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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - Processo Civil

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Prévia do material em texto

Elaborado por: Brenda Alves 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
 
➢ Art. 513 a 538, CPC 
 
➢ O cumprimento de sentença é uma fase do processo. 
o Ou seja, você entrou com uma ação de cobrança, houve a decisão, 
transitou em julgado, agora você requer o cumprimento no mesmo 
processo. 
 
➢ Pode ocorrer de duas formas: 
o De forma provisória 
▪ Quando ainda existe uma apreciação da decisão em grau de 
recurso, mas que o recurso ainda não foi recebido em duplo 
efeito, só foi aceito no devolutivo. 
▪ Nesse caso, a decisão pode ser executada de forma provisória. 
Quem executa, executa a conta em risco, pois se reformar a 
decisão no tribunal, terá que devolver aquilo que recebeu. 
▪ Por isso, em alguns casos, o juiz pede uma caução. 
 
o De forma definitiva 
▪ Quando já transitou em julgado a sentença. 
 
➢ O devedor deverá ser intimado da sentença por: 
o Diário da justiça na pessoa do seu advogado 
Art. 513. § 2, CPC. O devedor será intimado para cumprir a sentença: 
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos; 
o Carta de aviso 
▪ Aqueles que são representados pela Defensoria Pública, são 
intimados da sentença por carta de aviso. 
▪ Ou , houve a sentença e não tinha procurador constituído nos 
autos, ressalvada a hipótese por edital. 
Art. 513. § 2, CPC. O devedor será intimado para cumprir a sentença: 
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria 
Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a 
hipótese do inciso IV; 
o Meio eletrônico 
Elaborado por: Brenda Alves 
▪ Se não tiver procurador constituído nos autos, cabe §1 do art. 
246 
Art. 513. § 2, CPC. O devedor será intimado para cumprir a sentença: 
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246 , não tiver procurador 
constituído nos autos 
o Edital na forma do art 256, em caso de revelia 
 
Art. 513. § 2, CPC. O devedor será intimado para cumprir a sentença: 
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256 , tiver sido revel na fase de 
conhecimento. 
 
Obs.: No caso da intimação por Carta de Aviso e Meio Eletrônico, considera-se 
efetivada se o demandado tiver mudado de endereço e não comunicar nos autos. 
§ 3º Na hipótese do § 2º, incisos II e III, considera-se realizada a intimação quando o 
devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado 
o disposto no parágrafo único do art. 274. 
Obs. 2: Se o requerimento para o cumprimento de sentença for após 1 ano da 
intimação, deverá ser feito pessoal, na pessoa do devedor, em forma de Carta de 
Aviso. 
▪ Se faz mais de um ano do trânsito em julgado, pode requerer ainda a 
execução? PODE, mas agora necessariamente, o requerimento, a intimação 
deve ser feito na pessoa do devedor. Pois passou mais de um ano e pode ser 
que não tenha mais aquele advogado como seu defensor. 
§ 4º Se o requerimento a que alude o § 1º for formulado após 1 (um) ano do trânsito 
em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de 
carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, 
observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3º deste artigo. 
 
EXECUÇÃO CONTRA O FIADOR 
➢ O fiador só é chamado quando esgota todas as possibilidades do devedor. 
➢ Só poderá participar da execução, se ele foi parte no processo de 
conhecimento. 
Elaborado por: Brenda Alves 
➢ Assim, quando for impetrar, por exemplo, uma ação de cobrança, tem que 
colocar o fiador no polo passivo. Pois se não colocar, não tem como o fiador 
participar da execução, ele não terá legitimidade para ser executado. 
§ 5º O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do 
coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de 
conhecimento. 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA SUJEITA A CONDIÇÃO OU TERMO 
➢ Só pode ser efetuado quando demonstrar a existência de uma condição ou 
do termo. 
Art. 514. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, o 
cumprimento da sentença dependerá de demonstração de que se realizou a 
condição ou de que ocorreu o termo. 
 
PROTESTO DA DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO 
➢ Ou seja, é possível protestar a sentença. 
➢ Poderá protestar depois de decorrido o prazo para pagamento voluntário 
previsto no art. 523. 
Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, 
nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário 
previsto no art. 523. 
 
➢ Como protestar a decisão da sentença? 
o É preciso o exequente apresentar a certidão de inteiro teor da 
sentença, leva no cartório e faz o protesto daquela sentença. 
§ 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar certidão de teor da 
decisão. 
§ 2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e 
indicará o nome e a qualificação do exequente e do executado, o número do 
processo, o valor da dívida e a data de decurso do prazo para pagamento 
voluntário. 
 
➢ Ação rescisória e protesto 
o O exequente foi no cartório, levou a sentença e protestou. 
Elaborado por: Brenda Alves 
o O devedor pode entrar com ação rescisória para rescindir aquela 
decisão. Ele pode fazer registro que existe tramitando uma ação 
rescisória questionando aquele título, ao lado do protesto. 
§ 3º O executado que tiver proposto ação rescisória para impugnar a decisão 
exequenda pode requerer, a suas expensas e sob sua responsabilidade, a anotação 
da propositura da ação à margem do título protestado. 
 
➢ Cancelamento do protesto 
o O protesto será cancelado por determinação do juiz, mediante ofício 
a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data 
de protocolo do requerimento, desde que comprovada a satisfação 
integral da obrigação. 
o Exemplo: o devedor informa que já efetuou o pagamento e requer o 
juiz que seja cancelado o protesto. 
§ 4º A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação do 
juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado 
da data de protocolo do requerimento, desde que comprovada a satisfação 
integral da obrigação. 
 
NULIDADES DO PROCEDIMENTO 
➢ Quando se tratar de nulidades do processo serão arguidas nos próprios 
autos, dentro do próprio processo. 
Art. 518. Todas as questões relativas à validade do procedimento de cumprimento 
da sentença e dos atos executivos subsequentes poderão ser arguidas pelo 
executado nos próprios autos e nestes serão decididas pelo juiz. 
 
APLICAM-SE TUTELAS PROVISÓRIAS 
➢ As regras do cumprimento, provisório ou definitivo e da liquidação aplicam-
se a tutela provisória 
 Art. 519. Aplicam-se as disposições relativas ao cumprimento da sentença, 
provisório ou definitivo, e à liquidação, no que couber, às decisões que concederem 
tutela provisória. 
 
 
Elaborado por: Brenda Alves 
ESPÉCIES 
DO CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DA SENTENÇA QUE RECONHECE A 
EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA 
 
➢ Art. 520 a 522, CPC 
 
➢ Regras gerais da execução definitiva (art. 520) 
o É um comprimento provisório porque houve recurso, mas não houve 
efeito suspensivo. 
o O cumprimento provisório será realizado que o mesmo cumprimento 
definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: - Art. 520 
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença 
for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
▪ O exequente é o responsável por essa execução, se o processo for revisado, 
não tem que reclamar a respeito dessa decisão. 
 
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da 
execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais 
prejuízos nos mesmos autos; 
▪ Obrigação do exequente reparar os danos decorrente da execução 
provisória. 
▪ Ou seja, se trazer algum prejuízo para o executado,quem responde é o 
exequente, porque ele executa a execução provisória por conta em risco. 
 
III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada 
apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução; 
▪ Modificação ou anulação parcial da sentença. 
 
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem 
transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos 
quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e 
idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
▪ Levantamento de dinheiro ou transferência de posse ou direito de 
propriedade, o juiz pode determinar que seja feita uma caução idônea 
(garantia). 
Elaborado por: Brenda Alves 
 
Observações: 
§ 3º Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a 
finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o 
recurso por ele interposto. 
 
§ 4º A restituição ao estado anterior a que se refere o inciso II não implica o 
desfazimento da transferência de posse ou da alienação de propriedade ou de 
outro direito real eventualmente já realizada, ressalvado, sempre, o direito à 
reparação dos prejuízos causados ao executado. 
▪ Se na execução provisória houve a transferência de propriedade ou de posse, 
nesse caso, não restitui ao estado anterior. 
▪ Repara-se os danos, mas não restitui ao estado anterior, 
 
➢ Dispensa de caução (art.521) 
o Poderá ser dispensada a caução, nos casos em que: 
 
▪ I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem; 
▪ II - o credor demonstrar situação de necessidade; 
▪ III – pender o agravo do art. 1.042; 
▪ IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com 
súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no 
julgamento de casos repetitivos. 
 
Obs.: 
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa 
resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação. 
▪ Caso a dispensa traga risco de grave dano de difícil ou incerta reparação, o 
juiz poderá reavaliar a situação. 
 
➢ Procedimento 
o Petição ao juízo competente 
 Art. 522. O cumprimento provisório da sentença será requerido por petição dirigida 
ao juízo competente. 
Elaborado por: Brenda Alves 
o Documentos processo físico 
Parágrafo único. Não sendo eletrônicos os autos, a petição será acompanhada de 
cópias das seguintes peças do processo, cuja autenticidade poderá ser certificada 
pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal: 
I - decisão exequenda; 
II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; 
III - procurações outorgadas pelas partes; 
IV - decisão de habilitação, se for o caso; 
V - facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias para 
demonstrar a existência do crédito. 
 
o Impugnação em 15 dias 
Art. 520,§ 1, CPC.º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá 
apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525 . 
 
Art. 525, § 1, CPC. Na impugnação, o executado poderá alegar: 
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à 
revelia; 
II - ilegitimidade de parte; 
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea; 
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, 
novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à 
sentença. 
o Multa e honorários no caso de não efetuar o pagamento espontâneo 
na forma do art. 523, §1 
Art. 520, §2, CPC. A multa e os honorários a que se refere o § 1º do art. 523 são 
devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de 
quantia certa. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art523%C2%A71
Elaborado por: Brenda Alves 
 Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e 
no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da 
sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para 
pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. 
Art. 523, §1, CPC.º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput , o 
débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de 
advogado de dez por cento. 
o Aplica-se o no que couber as execuções provisórias de obrigações de 
fazer, não fazer e dar coisa 
Art. 520,§5, CPC.º Ao cumprimento provisório de sentença que reconheça 
obrigação de fazer, de não fazer ou de dar coisa aplica-se, no que couber, o 
disposto neste Capítulo. 
 
DO CUMPRIMENTO DEFINITIVO DA SENTENÇA QUE RECONHECE A EXIGIBILIDADE 
DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA 
➢ Tem 3 possibilidades: 
o Sentença fixada em quantia certa 
▪ Já transitou em julgado 
o Sentença com valor fixado em liquidação 
▪ Embora fosse ilíquida, já passou pela liquidação 
o Parte incontroversa 
▪ Exemplo: Uma pessoa entrou com uma ação de cobrança, 
cobrando 100 mil reais. Na contestação, o demandado 
reconheceu que deve 50 mil reais. Na sentença o juiz condenou 
o pagamento de 90 mil reais. A parte demandada recorre, por 
entender que só deve 50 mil reais. Esses 50 mil reais, mesmo a 
sentença estando em grau de recurso, pode ser executado e 
não será considerado uma execução provisória. 
 
➢ Procedimento 
o Requerimento para pagar o débito em 15 dias 
▪ A parte deverá ser intimada na pessoa do advogado, a regra. 
Se for representado pela defensoria, é por aviso de 
recebimento. Ou se não tem procurador habilitado nos autos, 
pode ser por meio eletrônico. Se for revel, por edital. 
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no 
caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença 
Elaborado por: Brenda Alves 
far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o 
débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. 
o Requerimento instruído com demonstrativo de debito descriminado e 
atualizado 
▪ No requerimento deverá conter os documentos descrito nos incisos 
do art. 524, CPC. 
 Art. 524. O requerimento previsto no art. 523 será instruído com demonstrativo 
discriminado e atualizado do crédito, devendo a petição conter: 
I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, observado o 
disposto no art. 319, §§ 1º a 3º ; 
II - o índice de correção monetária adotado; 
III - os juros aplicados e as respectivas taxas; 
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados; 
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; 
VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados; 
VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível. 
o Quando o valor do demonstrativo exceder o valor da condenação: 
▪ Se o juiz entender que o valor da execução é excessivo, a penhora 
só é feita em cima do valor que o juiz compreende ser o valor 
devido. 
§ 1º Quando o valor apontado no demonstrativo aparentemente exceder os limites 
da condenação, a execução será iniciada pelo valor pretendido, mas a penhora 
terá por base a importância que o juiz entender adequada. 
§ 2º Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo, 
que terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para efetuá-la, exceto se outro lhe for 
determinado. 
▪ O juiz pode pedir o cálculo do contador para que seja feita aquela 
analise do valor apresentado. 
 
o Multa e honorários de 10%▪ Quando não se cumpre espontaneamente há incidência de 10% de 
multa e honorário. 
▪ Quando decorre o lapso temporal de 15 dias e o devedor não 
efetua o pagamento de forma espontânea. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art523
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art319%C2%A71
Elaborado por: Brenda Alves 
Obs.: Quando se trata de Fazenda Pública não incide a multa, só incide os 
honorários, porque no caso da Fazenda Pública, existe uma sistemática diferente 
de cumprimento das obrigações, que é através do sistema de precatórios. 
Então, se alguém sentenciado agora e efetuar o pagamento, pode está quebrando 
a ordem de precatórios e pode inclusive responder por ato de improbidade 
administrativa. 
Art. 523. § 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput , o débito será 
acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de 
dez por cento. 
o Efetuado o pagamento parcial a multa e os honorários incidirão sobre o 
valor remanescente 
▪ Exemplo: durante os 15 dias o valor da obrigação atualizada dava 100 
mil e a parte depositou 60 mil. A multa e os honorários vão incidir em 
cima dos 40 mil e não em sua totalidade. 
Art. 523. § 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput , a multa e 
os honorários previstos no § 1º incidirão sobre o restante. 
o Na ausência de pagamento voluntário será expedido mandado de penhora. 
▪ Não houve o pagamento voluntário, o juiz determina a penhora. 
▪ Penhora: é o ato que possibilita a invasão dos bens para assegurar o 
cumprimento das obrigações. 
Art. 523. § 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será 
expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de 
expropriação. 
o Documentos necessários para os cálculos em poder de terceiro ou do 
executado serão requisitados, sob pena de crime de desobediência. 
▪ Se os documentos estiverem com o executado, ele será intimado para 
juntar os documentos, não fazendo a penalidade será não poder 
questionar os cálculos que foram apresentados. 
▪ Se os documentos tiverem em poder de terceiro, exemplo um 
contador, e ele se nega a apresentar, nesse caso o caminho é 
diferente. Se tiver com o terceiro poderá haver a busca e a apreensão, 
e assim o terceiro como o executado irá responder como crime de 
desobediência. 
Art. 524. § 3º Quando a elaboração do demonstrativo depender de dados em poder 
de terceiros ou do executado, o juiz poderá requisitá-los, sob cominação do crime 
de desobediência. 
Elaborado por: Brenda Alves 
o Necessidade de dados adicionais do executado, requisição para traze-los no 
prazo de 30 dias 
▪ Prazo de 30 dias para trazer os documentos aos autos 
Art. 524. § 4º Quando a complementação do demonstrativo depender de dados 
adicionais em poder do executado, o juiz poderá, a requerimento do exequente, 
requisitá-los, fixando prazo de até 30 (trinta) dias para o cumprimento da 
diligência. 
o Não apresentados os dados adicionais, reputam-se corretos os cálculos 
apresentados pelo exequente 
Art. 524. § 5º Se os dados adicionais a que se refere o § 4º não forem apresentados 
pelo executado, sem justificativa, no prazo designado, reputar-se-ão corretos os 
cálculos apresentados pelo exequente apenas com base nos dados de que dispõe. 
 
IMPUGNAÇÃO 
o Art. 525, CPC 
Tem-se 2 tipos de defesa na execução: 
- A impugnação é meio de defesa no cumprimento de sentença. 
- O embargo é o meio de defesa na ação de execução. 
Impugnação 
o Transcorrido o prazo de 15 dias para o pagamento espontâneo, não 
ocorrendo o pagamento, inicia-se 15 dias para que o executado apresente 
sua impugnação. 
▪ O prazo de impugnação corre quando não efetua o pagamento 
espontâneo 
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, 
inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de 
penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. 
Matérias de impugnação: 
O que se pode alegar na impugnação? 
- Art. 252, §1 
Art. 525. § 1º Na impugnação, o executado poderá alegar: 
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à 
revelia; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art523
Elaborado por: Brenda Alves 
▪ Em uma execução que se dá mediante cumprimento, que é uma fase 
do processo, significa que o processo tem que ser tramitado todo 
dentro da sua legalidade. 
▪ Imagine que ocorreu a revelia da parte, mas a citação foi nula. Nesse 
caso, poderá alegar que aquela sentença não poderá ser executada 
porque ela é nula, porque a citação ela é nula, logo vai viciar o título. 
II - ilegitimidade de parte; 
▪ A parte que está sendo executada, não é legitima. 
▪ Exemplo: Câmara Municipal não tem personalidade jurídica, tem 
capacidade processual e tem autonomia administrativa. Mas, se tiver 
uma ação contra a Câmara, quem vai suportar o pagamento não é a 
Câmara porque não gera receita, quem vai suportar vai ser o 
município através do poder executivo. 
▪ O processo entra contra a Câmara mas quem deve se responsabilizar 
é o Município, porque a Câmara não gera receita. No caso, se for 
entrar com uma ação contra a Câmara, tem que entrar contra a 
Câmara e chamar o Município para o polo passivo. Não chamando o 
município, o principal exequente seria ilegítimo, e o caminho seria 
entrar com uma nova ação e agora incluir o município no polo passivo. 
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
▪ O título é inexequível porque ainda não se venceu, ou seja, para 
ocorrer a ação é necessário possuir todos os requisitos preenchidos. 
▪ Inexigibilidade da obrigação, porque a obrigação pode está prescrita, 
ou seja, não é mais exigida. 
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea; 
▪ Aparece como matéria de impugnação, mas em qualquer momento 
da execução poderá se manifestar em 5 dias contra aquela penhora. 
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
▪ O demonstrativo deve ser aplicado tanto em relação a quem executa, 
como em relação a quem a defende. 
▪ Porque? Porque quem executa fazer o demonstrativo de 50mil reais, 
quem defende terá de apresentar o demonstrativo de cálculo 
mostrando que na verdade é 30mil reais. 
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
▪ Se alega que o juízo da execução é incompetente. 
Elaborado por: Brenda Alves 
▪ Se não é o juízo que constituiu o título; se não é o juízo onde estão os 
bens penhoráveis; ou se não é o juízo do novo domicilio da 
parte(art.516, p.u) 
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, 
novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à 
sentença. 
▪ Quando sair a sentença já havia uma causa que impedia. 
▪ Exemplo; a lei que fundamentava aquele direito, já tinha sido 
declarada inconstitucional. 
§ 2º A alegação de impedimento ou suspeição observará o disposto nos arts. 
146 e 148 . 
 
§ 3º Aplica-se à impugnação o disposto no art. 229. 
 
Excesso de Execução 
Art. 525. § 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, 
pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de 
imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e 
atualizado de seu cálculo. 
▪ Se não fizer isso na defesa, o juiz irá rejeitar a impugnação. 
▪ Para mostrar que o valor é excessivo, precisa demonstrar o valor que 
eu reconheço. 
Art. 525. § 5º Na hipótese do § 4º, não apontado o valor correto ou não apresentado 
o demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o excesso de 
execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será 
processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução. 
▪ Se alegar somente o excesso e não trouxer o demonstrativo, o juizrejeita liminarmente a impugnação. 
▪ Se além de alegar que é excessivo, e além disso, já cumpriu a obrigação, 
se não apresentar o demonstrativo, o juiz vai julgar liminarmente que 
em relação ao demonstrativo ele não pode julgar porque não foi 
apresentado o demonstrativo, por não ter elementos pra ele apreciar, 
e que o ele só vai analisar se houve ou não comprovação de 
pagamento. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art146
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art146
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art148
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art229
Elaborado por: Brenda Alves 
Obtenção de efeito suspensivo 
- A impugnação não impede a prática de atos executivos 
Art. 525. § 6º A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos 
executivos, inclusive os de expropriação, podendo o juiz, a requerimento do 
executado e desde que garantido o juízo com penhora, caução ou depósito 
suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e 
se o prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao 
executado grave dano de difícil ou incerta reparação. 
▪ Quando se entra com a impugnação, a execução pela lei não é 
suspensa. Significa que poderia caminhar a execução e a impugnação 
em paralelo. 
▪ Embora na prática fique suspenso, esse parágrafo diz que só poderia 
ser suspenso quando preencher os requisitos. 
▪ Na prática: o juiz quando recebe a impugnação manda intimar a 
parte para em 15 dias se manifestar, e durante esses 15 dias fica 
parado o processo e depois quando volta, o juiz vai julgar a 
impugnação. 
§ 7º A concessão de efeito suspensivo a que se refere o § 6º não impedirá a 
efetivação dos atos de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de 
avaliação dos bens 
§ 8º Quando o efeito suspensivo atribuído à impugnação disser respeito apenas a 
parte do objeto da execução, esta prosseguirá quanto à parte restante. 
§ 9º A concessão de efeito suspensivo à impugnação deduzida por um dos 
executados não suspenderá a execução contra os que não impugnaram, quando o 
respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao impugnante. 
 
§ 10. Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exequente 
requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando, nos próprios 
autos, caução suficiente e idônea a ser arbitrada pelo juiz. 
▪ Prosseguimento da execução mesmo com a concessão do efeito 
suspensivo. 
▪ Ainda que o executado conseguisse o efeito suspensivo, mesmo assim 
o exequente poderia dar uma contra garantia. 
▪ Exemplo: o executado para requerer o efeito suspensivo, um dos 
requisitos é demonstrar que garantiu o juízo, ou seja, ter um bem 
penhorado. Então a outra parte poderia pegar um bem também, dar 
como garantia, e pedir que a execução transcorresse normalmente. 
Elaborado por: Brenda Alves 
Nesse caso teria 2 garantias no processo, a penhora que foi dada e a 
contra garantia. Para que o processo transcorra normalmente mesmo 
na impugnação. 
 
Causas supervenientes a impugnação 
§ 11. As questões relativas a fato superveniente ao término do prazo para 
apresentação da impugnação, assim como aquelas relativas à validade e à 
adequação da penhora, da avaliação e dos atos executivos subsequentes, podem 
ser arguidas por simples petição, tendo o executado, em qualquer dos casos, o 
prazo de 15 (quinze) dias para formular esta arguição, contado da comprovada 
ciência do fato ou da intimação do ato. 
▪ Embora a penhora seja uma das matérias de impugnação, poderá ser 
alegada em qualquer tempo. 
 
Inexigibilidade de titulo oriundo de lei inconstitucional 
§ 12. Para efeito do disposto no inciso III do § 1º deste artigo, considera-se também 
inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato 
normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado 
em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo 
Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal , em controle de 
constitucionalidade concentrado ou difuso. 
▪ Se o Supremo Tribunal Federal se manifestou, declarou que é 
incompatível aquela gratificação, nesse caso o título torna-se 
inexequível. 
§ 13. No caso do § 12, os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal poderão ser 
modulados no tempo, em atenção à segurança jurídica. 
▪ Poderá ser modulado porque aqueles que já receberam a 
gratificação, o Supremo vai regulamentar a situação. 
§ 14. A decisão do Supremo Tribunal Federal referida no § 12 deve ser anterior ao 
trânsito em julgado da decisão exequenda. 
▪ A decisão que diz que o titulo é inexequível por inconstitucionalidade, 
tem que ser anterior ao transito em julgado da sentença que 
reconheceu o direito. 
▪ O trânsito em julgado da decisão do Supremo tem que ocorrer 
anterior a decisão exequente. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
Elaborado por: Brenda Alves 
§ 15. Se a decisão referida no § 12 for proferida após o trânsito em julgado da decisão 
exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado 
da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal. 
▪ Se o Supremo decidir depois da ação, não significa dizer que aquele 
direito não possa ser atingido, pode! Só que agora não vai ser pela 
impugnação. 
▪ Se a decisão do Supremo ocorrer após a decisão que reconheceu 
aquela gratificação, aquela decisão pode ser atacada, não na 
impugnação, mas na ação rescisória. 
 
Obs.: Se a lei que assegura aquela gratificação do servidor for declarada 
incompatível com a constituição ANTES da decisão do processo de conhecimento, 
aquele título é inexequível. Se quando a decisão saiu, ainda não existia a decisão do 
Supremo, não vai poder impugnar, mas pode entrar com uma ação rescisória para 
desconstituir aquela decisão que reconheceu a gratificação, com fundamento de 
que o Supremo disse que ela é incompatível com a CF. 
 
Ausência de Demonstrativo ou insuficiência 
o STJ tem o entendimento de que devido ao fato de que o artigo 524 determina 
que o requerimento de cumprimento de sentença deve atender os requisitos, 
entre eles, está justamente o Demonstrativo. 
o Então, se em uma execução no cumprimento de sentença ou no processo de 
execução, não traz um demonstrativo do débito, o STJ compreende que 
nesse caso é possível impugnar a ausência de demonstrativo por não 
atender o que determina o art. 524. 
o Esse entendimento do STJ era na vigência do antigo CPC, no entanto, não 
muda, porque a redação é praticamente o mesmo, só muda os dispositivos. 
O entendimento permanece o mesmo. 
o Se não existir o demonstrativo ou o demonstrativo for insuficiente caberá a 
impugnação da execução, no caso de cumprimento de sentença. 
o Se só informar o valor, e não souber a sua origem, há um grande risco de ter 
o cumprimento de sentença impugnado. 
 
 
 
 
Elaborado por: Brenda Alves 
Outras observações: 
Art. 526. É lícito ao réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, 
comparecer em juízo e oferecer em pagamento o valor que entender devido, 
apresentando memória discriminada do cálculo. 
§ 1º O autor será ouvido no prazo de 5 (cinco) dias, podendo impugnar o valor 
depositado, sem prejuízo do levantamento do depósito a título de parcela 
incontroversa. 
§ 2º Concluindo o juiz pela insuficiência do depósito, sobre a diferença incidirão 
multa de dez por cento e honorários advocatícios, também fixados em dez por 
cento, seguindo-se a execução com penhora e atos subsequentes. 
§ 3º Se o autor não se opuser, o juiz declarará satisfeita a obrigação e extinguirá o 
processo. 
 Art. 527. Aplicam-se as disposições deste Capítulo ao cumprimento provisório da 
sentença, no que couber. 
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHECEA EXIBILIDADE DA OBRIGAÇÃO 
DE PRESTAR ALIMENTOS 
➢ Art. 528 a 533, CPC 
➢ Ação de alimentos e execução de alimentos 
o Quando se fala em execução de alimentos está incluso o 
cumprimento de sentença de alimentos e da execução de alimentos 
de títulos extrajudiciais. 
➢ Na ação de alimentos tem 2 decisões que são passíveis de serem 
executadas: (requerer o cumprimento de prestação de alimentos) 
o Decisão interlocutória que fixa os alimentos provisórios 
▪ Exigível de imediato 
o Sentença que fixa os alimentos definitivos 
➢ Para chegar no cumprimento de sentença de execução é preciso passar por 
a ação de alimentos. 
➢ Outra forma de executar alimentos sem passar por uma ação de alimentos, 
é só se você porventura fazer um acordo de alimentos perante a Defensoria 
Pública ou MP, ou as partes assistidas por seus advogados e firmaram um 
acordo extrajudicial. 
➢ Sem ter fixado os alimentos não tem como requerer a chamada execução 
de alimentos. 
 
Elaborado por: Brenda Alves 
Espécie dos alimentos 
➢ Decorrentes do parentesco 
➢ Decorrentes de ação indenizatória por ato ilícito 
 
 
 
➢ DECORRENTES DO PARENTESCO 
Intimação pessoal para pagar, provar que fez ou justificar impossibilidade no prazo 
de 3 dias 
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação 
alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do 
exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, 
pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. 
▪ Intima o executado de forma pessoal. Tem 3 caminhos: 
▪ Pagar o débito 
▪ Provar que já pagou 
▪ Justificar a impossibilidade de efetuar 
§ 1º Caso o executado, no prazo referido no caput , não efetue o pagamento, não 
prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, 
o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o 
disposto no art. 517 . 
▪ Protesto por determinação do Juiz, caso o executado não efetue o 
pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da 
impossibilidade de efetuá-lo, 
§ 2º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar 
justificará o inadimplemento. 
▪ A justificativa precisa ser comprovada e aceita pelo juiz. 
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o 
juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, 
decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses. 
▪ Decreto da prisão civil de 1 a 3 meses 
§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado 
dos presos comuns. 
▪ Prisão cumprida em regime fechado, separado dos presos comuns. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art517
Elaborado por: Brenda Alves 
§ 5º O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações 
vencidas e vincendas. 
▪ A prisão não exime do cumprimento da obrigação 
§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de 
prisão. 
▪ O pagamento suspende ordem de prisão 
§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que 
compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e 
as que se vencerem no curso do processo. 
▪ O débito que autoriza a prisão até 3 meses anteriores ao ajuizamento 
§ 8º O exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença ou decisão 
desde logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II, Capítulo III, caso em que não 
será admissível a prisão do executado, e, recaindo a penhora em dinheiro, a 
concessão de efeito suspensivo à impugnação não obsta a que o exequente levante 
mensalmente a importância da prestação. 
▪ Pode optar pelo procedimento padrão de cumprimento de sentença. (arts. 
523 a 527) 
§ 9º Além das opções previstas no art. 516 , parágrafo único, o exequente pode 
promover o cumprimento da sentença ou decisão que condena ao pagamento de 
prestação alimentícia no juízo de seu domicílio. 
 
 Desconto em folha 
Art. 529. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de 
empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá 
requerer o desconto em folha de pagamento da importância da prestação 
alimentícia. 
§ 1º Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à autoridade, à empresa ou ao empregador, 
determinando, sob pena de crime de desobediência, o desconto a partir da primeira 
remuneração posterior do executado, a contar do protocolo do ofício. 
§ 2º O ofício conterá o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas 
do exequente e do executado, a importância a ser descontada mensalmente, o 
tempo de sua duração e a conta na qual deve ser feito o depósito. 
§ 3º Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincendos, o débito objeto de 
execução pode ser descontado dos rendimentos ou rendas do executado, de forma 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art516
Elaborado por: Brenda Alves 
parcelada, nos termos do caput deste artigo, contanto que, somado à parcela 
devida, não ultrapasse cinquenta por cento de seus ganhos líquidos. 
 
Art. 530. Não cumprida a obrigação, observar-se-á o disposto nos arts. 831 e 
seguintes . 
▪ Não cumprida a obrigação, penhora os bens. 
 
Art. 531. O disposto neste Capítulo aplica-se aos alimentos definitivos ou provisórios. 
§ 1º A execução dos alimentos provisórios, bem como a dos alimentos fixados em 
sentença ainda não transitada em julgado, se processa em autos apartados. 
§ 2º O cumprimento definitivo da obrigação de prestar alimentos será processado 
nos mesmos autos em que tenha sido proferida a sentença. 
 
Art. 532. Verificada a conduta procrastinatória do executado, o juiz deverá, se for o 
caso, dar ciência ao Ministério Público dos indícios da prática do crime de abandono 
material. 
▪ Ciência ao MP para apurar a conduta do crime de abandono material. 
▪ Crime de abandono material: quando não se custeia a subsistência da 
pessoa que você tem a obrigação legal. Exemplo: um pai que não custeia a 
subsistência do filho. 
 
➢ DECORRENTES DE AÇÃO INDENIZATÓRIA POR ATO ILÍCITO 
Pensão por ato ilícito 
Art. 533. Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, caberá 
ao executado, a requerimento do exequente, constituir capital cuja renda assegure 
o pagamento do valor mensal da pensão. 
▪ Resulta de reparação de danos 
▪ Não cabe prisão em decorrência do inadimplemento de alimentos 
▪ Deve constituir um capital que perfaça todo o valor do período da pensão a 
ser paga 
▪ É possível ser efetuado o pagamento de uma vez. 
§ 1º O capital a que se refere o caput , representado por imóveis ou por direitos reais 
sobre imóveis suscetíveis de alienação, títulos da dívida pública ou aplicações 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art831
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art831
Elaborado por: Brenda Alves 
financeiras em banco oficial, será inalienável e impenhorável enquanto durar a 
obrigação do executado, além de constituir-se em patrimônio de afetação. 
 
§ 2º O juiz poderá substituir a constituição do capital pela inclusão do exequente em 
folha de pagamento de pessoa jurídica de notória capacidade econômica ou, a 
requerimento do executado, por fiança bancária ou garantia real, em valor a ser 
arbitrado de imediato pelo juiz. 
▪ Substituição de capital por inclusão em folha de pagamento de pessoa 
jurídica de notória capacidade econômica 
§ 3º Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte requerer, 
conforme as circunstâncias, redução ou aumento da prestação. 
§ 4º A prestação alimentícia poderá ser fixada tomando por base o salário-mínimo. 
§ 5º Finda a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará liberar o capital, cessar 
o descontoem folha ou cancelar as garantias prestadas. 
 
DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE 
OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA PELA FAZENDA PÚBLICA 
 
➢ Art. 534 e 535, CPC 
➢ Não se penhora bens públicos, não se bloqueia valores, ressalvados algumas 
exceções. 
 
Procedimento 
 
➢ Quando o polo ocupado pela Fazenda Pública for ativo (autor), os processos 
de execução serão regulados pela Lei n. 6.830 de 1980 (Lei de Execuções 
Fiscais). Noutro giro, se a Fazenda Pública estiver no polo passivo (ré), 
processar-se-á a marcha processual a partir do artigo 535 da Lei n. 13.105 
de 2015 no que se refere ao cumprimento de sentença que reconheça a 
obrigação de pagar quantia certa. 
 
➢ Bem, acaso a Fazenda seja ré na mencionada ação, existem alguns requisitos 
a serem observados quanto ao cumprimento de sentença, algumas 
formalidades relativas à pretensão as quais estão elencadas no artigo 534 
da Lei Processual, a saber: 
Elaborado por: Brenda Alves 
Art. 534. No cumprimento de sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de 
pagar quantia certa, o exequente apresentará demonstrativo discriminado e 
atualizado do crédito contendo: 
▪ Apresentação de demonstrativo discriminado e atualizado, contendo: 
I - o nome completo e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exequente; 
II - o índice de correção monetária adotado; 
III - os juros aplicados e as respectivas taxas; 
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados; 
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; 
VI - a especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados. 
 
§ 1º Havendo pluralidade de exequentes, cada um deverá apresentar o seu próprio 
demonstrativo, aplicando-se à hipótese, se for o caso, o disposto nos §§ 1º e 2º do 
art. 113 . 
▪ Se houver pluralidades de exequentes, cada um deles deverá apresentar o 
próprio demonstrativo e um ponto digno de nota se refere ao fato de que a 
multa de 10% aplicável em caso de inadimplência da Fazenda Pública não 
será aplicada. 
 
§ 2º A multa prevista no § 1º do art. 523 não se aplica à Fazenda Pública. 
▪ Não se aplica a multa, mas se aplica os honorários de cumprimento de 
sentença. 
▪ A Fazenda Pública não pode pagar de forma voluntária e espontânea a 
multa, precisa verificar a ordem de seus credores. 
 
➢ As intimações endereçadas à Fazenda serão realizadas na pessoa de seu 
representante judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico (intimação 
pessoal) com prazo de 30 dias para impugnar a execução (prazo de 30 dias 
ao invés de 15 dias). 
Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, 
por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias 
e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art113%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art113%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art523%C2%A71
Elaborado por: Brenda Alves 
 
➢ A Fazenda Pública também poderá impugnar a execução e, para tanto, 
poderá arguir algumas matérias de defesa elencadas no artigo 535 
 
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à 
revelia; 
II - ilegitimidade de parte; 
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; 
IV - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; 
▪ Nesse caso, a Fazenda deverá indicar o valor que entende correto, sob pena 
de a arguição não ser conhecida. 
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
VI - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, 
novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes ao 
trânsito em julgado da sentença. 
▪ As causas modificativas ou extintivas da obrigação, citadas no inciso anterior 
devem ser supervenientes (posteriores) ao trânsito em julgado da sentença. 
Obs.: Observe, que as defesas são, basicamente, as mesmas alegáveis nas 
obrigações relativas à quantia certa previstas no artigo 525 do Novo Código de 
Processo Civil de 2015. Contudo, no caso da Fazenda Pública não há de se falar em 
penhora (prevista no inciso IV do artigo 525 da Lei de Ritos). 
§ 1º A alegação de impedimento ou suspeição observará o disposto nos arts. 
146 e 148 . 
▪ Alegação de impedimento ou suspeição 
 
§ 2º Quando se alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia 
superior à resultante do título, cumprirá à executada declarar de imediato o valor 
que entende correto, sob pena de não conhecimento da arguição. 
 
➢ Feitas as impugnações, essas podem ser rejeitadas e, com efeito, a Fazenda 
Pública, ora devedora, será obrigada a pagar a quantia devida. No entanto, 
lembro a você que o pagamento será feito em precatórios (regulados pelo 
artigo 100 da Constituição Federal) ou Requisições de Pequeno Valor (RPV), 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art146
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art146
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art148
Elaborado por: Brenda Alves 
as quais são definidas pela quantia e ente Político devedor (60 salários 
mínimos para União; 40 salários mínimos para os Estados e Distrito Federal 
e 30 salários mínimos para os Municípios, sendo que para os dois últimos 
essas quantias vigem enquanto não houver lei específica para tratar o 
tema). 
➢ A CF autorizou os dois últimos editarem uma nova lei para diminuir aquele 
valor, adequando a realidade financeira de cada um. 
➢ A EC 62, o valor da obrigação de pequeno valor não pode ser inferior ao 
maior beneficio da previdência social (hoje, 6 mil e alguma coisa) 
 
➢ Então, não impugnada a execução ou rejeitadas as arguições, o § 3º cita o 
“caminho” a ser seguido para o adimplemento da obrigação. 
o Existe 2 caminhos para o cumprimento de sentença 
▪ A obrigação que será cumprida através de precatório 
▪ A obrigação que será cumprida através de requisitório de 
pequeno valor, que é como se fosse um mini precatório 
 
§ 3º Não impugnada a execução ou rejeitadas as arguições da executada: 
I - expedir-se-á, por intermédio do presidente do tribunal competente, precatório 
em favor do exequente, observando-se o disposto na Constituição Federal ; 
▪ Expedição de precatório pelo presidente do Tribunal competente 
▪ O precatório, grande maioria das obrigações. 
▪ Os precatórios serão expedidos por intermédio do Presidente do Tribunal e 
não pelo Juiz da execução, observado o disposto na Constituição como 
ordem cronológica e trânsito em julgado. 
▪ Como ocorre: o juiz da comarca envia para o presidente do tribunal um 
requisitório de precatório, o presidente expede e manda para que o prefeito 
inclua no orçamento aquele precatório. 
▪ Se forem enviados até o dia 1 de julho de 2021, serão incluídos no orçamento 
de 2021. Se chegarem no dia 2 de julho de 2021, serão incluídos no orçamento 
de 2022. 
II - por ordem do juiz, dirigida à autoridade na pessoa de quem o ente público foi 
citado para o processo, o pagamento de obrigação de pequeno valor será realizado 
no prazo de 2 (dois) meses contado da entrega da requisição, mediante depósito 
na agência de banco oficial mais próxima da residência do exequente. (Vide ADI 
5534) 
▪ Cumprimento por obrigação de pequeno valor (OPV), juiz da causa prazo 
de 2 meses 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4989940
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4989940
Elaborado por: Brenda Alves 
▪ Além disso, o pagamento da obrigação de pequeno valor será realizado no 
prazo de 2 (dois) meses a contar da entrega da requisição, mediante 
depósitona agência de banco oficial mais próxima da residência do 
exequente. 
▪ Como ocorre: Não vai para o tribunal, o juiz manda o cartório expedir o 
requisitório e manda para o ente público efetuar o pagamento em 2 meses, 
extingue a obrigação. 
▪ Se não efetuar em 2 meses, será bloqueado o valor na conta do ente público. 
 
§ 4º Tratando-se de impugnação parcial, a parte não questionada pela executada 
será, desde logo, objeto de cumprimento. 
 
Sentença pautada em Lei declarada inconstitucional 
§ 5º Para efeito do disposto no inciso III do caput deste artigo, considera-se também 
inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato 
normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado 
em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo 
Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal , em controle de 
constitucionalidade concentrado ou difuso. 
▪ O caso supra, traz a hipótese de inexigibilidade da obrigação reconhecida 
em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado 
inconstitucional pelo Supremo ou fundado em interpretação de lei ou ato 
normativo pela Corte Suprema como incompatível com a Carta Fundante 
em sede de controle de constitucionalidade concentrado e difuso, consoante 
o § 5º do Código. 
 
§ 6º No caso do § 5º, os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal poderão ser 
modulados no tempo, de modo a favorecer a segurança jurídica. 
▪ Ademais, o § 6º consigna que a decisão da Egrégia Corte pode ser modulada 
a fim de manter a segurança jurídica dos jurisdicionados 
§ 7º A decisão do Supremo Tribunal Federal referida no § 5º deve ter sido proferida 
antes do trânsito em julgado da decisão exequenda. 
§ 8º Se a decisão referida no § 5º for proferida após o trânsito em julgado da decisão 
exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado 
da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
Elaborado por: Brenda Alves 
▪ Essa decisão deverá ser proferida antes do trânsito em julgado da decisão 
exequenda, a qual, se ocorrer após, será atacada por meio de ação 
rescisória, cujo lapso temporal será contado do trânsito em julgado da 
decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, consoante os §§ 7º e 8º do 
artigo 535 
▪ Se a declaração ocorrer antes do trânsito tem julgado, o título é inexequível; 
se ocorreu depois do trânsito em julgado, está com uma ação rescisória para 
rescindir aquela decisão e tornar o título inexequível. 
 
Regime dos precatórios 
➢ Art. 100, CF 
➢ É a forma de cumprimento da obrigação em face a Fazenda Pública, uma 
vez que não é possível penhorar bens. 
➢ Expedido pelo Presidente do Tribunal, que apreciou ou que seria 
competente para apreciar o recurso 
 
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, 
Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente 
na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos 
respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações 
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. 
▪ Ordem cronológica 
▪ Ou seja, prioridade em alimentos. 
▪ Quem tem mais de 60 anos ou portador de doença grave ou com 
deficiência. 
▪ Exemplo: um servidor com salário atrasado tem prioridade em relação a 
uma empresa que vendeu ao município ou estado e não recebeu. 
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de 
salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios 
previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em 
responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e 
serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles 
referidos no § 2º deste artigo. 
▪ Precatório de natureza alimentícia tem prioridade 
▪ Exemplos: salários atrasados, férias, 13 salário, gratificação não paga. 
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão 
hereditária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença 
Elaborado por: Brenda Alves 
grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com 
preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado 
em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para 
essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de 
apresentação do precatório. 
▪ Débitos de natureza alimentícia de titulares com 60 anos ou doenças graves 
e com deficiência 
▪ Não significa que vão receber o precatório no valor total. Essa prioridade vai 
dar o direito de receber 3x ao equivalente as obrigações de pequeno valor. 
▪ O restante seria na ordem normal de precatório. A preferencia é só em 
relação ao triplo. 
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não 
se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor 
que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada 
em julgado. 
 
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores 
distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades 
econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de 
previdência social. (conhecido como INSS) 
▪ Dispensa de precatório até a publicação de lei própria 
▪ Obrigações de pequeno valor as obrigações que forem abaixo de: 
▪ Municípios – 30 salários 
▪ Estados – 40 salários 
▪ União – 60 salários (não pode diminuir) 
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de 
verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas 
em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, 
fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus 
valores atualizados monetariamente. 
▪ Expedição pelo presidente do tribunal que foi ou seria competente para 
apreciar o recurso de requisição até 1ºde julho para pagamento no ano 
subsequente. 
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados 
diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a 
decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento 
do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de 
Elaborado por: Brenda Alves 
precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do 
seu débito, o sequestro da quantia respectiva. 
▪ Preterição de pagamento – ocasiona o sequestro(bloqueio) de valores da 
Fazenda Pública ou no fura-fila 
▪ Autoriza a justiça sequestrar valores nas contas públicas: Quando o RPV não 
é pago em 2 meses; quando existe a preterição da ordem cronológica. 
▪ Exemplo; um estado tem para o ano de 2021 tem um precatório na ordem, 
o primeiro 100 mil, o segundo 50 mil, o terceiro de 30 mil. Ele não pode pagar 
o terceiro em primeiro momento, se ele fizer isso, o primeiro e o segundo 
poderá pedir que o juiz determine o bloqueio do valor equivalente dos seus 
precatórios, trazendo um problema administrativo provocado pelo próprio 
gestor. 
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, 
retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime 
de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de 
Justiça. 
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de 
valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução 
para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. 
 
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentementede 
regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor 
correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e 
constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas 
parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja 
suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. 
▪ Possibilidade de compensação de crédito 
▪ Quando for emitir um precatório, basta que o ente publico informe que tenha 
algum valor a ser compensado, que o juiz já faz o recorte daquele valor e 
manda para o tribunal. 
▪ Só é possível a compensação naqueles casos que houver a inscrição na 
divida ativa. (alteração) 
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública 
devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de 
abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições 
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. 
Elaborado por: Brenda Alves 
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa 
devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos 
do respectivo ente federado. 
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de 
valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, 
independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração 
básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão 
juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de 
poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. 
 
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a 
terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao 
cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º 
▪ O §2 e 3 trata da preferência de alimentos 
▪ Compra e venda de precatório 
▪ Pode vender o precatório a terceiros, mas não se aplica a eles a preferência 
que você tinha. 
▪ O terceiro perde a qualificação de alimentos (exemplo) e vai para uma nova 
ordem cronológica. 
 
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por 
meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. 
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição 
Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de 
precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à 
receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. 
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, 
oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os 
diretamente. 
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aferirão mensalmente, 
em base anual, o comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas 
com o pagamento de precatórios e obrigações de pequeno valor. 
§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata o § 17, o 
somatório das receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de 
contribuições e de serviços, de transferências correntes e outras receitas correntes, 
incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição Federal, verificado no período 
Elaborado por: Brenda Alves 
compreendido pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência e os 11 
(onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e deduzidas: 
I - na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
por determinação constitucional; 
II - nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação 
constitucional; 
III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos 
servidores para custeio de seu sistema de previdência e assistência social e as 
receitas provenientes da compensação financeira referida no § 9º do art. 201 da 
Constituição Federal. 
§ 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de condenações judiciais em 
precatórios e obrigações de pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, 
ultrapasse a média do comprometimento percentual da receita corrente líquida 
nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores, a parcela que exceder esse 
percentual poderá ser financiada, excetuada dos limites de endividamento de que 
tratam os incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de quaisquer outros 
limites de endividamento previstos, não se aplicando a esse financiamento a 
vedação de vinculação de receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição 
Federal. 
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze por cento) do montante 
dos precatórios apresentados nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por 
cento) do valor deste precatório serão pagos até o final do exercício seguinte e o 
restante em parcelas iguais nos cinco exercícios subsequentes, acrescidas de juros 
de mora e correção monetária, ou mediante acordos diretos, perante Juízos 
Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução máxima de 40% (quarenta 
por cento) do valor do crédito atualizado, desde que em relação ao crédito não 
penda recurso ou defesa judicial e que sejam observados os requisitos definidos na 
regulamentação editada pelo ente federado. 
 
Outras observações: 
Obs.: Inadimplemento intencional para justificar a intervenção, não podendo ser 
declarada intervenção quando o fundamento for insuficiência sem fundos. 
- A ausência do cumprimento do precatório leva a decretação da intervenção do 
Estado do município, porque não está cumprindo as determinações judiciais. Nesse 
caso, essa intervenção só vai acontecer se foi intencional, ou seja, que se tinha 
valores e que não cumpriu com o pagamento porque não quis. 
Elaborado por: Brenda Alves 
 
Obs. 2: Não pagamento dos tributos quando o precatório não é pago no exercício 
financeiro determinado. 
- Exemplo: Se o precatório era pra ser pago até o dia 31 de dezembro de 2020, se 
fosse pago em março de 2021, não poderá mais descontar o imposto de renda 
retido na fonte. Se caso desconte, o credor poderá entrar com ação ressarcitória, 
uma vez que não cabe essa retenção, por força do §2 do art. 78 da ADCT. 
 
Obs. 3: Papel do Presidente do Tribunal no precatório. A decisão de mandar 
expedir o precatório e encaixar na ordem cronológica, essa decisão é judicial? Existe 
recurso para essa decisão? 
- STF entende que o papel do presidente ao emitir o precatório, é um papel 
administrativo, e não um ato judicial, não sendo capaz de ter um recurso para 
aquele ato. No entanto, quando não se tem recurso para determinado ato que seja 
praticado por alguma entidade judicial, mas pode trazer afronta ao direito liquido 
e certo daquela pessoa, é possível entrar com mandado de segurança. 
Nesse caso especifico, é de compreensão da doutrina que se porventura o 
presidente ao emitir o precatório, ele desobedeceu a ordem cronológica dos 
precatórios, nesse caso o prejudicado pode ingressar com uma ação de mandado 
de segurança como substituta de recurso para proteger o direito liquido e certo. 
 
Obs. 4: Emenda Constitucional 62 
- Nova forma de pagamento de precatório 
- Essa EC criou um Regime Especial de cumprimento de precatórios (art. 97 da 
ADCT) 
o Consiste que o ente publico com exceção da união, ele poderia, se 
tivesse precatórios atrasados na época que foi editado a EC 62, 
poderia aderir ao regime especial, que iria assegurar ao ente publico 
que está com os precatórios atrasados um prazo de até 15 anos para 
efetuar o pagamento daqueles débitos, iria pagar através de: ele faria 
um decreto aderindo ao regime, encaminharia para o TJ e o TJ abriria 
uma conta e todo mês o município ou estado ao invés de pagar os 
precatórios atrasados, iriadepositar todo mês naquela conta o 
equivalente a 2,5% da receita corrente liquida do ente público, e o 
próprio TJ iria administrando aquele valor de acordo com a 
disponibilidade. 
Elaborado por: Brenda Alves 
- Essa medida foi decretada a inconstitucionalidade. 
- Também criou a possibilidade de haver leilão, acordo direto entre a Fazenda 
Pública e o credor 
o Onde a Fazenda pública pudesse oferecer um valor referente ao 
precatório para pagar antes da ordem. 
- Também houve a declaração de inconstitucionalidade desse dispositivo. 
- STF disse que poderia haver esse leilão entre os credores, desde que a diminuição 
dos valores não excedesse a 40%.

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