Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANATOMIA – 17/03/2021 Anatomia macroscópica do tronco encefálico O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo Na sua constituição, entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas Esses núcleos e fibras se agrupam em feixes denominados de tratos/fascículos/lemniscos Os 12 pares de nervos cranianos fazem relação com o tronco encefálico Na verdade, 10 pares vão fazer relação direta com o tronco 9 saem na parte anterior do tronco Somente o 4ª par, troclear, sai posteriormente ao tronco Muitos dos núcleos do tronco encefálicos recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos Tronco encefálico é a sede de várias ações, dentre elas: vômito, respiração, espirro... S.N.C é formado pelas cavidades: 1. Canal central da medula 2. Quarto ventrículo: chamado de fossa rombóica se não for recoberto e, quarto ventrículo, se a cavidade for recoberta Comunica-se com o terceiro ventrículo através do aqueduto cerebral Aqueduto atravessa o mesencéfalo, dividindo-o em anterior e posterior Esse canal apresenta uma pequena comunicação com o canal central da medula 3. Terceiro ventrículo: encontra-se no meio do diencéfalo 4. Ventrículos laterais: encontrados nos hemisféricos encefálicos direito e esquerdo Comunicam-se com o terceiro ventrículo através dos orifícios intraventriculares Sistema ventricular comunica-se com os espaços subaracnóides através de 3 aberturas existentes no quarto ventrículo: São 2 aberturas laterais e 1 mediana INTRODUÇÃO CAVIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Tronco encefálico é definido como a parte do encéfalo, situada abaixo do diencéfalo, acima da medula espinhal e posteriormente do cerebelo Cerebelo encontra-se preso ao tronco encefálico Tronco repousa sobre a parte basilar do osso occipital Constituído por: 1. Mesencéfalo 2. Ponte 3. Bulbo Telencéfalo apresenta, na sua periferia, substância cinza Medula apresenta substância branca como sendo a periférica e, substância cinza, central Tronco encefálico, assim como na medula, substância branca é periférica Substância cinza, contendo neurônios, é central Não é contínua como a medula É segmentada em forma de núcleos Chegam ou saem filetes para os nervos cranianos (10 pares que fazem relação com o tronco encefálico) Entre a substância branca e a substância cinza, tem-se um emaranhado de fibras e células nervosas Denominado de FORMAÇÃO RETICULAR Formação reticular apresenta uma parte ascendente e outra descendente Parte ascendente ou aferente: chamado de sistema reticular ativador ascendente Funções principais: manutenção da consciência e vigília, além de evitar sobrecargas sensitivas Parte descendente ou eferente: faz conexões com o cerebelo e a medula para ajudar no controle do tônus muscular Essa parte está relacionada com o controle da P.A, bem como das frequências respiratória e cardíaca Mesencéfalo é derivado de uma das 3 dilatações da vesícula primitiva (arquencéfalo) Arquencéfalo é dividido em três dilatações, conhecidas como vesículas encefálicas primordiais: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo Mesencéfalo não sofre divisões, continua como mesencéfalo Rombencéfalo divide-se em metencéfalo (forma a ponte e cerebelo) e mielencéfalo (forma o bulbo) Prosencéfalo divide-se em telencéfalo e diencéfalo que, juntos, vão constituir o cérebro Ponte, mais especificamente, vai ser formada da parte anterior do metencéfalo Quando a medula é vista anteriormente, é possível observar: fissura mediana anterior, sulco mediano posterior, dois sulcos laterais anteriores, dois sulcos laterais posteriores e no segmento central, nas regiões alta e baixa, encontram-se mais sulcos intermédios posteriores Quando existe alguma obstrução em alguma das aberturas (terceiro e quarto ventrículos, aqueduto cerebral) é chamado de HIDROCEFALIA Dilatação dos ventrículos É uma condição caracterizada pelo acúmulo anormal de líquido dentro do crânio, levando ao inchaço e aumento da pressão cerebral Pode ser causada por infecções cerebrais (como meningite) ou ser consequência de alterações durante o desenvolvimento fetal LOCALIZAÇÃO e CONSTITUIÇÃO MORFOLOGIA INTERNA ORIGEM EMBRIONÁRIA Com o sulcos, vai acontecer a mesma coisa: funículo anterior, lateral e posterior; área lateral, anterior e posterior Tronco encefálico é dividido em: 1. Face anterior 2. Face posterior FACE ANTERIOR DO TRANCO ENCEFÁLICO: Apresenta como acidentes: fissura mediana anterior, sulcos laterais anteriores, pirâmides, decussação das pirâmides, olivas bulbares, fossetas supra-olivares, sulco bulbo-pontino, forame cego, sulcos laterais posteriores e sulco basilar Pirâmides são duas elevações, entre a fissura mediana anterior e os sulcos laterais anteriores, que correspondem aos funículos anteriores da medula São vias motoras Passam fibras corticoespinhais, vindas do telencéfalo Essas pirâmides se cruzam e interrompem a fissura mediana anterior Decussação das pirâmides é considerado o limite inferior do bulbo, transição entre bulbo e medula Olivas são elevações, em forma de azeitona, encontradas ao lado de cada parte mais alta das pirâmides Dentro das olivas, encontram-se os núcleos olivares Fossetas são pequenas depressões encontradas acima de cada oliva Sulco bulbo-pontino é o limite superior do bulbo, o qual separa o bulbo da ponte É um sulco transversal Saem vários nervos cranianos Forame cego corresponde ao encontro da fissura mediana anterior com o sulco bulbo- pontino Não tem passagem para o outro lado Sulcos laterais posteriores, em determinada altura, passam para a região anterior, contornando lateralmente a oliva bulbar Sulco pós-olivar: parte do sulco lateral posterior que está em contato com a oliva, passa lateralmente Sulco pré-olivar: parte do sulco lateral anterior que está em contato com a oliva, passa medialmente PONTE: Faz parte da face anterior do tronco Formada por várias estrias transversais No centro da ponte é encontrada uma depressão, chamada de sulco basilar Por este sulco passa a artéria basilar, a qual vai suprir posteriormente o cérebro Artéria basilar é formada pela junção das duas artérias vertebrais Ponte se expande lateralmente Expansão é denominada de pedúnculo cerebelar médio ou braço da ponte Nervo trigêmeo separa o pedúnculo cerebelar médio do restante da ponte Nervo trigêmeo é formado por duas raízes: raiz maior (sensitiva) e raiz menor (motora) O limite entre a ponte e o braço é a emergência do nervo trigêmeo Pedúnculo cerebral é a parte anterior do mesencéfalo Entre os pedúnculos cerebelar e o cerebral existe uma depressão, fossa interpeduncular Local de onde emerge um par de nervo craniano: nervo oculomotor Também se encontram duas elevações arredondadas, corpos manilares, que pertencem ao diencéfalo (mais precisamente, o hipotálamo) resumindo... Os acidentes que compõem a face anterior são: 1. Fissura mediana anterior 2. Sulcos laterais anteriores 3. Pirâmides 4. Decussação das pirâmides 5. Olivas bulbares 6. Fossetas supra-olivares 7. Sulco bulbo-pontino 8. Forame cego 9. Sulcos laterais posteriores 10. Sulco basilar 11. Pedúnculo cerebelar médio (ponte) 12. Pedúnculo cerebral 13. Fossa interpenduncular (mesencéfalo) FACES DO TRONCO FACE POSTERIOR DO TRONCO ENCEFÁLICO: Para estudar essa parte, é necessário retirar ao cerebelo Cerebelo se prende ao tronco encefálico por meio de fibras e feixes nervosos pedúnculos cerebelares Pedúnculo cerebelarsuperior prende o cerebelo ao mesencéfalo Pedúnculo cerebelar médio prende o cerebelo à ponte Pedúnculo cerebelar inferior prende o cerebelo ao bulbo Formação em forma de losango é a fossa romboide Essa face apresenta como acidentes: sulco mediano posterior, sulcos laterais posteriores, sulcos intermédio posteriores, fascículos grácil e cuneiforme, óbex, pedúnculos cerebelares superiores, médios e inferiores, Sulco mediano posterior é uma continuação do sulco medular Sulcos laterais posteriores passam posteriormente à coluna Sulcos intermédio encontram-se entre os sulcos mediano e laterais Fascículo grácil é encontrado entre o sulco mediano e o sulco intermédio Fascículo cuneiforme é encontrado entre sulco lateral e sulco intermédio Na parte superior de cada fascículo existe uma dilatação, contendo núcleos tubérculos dos núcleos grácil e cuneiforme Óbex vai ser localizado entre os tubérculos dos núcleos grácil e cuneiforme Pequena estrutura formada por substância branca Formado pelos véus medulares inferiores Pedúnculo cerebelar superior encontra-se no mesencéfalo Pedúnculo cerebelar médio encontra-se na ponte Pedúnculo cerebelar inferior encontra-se no bulbo No mesencéfalo, alguns acidentes também são encontrados: Frênulo do véu medular superior: prende o véu medular superior ao mesencéfalo Ao lado do véu medular encontra-se um par de nervos: nervo troclear Nervo troclear é o único que sai posteriormente ao tronco Colículos superiores e inferiores, junto com seus braços: Braços são prolongamentos laterais dos colículos Cada braço se comunica com estruturas do diencéfalo (mais precisamente o tálamo) Lateralmente, encontram-se estruturas arredondadas chamadas de corpo geniculado lateral (recobre o braço do colículo posterior, está relacionado com a visão) e corpo geniculado medial (recobre o braço do colículo inferior, está relacionado com a audição) Colículos se comunicam com os corpos geniculados Sulcos cruciformes separam os colículos São dois sulcos (vertical e transversal) que formam uma cruz Resumindo... Os acidentes que compõem a face posterior são: 1. Sulco mediano posterior 2. Sulcos laterais posteriores 3. Sulcos intermédio posteriores 4. Fascículos grácil e cuneiforme 5. Tubérculos dos núcleos grácil e cuneiforme 6. Óbex 7. Pedúnculos cerebelares superiores 8. Pedúnculos cerebelares médios 9. Pedúnculos cerebelares inferiores Ao cobrir a fossa romboide, encontra-se um espaço denominado de quarto ventrículo Para ser um ventrículo, precisa ser formado por um tecto Tecto é composto por: véu medular superior, véu medular inferior, tela coroide e lóbulo do cerebelo (nódulo) Véu medular superior e inferior são lâminas de substância branca É chamado de quarto ventrículo quando apresenta um teto, sem esse teto, é chamado de fossa romboide LIMITES DA FOSSA ROMBOIDE: Superiormente: pedúnculo cerebelar superior e pedúnculo cerebelar médio Inferiormente: pedúnculo cerebelar inferior, tubérculos grácil e cuneiforme Apresenta uma forma de losango, com aberturas laterais Aberturas laterais ou expansões laterais são chamados de recessos laterais Cada recesso lateral tem uma abertura que vai desembocar no espaço subaracnóide Fastígio: é quando dois véus medulares se encontram ELEMENTOS DA FOSSA ROMBOIDE: 1. Sulco mediano da fossa romboide 2. Sulcos limitantes laterais 3. Fóveas superior e inferior: são depressões dos sulcos limitantes 4. Eminências mediais: entre o sulco mediano e sulcos limitantes 5. Colículos faciais 6. Trígonos do hipoglosso e do vago 7. Áreas vestibulares 8. Recessos laterais 9. Aberturas laterais 10. Estrias medulares: ao meio da fossa romboide, passam transversalmente 11. Funículos separans: pequena elevação abaixo do trígono do vago; separa o funículo do vago da área postrema 12. Área postrema: inferior ao trígono do vago e superior ao trígono do hipoglosso; área do vômito 13. Lócus cerúleos: área relacionado com o sono Traça-se uma linha na altura do aqueduto cerebral Da linha do aqueduto para trás: tecto Da linha do aqueduto para frente: pedúnculo cerebral Pedúnculo vai apresentar sulcos medianos e laterais do mesencéfalo Substância negra divide o pedúnculo cerebral em duas partes: base do pedúnculo cerebral e tegmento do mesencéfalo Núcleo rubro é importante para o controle dos movimento É um conjunto de neurônios Nervos cranianos têm origem nos núcleos situados no interior do tronco encefálico 1º e 2º par de nervos cranianos não estão relacionados com o tronco encefálico São os nervos olfatório e óptico Do 3º-12º par vão fazer parte do tronco encefálico III nervo: óculomotor Único nervo que sai posteriormente Nervo exclusivamente motor Origem no sulco medial do pedúnculo cerebral FOSSA ROMBÓIDE CORTE TRANSVERSAL DO MESENCÉFALO NERVOS CRANIANOS RELACIONADOS COM O TRONCO ENCEFÁLICO Sua origem aparente no crânio é fissura orbital superior Faz a movimentação dos olhos, acomodação visual e miose pupilar IV nervo: troclear Origem no véu medular superior Sua origem aparente no crânio é a fissura orbital posterior Movimenta os olhos V nervo: trigêmeo Origem entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio Possui duas raízes: motora e sensitiva Divide-se em: nervos oftálmico, maxilar e mandibular Está relacionado com a sensibilidade geral da cabeça e motor dos músculos da mastigação VI nervo: abducente Origem no sulco bulbo-pontino Emerge no crânio pela fissura orbital superior Movimenta lateralmente os olhos VII nervo: facial Origem no sulco bulbo-pontino, lateralmente ao VI nervo Sua origem aparente no crânio é pelo forame estilomastoideo Apresenta duas raízes: motora (raiz maior) e sensitiva (raiz menor) Motor dos músculos da face, gustação e salivação VIII nervo: vestíbulo-coclear Origem no sulco bulbo-pontino, lateralmente ao VII nervo Dividido em uma porção vestibular e outra coclear Confere o equilíbrio (porção vestibular) e está relacionado com a audição (porção coclear) IX nervo: glossofaríngeo Origem no sulco lateral posterior do bulbo Emerge no crânio pelo forame jugular Está relacionado com a gustação, sensibilidade da faringe, salivação e deglutição X nervo: vago Origem no sulco lateral posterior do bulbo, abaixo do IX nervo Emerge no crânio pelo forame jugular É o maior dos nervos cranianos Está relacionado com a sensibilidade visceral, motricidade visceral, deglutição e fonação XI nervo: acessório Origem no sulco lateral posterior do bulbo e medula espinhal Divide-se em dois ramos: interno (raiz craniana) e externo (raiz espinal) Relacionado aos movimentos do pescoço e membros XII nervo: hipoglosso Origem no sulco lateral anterior do bulbo É o nervo motor da língua BULBO ou MEDULA OBLONGA: Tem a forma de um tronco de cone cuja extremidade menor continua caudalmente com a medula espinhal Não existe uma linha de demarcação nítida entre a medula e o bulbo, o limite corresponde ao nível do forame magno do osso occipital Centro cardiovascular: controla a frequência e a força das contrações cardíacas, bem como o diâmetro dos vasos sanguíneos Área respiratória rítmica ou centro respiratório: regula o ritmo da respiração Centro da tosse, vômito e respiração PONTE: É a parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o mesencéfalo Está situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenoide Auxilia o bulbo ASPECTOSFUNCIONAIS DAS DIVISÕES DO TRONCO ENCEFÁLICO Áreas pneumotáxica e apêneustica: participam no controle da respiração MESENCÉFALO: Interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo Colículos superiores: centros reflexos que comandam os movimentos dos olhos e da cabeça em resposta a estímulos visuais Colículos inferiores: centros reflexos para movimentos da cabeça e tronco quando recebem estímulos auditivos Substância negra: núcleos que controlam as atividades musculares Núcleo rubro: relacionado com a coordenação dos movimentos musculares
Compartilhar