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Ana Clara Paiva – Semestre 3 Introdução: A medula espinal é uma massa cilíndrica de tecido nervoso e que está situada dentro do canal vertebral sem, entretanto, ocupa-lo completamente A medula espinal é a parte do tubo neural que sofreu menos alterações durante o desenvolvimento. Cranialmente, a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente em nível do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem uma grande importância clínica e, no adulto, situa-se ao geralmente ao nível da 2a vértebra lombar (L2). A medula espinal faz parte do sistema nervoso central (SNC) e situa-se dentro do canal vertebral (ou canal medular) da coluna vertebral. Durante o desenvolvimento, há uma desproporção entre o crescimento da medula espinal e o crescimento da coluna vertebral. A medula espinal termina de crescer aos 4 anos, enquanto a coluna vertebral termina o seu crescimento aos 14-18 anos Embriologicamente, a medula é formada a partir da porção mais caudal do tubo neural Ao longo de seu comprimento, a medula espinal apresenta dois alargamentos bem definidos para acomodar a inervação dos membros superiores e inferiores: um no nível cervical (membros superiores) e outro no nível lombossacral (membros inferiores). FORMA E ESTRUTURA GERAL DA MEDULA A medula apresenta forma aproximadamente cilíndrica, sendo ligeiramente achatada no sentido ântero- posterior. Seu calibre não é uniforme, pois apresenta duas dilatações denominadas intumescência cervical e intumescência lombar, situadas em nível cervical e lombar, respectivamente. Essas intumescências correspondem às áreas em que as raízes nervosas que formam os plexos braquial e lombossacral, destinadas a inervação dos membros superiores e inferiores, fazem conexão com a medula. A formação dessas intumescências se deve à maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas e que são necessárias para a inervação dos membros superiores e inferiores. • A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais: a) sulco mediano posterior b) fissura mediana anterior c) sulco lateral anterior e d) sulco lateral posterior. • Na medula cervical existe ainda a) sulco intermédio posterior Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. Assim como a coluna vertebral, a medula espinal é dividida em segmentos: cervical, torácico, lombar, sacral e coccígeo. Cada segmento da medula espinal emite vários pares de nervos espinhais, que saem do canal vertebral através do forame intervertebral. Existem um total de 31 nervos 8 pares de nervos espinhais cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/coluna-vertebral-espinha https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/coluna-vertebral-espinha https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-membro-superior https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-membro-inferior Ana Clara Paiva – Semestre 3 1 coccígeo Secções transversais: a medula espinal possui substância cinzenta e branca e pode ser dividida em quatro superfícies: uma anterior, uma posterior e duas laterais. a medula espinal possui substância cinzenta e branca e pode ser dividida em quatro superfícies: uma anterior, uma posterior e duas laterais. • substância cinzenta é a parte central em forma de borboleta da medula espinal e é composta por corpos celulares neuronais. Compreende os cornos anteriores, laterais e posteriores. • substância branca envolve a substância cinzenta e é composta por axônios. Ela contém vias neurais que conectam o cérebro com o resto do corpo. Meninges Espinhais: A medula espinal e as raízes nervosas espinhais são envolvidas por três camadas chamadas de meninges. A camada mais externa é a dura-máter, embaixo é a aracnoide, e a mais profunda é a pia-máter Irrigação sanguínea A medula espinal é vascularizada por ramos das artérias vertebrais e segmentares • A artéria vertebral dá origem às artérias espinhais anterior e posterior. • Artérias segmentares, tais como as artérias cervical profunda, cervical ascendente e intercostal posterior, dão origem a 31 pares de ramos arteriais radiculares que suprem as raízes dos nervos espinhais. • Veias com nomes semelhantes acompanham as artérias • s veias espinhais anterior e posterior drenam para as veias radiculares, que então desembocam na rede venosa epidural → drenam para o selos venosos durais Tratos da medula espinal Os tratos da medula espinal são encontrados na sua substância branca A substância branca, tanto da metade esquerda quanto da metade direita da medula, dividida em três funículos: Ana Clara Paiva – Semestre 3 1- Anterior, 2- Lateral 3- Posterior. Nervos espinhais Dependendo de qual segmento da medula espinal eles se desprendem, os nervos espinhais são agrupados em cervicais (C1- C8), torácicos (T1-T12), lombares (L1 L5), sacrais (S1-S5) e coccígeo. Os nervos espinhais, no entanto, saem da coluna vertebral em seus respetivos números vertebrais Os nervos espinhais cervicais saem pelos forames intervertebrais imediatamente acima de suas vértebras correspondentes nervos espinhais torácicos, lombares e sacrais saem diretamente abaixo Para que os nervos espinais mais distais saiam, eles devem primeiro descer pelo canal vertebral. Como os nervos espinhais lombares e sacrais estão mais distantes de seus forames intervertebrais, são os mais longos. Enquanto descem pelo canal medular em direção aos forames intervertebrais correspondentes, os nervos espinhais lombossacrais formam um feixe denominado cauda equina Cada nervo espinal tem uma raiz anterior e uma posterior. As raízes anteriores transmitem informações motoras, originam-se dos cornos anteriores da substância cinzenta e saem da medula espinal através do sulco ântero-lateral As raízes posteriores transmitem informações sensitivas e possuem um gânglio sensitivo ligado a elas. Elas se originam dos cornos posteriores da substância cinzenta e saem pelo sulco póstero-lateral da medula espinal As raízes anteriores e posteriores se fundem imediatamente antes do forame intervertebral e formam o tronco do nervo espinal. tronco é muito curto e, logo após a sua saída da coluna vertebral, divide-se em quatro ramos: a) ramo anterior, b) ramo posterior, c) ramo comunicante d) ramo meníngeo. Arco reflexo Os reflexos espinhais podem ser monossinápticos ou polissinápticos. Os reflexos monossinápticos ocorrem com apenas dois neurônios participando do arco reflexo, um sensorial e outro motor. O neurônio de primeira ordem (sensitivo) está localizado no gânglio espinal, enquanto o neurônio de segunda ordem (motor) se localiza no corno anterior da medula espinal. O neurônio sensitivo reúne os impulsos provenientes do músculo e envia essa informação para o neurônio motor, que inerva o mesmo músculo. O neurônio motor então Ana Clara Paiva – Semestre 3 causa a contração do músculo inervado ex: estiramento do musculo. Os reflexos polissinápticos, por outro lado, têm múltiplos neurônios participando. Além de um neurônio sensitivo e um neurônio motor, há também um ou mais interneurônios entre eles, tornando essa comunicação indireta. Eles são mais complexos do que os reflexos monossinápticos, uma vez que envolvem grupos musculares ao invés de um único músculo
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