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Sinais e Sintomas em Cardiologia Prof. Joanna Menezes Avaliador bem treinado Não há método diagnostico que substitua Anamnese bem realizada Exame Físico detalhado Anamnese Exame Físico 90% dos diagnósticos Base formação de hipóteses diagnósticas Estabelecimento de gravidade, evolução e prognóstico Semiologia Cardiovascular Momento da abordagem Ambulatorial Avaliações consecutivas evolutivas Emergência Avaliação rápida, pontual e objetiva Anamnese Dor Torácica Dispneia Síncope Fadiga/Cansaço Palpitações Edema Tosse Cianose Hemoptise Dor Torácica Dor torácica é a sensação de dor ou desconforto, localizada na região anterior do tórax. Angina de peito (angina pectoris) é a descrição utilizada para caracterizar a dor torácica causada pela falta de sangue (isquemia) que acomete o músculo cardíaco. Dor Torácica Dor precordial de origem cardíaca Dor que se irradia para região escapular e é precipitada pelos esforços Opressão, queimação ou mal estar torácico mal definido Dor de origem não cardíaca • Dor constrictiva ou tipo “peso” ou tipo queimor espalhada pela região anterior do tórax Tipo/Localização: 1 ponto • Pode irradiar para pescoço/mandíbula, face interna dos braços, ombrosa, região dorsal. • Pode vir acompanhada de sudorese, náuseas, vômitos, desconforto respiratório Irradiação/sintomas associados: 1 ponto • Geralmente piora com esforço, melhora com repouo e nitrato sublingual Fatores de melhora/piora: 1 ponto Dor tipo A • definitivamente anginosa (3 pontos) Dor tipo B • provavelmente anginosa (2 pontos) Dor tipo C • provavelmente não anginosa (1 ponto) Dor tipo D • definitivamente não anginosa (0 ponto) D o r To rá ci ca Tipo Localização Irradiação Fatores precipitantes Fatores de piora e melhora Duração Sintomas associados Intensidade Padrão de recorrência Classificação Funcional de Angina Estável (Canadian Cardiovascular Society (CCS) Functional Classification) Classe I Angina apenas em atividades vigorosas II Atividade moderada, como subir mais de um lance de escadas, provoca angina III Atividade discreta, como subir menor de um lance de escadas, provoca angina IV Em qualquer atividade, eventualmente em repouso, ocorrem episódios de angina Dispneia Dispnéia Experiência subjetiva de respirar desconfortavelmente Dificuldade para respirar Pacientes referem “falta de ar”, “respiração curta”, “pouco fôlego”, “ar curto” Quadro •Horas a semanas Agudo •Semanas a meses Crônico Classificação Funcional de Dispnéia (New York Heart Association - NYHA) Classe I Portador de lesão, assintomático II Dispneia a esforços acima do habitual III Dispneia a esforços habituais IV Dispneia ao repouso D is p n éi a n a in su fi ci ên ci a ca rd ía ca Originária da hipertensão venocapilar pulmonar Desencadeada quando o paciente realiza esforço físico Piora ao decúbito horizontal (ortopnéia) Melhora na posição sentada ou em pé Síncope • Perda súbita e temporária da consciência e do tônus vascular, geralmente levando à queda, seguida de recuperação que costuma ser rápida, total e espontânea • Conhecida como Síncope Vasovagal Síncope Causa Momentânea perfusão inadequada do tecido cerebral durante redução rápida do débito cardíaco ou da resistência vascular periférica Fadiga / Cansaço • Estado de desconforto aumentado e eficiência diminuída resultante de um esforço prolongado ou excessivo, ou como perda do poder de responder à estimulação Fadiga Ocorre em diversas situações extracardíacas e deve ser diferenciado de outros sintomas com dispneia, fraqueza e sonolência Está presente nos pacientes cardiopatas devido ao baixo débito para os tecidos musculares Palpitações • Sensação desconfortável do movimento cardíaco • Pacientes referem como “batimento forte”, “batimento rápido”, “batidas no peito”, “aceleração no coração”, “chacoalhada no coração” Palpitação Palpitações 43% causas cardíacas Sexo masculino Descrição de batimento irregular Antecedente de cardiopatia com duração maior que 5 minutos 31% causas psiquiátricas Im p o rt an te c ar ac te ri za r Modo de início Cronologia Localização Qualidade Duração Intensidade Manifestações associadas Fatores precipiantes, agravantes e de alívio Modo de início e término do episódio Tosse Tosse Ocorre como consequência de congestão pulmonar Tosse seca ou com escassa expectoração clara, branca ou rósea Acompanha dispneia e ortopneia, costuma ser pior ao deitar EXAME FÍSICO Ausculta Percussão Palpação Inspeção Maneira sequencial e englobando uma análise de manifestações gerais e específicas Nível de consciência Edema Pele Esforço Respiratório Extremidades Abdome Pulso Venoso Pulso Arterial Pressão Arterial Análise da caixa torácica Ictus cordis Impulsões cardíacas Edema • Bilateral e maleolar • Piora do final do dia • Acompanhado de dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna e aumento de peso de pelo menos 3kg Descrito pelo paciente como “inchaço nas pernas” Perfusão Periférica Reflete o status circulatório nas extremidades, diretamente relacionado à integridade da vascularização local e ao débito cardíaco Avaliar temperatura, coloração e tempo de enchimento (normal em torno de 2 segundos) Cianose Coloração azulada da pele e mucosas devido à diminuição de hemoglobina no leito capilar • Quando há redução do fluxo sanguíneo nas extremidades ou retenção venosa Periférica • Quando ocorre diminuição da oxigenação sanguínea pelos pulmões Central Baqueteamento Digital Dilatação da falange distal dos dedos das mãos e dos pés, com aspecto bulboso Pulso Arterial Permite avaliar a regularidade do ritmo, a frequência cardíaca e até mesmo inferir a presença de cardiopatias estruturais que alteram sua morfologia • Pulso anacrótico (parvus et tardus) • Pulso célere • Pulso bisferien Quanto a morfologia e amplitude do pulso • Subida inicial lenta com pico próximo à segunda bulha. • Sugestivo de obstrução fixa à via de saída do ventrículo esquerdo Pulso Anacrótico (parvus et tardus) • Amplitude aumentada, subida e queda rápidas • Clássico da Insuficiência Aórtica Grave Pulso Célere (martelo d´água ou pulso de Corrigan) • Duas ondas de pulso durante a sístole, sendo a segunda onda maior que a primeira • Encontrado na insuficiência aórtica grave e em pessoas com bradicardia acentuada Pulso Bisferiens Ictus Cordis Pode ser visto como uma impulsão suave e abrupta na região do 4º e 5º espaços intercostais esquerdos Pulso Venoso Jugular Onda de volume que reflete a dinâmica do retorno venoso ao coração direito A veia jugular interna direita é mais fidedigna como correspondente às alterações pressóricas cardíacas, por estar em linha reta com a veia cava superior Refere-se ao aumento da pressão venosa durante a inspiração, em situações patológicas em que há restrição ao enchimento ventricular direito Sinal de Kussmaul Pressão Arterial A aferição da pressão arterial tem valor inestimável na semiologia cardíaca É a força que a corrente sanguínea exerce sobre as paredes internas das artérias Pressão Sistólica Momento em que o coração se contrai bombeando sangue para as artérias Pressão mais alta Pressão Diastólica Momento que o coração repousa entre as batidas Pressão mais baixa Ausculta Cardíaca É possível inferir alterações cardíacas Elétricas Fisiológicas Anatômicas Fo co s d a au sc u lt a ca rd ía ca Foco Aórtico Segundo espaço intercostal paraesternal direito Foco Pulmonar Segundo espaço intercostal paraesternal direito Foco Tricúspide Quarto espaço intercostal paraesternal esquerdo Foco Mitral Sobre o ápice cardíaco Focos da Ausculta Cardíaca Focos da Ausculta Cardíaca Bulhas Cardíacas PrimeiraBulha Fechamento das valvas mitral e tricúspide. É mais duradoura e menos intensa que B2 Segunda Bulha Fechamento das valvas aórtica e pulmonar Bulhas Cardíacas • Acontece no início da diástole (fase de enchimento rápido) • Som de baixa frequência associado ao enchimento ventricular. • Pode ser fisiológica ou patológica. Terceira Bulha • Final da diástole (fase de contração atrial), relacionada à consequente diminuição da distensibilidade do ventrículo esquerdo. • Usualmente é patológica. Quarta Bulha Foco Tricuspide Foco Mitral TUM Foco Aórtico Foco Pulmonar TÁ Bulhas Cardíacas Sopros Cardíacos • Intensidade • Frequencia • Timbre • Configuração • Cronologia • Duração • Localização • Irradiação Ruído que pode ser ouvido entre um batimento e outro do coração Intensidade Classificação dos Sopros Cardíacos de Acordo com a Intensidade Classe I Difícil de ser auscultado, porém detectável, às vezes evidenciado somente com manobras II Sopro leve, porém imediatamente detectável III Sopro moderadamente alto e frequentemente com irradiação IV Sopro alto e com frêmito palpável V Sopro muito alto, porém ainda é necessário o uso de estetoscópio VI Sopro muito alto e sem necessidade de estetoscópio para identifica-lo • Pode ser alta ou baixa Frequência • Formato que o sopro adquire • “Em crescendo” ou “em decrescendo” Configuração • Fase do ciclo cardíaco em que os sopros ocorrem • Sistólicos, diastólicos, sistólicos e diastólicos e contínuos Cronologia • É o quanto da sístole e/ou da diástole é preenchido pelo sopro Duração • É o local onde o sopro é melhor audível. • Sopros de base cardíaca, borda esternal esquerda baixa e ápice cardíaco Localização • Auxilia na identificação do sopro, assim como na caracterização de sua intensidade • Podem irradiar-se para axila e dorso (sopro mitrais), região epigástrica (tricúspide) e fúrcula e carótida (aórticos) Irradiação Dúvidas?
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