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CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA 
DE ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
O ESPAÇO ESTÁ AÍ... HÁ QUE COMPREENDÊ-
LO
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Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de: 1. Compreender a importância da noção de espaço; 2. Reconhecer as
etapas do aprendizado da noção de espaço; 3. Identificar as relações espaciais topológicas, projetivas e
euclidianas; 4. Demonstrar que o entendimento da organização espacial deve ser iniciado pelos espaços
conhecidos da criança; 5. Reconhecer que a análise da organização espacial revela como a sociedade divide o
espaço e como os grupos sociais se apropriam dele; 6. Identificar o mapa como um dos recursos utilizados na
escola para a representação da realidade.
1 A localização e Orientação Espacial
Para o domínio de diferentes tipos de localização e orientação espacial, há um longo caminho a ser percorrido
pela criança. Nesse processo há dois aspectos essenciais: o esquema corporal e a lateralidade.
Esquema corporal: Por esquema corporal deve-se entender a exploração do espaço que depende tanto de
funções motoras quanto da percepção do espaço imediato: é a consciência do próprio corpo e de seus
movimentos, que se constrói aos poucos, a partir do nascimento até atingir a adolescência.
 Quanto à lateralidade, esta significa a percepção pela criança de que seu corpo tem dois lados, eLateralidade:
que eles se relacionam de forma diferenciada com o espaço. Várias atividades são recomendadas para fazê-la
tomar consciência dessas habilidades e de sua predominância para a direita ou para a esquerda.
Trabalhando com o esquema corporal e com a lateralidade, a criança, ao entrar na escola, já dispõe, de algum
modo, de um conhecimento sobre localização espacial. Utiliza e expressa através do tato e de várias formas de
linguagem, noções espaciais como, por exemplo, as de vizinhança: dentro, fora, interior, exterior, entre, fechado,
aberto, ao lado.
O que a escola vai fazer, nesse sentido, é criar situações através das quais a criança possa ampliar e aprofundar
essas noções, sempre a partir de experiências concretas e da livre expressão do aluno.
As relações espaciais são, portanto, formas de contato e posicionamento da criança com o espaço. Elas foram
divididas em três tipos: topológicas, projetivas e euclidianas.
Topológicas
Relações espaciais topológicas são aquelas usadas para localizar pessoas e objetos, em qualquer tipo de espaço
(independente da forma) e sem considerar as distâncias: dentro, fora, perto, longe, ao lado, vizinho.
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Essas relações são a base para o trabalho com o espaço geográfico. A partir delas se desenvolverão as noções de
limites político-administrativos entre municípios, estados, países e suas fronteiras.
Projetivas
Relações espaciais projetivas são aquelas que variam conforme o ponto de referência do observador. Nesse
momento, a criança passa a usar um outro tipo de relação de acordo com o ponto de vista de quem vê: em cima,
embaixo, na frente, atrás, direita, esquerda, norte, sul, leste, oeste, nordeste, sudeste, sudoeste, noroeste.
Nas relações projetivas iniciais, o ponto de referência é a própria criança; aos poucos, esse ponto de referência se
desloca para outras pessoas e objetos, conseguindo situar uns em relação aos outros. A mudança das centrações
permite à criança operar tanto com a orientação corporal como, posteriormente, com as orientações através dos
pontos cardeais e colaterais.
Para que isso ocorra, o professor deverá desenvolver várias atividades, principalmente jogos, onde a criança terá
oportunidade de usar o conceito de direita/esquerda a partir do seu ponto de vista, do ponto de vista do outro e
entre os objetos e as pessoas ao mesmo tempo. Encontra-se aí, também, o trabalho com as direções cardeais e
colaterais, que deverão ser aplicadas em várias situações concretas: primeiro em trajetos e depois nos mapas.
Euclidianas
Relações espaciais euclidianas são aquelas em que a criança localiza os objetos, pessoas ou lugares, considerando
um esquema de referência fixa (eixos: vertical/horizontal) e usa medida de distância (linear, área, angular) ou
seja, leva em conta duas referências. Dá-se quando a criança é capaz de localizar um objeto dizendo que o mesmo
está a três passos a leste e cinco ao norte. É uma forma de habilidade que a leva ao entendimento das
coordenadas geográficas.
Saiba mais
Questão para reflexão:
Por que existem adultos que, no trânsito, têm dificuldades de saber para onde é a direita ou a
esquerda? O que faltou em seu trabalho com a lateralidade?
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Perguntas como estas nos surgem no dia a dia. Quando exploramos um espaço, a melhor maneira de orientação e
fazer desenhos sobre o local que estamos. As populações primitivas já usavam esta norma do desenho. Na
exploração do ambiente, registravam os caminhos percorridos e os pontos de referência usados em seus
deslocamentos. Desenhos gravados em pedras e cascas de árvores foram os primeiros mapas.
Hoje, há técnicas modernas para elaborar os mapas. O sensoriamento remoto, as imagens por satélite e o uso de
computadores são recursos utilizados. Mas, quando pensamos em representação do espaço com a criança, a
leitura e interpretação de mapas é uma das últimas etapas.
Nos primeiros desenhos da criança, ela escolhe ou convenciona os símbolos, através dos quais representará a
realidade. Ela tem o seu próprio ponto de vista e é a partir dele que fará o desenho. Um longo trabalho deverá ser
feito até que a criança chegue a ser um decodificador, ou seja, um leitor de mapas feitos pelos outros.
É necessário estimular a observação e a exploração dos espaços vividos. Na escola, os alunos poderão observar a
sala de aula. O professor deve propor que circulem pela sala, parem em um lugar onde sintam-se bem e, deste,
desenhem o que estão vendo.
Outra atividade fundamental é a representação de objetos a partir de diferentes pontos de vista. Ainda
explorando o ambiente interno da escola, as crianças poderão criar maquetes. A maquete é uma atividade
importante no processo de representação espacial. Ao observá-la de cima, a criança estará dando os primeiros
passos para entender a planificação, elemento fundamental na feitura de plantas e mapas.
O trabalho com medidas não padronizadas: cabos de vassoura, barbantes, passos, introduzirá a criança na
questão da escala. “Cinco cabos de vassouras no tamanho real corresponderão à medida de cinco lápis no isopor”.
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O estudo do itinerário casa-escola e arredores é importante nas primeiras séries. Tomando como ponto de
referência a escola, o professor deverá orientar o aluno na observação das ruas próximas, dos espaços
circunvizinhos, quarteirões e principais pontos de referência.
Os aspectos naturais também podem ser observados. No momento da representação, criarão símbolos que
comporão a legenda do desenho feito.
Quando o aluno já vivenciou diversas atividades como mapeador, o trabalho com mapas elaborados pelos outros
torna-se um recurso significativo.
Oferecer a planta dos arredores da escola para que analisem, identificando o trajeto casa- escola que fizeram
anteriormente é uma oportunidade de aprofundar a representação espacial.
Com o processo assim encaminhado, nas séries finais poderemos utilizar os mapas do município, do estado e do
Brasil, para localizar áreas e lugares, identificar direções e analisar a distribuição de dados físico-territoriais.
Os mapas de relevo (topográficos) não serão estranhos para a criança, se trabalharmos com ela as curvas de
nível. A melhor maneira é pedir que modele um morro e faça três cortes paralelos à base. Cada parte será
contornada de maneira superposta num papel em branco, fazendo a planificação do morro.
Cada contorno representará uma altitude. Mas não só pelos mapas, plantas ou desenhos a realidade poderá ser
representada. A utilização de gráficos, gravuras e fotografias são recursos que, interdisciplinarmente, podemos
utilizar.
Ao usarmos as tabelas e gráficos, lançaremos mão da quantificaçãoe interpretação de símbolos e legendas.
Saiba mais
Questão para reflexão:
Por que é preciso ser, primeiro, um codificador de mapas para depois tornar-se um leitor de
mapas feitos por outras pessoas?
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2 Estruturação do Espaço
Vivemos em várias organizações espaciais: nossa casa, nosso bairro, a cidade, a escola e tantas outras. Elas fazem
parte de nosso cotidiano. A ideia de organização esta associada a de arrumação, engrenagem, estrutura,
totalidade. Organizar significa dispor, de uma determinada maneira, elementos e partes de um todo.
A análise do espaço construído e organizado por grupos sociais e sociedades em diferentes tempos é iniciada
pela escola, para que a criança comece a ver além daquilo que ela enxerga física e concretamente. Ou seja, para
ela passar a entender o bairro onde mora, por exemplo, não apenas como um conjunto de prédios, um ao lado do
outro, mas como um espaço organizado socialmente que retrata uma divisão por classes sociais.
Cotidianamente, a criança está em contato com diferentes paisagens. Inclusive num mesmo bairro ela pode
observar prédios em ricos condomínios e favelas.
Aos poucos, a criança é incentivada a ver que esses contrastes tão grandes, percebidos visualmente, revelam os
contrastes maiores da própria sociedade.
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As primeiras análises que a criança faz sobre a organização do espaço devem ser bem simples e devem ter como
objeto os espaços cotidianos, como: a sala de aula, a escola, os estabelecimentos comerciais, a rua, o bairro, a
cidade. Ao observar a organização espacial desses lugares, a criança pode perceber que à divisão do espaço
corresponde uma divisão social do trabalho.
Isso significa que existe uma relação entre a construção física, sua disposição espacial e 3 sua finalidade. Assim,
ela poderá descobrir por que a sala da direção fica em tal posição na escola, ou então para que servem portões
tão grandes, corredores e outras construções.
O tema estruturação do espaço - organização espacial deve estar 
presente nos programas de Geografia, pois é um item importante 
para se alcançar o objetivo maior dessa área: “construir um método 
de leitura da realidade em que vive.”
O que vem na próxima aula
• Título: O Tempo passa... o tempo voa.
• Assunto 1 - A noção de tempo: tempo físico e tempo histórico social.
• Assunto 2 - Tempo físico: diferentes durações, ordem e sucessão e simultaneidade.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu que para se entender o espaço é fundamental trabalhar as relações espaciais topológicas, 
projetivas e euclidianas;
• Identificou que para cada uma das relações espaciais há um sistema de referência específico;
• Analisou que os grupos sociais têm diferentes formas de composição e de funcionamento;
Saiba mais
Questão para reflexão:
Por que poderíamos afirmar que os estádios de futebol, através do maior ou menor conforto e
visibilidade, marcam socialmente as classes sociais que os frequentam?
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	Olá!
	1 A localização e Orientação Espacial
	2 Estruturação do Espaço
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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