja, cabe recurso por violação de norma 
processual ou norma material contida na CRFB. 
Também existe a necessidade de prequestionamento, conforme no REsp. 
Assim como no REsp, o RE também pode desconsiderar vício formal de recurso 
tempestivo e determinar sua correção, se não julgar o vício como grave. 
 
Atenção!!! 
A partir da EC n°45/04, surge um novo requisito de admissibilidade (específico) para 
o RE: a repercussão geral da questão constitucional. 
Art. 102, § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá 
demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais 
discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal 
examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo 
pela manifestação de dois terços de seus membros. 
 
Assim, o STF só conhecerá um RE que seja relevante não só para as partes, mas para 
a sociedade como um todo (questões relevantes do ponto de vista econômico, 
político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa). 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão 
irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando 
a questão constitucional nele versada não tiver repercussão 
geral, nos termos deste artigo. 
 
A competência para apreciar a existência ou não da repercussão geral é exclusiva do 
STF. 
O recurso não será conhecido se 2/3 dos Ministros do STF (ou seja, 8 dos 11), 
entenderem que não há repercussão geral. Essa decisão é irrecorrível. 
A repercussão geral decorre de lei, ou seja, ela já é presumida, caso o acórdão que for 
recorrido: 
Art. 1.035, § 3º Haverá repercussão geral sempre que o 
recurso impugnar acórdão que: 
I - Contrarie súmula ou jurisprudência dominante do 
Supremo Tribunal Federal; 
II – ( Revogado ); 
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de 
tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da 
Constituição Federal . 
 
Uma vez reconhecida a repercussão geral, o Relator deve determinar o 
sobrestamento de todos os processos, individuais ou coletivos, que tratem do tema 
específico, em todo o território nacional. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Lei/L13256.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art97
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art97
O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida, deve ser julgadono prazo de 1 
ano. 
 
 
 
Negada a repercussão geral do recurso, a presidência do tribunal intermediário deve 
negar seguimento aos RE sobrestados na origem, que versem sobre matéria idêntica. 
Há, como em todos os recursos, efeito devolutivo. 
Não há, em regra, efeito suspensivo. Neste caso, a regra é a mesma do REsp: é 
possível atribuir o efeito suspensivo, sendo a competência variável. 
O processamento do RE é igual ao do REsp. 
Existem diversas possibilidades para o Relator proceder com a admissibilidade do RE: 
 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do 
tribunal, o recorrido será intimado para apresentar 
contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os 
autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do 
tribunal recorrido, que deverá: 
I – Negar seguimento: a RE que discuta questão à qual o STF 
não tenha reconhecido a existência de repercussão geral, o a 
RE interposto contra acórdão que esteja em conformidade 
com o entendimento do STF proferido no regime de 
repercussão geral, ou, ainda, a RE interposto contra acórdão 
que esteja em conformidade com entendimento do STF 
proferido no julgamento de recursos repetitivos. 
II – Encaminhar o processo ao órgão julgador (turma ou 
câmara que proferiu o acórdão) para realização do juízo de 
retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento 
do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de 
Se este julgamento não ocorrer dentro do prazo, a lei não prevê nenhuma consequência jurídica, 
tendo em vista que em 2016, o dispositivo que dizia que se o julgamento não acontecesse em 1 
ano, a suspensão dos processos cessaria, foi revogado pela Lei n° 13.256/2016 
 
Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de 
repercussão geral ou de recursos repetitivos; depois da 
prolação do acórdão, houve decisão do repetitivo no STJ 
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de 
caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal 
Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se 
trate de matéria constitucional ou infraconstitucional 
IV – Selecionar o recurso como representativo de controvérsia 
constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do 
art. 1.036; para que venha a ser julgado como repetitivo 
V – Realizar o juízo de admissibilidade do RE, e, se positivo, 
remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior 
Tribunal de Justiça, desde que: 
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de 
repercussão geral ou de julgamento de recursos 
repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da 
controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. 
 
Dessas decisões monocráticas, é possível recorrer, de acordo com os §§1° e 2° deste 
mesmo artigo: 
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com 
fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, 
nos termos do art. 1.042. cabe agravo em REsp 
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III 
caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. a ser julgado 
perante o próprio tribunal de origem, sem que haja a 
possibilidade - pela legislação – de se chegar ao tribunal 
superior. 
 
Uma vez que o RE esteja no STF, caso o Relator considere a ofensa ao texto 
constitucional, afirmada no RE, por pressupor a revisão da interpretação da lei federal 
ou tratado, o tribunal deverá remeter os autos para o STJ, para julgamento do REsp. 
Trata-se de uma conversão de RE para REsp, não havendo a necessidade de se intimar 
o recorrente, para que ele emente o recurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
h) Agravo em recurso especial ou recurso extraordinário – art. 1.042 
 
Caberá agravo em RESp e RE para impugnar decisão do Tribunal de origem que, 
através das figuras dos seus presidentes ou vice-presidentes, não admitirem RE ou 
REsp, salvo quando a não admissão for fundamentada em repercussão geral ou 
julgamento de recursos repetitivos: 
 Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do 
vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso 
extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na 
aplicação de entendimento firmado em regime de 
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. 
 
Pode ser utilizado também no processo penal e no processo do trabalho (em relação 
ao recurso de revista). 
O prazo para interposição é de 15 dias. Mesmo prazo para a resposta (contraminuta 
ou contrarrazões de agravo): 
§ 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer 
resposta no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
Não há custas. 
Como em todos os recursos, há efeito devolutivo. 
Não há efeitos suspensivo. Em casos de urgência, ao REsp e o RE podem ser 
concedidos o efeito suspensivo, porém, não se concede ao agravo. 
Será interposto no Tribunal de origem, e endereçado ao responsável pelo 
processamento do RE e do REsp (presidência e vice-presidência, de acordo com o 
regimento interno de cada tribunal), que prolatou a decisão que foi agravada. 
O recurso recorrido tramita dentro dos próprios autos, de forma que não é necessária 
a juntada de qualquer documento. 
O agravado será intimado para apresentar resposta e, caso não haja retratação (ou 
seja, que passe de inadmitido para admitido), os autos serão remetidos para o 
Tribunal Superior, para a apreciação do agravo. Caso haja retratação, os autos serão 
remetidos para o Tribunal superior, para o julgamento do RE e do REsp (e não do 
agravo). 
No caso de serem interpostos dois recursos, simultaneamente, (RE + REsp), e ambos 
foram inadmitidos, o agravante deverá interpor dois agravos. Assim, os primeiros irão 
para o STJ e, se houver necessidade, se ainda for o caso de julgamento do RE, vão 
para o STF. Será possível também, a realização de sustentação oral, no âmbito dos 
Tribunais superiores. 
§ 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, 
conjuntamente com o recurso especial ou extraordinário, 
assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, 
ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo. 
§ 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos 
extraordinário e especial, o agravante deverá interpor um 
agravo para cada recurso não admitido. 
§ 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao 
tribunal competente, e, havendo interposição conjunta, os 
autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 
§ 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal 
de Justiça e, se for o caso, do recurso especial, 
independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao 
Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele 
dirigido, salvo se estiver prejudicado. 
 
Para o julgamento do agravo, deve-se observar tanto o CPC de 2015, assim como os 
regimentos internos do STJ e do STF. 
 
i) REsp e RE repetitivos - art. 1.036 a 1.041 
Esses recursos surgiram com o advento do CPC de 2015, e tem como objetivo garantir 
a todos: segurança jurídica e isonomia, em razão da massificação de causas 
propostas diante do Poder Judiciário. 
Esses recursos tutelam as situações em que existem múltiplos processos, 
fundamentados da mesma questão de direito. Neste caso, aqueles recursos mais 
representativos serão afetados para julgamento repetitivo e os demais ficarão 
suspensos. As decisões tomadas no bojo desses processos, serão replicadas e 
servirão como base para os demais processos semelhantes, que se encontravam 
suspensos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A tramitação de um recurso repetitivo obedece a uma ordem: 
Os magistrados deverão observas essas decisões, sob pena de interposição de 
reclamação. 
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: 
III - os acórdãos em incidente de assunção de 
competência ou de resolução de demandas 
repetitivas e emjulgamento de recursos 
extraordinário e especial repetitivos; 
Art. 988. Caberá reclamação da parte 
interessada ou do Ministério Público para: 
II - Garantir a autoridade das decisões do tribunal; 
§ 5º É inadmissível a reclamação 
II – Proposta para garantir a observância de 
acórdão de recurso extraordinário com 
repercussão geral reconhecida ou de acórdão 
proferido em julgamento de recursos 
extraordinário ou especial repetitivos, quando 
não esgotadas as instâncias ordinárias. 
 
 
I. Escolhem-se os recursos representativos (aqueles que apresentam todos os 
requisitos de admissibilidade); 
 
II. Toma-se a decisão de afetação, com a suspensão de outros processos que discutam 
a mesma tese jurídica, 
 
III. Julgamento da questão repetitiva 
 
IV. Aplicação e observância do precedente, em relação aos demais processos, que 
envolvem a mesma técnica jurídica. 
 
 
 
Caso haja, dentro daqueles recursos que foram suspensos, para o julgamento dos 
recursos repetitivos, houver algum recurso intempestivo, o interessado pode 
requerer a sua inadmissão. O recorrente deverá ser ouvido, no prazo de 5 dias, e o 
presidente deverá tomar uma decisão. Caso a decisão do presidente não afaste o 
sobrestamento do processo, o recorrente poderá utilizar o agravo interno, para o 
próprio tribunal: 
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos 
extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica 
questão de direito, haverá afetação para julgamento de 
acordo com as disposições desta Subseção, observado o 
disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal 
e no do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º 
caberá apenas agravo interno. 
 
Uma vez que o Relator, no Tribunal Superior faça a escolha dos recursos que serão 
afetados: 
 
 
• Identificará quais as questões que serão submetidas; 
 
• Sobrestará todos os processos que versem sobre a mesma questão, em todo o 
território nacional (tanto recursos, quanto os processos individuais e coletivos) 
 
• Poderá requerer que os Tribunais enviem, um recurso representativo da controvérsia 
(ou escolher um recurso do próprio tribunal superior) 
 
Segundo o CPC, o recurso repetitivo deve ser julgado no prazo de 1 ano. Entretanto, 
se o julgamento não acontecer neste prazo, não há qualquer consequência jurídica, 
tendo em vista que o §5° do art. 1.037 previa que a suspensão cessaria, depois de findo 
este prazo, porém, o mesmo foi revogado pela Lei n° 13.256/2016. 
Após a decisão de afetação dos recursos, o Relator poderá: 
Art. 1.038. O relator poderá: 
I - Solicitar ou admitir manifestação de pessoas, órgãos ou 
entidades com interesse na controvérsia, considerando a 
relevância da matéria e consoante dispuser o regimento 
interno; amicus curiae 
II - Fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos 
de pessoas com experiência e conhecimento na matéria, com 
a finalidade de instruir o procedimento; 
III - requisitar informações aos tribunais inferiores a respeito 
da controvérsia e, cumprida a diligência, intimará o Ministério 
Público para manifestar-se. 
 
E, em relação aos processos que foram suspensos: 
• As partes deverão ser intimadas 
• As partes podem dar prosseguimento de seu recurso, com fundamento em 
distinção 
• Se esse pedido de afastamento do sobrestamento for indeferido, cabe agravo de 
instrumento (se o processo estiver m 1° grau) ou agravo interno (caso esteja no 
Tribuna). 
 
Sendo o Recurso repetitivo julgado, acontecerá o seguinte com os recursos 
sobrestados: 
• Se o recurso sobrestado for REsp ou RE e estiver na origem: caso a tese seja contrária 
à fixada no recurso repetitivo, ocorre a inadmissão. Se a tese for no mesmo sentido do 
recurso repetitivo, será reexaminado pela Câmara ou Turma. 
 
• Se a causa for sobrestada antes desse momento processual, o juiz ou Relator, deverão 
aplicar a tese definida, sob pena de reclamação 
 
• Os órgãos, entes ou agências responsáveis pela fiscalização acerca do cumprimento 
das decisões, deverão ser avisados. EX: recurso repetitivo contra banco → BACEN 
(Banco Central do Brasil), deverá ser oficiado, para que possa fiscalizar, desde 
momento em diante, a obrigação imposta pela decisão judicial. 
 
O julgamento do recurso repetitivo ainda permite: 
 
• A desistência nos recursos suspensos em 1° grau, sem a concordância do réu (se a 
desistência ocorrer antes da citação, enseja em ausência de custas e honorários). 
 
• Autoriza o julgamento liminar de improcedência, dispensa de remessa e permite o 
julgamento de forma monocrática, pelo Relator. 
 
 
 
j) Embargos de divergência – art. 1.043 
Utilizados apenas no âmbito do STF e do STJ, após o julgamento de REsp ou RE. São 
cabíveis em casos de acórdãos proferidos no julgamento de RE e REsp, divergindo de 
julgamento proferido por outro órgão colegiado, do próprio Tribunal. Seu objetivo é 
pacificar as divergências de entendimento, no âmbito dos Tribunais. 
Assim se, em caso de julgamento de REsp pelo STJ e RE pelo STF, houver outro 
julgamento, sobre uma mesma questão, em outro sentido, por um órgão interno do 
Tribunal, cabem os embargos de divergência. 
Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que: 
I - Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir 
do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, 
sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; 
III - Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir 
do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, 
sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha 
conhecido do recurso, embora tenha apreciado a 
controvérsia; 
 
Cabem os embargos de divergência para discutir teses firmadas entre dois recursos, 
de órgãos (turma ou Câmara) internos e distintos, seja sobre o aspecto moral ou 
processual. Cabe ainda o recurso julgado por uma mesma turma, que tenha sofrido 
mudança na sua composição. 
§ 2º A divergência que autoriza a interposição de embargos de 
divergência pode verificar-se na aplicação do direito material 
ou do direito processual. 
§ 3º Cabem embargos de divergência quando o acórdão 
paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão 
embargada, desde que sua composição tenha sofrido 
alteração em mais da metade de seus membros. 
O prazo para interposição dos embargos de divergência é de 15 dias. Mesmo prazo 
para apresentação das contrarrazões. 
Há a necessidade do pagamento de custas. 
Como nos outros recursos, há efeito devolutivo. 
Não há efeito suspensivo, como ocorre no RE e no REsp. 
A interposição dos embargos de divergência, no STJ, interrompe o prazo para a 
interposição do RE, por qualquer das partes. 
Serão endereçados ao próprio Relator do recurso. Logo após, a parte deverá interpor 
as contrarrazões e prosseguir para o julgamento. 
O procedimento dos embargos de divergência seguirá os trâmites previstos nos 
regulamentos internos dos tribunais.

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