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Aula 02 - Sinais e Sintomas em Cardiologia

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Sinais e Sintomas em 
Cardiologia
Prof. Joanna Menezes
Avaliador 
bem treinado
Não há método 
diagnostico que 
substitua
Anamnese 
bem 
realizada
Exame Físico 
detalhado
Anamnese
Exame 
Físico
90% dos 
diagnósticos
Base formação 
de hipóteses 
diagnósticas
Estabelecimento 
de gravidade, 
evolução e 
prognóstico
Semiologia 
Cardiovascular
Momento da abordagem
Ambulatorial
Avaliações 
consecutivas 
evolutivas
Emergência
Avaliação rápida, 
pontual e objetiva
Anamnese
Dor Torácica Dispneia Síncope
Fadiga/Cansaço Palpitações Edema
Tosse Cianose Hemoptise
Dor Torácica
Dor torácica é a sensação de 
dor ou desconforto, 
localizada na região anterior 
do tórax.
Angina de peito 
(angina pectoris) é a 
descrição utilizada para 
caracterizar a dor 
torácica causada pela falta de 
sangue (isquemia) que 
acomete o músculo cardíaco. 
Dor Torácica
Dor precordial 
de origem 
cardíaca
Dor que se irradia para 
região escapular e é 
precipitada pelos esforços
Opressão, queimação ou mal 
estar torácico mal definido
Dor de origem 
não cardíaca
• Dor constrictiva ou tipo “peso” ou tipo queimor espalhada pela região 
anterior do tórax
Tipo/Localização: 1 ponto
• Pode irradiar para pescoço/mandíbula, face interna dos braços, 
ombrosa, região dorsal. 
• Pode vir acompanhada de sudorese, náuseas, vômitos, desconforto 
respiratório
Irradiação/sintomas associados: 1 ponto
• Geralmente piora com esforço, melhora com repouo e nitrato sublingual
Fatores de melhora/piora: 1 ponto
Dor tipo A
• definitivamente anginosa (3 pontos)
Dor tipo B
• provavelmente anginosa (2 pontos)
Dor tipo C
• provavelmente não anginosa (1 ponto)
Dor tipo D
• definitivamente não anginosa (0 ponto)
D
o
r 
To
rá
ci
ca
Tipo
Localização
Irradiação
Fatores precipitantes
Fatores de piora e melhora 
Duração
Sintomas associados
Intensidade
Padrão de recorrência
Classificação Funcional de Angina Estável
(Canadian Cardiovascular Society (CCS) Functional
Classification)
Classe
I Angina apenas em atividades vigorosas
II
Atividade moderada, como subir mais de um lance de 
escadas, provoca angina
III
Atividade discreta, como subir menor de um lance de 
escadas, provoca angina
IV
Em qualquer atividade, eventualmente em repouso, 
ocorrem episódios de angina
Dispneia
Dispnéia
Experiência subjetiva de respirar 
desconfortavelmente
Dificuldade para respirar
Pacientes referem “falta de ar”, “respiração 
curta”, “pouco fôlego”, “ar curto”
Quadro
•Horas a 
semanas
Agudo
•Semanas 
a meses
Crônico
Classificação Funcional de Dispnéia
(New York Heart Association - NYHA)
Classe
I Portador de lesão, assintomático
II Dispneia a esforços acima do habitual
III Dispneia a esforços habituais
IV Dispneia ao repouso
D
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ci
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rd
ía
ca
Originária da hipertensão 
venocapilar pulmonar
Desencadeada quando o 
paciente realiza esforço físico
Piora ao decúbito horizontal 
(ortopnéia)
Melhora na posição sentada ou 
em pé
Síncope
• Perda súbita e temporária da consciência
e do tônus vascular, geralmente levando à
queda, seguida de recuperação que
costuma ser rápida, total e espontânea
• Conhecida como Síncope Vasovagal
Síncope
Causa
Momentânea perfusão 
inadequada do tecido cerebral 
durante redução rápida do 
débito cardíaco ou da 
resistência vascular periférica
Fadiga / Cansaço
• Estado de desconforto aumentado e
eficiência diminuída resultante de um
esforço prolongado ou excessivo, ou
como perda do poder de responder à
estimulação
Fadiga
Ocorre em diversas situações extracardíacas
e deve ser diferenciado de outros sintomas 
com dispneia, fraqueza e sonolência
Está presente nos pacientes cardiopatas 
devido ao baixo débito para os tecidos 
musculares
Palpitações
• Sensação desconfortável do
movimento cardíaco
• Pacientes referem como “batimento
forte”, “batimento rápido”, “batidas
no peito”, “aceleração no coração”,
“chacoalhada no coração”
Palpitação
Palpitações
43% causas 
cardíacas
Sexo masculino
Descrição de 
batimento irregular
Antecedente de 
cardiopatia
com duração maior 
que 5 minutos
31% causas 
psiquiátricas
Im
p
o
rt
an
te
 c
ar
ac
te
ri
za
r
Modo de início
Cronologia
Localização
Qualidade
Duração
Intensidade
Manifestações associadas
Fatores precipiantes, agravantes e de alívio
Modo de início e término do episódio
Tosse
Tosse
Ocorre como 
consequência de 
congestão pulmonar
Tosse seca ou com 
escassa expectoração 
clara, branca ou rósea
Acompanha dispneia e 
ortopneia, costuma 
ser pior ao deitar
EXAME FÍSICO
Ausculta
Percussão
Palpação
Inspeção
Maneira sequencial e 
englobando uma 
análise de 
manifestações gerais 
e específicas
Nível de 
consciência
Edema Pele
Esforço 
Respiratório
Extremidades Abdome
Pulso Venoso Pulso Arterial
Pressão 
Arterial
Análise da 
caixa torácica
Ictus cordis
Impulsões 
cardíacas
Edema
• Bilateral e maleolar
• Piora do final do dia
• Acompanhado de 
dispneia, ortopneia, 
dispneia paroxística 
noturna e aumento de 
peso de pelo menos 3kg
Descrito pelo 
paciente como 
“inchaço nas pernas”
Perfusão Periférica
Reflete o status circulatório 
nas extremidades, 
diretamente relacionado à 
integridade da vascularização 
local e ao débito cardíaco
Avaliar temperatura, 
coloração e tempo de 
enchimento (normal em 
torno de 2 segundos)
Cianose
Coloração azulada da pele e 
mucosas devido à diminuição 
de hemoglobina no leito 
capilar
• Quando há redução 
do fluxo sanguíneo 
nas extremidades ou 
retenção venosa
Periférica
• Quando ocorre 
diminuição da 
oxigenação sanguínea 
pelos pulmões
Central
Baqueteamento Digital
Dilatação da falange 
distal dos dedos das 
mãos e dos pés, com 
aspecto bulboso
Pulso Arterial
Permite avaliar a regularidade do ritmo, a 
frequência cardíaca e até mesmo inferir a 
presença de cardiopatias estruturais que 
alteram sua morfologia
• Pulso anacrótico (parvus et tardus)
• Pulso célere
• Pulso bisferien
Quanto a 
morfologia e 
amplitude do 
pulso
• Subida inicial lenta com pico próximo à segunda bulha. 
• Sugestivo de obstrução fixa à via de saída do ventrículo esquerdo
Pulso Anacrótico (parvus et tardus)
• Amplitude aumentada, subida e queda rápidas
• Clássico da Insuficiência Aórtica Grave
Pulso Célere (martelo d´água ou pulso de 
Corrigan)
• Duas ondas de pulso durante a sístole, sendo a segunda onda 
maior que a primeira
• Encontrado na insuficiência aórtica grave e em pessoas com 
bradicardia acentuada
Pulso Bisferiens
Ictus Cordis
Pode ser visto 
como uma 
impulsão suave e 
abrupta na região 
do 4º e 5º espaços 
intercostais 
esquerdos
Pulso Venoso Jugular
Onda de volume que 
reflete a dinâmica do 
retorno venoso ao 
coração direito
A veia jugular interna direita 
é mais fidedigna como 
correspondente às 
alterações pressóricas 
cardíacas, por estar em linha 
reta com a veia cava superior
Refere-se ao aumento 
da pressão venosa 
durante a inspiração, 
em situações 
patológicas em que 
há restrição ao 
enchimento 
ventricular direito
Sinal de Kussmaul
Pressão Arterial
A aferição da 
pressão arterial tem 
valor inestimável na 
semiologia cardíaca
É a força que a 
corrente 
sanguínea 
exerce sobre as 
paredes internas 
das artérias
Pressão 
Sistólica
Momento em que o 
coração se contrai 
bombeando sangue 
para as artérias
Pressão mais alta
Pressão 
Diastólica
Momento que o 
coração repousa 
entre as batidas
Pressão mais baixa
Ausculta Cardíaca
É possível inferir 
alterações cardíacas 
Elétricas
Fisiológicas
Anatômicas
Fo
co
s 
d
a 
au
sc
u
lt
a 
ca
rd
ía
ca
Foco Aórtico Segundo espaço intercostal paraesternal direito
Foco Pulmonar Segundo espaço intercostal paraesternal direito
Foco Tricúspide Quarto espaço intercostal paraesternal esquerdo
Foco Mitral Sobre o ápice cardíaco
Focos da Ausculta Cardíaca
Focos da Ausculta Cardíaca
Bulhas Cardíacas
PrimeiraBulha
Fechamento das valvas 
mitral e tricúspide. É mais 
duradoura e menos 
intensa que B2
Segunda 
Bulha
Fechamento das valvas 
aórtica e pulmonar
Bulhas Cardíacas
• Acontece no início da diástole (fase de 
enchimento rápido)
• Som de baixa frequência associado ao 
enchimento ventricular.
• Pode ser fisiológica ou patológica. 
Terceira 
Bulha
• Final da diástole (fase de contração atrial), 
relacionada à consequente diminuição da 
distensibilidade do ventrículo esquerdo. 
• Usualmente é patológica.
Quarta 
Bulha
Foco 
Tricuspide 
Foco 
Mitral
TUM
Foco 
Aórtico
Foco 
Pulmonar
TÁ
Bulhas Cardíacas
Sopros Cardíacos
• Intensidade
• Frequencia
• Timbre
• Configuração
• Cronologia
• Duração
• Localização
• Irradiação
Ruído que pode 
ser ouvido entre 
um batimento e 
outro do 
coração
Intensidade
Classificação dos Sopros Cardíacos de Acordo com a 
Intensidade
Classe
I
Difícil de ser auscultado, porém detectável, às vezes evidenciado 
somente com manobras
II Sopro leve, porém imediatamente detectável
III Sopro moderadamente alto e frequentemente com irradiação
IV Sopro alto e com frêmito palpável
V
Sopro muito alto, porém ainda é necessário o uso de 
estetoscópio
VI
Sopro muito alto e sem necessidade de estetoscópio para 
identifica-lo
• Pode ser alta ou baixa
Frequência
• Formato que o sopro adquire
• “Em crescendo” ou “em decrescendo”
Configuração
• Fase do ciclo cardíaco em que os sopros ocorrem
• Sistólicos, diastólicos, sistólicos e diastólicos e 
contínuos
Cronologia
• É o quanto da sístole e/ou da diástole é preenchido pelo sopro
Duração
• É o local onde o sopro é melhor audível.
• Sopros de base cardíaca, borda esternal esquerda baixa e ápice 
cardíaco
Localização
• Auxilia na identificação do sopro, assim como na caracterização 
de sua intensidade
• Podem irradiar-se para axila e dorso (sopro mitrais), região 
epigástrica (tricúspide) e fúrcula e carótida (aórticos)
Irradiação
Dúvidas?

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