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Apoptose e necrose

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Apoptose e Necrose: 
 
Revisão: 
Uma célula normal pode passar por algumas 
injúrias reversíveis, porém, se ultrapassa o 
limiar de adaptação da célula (tempo e 
intensidade do estímulo), a célula passa por 
morte celular, podendo ser de vários tipos. 
 
Causas da lesão irreversível: 
Pode ser gerada por diversos fatores, dentre 
eles: 
• Hipóxia: Asfixia, altitudes...; 
• Isquemia: obstrução arterial; 
• Agentes físicos: Traumas mecânicos, 
quimaduras; 
• Agentes químicos: Poluentes, álcool, 
drogas; 
• Agentes infecciosos: Vírus, bactérias, 
fungos; 
• Reações imunológicas: Doenças auto-
imunes; 
• Defeitos genéticos; 
• Alterações nutricionais: Obesidade, 
desnutrição. 
**Se não respeitado o limiar de adaptação da 
célula, ela passará pelo processo de morte 
celular. 
 
Morte celular: 
Pode ser fisiológica ou patológica! 
FISIOLÓGICA: 
• Autofágica: Mecanismo de morte célular 
com a participação, principalmente, de 
lisossomas, sendo que nessa via não há a 
ativação de CASPASES, para a morte 
celular (caspase é uma protease); 
• Apoptótica: Depende da ativação das 
CASPASES para acontecer, ou da 
alteração da atividade mitocondrial! 
PATOLÓGICA: 
• Apoptótica: pode ser por meio da via 
extrínseca, ou seja, quando os receptores 
de morte ativam as CASPASES, ou da via 
intrínseca, que é quando há alteração da 
atividade mitocondrial; 
• Necrótica; 
 
Autofagia: 
Pode ser fisiológica, mas também pode 
participar de alguns processos patológicos! 
O que é? 
É um estresse celular, ocasionado por algum 
agente lesivo, como a privação de nutrientes, 
que ativa os genes de autofagia, sendo possível 
à partir desse fenômeno a formação de 
vacúolos que envolverão as organelas celulares 
e farão com que elas sejam degradadas, após 
a fusão da vesícula com o lisossomo! O material 
digerido poderia ser re-utilizado pela célula. 
Apoptose e Necrose: 
Faculdade Ciências Médicas MG // PATOLOGIA GERAL Luisa Trindade Vieira - 72D 
 
Como representado na imagem acima, a 
autofagia pode ser de 3 tipos: 
• Macroautofagia: Quando temos a formação 
de uma vesícula ao redor de uma janela 
celular, que precisa de ser degradada. Após 
isso, o lisossomo se funde a vesícula e 
promove a degradação da estrutura; 
• Microautofagia: Nela, não há a formação da 
vesícula, sendo que os lisossomos são 
capazes de endocitar (colocar a estrutura 
que precisa de ser digerida, dentro deles), 
por meio de uma envaginação na 
membrana do próprio lisossomo; 
• Autofagia mediada por CHAPERONAS: As 
chaperonas são capazes de perceber a 
estrutura que precisa de ser degradada, 
fazendo com que essa molécula pegue a 
estrutura danificada, e por meio de uma 
ligação com a molécula Lamp-2A, que se 
encontra na membrana do lisossomo, ela 
consegue inserir a molécula dentro dele 
para a degradação. 
Os materiais resultantes da degradação de 
moléculas pode ser re-utilizado, tanto na 
produção proteica, na produção de energia, ou 
até mesmo para os processos de 
gliconeogênese. 
Funções da autofagia: Está relacionada à morte 
celular, assim como está relacionada com 
outros processos, como o do envelhecimento, 
e a algumas doenças neurodegenerativas, 
infecciosas, na resposta imune inata e no 
câncer! 
 
Autofagia na clínica médica: 
• O vírus HIV faz com que a célula perca a 
sua capacidade de realizar a autofagia do 
vírus, por ele induzir a realização de 
autofagia descontrolada, fazendo com que 
ocorra a apoptose das células, diminuindo a 
[ ] de linfócitos, e consequentemente, 
caindo o combate contra o vírus; 
• Na Doença de Alzhaimer ocorre o acúmulo 
do peptídio ß-a, diante do da clivagem, no 
local errado da proteína precursora do 
amilóide, ocasionando a produção de placas 
senis e uma rede fibrosa, onde podemos 
ver a proteína TAU hiperfosforilada, que 
aparece primeiramente na região do 
hipocampo (região da memória). 
 
Apoptose: 
A apoptose é a morte celular programada, 
sendo encontrada, principalmente, durante o 
desenvolvimento fetal, em resposta de ciclos 
hormonais (endométrio)! 
As células ao longo desse processo não 
passam por tumefação, mas sim pelo 
encolhimento. Além disso, pode-se perceber a 
condensação dos núcleos e fragmentos de 
DNA e de células, em pedaços revestidos por 
membranas, por não haver lise de membrana 
na apoptose, formando os corpos apoptóticos! 
 
Alterações morfológicas e bioquímicas na 
apoptose: 
Externamente: 
• Ela reduz seu volume, por sofrer um 
encolhimento; 
• Ocorre a formação de vesículas dentro da 
célula e bolhas na membrana; 
• Disposição de fosfatidilserina na 
monocamada externa da célula (por conta 
dessas mudanças da fosfatidilserina que os 
macrófagos reconhecem as células que 
eles devem fagocitar). 
**Quando ocorre a apoptose de apenas uma 
célula do tecido, pode-se perceber a perda de 
adesividade da célula, com relação às outras. 
Internamente: 
• As células possuem um citoplasma muito 
vacuolizado e condensado; 
• Desorganização da mitocôndria com 
liberação de fatores pro-apoptóticos 
(citocromo C); 
• Ativação da via das caspases; 
• Agregação e fragmentação da cromatina 
(não ocorrem fragmentações aleatórias, 
são fragmentações com um número 
determinado de elementos); 
• Degradação de enzimas e do citoesqueleto. 
**Costumamos dizer que apoptose = morte 
limpa, pois não há extravasamento de citosol e 
nem de suas substâncias, o que não gera uma 
resposta infalamatória. 
 
Na microscopia eletrônica pode-se perceber a 
diferença da apoptose para a necrose, devido 
na necrose possuir rompimento da membrana 
celular, o que resulta na formação de uma 
inflamação. 
 
Importância da apoptose: 
Condições fisiológicas: 
• Desenvolvimento embrionário; 
• Garante a homeostasia tecidual, em adultos, 
com o turn over de células; 
• Promove a seleção tímica negativa dos 
linfócitos que não conseguem diferenciar o 
que são as nossas próprias células; 
• Morte por apoptose das células infectadas 
(citotoxidade mediada por células); 
Regulação defeituosa/doenças: 
• < apoptose: Câncer, doenças auto-imunes; 
• > apoptose: Doenças degenerativas, 
osteoporose, envelhecimento. 
 
Fases da apoptose: A apoptose é dividida em 
3 fases: Fase de iniciação, fase efetora e fase 
de degradação: 
Iniciação: É a fase que conta com os 
mecanismos de sinalização, que leva ao 
aumento de radicais livres e de cálcio 
intracelular, resultando na ativação da via 
intracelular de moléculas pró-apoptóticas (Bax 
e Bad), que promovem o desequilíbrio de 
membrana da mitocôndria, levando a disfunção 
dela, dando o início da apoptose; 
Efetora: Com o desequilíbrio da membrana 
celular da mitocôndria, ela começa a liberar 
CITOCROMO C, que também é pró-
apoptótico, ativando então a via das caspases, 
que atuarão sobre os substratos, sobre o DNA 
(fragmentação); 
Degradação: Momento em que o núcleo da 
célula será degradado por proteólise, além de 
ser o momento em que ocorrem todas as 
mudanças morfológicas apresentadas acima! 
 
**O DNA na apoptose é degradado em alguns 
sítios específicos, conhecidos pelas caspases! 
Nós podemos identificar se está havendo 
morte celular no tecido por apoptose ou não, 
por meio do marcador Br-dUTP. 
Durante a apoptose será ativada a via de 
sinalização das caspases Cysteine-aspartic 
proteases), que ativam as endonucleases! 
 
As endonucleases fragmentam o DNA em 
determinados pontos específicos! 
EXISTEM 2 VIAS QUE DETERMINAM A 
APOPTOSE: VIA EXTRÍNSECA E INTRÍNSECA 
Via extrínseca: É a que envolve uma molécula 
sinalizadora, que vem do ambiente externo e 
que vai se ligar a receptores de membrana 
especiais (receptor ligante a Fas, que se ligam 
a moléculas de FasL) na superfície da célula 
que está condenada a morrer por apoptose; 
 
Via intrínseca: Há o envolvimento da 
mitocôndria, ou seja, quando a célula é 
submetida a alguma injúria e a atuação é sobre 
a proteína Bcl-2, que são de atividade anti-
apoptótica (sem estar em injúria celular), mas 
na presença da injúria a atuação da Bcl-2 é 
inibida e a Bcl-x promove a formaçãode um 
poro na membrana da mitocôndria, permitindo 
a saída do citocromo C, que ativa via das 
CASPASES. 
 
 
Família das caspases: Elas existem na forma 
inativa dentro das células (pró-caspases), que 
podem ser ativadas através de clivagem em 
pontos específicos, sendo que possuem 2 
grupos de caspases: INICIADORAS DA MORTE 
(as mais importantes são: 8,9 e 12) e 
EXECUTORAS DA MORTE (mais importante é 
a 3). Quando as caspases são ativadas elas 
passam a agir como enzimas, promovendo a 
degradação dos substratos. 
 
Necrose: 
A necrose é a morte de células e de tecidos, 
no animal vivo, sendo que, normalmente, é 
acompanhada de inflamação. 
Características mais importantes de células 
nesse processo: 
• Morte por necrose é causada pela 
desnaturação de proteínas, intracelulares e 
também pelo descarregamento das 
enzimas do citosol das células, pelo 
lisossoma; 
• Não é possível manter a integridade da 
membrana plasmática na necrose, e diante 
disso há o extravasamento do conteúdo 
intracelular para o meio extracelular, o que 
estimula a formar uma inflamação; 
• As enzimas que digerem as células 
necróticas são provenientes dos lisossomos 
de leucócitos (células imunes circulantes no 
sangue), que são atraídas pelas reações 
inflamatórias; 
• A digestão dos conteúdos celulares e a 
resposta do hospedeiro, pode demorar 
horas para se manifestar, sendo que 
evidências histológicas iniciais só são vistas 
após 4 a 12 horas da atuação do agente 
lesivo. 
 
 
Causas gerais da necrose: 
• Qualquer agente agressivo, desde que a 
agressão seja letal (grave, intensa, contínua 
ou não, mas que ultrapasse o limiar de 
adaptação celular); 
• Venenos e toxinas; 
• Produtos químicos: Mercúrio, ácidos fortes...; 
• Agentes infecciosos: Bactérias, vírus, 
fungos, protozoários...; 
• Venenos de plantas: Alcalóides 
hepoatotóxicos; 
• Perturbação circulatória: Anemia, 
congestão e isquemia; 
• Lesões mecânicas: Tipos de corte, 
esmagamento e fricção; 
• Físico: Temperatura extrema, eletricidade e 
produção de radicais livres. 
Mecanismos que levam a necrose: 
Um dos grandes problemas que ocorrem na 
célula e levam a célula a necrose é a diminuição 
da energia, ou seja, tudo aquilo que impede que 
a célula realize a fosforilação oxidativa adequada 
e promova a diminuição na produção de ATP, 
vai ativar os mecanismos que levam a necrose 
(entrada de cálcio, por meio da maior 
permeabilidade de membrana ocasionada 
diante da falência das bombas que são energia-
dependetes, e ocorre o aumento da produção 
de radicais livres, causando danos nos lipídeos, 
porteínas e no DNA)! Além disso, podem ser 
gerados danos à organelas que são mais 
sucetíveis a essas causas lesíveis, como a 
mitocôndria, ativando então a via pró-
apoptótica, podendo ocorrer a necrose 
(inibição da via apoptótica, levando a ativação 
da via da necrose)! 
LEMBRE-SE: A diminuição da via do ATP, 
estimula uma ativação da via mitocondrial. 
**Existe ainda o estresse do retículo 
endoplasmático, que produz proteínas erradas. 
	
 
Fases da necrose: 
• Uma vez ultrapassado o limiar de adaptação 
da célula, se inicia o processo de necrose 
celular; 
• Inicialmente observa-se a ação do agente 
lesivo, sem que haja manifestação das 
alterações morfológicas → NECROBOSIS; 
• Dias, ou semanas depois, inicia-se a segunda 
fase, em que começa-se a observar no 
microscópio as alterações morfológicas das 
células → NECROFANEROSIS; 
• E no final do processo, e das semanas 
ocorreria a ausência da célula/a morte da 
célula → NECROLISIS. 
Características morfológicas macroscópucas: 
Várias alterações podem ser vistas em um 
órgão, quando ele está em necrose, mas, essa 
alteração irá depender do tipo de necrose, pois 
existem vários tipos: 
• Diminuição da consistência e da elasticidade 
do órgão, com isso ele fica edemaciado, e 
duro; 
• Alterações na coloração e no aspecto geral 
dele, sendo que alguns ficam mais calros e 
mais opacos (infartos isquêmicos), ou então 
eles podem ficar mais escurecidos 
(necroses que são acompanhadas por 
processos hemorrágicos). 
Alterações microscópicas: 
• Ocorre o aumento da eusinofilia, diante da 
perda do RNA citoplasmático, fazendo com 
que a célula tenha mais afinidade pela eusina 
e perca pela hematoxiliina, fazendo com 
que a célula se apresente em rosa, pois o 
que fica presente na região são as 
proteínas plasmáticas que foram 
desnaturadas; 
• Há também a ação de enzimas que 
digerem as organelas citoplasmáticas, e 
com isso o citoplasma se torna avacuolado 
com granulações e aspecto corroído; 
• As células mortas podem ser substituídas 
por grandes massas fosfolipídicas, chamadas 
figuras de mielina, derivadas de membranas 
celulares danificadas; 
• Os precipitados de fosfolipídeos são 
fagocitados por outras células, ou 
posteriormente degradados em ácidos 
graxos, e após a saponificação (formação 
dos ácidos graxos) é determinada a 
calcificação das células mortas. 
Baço após sofrer processo de necrose: 
Tecido corado em rosa (citoplasma muito 
eusinofílico), além de apresentação de núcleos 
com cromatinas de dierentes formas, diante da 
ação da digestão de organelas citoplasmáticas! 
 
• Além disso, ocorrem as alterações 
nucleares, que podem ser pontuadas em 3 
eventos: 
Ø Cariopicnose: redução do volume e o 
aumento da basofilia do núcleo, pois 
ocorre a contração nuclear e a 
condensação da cromatina; 
Ø Cariorrexe: Ruptura do envelope 
nuclear, com a formação de fragmentos 
e a distribuição irregular da cromatina 
(não se fragmenta de forma 
determinada, como é na apoptone. Na 
necrose a fragmentação é aleatória), 
que se acumulam, primeiro em torno da 
carioteca, até que esse envelope 
nuclear é destruído e esse material fique 
solto no citosol; 
Ø Cariólise ou cromatólise: Dissolução total 
da cromatina, que ocorre a hidrólise 
desse local, pela ação das nucleases o 
que torna o ambiente hipoácido, 
resultando na redução da basofilia 
nuclear, até não ser visto mais o núcleo 
da célula (ACARIÓLISE TOTAL). 
 
 
Necrose x apoptose: 
Se uma célula for acometida a um processo 
lesivo e ele ultrapassar o limiar de adaptação, 
ela é morta por necrose ou apoptose. Esses 
processos possuem diferenças, sendo elas: 
• Durante a necrose há o edema 
(TUMEFAÇÃO → A célula incha), e com 
isso as organelas celulares também. Já na 
apoptose não ocorre essa tumefação, mas 
sim o encolhimento celular; 
• A necrose termina com toda a quebra das 
estruturas celulares, do núcelo, das 
organelas celulares, sendo que todo esse 
material é liberado no meio extracelular, por 
haver lise da membrana, ocasionando o 
processo de infalmação. Já na apoptose, 
não há rompimento da membrana, há a 
formação de vesículas, que saem da célula 
dessa forma, por isso não há resposta 
inflamatória nesse quadro; 
• O papel desempenhado na necrose é 
sempre patológico. Já o da apoptose, pode 
ser um processo fisiológico! 
 
**Também há diferenças nas características 
bioquímicas e fisiológicas! 
Tipos de necroses: 
Existem 6 tipos de necrose: 
• Coagulativa: 
Ø É o tipo mais comu.m de necrose, 
sendo identificada por sua arquitetura 
persistir (arquitetura geral) → Apesar de 
todas as modificações morfológicas, 
ainda conseguimos identificar qual o 
tecido; 
Ø Ocorre a desnaturação de proteínas 
estruturais e enzimáticas, e ocorre o 
bloqueio das enzimas que realizam a 
proteólise (diante desse bloqueio, que é 
possível perceber a arquirtetura do 
tecido original, pois ocorre a coagulação, 
mas não a ação das enzimas, impedindo 
que seja destruído completamente o 
tecido e que ele se torne uma massa); 
Ø Esse tipo de necrose é muito comum 
em órgão, que tem irrigação terminal 
(rim, baço, coração e pâncreas). 
 
• Liquefativa: 
Ø Nesse tipo de necrose não ocorre a 
inibição das enzimas, com isso, além da 
desnaturação de proteínas, há a 
formação do tecido liquefeito; 
 
 
Baço após sofrer um infarto (necrose coagulativa), que 
normalmente apresenta diferença de coloração na base doórgão, formando pirâmides + claras pela falta de irrigação 
 
Ø Esse tipo de necrose pode ser 
observada no cérebro, na supra-renal, 
na mucosa gástrica, no rim (pielonefrite); 
Ø Ele também ocorre devido uma 
interrupção vascular (ausência de 
irrigação sanguínea); 
Ø Além disso pode ocorrer em áreas de 
infecção bacteriana; 
Ø A zona da necrose adquire consistência 
mole, semifluida, ou mesmo liquefeita, 
juntamente com células do sistema 
imune mortas e bactérias, formando 
uma massa amarelada e purulenta 
(apresentação de pus). 
• Gangrenosa: 
Ø A gangrena se refere a morte de um 
tecido devido à falta de fluxo sanguíneo 
ou a uma grave infecção bacteriana; 
Ø Geralmente a gangrena afeta as 
extremidades do corpo: Dedos do pés 
e membros! Mas ela pode ocorrer em 
órgãos também, só não é muito 
comum; 
Ø Ela é uma forma de evolução de 
necrose (resulta da ação também de 
agentes externos sobre o tecido 
necrosado), sendo principalmente da 
evolução da necrose coagulativa (NÃO 
É UM TIPO DE NECROSE ESPECÍFICO) 
→ Se é um tecido que sofreu necrose 
e está em contato com o ar, ele sofre 
desidratação, originando a gangrena 
seca (o tecido fica com aspecto de 
pergaminho); 
→ Além disso, há também as gangrenas 
denominadas úmidas ou pútridas, sendo 
que nesse tipo de gangrena, o tecido se 
apresenta infectado, principalmente, por 
organismos anaeróbicos, que são 
produtores de enzimas, que liquefazem 
o tecido morto, podendo produzir até 
gases que vão permitir com aquela 
massa fique com odor fétido, 
acumulando bolhas entre o tecido morto 
e o saudável; 
	
Astrócitos promovem a formação de cápsulas para conter/limitar 
a necrose (cistos), por eles não saberem produzir colágeno da 
forma como os fibroblastos produzem. 
	
	
→ Gangrena gasosa: é secundária a um 
processo infeccioso, e que é infectado 
por bactérias do gênero Clostridium, que 
produzem enzimas proteolíticas e 
lipolíticas, além de grande quantidade de 
gases (realiza um som → A ferida é 
crepitante!); 
Ø Para que ela ocorra deve ocorrer uma 
agressão sufucuente para a interrupção 
das funções vitais (produção de energia 
e síntese celulares) 
Ø As causas da gangrena são os agentes 
agressores que produzem a necrose! 
Como: Redução de energia (obstrução 
vascular e consequente inibição dos 
processos respiratórios), produção de 
radicais livres, ações diretas sobre as 
enzimas (agentes químicos e toxinas) e 
agressão direta à membrana 
citoplasmática (formação de canais 
hidroélicos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Caseosa: 
Ø Ela possui um aspecto macroscópico 
em que se tem a formação de uma 
massa branca, que se assemelha com 
massa de queijo; 
Ø Possui características entre a necrose 
coagulativa e a necrose liquefativa; 
Ø Acompanha muito. A inflamação 
granulomatosa, que se tem em casos de 
tuberculose; 
Ø A principal característica dela é a 
transformação do tecido necrótico em 
uma massa homogênea, acidófila, com 
núcleos piquinóticos na periferia; 
Ø O tecido não guarda suas estruturas 
normais, pois também ocorre a 
liquefação (enzimas atuam, destruindo a 
estrutura antiga, não preservando assim 
a sua arquitetura original; 
Gangrena seca, nos dedos dos pés, ocasionada por necrose 
coagulativa, por congelamento, resultando na diminuição da 
irrigação sanguínea e consequente morte celular. 
Gangrena úmida de extremidade inferior, pois contém um 
componente liquefativo, devido um microorganismo que se 
instalou na região, após uma necrose liquefativa. 
Gangrena úmida, em que podemos observar o tecido epitelial 
sem núcleos, diante da necrose, além do grande infiltrado 
inflamatório, presente na lâmina 
Gangrena gasosa 
 
Ø É uma necrose característica de 
inflamações granulomas. 
• Gordurosa: 
Ø Ela é determinada quando há a lesão do 
pâncreas e ele libera suas enzimas; 
Ø A liberação dessas enzimas pancreáticas 
ocasionam autodigestão ou traumas de 
células gordurosas; 
 
Ø Com isso, é ocasionada a necrose das 
células gordurosas associada a 
inflamação aguda, formação de depósito 
de cálcio e histiócitos. 
• Fibrinóide: 
Ø Depósito de material proteináceo, nas 
paredes das artérias, observado como 
parte de vasculites imuno-mediadas. 
Necrose Caseosa, presente na parte superior dessa lâmina, onde 
podemos ver com predominância uma massa cor de rosa, com 
ausência de núcleos! 
Necrose gordurosa do pâncreas, realizada pela liberação de 
enzimas pancreáticas diante de uma lesão. Além disso, podemos 
observar pontos brancos, que são a calcificação do tecido 
• Necrose gomosa: 
Ø Variedade da necrose por coagulação 
na qual o tecido necrosado assue 
aspecto compacto e elástico como 
borracha, ou fluido viscoso observado na 
sífilis tardia ou terciária (goma sifilítica). 
Consequências da necrose: 
As consequências da necrose dependem de 
diversas coisas, como: Órgão afetado (quanto 
mais vital, mais graves as consequências), 
extensão da lesão (quanto maiores, mais 
graves) e as causas da necrose (infartos, 
dependendo do lugar não é tão grave, mas 
qualquer necrose de qualquer extensão no 
encéfalo, pode determinar um risco maior de 
morte ou de limitação da qualidade de vida). 
Evolução da necrose: 
• Tecido necrótico passa a funcionar como 
um antígeno, pois ele libera resíduos da 
degradação, que possui ação antigênica; 
• Com isso, se a área necrosada for muito 
pequena, a necrose é absorvida; 
• Se a área dor próxima a vias excretoras ou 
se ocorrer fistulação, a necrose pode ser 
drenada, seja por rupturas ou por necrose 
coliquariva; 
• Pode ocorrer cicatrização, na qual o 
parênquima do órgão é substituido, 
formando uma cicatriz de colágeno, o que 
faz com que seja necessária a presença de 
fibroblasto (ele que produz colágeno); 
• Pode ocorrer a calcificação, que é comum 
na necrose caseosa; 
• Além de todos esses processos, pode 
ocorrer o encistamento ou sequestro, que 
é a formação de pseudocistos, quando a 
área de necrose é ampla, promovendo a 
absorção.

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