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Reajustes e Consertos em PPR NUNCA utilizar grampos circunferenciais com trajeto de mesial para distal na região de caninos e pré-molares Processo de reabsorção óssea: Causas sistêmicas e metabólicas: - idade - sexo - na média, mulheres sofrem atrofia mais cedo - periodontopatias associadas à gravidez - osteoporoso pós-menopausa - problemas hormonais - sindrome de Cushing (aumento cortisol), tratamento de asma, artite reumatoide - acromegalia - hiperparatieoidismo - hipertireoidismo - DM - tipo de nutrição - deficiências minerais - arteriosclerose - osteoporose generalizada - má absorção - anemia - hipertensão - deficiência de vitamina C Causas inflamatórias - processo inflamatório periodontal - perda óssea prévia a extração dos dentes - processos inflamatórios locais - multifatoriais - complicações associadas a implantes Causas mecânicas - fatores funcionais - frequência, direção e intensidade de força - hábitos parafuncionais - fatores protéticos - tipo e ajuste da prótese - duração do tratamento protético - horas de uso diário da prótese - má oclusão - falta de tratamento protético (atrofia por desuso) - fatores cirúrgicos - extrações ou outros procedimentos cirúrgicos Classificação de Atwood - região anterior da mandíbula Classificação de Fallschussel (1986) - maxila, região de canino Consequências da reabsorção do rebordo residual - perda de adaptação da base - perda da articulação e harmonia oclusal - ferimentos (ulcerações, inflamação, hiperplasias) - alteração do relacionamento gramo-dente pilar (aumento da carga) - fratura de componentes da PPR Síndrome de Kelly ou da Compensação: Ocorre normalmente em pacientes desdentados maxilar e parcialmente desdentados mandibular classe I de Kennedy - sinais e sintomas aparecem em tempo variado e podem não ocorrer simultaneamente - reabsorção da pré maxila e aumento em volume da tuberosidade, extrusão dos bloco anterior inferiores Ciclo patogênico: 1 - Prótese desadaptada acelera a reabsorção alveolar 2 - Perda do contato oclusal posterior 3 - Concentração das cargas oclusais sobre incisivos inferiores, mudança do plano oclusal 4 - Aumento gradativo da concentração de forças na maxila anterior 5 - Aumento da reabsorção óssea na área da pré-maxila 6 - Desenvolvimento de hiperplasia fibrosa 7 - PT superior de desloca para frente e para cima, pressão negativa na tuberosidade, promove crescimento 8 - Perda de DVO, diminuição da retenção e estabilidade das próteses 9 - Desenvolvimento de hiperplasia papilar no palato duro 10 - Extrusão dos incisivos inferiores, alteração periodontal 11 - Aumenta quantidade de força atuante sobre a porção anterior da PT superior Prevenção: - moldagens adequada para reprodução ótima dos rebordos - esquema oclusal estável - avaliação periódica Tratamento: - sanar todos os problemas e alterações antes de iniciar o tratamento reabilitador - prótese convencional, retirar pressão excessiva da pré-maxila - grandes alterações ósseas e/ou hiperplasias indicam procedimento cirurgicos - opção por próteses implantossuportadas Necessidade de reajustes: Identificar: - tempo de uso - tipo de PPR - arcada reabilitada - fatores próprios do paciente Verificar: - grau de reabsorção do rebordo residual - perda ou modificação do dente pilar - mucosa ferida ou alterada - fratura de componentes da PPR - deterioração dos dentes artificiais - deterioração da base acrílica da PPR Exames: - estrutura metálica da PPR - base de resina acrílica - dentes artificiais - oclusão - cavidade bucal do paciente - opinião do paciente Plano de controle, manutenção e conserto de PPRs Exame das próteses: - hábitos - higiene - estética - estabilidade - retenção - relações oclusais - dimensão vertical - condições gerais Se satisfatório: - rever as práticas de higiene bucal e das próteses - retornos periódicos Insatisfatória - consertos: dentes, base, fraturas - reembasamentos - duplicação (idosos) - troca das próteses - implantes Cargas geradas pela PPR - frequência, duração e direção das forças - força por unidade de área - quantidade e intensidade dos contatos oclusais - área de suporte mucoso - tipo de fibromucosa - ajuste da base à fibromucosa - traumas causados pela PPR Tipo de PPR - PPR classe III e IV (mais favoráveis para manutenção) - PPR classe I ou II - lado de extremidade livre (mais desfavorável, maxilar é mais fácil manutenção) Indicativo de necessidade de ajuste: - movimenta a prótese e os apoios saem do lugar Queixas pós-inserção da PPR - desconforto - função - estética - fonética Verificação da extensão da base da PPR: - sub-extensão - suporte fibromucoso deficiente -> concentração de cargas - entrada de resíduos sob a base da prótese -> desconforto - perda de estabilidade -> forças laterais sobre os dentes pilares - sobrextensão - músculos e freios, quando em função, tendem a deslocar a PPR - os grampos transferem maior carga aos dentes pilares, gerando torque e, consequentemente, problemas periodontais - dor, ulceração e outros ferimentos (hiperplasia) - a pressão sobre os músculos interfere com as funções mastigatórias e fonéticas Ajuste das bases: - respeitar os limites da área chapeável disponíveis - observar lisura, superfície e espessura - na superfície interna o ajuste deve ser feito com PIP - pasta indicadora de pressão Reajustar/Reparar ou Confeccionar uma nova? Tipos de reajuste Retificação (relining): pequenos reparos para corrigir a integridade, o contato da base com a mucosa ou a extensão da base, em áreas localizadas Reembasamento: recuperação completa do contato entre base e mucosa, mantendo dentes artificiais e estrutura metálica da PPR Reconstrução: troca completa de dentes artificiais e base, mantendo apenas a estrutura metálica da PPR Reembasamento Imediato (feito no momento, no consultório) - resina acrílica autopolimerizável (reação exotérmica intensa, queimaduas) - resina acrílica autopolimerizável modificada (menos exotérmica, resina rígida ou resiliente * em grandes reabsorções) - mais porosa, monômero residual (gosto ruim) - caráter transitório/temporário Mediato (feito no laboratório) - resina acrílica termopolimerizável) - qualidade da resina é melhor - mais durável Moldagens - godiva de baixa fusão e pasta zincoenólica - boca aberta (nós temos que segurar a prótese em posição, pode ter desajuste) - boca fechada (assentar, fazer os movimentos de tração, pedir para ocluir e manter a boca fechada, mais indicado) - remover o material das áreas de retenção nos dentes pilares (facilita a remoção) Riscos do reembasamento - modificação do plano oclusal - distorção da base pela aplicação incorreta do calor durante a polimerização - distorção da estrutura metálica durante os procedimentos laboratoriais Reconstrução - condição básica: integridade e ajuste da estrutura metálica - implica na substituição da base acrílica e dos dentes artificiais Condições para procedimentos de reajuste/reparo Retificação Adaptação à mucosa -> insatisfatória Estrutura metálica -> satisfatória Oclusão -> pequenas alterações Base da PPR -> satisfatória Dentes artificiais -> satisfatória Estética -> satisfatória Reembasamento Adaptação à mucosa -> deficiente Estrutura metálica -> satisfatória Oclusão -> pequenas alterações Base da PPR -> satisfatória Dentes artificiais -> satisfatória Estética -> satisfatória Reconstrução Adaptação à mucosa -> deficiente Estrutura metálica -> satisfatória Oclusão -> insatisfatória Base da PPR -> insatisfatória Dentes artificiais -> insatisfatória Estética -> insatisfatória Reparos Adaptação à mucosa -> satisfatória Estrutura metálica -> variável Oclusão -> satisfatória Base da PPR -> satisfatória Dentes artificiais -> variável Estética -> variável Nova PPR -> Tudo insatisfatório Consertos, acréscimos e modificações Procedimento de conserto Simples: na base de resina acrílica ou nos dentes artificiais Complexos: fratura do braço de retenção do grampo (causada pelo paciente, técnico e dentista) - jamais pode usar alicates de orto para ajustar(só se for fio ortodôntico em grampo forjado) - não pode ser pinçado - tem que ser dobrado sobre uma superfície plana Substituindo um grampo fraturado por um grampo forjado temporário: Outras fraturas complexas: - fratura do braço de reciprocidade do grampo (precisa ser rígido, o grampo forjado não consegue adequadamente) - fratura de grampo tipo barra (reposto por grampo forjado circunferencial) - fratura de apoio oclusal (precisa ser rígido também, não vai ser efetivo) - fratura de conector maior (pode tentar soldar, porém é difícil posicionar corretamente em boca e soldar na posição correta) Causa: - descuido do laboratório de prótese - preparo incorreto do sistema de suporte - planejamento deficiente - descuido do paciente PPR distorcida: - não tem escolha, deve refazer - não serve nem para uso temporário, causa tensão em alguma área e recebe mais carga do que deveria - deve ser descartada Acréscimos e modificações - restaurações sob grampos - perda de dente pilar - perda de dente não pilar * Resolvidas de forma provisória Uso de condicionadores de tecidos - tecidos hiperêmicos - tecidos hiperplasicos - tecidos cronicamente irritados Melhores: Coe-comfort ou Coe-soft - GC américa / Trusoft-Bosworth / Dentusoft - DMG (máx 15 dias de uso e deve fazer a troca) - o ideal é o descanso completo dos tecidos (ficar sem prótese) - intervenção cirúrgica quando necessário (melhor manter a prótese para guiar a cicatrização e proteger a ferida) Plano de controle de manutenção e reparo 1 - Queixa principal do paciente 2 - Atualização do histórico pessoal 3 - Atualização da história médica 4 - Atualização da história odontológica 5 - Exame - extra-oral - intra-oral - das próteses 6 - Testes especiais ou indicações - radiografia - teste cardiológico - teste periodontal - teste fúngico - teste alérgico ou pseudoalérgicas - teste salivar - análise nutricional - dtm - análise do sorriso - indicações para médico, especialistas odontológicos 7 - Plano de manutenção individualizado - revisão da cooperação com o plano de manutenção, instrução verbal e escrita - revisão de materiais e métodos para remover placa - profilaxia dental - profilaxia da prótese 8 - Novos tratamento, se necessário - procedimentos periodontais, restauradores, cirúrgicos - consertos e adições na prótese - reembasamento - duplicação da prótese - conversão da prótese - nova confecção da prótese 9 - Marcação da nova consulta de controle/manutenção
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