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1 P R E S S Ã O A R T E R I A L A pressão arterial é definida pela pressão que o sangue exerce sobre a parede das artérias. Utiliza como referência valores da pressão sistólica e diastólica. S I S T E M A N E R V O S O: » Estimula aumentos rápidos da pressão arterial – para isso, todas as funções vasoconstritoras e cardioaceleradoras são estimuladas simultaneamente e os sinais inibitórios do sistema parassimpático são inibidos. » É o mecanismo pressórico mais rápido de todos (aumenta e diminui a frequência em poucos segundos); » Ocorrem 3 alterações ao mesmo tempo: - a grande maioria das arteríolas da circulação sistémica se contraem, o que aumenta muito a resistência periférica total, e aumenta a pressão arterial; - as veias em especial se contraem fortemente, deslocando o sangue para fora dos grandes vasos periféricos em direção ao coração, gerando o aumento de volume nas câmaras cardíacas. Com isso, o estiramento do coração vai aumentar a intensidade da força dos batimentos, que bombeia mais sangue e eleva a pressão. - o coração é diretamente estimulado pelo sistema nervoso autônomo, aumentando o bombeamento cardíaco que na maioria das vezes é causado pelo aumento da frequência e também pela própria estimulação simpática no músculo cardíaco (contração). O coração pode bombear 2x mais sangue do que nas condições normais. Por que a pressão arterial aumenta durante a prática de exercícios musculares? Porque ao mesmo tempo que as áreas motoras do cérebro estão ativadas para produzir o exercício, a maior parte do sistema de ativação reticular do tronco cerebral é também ativada, estimulando áreas vasoconstritoras e cardioaceleradoras do centro vasomotor -> aumentando a pressão. Em algumas situações de estresse, por exemplo, a pressão arterial tende a aumentar também – reação de alarme – gerando um maior fluxo sanguíneo para as áreas que necessitam de respostas rápidas. » Existe ainda, mecanismos reflexos para a manutenção da pressão arterial: - Reflexo barorreceptor: quando ocorre o aumento da pressão, esses receptores (barorreceptores – estimulados pelo estiramento) localizados em pontos específicos da parede das grandes artérias, vão estirar e enviam sinais de “feedback” de volta para o sistema nervoso autônomo (pelos nervos de Hering para o sistema vasomotor) – reduzindo a pressão. - Quimiorreceptores: são células sensíveis à falta de O2, excesso de Co2 e de H+, que quando estimuladas, excitam as fibras nervosas e vão junto com os barorreceptores pelos nervos de Hering até o sistema vasomotor. R I N S: Responsável também, pelo controle a longo prazo da pressão arterial – esse mecanismo, está intimamente relacionado com a homeostasia do volume de líquido corporal. Como ocorre? Através do “Sistema Rim-Líquidos Corporais” -> se o volume de sangue aumenta e a capacitância vascular continua a mesma, a pressão arterial tende a aumentar. Por conta disso, os rins tendem a excretam o volume que está em excesso, a fim de normalizar a pressão. » Esse mecanismo, existe há muito tempo e já era realizado em um dos vertebrais mais inferiores, a lampreia (peixe). » O aumento da pressão arterial, aumenta o débito urinário (diurese de pressão) e aumento aproximadamente igual da eliminação de sódio (natiurese de pressão). » Em humanos, esse mecanismo conta ainda com a renina-angiostensina. 2 O Mecanismo Rim-Líquido Corporal Proporciona um Ganho de Feedback Quase Infinito para o Controle da Pressão Arterial: Essa análise se baseia em duas curvas distintas que se cruzam: (1) a curva do débito renal de água e sal, em resposta à elevação da pressão arterial, que é a mesma curva de débito renal; e (2) a linha que representa a ingestão total de água e de sal. Além disso, o único ponto no gráfico da, no qual o débito se iguala à ingestão, é onde as duas curvas se cruzam, referido como ponto de equilíbrio. Inicialmente, admita-se que a pressão arterial se eleve para 150 mmHg. Nesse nível, o débito renal de água e sal é cerca de três vezes maior que a ingestão. Portanto, o corpo perde líquido, e o volume sanguíneo e a pressão arterial diminuem. Além disso, esse “equilíbrio negativo” de líquido não cessará até que a pressão caia até atingir precisamente o ponto de equilíbrio. De fato, mesmo quando a pressão arterial é apenas 1 mmHg maior que a do ponto de equilíbrio, ainda ocorre perda de água e de sal pouco maior que a ingestão, de modo que a pressão continua a cair por mais 1 mmHg, até que, por fim, retorne ao valor preciso do ponto de equilíbrio. Se a pressão arterial cair abaixo do ponto de equilíbrio, a ingestão de água e de sal passa a ser maior que o débito. Portanto, o volume do líquido corporal aumenta junto com o volume sanguíneo, e a pressão arterial se eleva de novo até atingir o ponto de equilíbrio. Esse retorno da pressão arterial sempre ao ponto de equilíbrio é o princípio da resposta por feedback quase infinito, para a regulação da pressão arterial pelo mecanismo rim-líquidos corporais. Portanto, o desvio do débito renal de água e sal e a ingestão de água e sal são 2 determinantes do nível da pressão arterial a longo prazo. Mecanismo Renina-Angiostensina: - Renina é uma enzima proteica que é liberada pelos rins quando a pressão arterial cai pra níveis muito baixos – ela eleva a pressão arterial. A renina é sintetizada e armazenada em forma inativa chamada pró-renina nas células justaglomerulares (células JG) dos rins. As células JG são células musculares lisas modificadas, situadas principalmente nas paredes das arteríolas aferentes imediatamente proximais aos glomérulos. Quando a pressão arterial cai, reações intrínsecas dos rins fazem com que muitas das moléculas de pró-renina nas células JG sejam clivadas, liberando renina. A maior parte da renina é liberada no sangue que perfunde os rins para circular pelo corpo inteiro. Entretanto, pequenas quantidades de renina permanecem nos líquidos locais dos rins onde exercem diversas funções intrarrenais. A renina é enzima, e não substância vasoativa. Ela age enzimaticamente sobre outra proteína plasmática, a globulina referida como substrato de renina (ou angiotensinogênio), liberando peptídeo com 10 aminoácidos, a angiotensina I. A angiotensina I tem ligeiras propriedades vasoconstritoras, mas não suficientes para causar alterações significativas na função circulatória. A renina persiste no sangue por 30 minutos a 1 hora e continua a causar a formação de angiotensina durante todo esse tempo. Alguns segundos após a formação de angiotensina I, dois aminoácidos adicionais são removidos da angiotensina I, formando o peptídeo de oito aminoácidos angiotensina II. Essa conversão ocorre, em grande parte, nos pulmões, enquanto o sangue flui por seus pequenos vasos catalisados pela enzima conversora de angiotensina presente no endotélio dos vasos pulmonares. Outros tecidos, tais como rins e vasos sanguíneos, também contêm enzimas conversoras e, portanto, formam localmente angiotensina II. A angiotensina II é vasoconstritora extremamente potente, e ela afeta a função circulatória por outros modos. Entretanto, ela persiste no sangue por apenas 1 ou 2 minutos por ser rapidamente inativada por múltiplas enzimas sanguíneas e teciduais, coletivamente chamadas de angiotensinases. A angiotensina II exerce dois efeitos principais capazes de aumentar a pressão arterial. O primeiro, a 3 vasoconstrição em muitas áreas do corpo, ocorre com muita rapidez. O segundo meio principal, pelo qual a angiotensina II eleva a pressão arterial, é a diminuição da excreção de sal e de água pelos rins. Essa ação eleva lentamente o volume do líquido extracelular, o que aumenta a pressão arterial.
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