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1 12/02/2021 – BMF 1 – FISIOLOGIA – PROF. ALINE - FISIOLOGIA É o estudo do funcionamento normal de um organismo e de suas partes, incluindo todos os processos físicos e químicos. 1. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO Célula: é a menor unidade estrutural capaz de realizar todos os processos vitais; Tecidos: conjunto de células que desempenham funções relacionadas; Órgãos: unidades estruturais e funcionais formadas pelos tecidos; Sistemas: grupos de órgãos que integram suas funções. 2. SISTEMAS FISIOLÓGICOS DO CORPO HUMANO Sistema Tegumentar: composto pela pele, forma um revestimento protetor que separa o meio interno do meio externo (ambiente externo); Sistema Musculosquelético: propicia a sustentação e os movimentos corporais; Sistema Respiratório: realiza as trocas gasosas; Sistema Digestório: absorve nutrientes e água e elimina resíduos; Sistema Urinário: remove o excesso de água e resíduos metabólicos; Sistema Reprodutivo: produz gametas femininos e masculinos; Sistema Circulatório: distribui substâncias por meio do bombeamento do sangue através dos vasos; Sistema Nervoso e Endócrino: coordenam as funções corporais; Sistema Linfático: produz células especializadas pelo corpo todo, a fim de proteger o meio interno de substâncias estranhas. Está associado intimamente com o circulatório. 2 3. FUNÇÃO E MECANISMO A função de um sistema ou evento fisiológico é o “porquê” do sistema ou evento: por que uma determinada resposta ajuda o animal a sobreviver a uma situação específica? Em outras palavras, qual é o significado adaptativo desse evento para esse animal? - pensar em termos de significado adaptativo é a abordagem teleológica da ciência. O mecanismo de um sistema ou evento fisiológico explica o “como” de um sistema. - pensar em termos de como o processo acontece é uma abordagem mecanicista da ciência. 4. HOMEOSTASE O corpo monitora seu estado interno e toma medidas para corrigir perturbações que ameacem sua função normal. Se o corpo não consegue manter a homeostasia, então a função normal é interrompida e um estado de doença, ou condição patológica, pode desenvolver-se. A doença pode ser originada por meio de: insuficiência interna ou falha de algum processo fisiológico normal e por alguma fonte externa. Em ambas as situações, quando a homeostasia é perturbada, o corpo tenta ativar um mecanismo compensatório. (o estudo das funções corporais durante um estado de doença é conhecido como fisiopatologia). 5. OS LÍQUIDOS CORPORAIS No nosso corpo existem duas grandes divisões: LIC (Líquido Intracelular) e LEC (Líquido Extracelular), que funciona como um meio de transição entre o ambiente externo de um organismo e o LIC, encontrado no interior das células. HOMEOSTASIA NÃO SIGNIFICA EQUILÍBRIO! Quando os fisiologistas falam em homeostasia, eles se referem à constância, estabilidade do meio interno do corpo (estabilidade do LEC). Em um estado de homeostasia, a composição de ambos os compartimentos (LIC e LEC) é relativamente estável. Essa condição é um estado de estabilidade dinâmica. O termo dinâmico indica que as substâncias estão constantemente se movendo de um lado para outro entre os dois compartimentos. Entretanto, estado de estabilidade não é o mesmo que equilíbrio. Equilíbrio implica que a composição dos compartimentos corporais seja idêntica, o que não ocorre. O objetivo da homeostasia é manter um estado de estabilidade dinâmica entre os compartimentos do corpo, e não tornar os compartimentos iguais. SISTEMAS DE CONTROLE E HOMEOSTASIA Existem dois padrões básicos de mecanismos de controle: controle local e controle reflexo de longa distância. Na forma mais simples, todos os sistemas de controle possuem três componentes: (1) um sinal de entrada; (2) um controlador ou centro integrador, que integra a informação aferente e inicia uma resposta apropriada; e (3) um sinal de saída que produz uma resposta. 3 CONTROLE LOCAL Forma mais simples de controle, que está restrito ao tecido ou à célula envolvida. No controle local, uma mudança relativamente isolada acontece em um tecido. Uma célula próxima ou um grupo de células detecta a mudança em suas imediações e responde, normalmente com a liberação de alguma substância química. A resposta fica restrita à região onde a mudança ocorreu (por isso o termo controle local). CONTROLE REFLEXO As alterações que se distribuem por todo o corpo, isto é, de natureza sistêmica, necessitam de sistemas de controle mais complexos para a manutenção da homeostasia. O termo controle reflexo será utilizado para se referir a qualquer via de longa distância que o utilize o sistema nervoso, endócrino ou ambos. Um reflexo fisiológico pode ser dividido em duas partes: uma alça de resposta e uma alça de retroalimentação. ALÇA DE RESPOSTA A alça de resposta tem três componentes primários, assim como no sistema de controle local: um sinal de entrada, centro integrador e um sinal de saída. Tais componentes são expandidos na seguinte sequência de 7 passos para formar um padrão que é encontrado com leves variações em todas as vias reflexas: Estímulo sensor sinal de entrada centro integrador sinal de saída alvo resposta (o centro integrador normalmente é o sistema nervoso ou endócrino; sinal de saída podem ser sinais químicos, elétricos ou ambos; os alvos ativados pelos sinais e saída podem ser qualquer célula do corpo). As alças de resposta começam com um estímulo ALÇA DE RETROALIMENTAÇÃO (FEEDBACK) A alça de resposta é apenas a primeira parte de um reflexo. A alça de retroalimentação modula a alça de resposta. ALÇA DE RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA A alça de retroalimentação negativa é homeostática, ou seja, é programada para manter o sistema no ponto de ajuste (valor ótimo) ou próximo dele. O feedback negativo ocorre quando existe uma via de sinalização que responde ao estímulo de forma inibitória do centro controlador. Uma via em que a resposta se opõe ou remove o sinal é conhecida como feedback negativa. A alça de retroalimentação negativa estabiliza a variável regulada e, assim, auxilia o sistema na manutenção da homeostasia. Com a perda do estímulo, a alça de resposta da via é desativada. As alças de retroalimentação negativas podem restabelecer o estado normal, mas não têm como impedir o distúrbio inicial. ALÇA DE RETROALIMENTAÇÃO POSITIVA As alças de retroalimentação positivas não são homeostáticas. Em uma alça de retroalimentação positiva, a resposta reforça o estímulo, em vez de removê-lo ou reduzi-lo. 4 Em um sistema de feedback positivo, a resposta leva a variável regulada para valores ainda mais afastados do ponto de ajuste, do valor normal. Isso dá início a um ciclo vicioso de aumento contínuo da resposta, deixando o sistema temporariamente fora de controle. O feedback positivo ocorre quando existe uma via de sinalização que responde ao estimulo de forma ascendente e constante, necessitando de interferência externa para que cesse.
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