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Desenvolvimento Pessoal e Profissional

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Desenvolvimento Pessoal e Profissional Tema 1: O Mundo como Você Vê
O mundo não é o mesmo para cada um de nós: é diverso, plural, diferente, múltiplo. Você pode observar isso ao seu redor: note as várias posturas das pessoas, compare alguns aspectos de diferentes culturas. Esse é o foco central das questões que vamos abordar nesta aula: reconhecer a rica diversidade, inclusive cultural, construída ao longo de milênios de história, que compõe a essência das diferentes visões de mundo. A interpretação que fazemos do mundo revela caminhos próprios, particulares, que guiam nossa atuação pessoal e profissional. É preciso identificar como se compõe sua visão de mundo, quais valores a fundamentam. E, inclusive, como sua interpretação de mundo amplia a consciência da necessidade de valorizar a pluralidade para construir uma sociedade cada vez melhor. 					 Sua visão de mundo pode ser mecanicista ou, então, abarcar uma visão sistêmica. A partir dessas diferentes visões, você assume atitudes mais passivas – valorizando adaptações às mudanças – ou atitudes mais ativas – com foco na mudança, inovação e transformação da realidade.
Você poderá então reconhecer como as constantes mudanças afetam, promovem alterações e disparam múltiplas formas de atuação na vida pessoal e profissional, imprimindo sua marca única, diferenciada e especial. 
O cenário contemporâneo nos impõe constantes transformações e mudanças, e cada indivíduo as compreende de forma particular, pois depende da visão de mundo que possui. 
Fique por dentro! 											 O contexto sócio-histórico e cultural da atualidade tem como características principais ser globalizado, multicultural e informatizado. As maneiras pelas quais as pessoas se comunicam são mais variadas do que nas décadas anteriores, quando, para a comunicação com alguém distante geográfica e/ou fisicamente, era necessário utilizar recursos materiais/concretos, tal como o envio de uma carta. Os avanços tecnológicos, sociais e culturais são capazes de causar impactos nas pessoas, especificamente na forma como elas percebem, constroem e interpretam o mundo e os fatos. Isso se chama visão de mundo.
Visão de mundo é a forma pela qual vemos, percebemos e interpretamos o mundo; ela nos ajuda a tomar decisões e a responder constantemente às necessidades. A visão de mundo que temos se baseia no modo como percebemos a realidade, e isso inclui valores pessoais, crenças e atitudes que irão influenciar a forma como agimos e reagimos às diferentes situações cotidianas. 
Se sua visão de mundo é mais mecanicista, você tenderá a desmembrar um problema – ou um acontecimento qualquer – em diversas partes, buscando entender seu funcionamento antes de dar uma resposta; mas, se for uma visão sistêmica, entenderá que as partes estão intimamente ligadas e tenderá a ver o conjunto dos dados – o todo. Nestes casos, a busca por respostas terá um curso de ação diferente, mas não se pode dizer que há uma visão melhor ou pior de mundo, pois tudo depende de cada realidade. 
Nota-se que alguns fenômenos recentes, como as mudanças de ordem econômica, financeira e política de integração dos mercados mundiais, denominada Globalização e a evolução tecnológica e científica, têm gerado preocupação com a sustentabilidade do planeta, com a diminuição dos recursos naturais e, consequentemente, vêm modificando nossa visão de mundo, por abalar conceitos já enraizados e exigir novas formas de atuação, inimagináveis em um passado recente. 
Os valores que possuímos têm fundamental importância na formação de nossa visão de mundo, uma vez que são a base da formação das atitudes e orientam a vida de pessoas, organizações e países. A sociedade humana estabelece-se em alguns valores fundamentais, essencialmente: econômicos, éticos, emocionais e espirituais. De acordo com sua visão de mundo, o homem pode tomar uma atitude mais passiva e buscar adaptar-se às mudanças, ou uma atitude mais ativa, mudando, transformando e/ou inovando sua realidade. Importa saber como as mudanças estão lhe afetando e quais são as possíveis implicações pessoais ou profissionais que elas produzem em cada um.
Tendo em vista que o mundo está em transformação constante, nossa percepção de futuro também precisa ser dinâmica; portanto, atualizar-se, buscando conhecer tendências, possibilidades de inovação e problemas futuros, é fundamental. 
É válido lembrar que por meio da nossa visão de mundo temos a opção de decidir e a possibilidade de influenciar o futuro. Não deixe de exercitar sua visão de mundo. A cada exercício, melhoramos enquanto observadores, melhoramos como participantes desse universo e passamos a compreender melhor o cenário em que estamos inseridos. 										 Fique por dentro!
 A visão de mundo fornece a possibilidade de as pessoas aperfeiçoarem três atitudes que se configuram como ferramentas para fazer a leitura da realidade: 1. Ressignificar o passado, compreendendo e interpretando ocorrências com maior distanciamento emocional. 							 2. Entender o presente, retirando informações e conhecimentos de fontes variadas. 3. Projetar e predizer o futuro, em que as projeções futuras têm base em fatos passados como fonte de referências e experiências; e predizer consiste em estimar o que está por vir, lançando mão da subjetividade, ou seja, suas emoções, sentimentos, percepções que reunidas constroem a intuição.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
Crenças: relacionadas à convicção sobre determinada ideia, independentemente de sua realidade objetiva, pois sofrem influência de fatores subjetivos e das convicções pessoais, não estando necessariamente ligadas a provas concretas.
Evolução tecnológica: mudanças e melhorias alcançadas nas últimas décadas com relação aos recursos computacionais, meio de comunicação e aparatos tecnológicos que auxiliam o homem nas diversas atividades de sua vida. 
Globalização: fenômeno que diminuiu as barreiras entre os países em termos comerciais, de integração sociocultural e política, impulsionada pelo aumento da tecnologia da informação que facilitou a comunicação, a mobilidade e as transações financeiras entre os continentes. 
Sustentabilidade: envolve encontrar uma forma de desenvolvimento que atenda às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das próximas gerações de suprir as próprias necessidades. 
Valores: são normas, princípios ou padrões aceitos ou mantidos pelas pessoas ou sociedade, nos quais o homem se baseia para atuar.
TEMA 2 O MUNDO DO TRABALHO
É fácil reconhecer quanto o trabalho é fundamental na vida humana e na própria evolução da sociedade. Mas o trabalho não foi sempre o mesmo em qualquer época ou lugar. O significado que damos ao trabalho se altera em função dos recursos e das condições oferecidas, podendo ser visto como motivador, desafiador, fator de crescimento e conquista ou, até mesmo, como um instrumento de dominação. 
Com a globalização, o trabalho sofreu mudanças significativas, o que transformou as formas de produção e o próprio mercado de trabalho. Neste cenário, novas configurações de trabalho revelam-se, podendo ser terceirizado, por projeto, a distância etc. Fortalece-se, então, a noção de empregabilidade,vista como um conjunto de ações que focam o desenvolvimento de habilidades e a busca de conhecimentos favoráveis à conquista ou à manutenção de uma colocação no mercado de trabalho. Outro relevante componente do mundo do trabalho é o empreendedorismo, que não se limita à criação ou à manutenção de um negócio próprio, pois apresenta hoje novas e diferentes maneiras de empreender.
O trabalho é fundamental na vida humana, e a evolução da sociedade ocorreu, em grande parte, graças à capacidade do homem de transformar o meio ambiente e de garantir um constante desenvolvimento.
 O significado que damos ao trabalho varia em função dos recursos e das condições oferecidas, podendo ser visto como algo estruturante e motivador ou como um instrumento de dominação, capaz apenas de produzir sofrimento. 
O trabalho sofreu mudanças significativas nas últimas décadas com a chamada globalização, que transformou as formas de produção e o próprio mercado de trabalho. Para compreender esta situação, é preciso destacar alguns fatores: 
 Mudanças na economia mundial – a pouca concorrência existente até a década de 1980 proporcionava estabilidade e bons lucros às empresas, que, até então, não se preocupavam muito em “encantar o cliente”, mas a abertura do mercado às importações imprimiu um ritmo diferente, em que a disputa pelo consumidor se tornou feroz.
 Mudanças no padrão de consumo – com as alterações apontadas, atualmente “o cliente é o rei”, e suas exigências e preferências estão em foco, fazendo com que as organizações busquem superar constantemente as expectativas dos consumidores.
 Inovações no processo produtivo – para agradar o consumidor, fez-se necessário investir recursos na compra de maquinários mais modernos, na automação e automatização de diversos processos produtivos, o que resultou em cortes significativos de pessoal – o chamado desemprego estrutural.
 Mudanças no perfil do trabalhador – a modernização das indústrias fez com que o trabalho passasse a ser mais intelectual que braçal, e ao trabalhador foi exigido buscar novos conhecimentos que pudessem trazê-lo de volta ao mercado e enfrentar relações de trabalho mais autônomas.
O emprego formal (carteira assinada, benefícios legais) passou a ser substituído por trabalho (relação demanda e oferta, ganhos imprevisíveis, horários flexíveis, diversos clientes), que pode ser: terceirizado, por projeto, a distância, entre outros. Como resultado, surgiu a noção de empregabilidade, vista como um conjunto de ações que visam desenvolver habilidades e buscar conhecimentos favoráveis à conquista ou à manutenção de uma colocação no mercado de trabalho.
No mercado profissional do século XXI, muitas ocupações antigas estão desaparecendo, enquanto outras estão sendo criadas. Apenas como exemplo, atualmente, destacam-se as categorias profissionais de tecnólogos e aquelas relacionadas à nanotecnologia e à biotecnologia; as pesquisas da indústria farmacêutica; a agropecuária (etanol e biocombustível); e a indústria de gás e petrolífera (com destaque para o pré-sal). 
Fique por dentro! 
Atualmente, as organizações buscam por pessoas que consideram o trabalho como fonte de realizações e desenvolvimento, pois isso demonstra de antemão uma visão de mundo que influenciará comportamentos e a conotação dos inter-relacionamentos que poderão ser estabelecidos no trabalho. Em outros termos, pode-se observar numa situação assim um significado positivo sendo atribuído ao trabalho pela pessoa que o procura; além de ser um fator diferencial da sua empregabilidade, em que ela é vista como alguém que agregará valor na organização por ter como atributo a proatividade.
Compreender as tendências de atuação e as áreas em crescimento pode ser útil para o desenvolvimento profissional, mas isso perde o sentido se você não tiver realizado adequadamente sua autoavaliação. Ponderar seus desejos e objetivos de vida com suas competências profissionais é importante para que você possa estabelecer metas de desenvolvimento adequadas ao sucesso profissional. O Gerenciamento de Carreira se refere ao planejamento prévio sobre o caminho a ser percorrido para alcançar determinada posição na profissão escolhida. É o modo de conduzir a formação e estruturar a busca de conhecimentos específicos para o êxito em uma área de atuação.
Empreendedorismo
O empreendedorismo é frequentemente associado à ideia de criar e manter um negócio próprio; no entanto, existem diferentes maneiras de empreender. Portanto, existe não só um, mas vários tipos de empreendedores, que se diferenciam ou pelo fator motivador que os levou a iniciar um negócio ou pela área de atuação que resolvem seguir. 
Quanto aos fatores que o levaram a iniciar um negócio, o empreendedor pode ser classificado em: 
	POR OPORTUNIDADE
	POR NECESSIDADE
	Visualiza uma oportunidade/necessidade de mercado e consegue desenvolver produtos e serviços inovadores para atendê-la.
	Empreende como alternativa ao desemprego
	Realiza negócios bem planejados e com maior chance de sobrevivência.
	Realiza negócios normalmente não planejados, informais, que fracassam rapidamente.
Quanto ao modo ou campo de atuação, os empreendedores podem ser donos do seu próprio negócio; empreender dentro de organizações já existentes; ou atuar com projetos sociais.
 Dornelas (2007, p. 13) detalha os diferentes empreendedores e suas respectivas áreas de atuação:
 Empreendedor Empresário: é o dono do seu próprio negócio. Inova para atender às necessidades de mercado, planeja suas ações, aceita os riscos inerentes a incertezas nos resultados (lucro/prejuízo).
 Empreendedor Coorporativo ou Intraempreendedor: atua dentro de uma organização já estabelecida; por este motivo, é comum que sua autonomia seja reduzida. É geralmente executivo empreendedor, sendo excelente gestor com capacidade de inovar e convencer as pessoas dentro e fora da organização. 
 Empreendedor Social: atua com Organizações Não Governamentais (ONGs) ou projetos sociais, reagindo fortemente perante os problemas sociais, desenvolvendo projetos e liderando equipes que trabalham para modificar cenários de pobreza, carência, desamparo, enfim, são heróis da sociedade que buscam realização pessoal acima de qualquer retorno financeiro.
José Dornelas (2012, p. 23) traça um perfil dos empreendedores de sucesso, citando as seguintes características:
 Sabem decidir: são seguros, decidem na hora certa. 
 Fazem diferença: agregam valor a tudo o que fazem.
 São visionários: possuem excelente visão de futuro. 
 São “planejadores”: planejam cada “passo” de seus projetos. 
 São líderes: são hábeis em formar e conduzir equipes.
 Identificam e exploram oportunidades: conseguem enxergar necessidades e traduzi-las em produtos, serviços e projetos que as atendam.
No decorrer dos séculos, a sociedade vivencia diversas transformações e avanços nos mais variados campos da ciência, saúde, educação e tecnologia. São inúmeras descobertas, inovações e serviços que trazem comodidade e praticidade ao dia a dia, além de benefícios em qualidade de vida. Neste contexto, merece destaque a figura do indivíduo empreendedor, que é aquele que inicia “algo novo”, assumindo, para tanto, alguns riscos calculados, mostrando-se peça fundamental para o desenvolvimento econômico e social. 
É notável também como a figura do empreendedor mostra-se sempre associada a grandes mudanças e transformações na sociedade, e é por esta transformação social que diversos países focam a educação empreendedora como “chave” para o desenvolvimento, investindo recursos e criando programas de incentivo.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
Competências: conjunto de atributos que conduzem uma pessoa aos resultados esperados. Consistem na combinação de saberes. 
Empreender: significa deliberar-se a praticar, propor-se, tentar ou, ainda, pôr em execução. 
Empreendedor: aquele que identifica oportunidades/necessidades, transformando-as em negócios e projetos.
Pré-sal: conjunto de reservatórios petrolíferos encontrados abaixo da camada de sal marinho. 
Proatividade: capacidade de se anteciparaos problemas, propondo soluções e oferecendo auxílio em diferentes situações. 
Tecnólogos: formados em um curso de nível superior com 2 anos de duração, habilitados especialmente para atuação prática em determinada área.
TEMA 3 – PROETO DE VIDA “O QUE VOCE QUER SER QUANDO CRESCER?” 
O desenvolvimento pessoal e profissional pode ser bastante facilitado com a compreensão do que é e de como construir seu projeto de vida. Embora essa não seja uma tarefa simples, por não haver um modelo único a ser seguido, alguns caminhos podem auxiliar tal elaboração. 
A diferenciação entre sonhos (querer), desejos (possibilidades) e projetos (dados reais) é um passo importante para a construção do projeto de vida e para planejar o futuro. 
Projeto de vida é uma visão de futuro que deve levar em consideração as expectativas e aspirações de uma pessoa com relação ao horizonte a que pretende chegar, sendo necessário um planejamento quanto a objetivos, tempo, recursos, bem como uma avaliação real das condições atuais e do que falta para chegar às condições almejadas.
Tendo em vista que o projeto de vida é uma estratégia para atingir seus objetivos pessoais e profissionais, de forma consciente e planejada, faz-se necessário organizar informações e estruturar ações a curto, médio e longo prazos. 
Essas definições podem ser alteradas ou corrigidas com o passar do tempo, mesmo assim, são norteadoras das ações a serem cumpridas para o alcance de suas metas.
Para realizar um projeto de vida, é preciso, primeiramente, estabelecer uma missão de vida, algo que oriente aonde você quer chegar, e, neste sentido, o autoconhecimento e sua visão de mundo são fundamentais. Na sequência, informações claras sobre o contexto em que se vive, o conhecimento das oportunidades existentes e a compreensão dos recursos que possui Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 4 (financeiros, de tempo, conhecimento etc.) irão ditar significativamente o modo como você conseguirá se preparar para alcançar seus projetos.
Projeto de vida é algo pessoal e intransferível, que sofre influência das suas características de personalidade, do contexto socioeconômico e da geração a que pertence; portanto, não pode ser feito por outra pessoa, pois é individual. 
O projeto de vida deve levar em consideração fatores como saúde, família, trabalho, lazer etc., entendidos como esferas importantes na manutenção da qualidade de vida de uma pessoa, que ajudarão tanto na realização pessoal quanto profissional. Vale lembrar que, com o aumento da expectativa de vida da população, torna-se ainda mais importante planejar não apenas seus anos de vida “produtiva”, mas também a construção de uma vida saudável e confortável para o futuro após este período.
Alguns exercícios e técnicas visam transpor metodologias consagradas no meio empresarial para a utilização objetiva e pragmática na construção de um projeto de vida. Estas possibilitam definir um plano ou conjunto de ações a serem desenvolvidos em função de seus objetivos. É o caso da Análise SWOT.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
Análise SWOT: original da língua inglesa, é traduzida pelas noções de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats), que podem ser identificadas em um ambiente ou em uma situação. 
Autoconhecimento: conhecimento de si mesmo, ou seja, saber quem você é, o que quer, do que gosta etc. 
Desejos: ligados à vontade, aspiração, querer algo que inspira satisfação, mas pressupõe a consideração de algumas possibilidades. 
Geração: conjunto de indivíduos nascidos em uma mesma época. 
Projetos: baseiam-se em elementos de realidade e envolvem a construção gráfica ou descritiva de algo que pretendemos fazer. 
Sonhos: envolvem a construção de imagens, ligada à noção de fantasia, em que “tudo é possível”, sem fundamentos concretos.
Tema 4:Eu e Os outros (Competência Social)
Os seres humanos são seres sociais que interagem a todo instante em diferentes ambientes, tais como o familiar, o escolar, o profissional, entre outros. Neste sentido, as interações acontecem ao longo de todos os estágios da vida das pessoas. 
Durante a infância, por exemplo, os contextos familiar e escolar proporcionam o desenvolvimento de aspectos cognitivos, afetivos e sociais que influenciam as etapas posteriores. Já, quando o indivíduo se insere no mundo do trabalho, o contexto profissional passa a influenciar seu desenvolvimento, provocando mudanças que ocorrem diante das necessidades do ambiente social. 
Fique por dentro! 
No contexto das Ciências Sociais, concentram-se diferentes discussões em torno da ideia de que o homem é um ser social. Isso implica dizer que o indivíduo é produto de um sistema complexo de interações sociais. Sociologicamente, uma interação social significa uma ação recíproca de ideias, atos ou sentimentos entre pessoas, entre grupos ou entre pessoas e grupos. 
Com isso, destaca-se o conceito de socialização, que remete ao processo por meio do qual o ser humano, desde criança, aprende o modo de vida de sua sociedade. A socialização é, portanto, um processo cultural em que se adquirem as maneiras de agir, pensar e sentir próprias dos grupos, da sociedade ou da civilização em que se vive. Entre os principais agentes de socialização e, portanto, de interações sociais estão a família, a escola, o mercado de trabalho, entre outros.
Para que as interações sejam produtivas e construtivas, é preciso compreender conceitos como habilidades sociais, gestão da imagem, autoapresentação, entre outros. 
As habilidades sociais são os comportamentos que uma pessoa desenvolve para lidar com as exigências do ambiente social e dependem do contexto em que ocorrem os relacionamentos e dos aspectos culturais de cada grupo.
 Para ajudar a compreender o significado do desempenho socialmente competente, Del Prette e Del Prette (2001) classificam as habilidades sociais em categorias que incluem: 
• Habilidades sociais de automonitoria – relacionadas ao autocontrole de pensamentos, sentimentos e ações, para a manutenção do equilíbrio nos relacionamentos. 
• Habilidades de comunicação – fundamentais para a interação humana. Estão presentes quando você consegue realizar diálogo amistoso, dar e receber feedback. 
• Habilidades sociais de civilidade – envolvem a expressão de cortesia e educação nos contatos sociais.
 • Assertiva de enfrentamento – é observada quando você manifesta seus desejos de forma sincera, sem ofensas ou críticas negativas que destroem o outro. 
• Empatia – refere-se à disposição para ouvir e colocar-se no lugar do outro, seja em situações positivas ou negativas, incorporando o ponto de vista e a percepção do outro.
Por fim, as habilidades sociais de trabalho, que incluem relacionamentos interpessoais satisfatórios para a realização das atividades de trabalho, e a expressão de sentimentos positivos, como amizade, solidariedade e companheirismo, são fatores positivos para o relacionamento no chamado ambiente corporativo.
Outro conceito importante é o de marketing pessoal, que se relaciona com a construção e a manutenção de uma autoimagem positiva, reforçada perante a sociedade pelas qualidades pessoais e profissionais. Em outras palavras, o marketing pessoal é resultante do modo como o indivíduo demonstra suas atitudes, seus comportamentos, sua forma de ser e de se expressar, que gera uma imagem para os outros.
Considerando que a imagem pessoal se associa à imagem profissional, diversos cuidados devem ser tomados para mantê-la positiva, e, neste sentido, o gerenciamento de impressões é fundamental para regular a impressão que os outros formam a seu respeito.
 Diversas estratégias e táticas de gerenciamento de impressões são apresentadas, tais como autopromoção, exemplificação, comportamentos não verbais, persuasão etc., que ajudam a alcançar objetivos, sejam eles de curto ou longo prazo.
 Como consequência, o poder pessoal e o networkingpassaram a ser bastante valorizados como habilidades que contribuem para a efetividade social e se destacam em um mundo em que as relações virtuais e as redes sociais se tornaram formas de compartilhamento de informações e interesses.
Por fim, é feita a definição do conceito de competência, que resulta da combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes que conduzem uma pessoa aos resultados esperados. No trabalho, diversas competências individuais são requeridas, entre elas: autocontrole emocional, capacidade de aprender e capacidade de comunicação.
 É importante assinalar que as competências sociais devem ser constantemente desenvolvidas, pois promovem experiências de conhecimento, crescimento e aprendizagem que, por sua vez, são enriquecidas em um contexto de diversidade cultural. 
A Sociedade Brasileira e a Diversidade Étnico-Racial 
No Brasil, a questão étnico-racial tem estado em pauta nos últimos anos, em debates sobre políticas afirmativas, tais como as cotas para universitários e as ações de combate ao preconceito racial. A primeira legislação específica de combate ao racismo tem, contudo, mais de 50 anos: trata-se da lei Afonso Arinos, de 1951, promulgada durante o governo Vargas, que tornava o racismo uma contravenção. 
Atualmente, a questão é mais amplamente regulamentada pelo Estatuto da Igualdade Racial, de 2010, que trata ainda de políticas de educação, saúde, cultura, esporte, lazer e trabalho. O crime de racismo, hoje, é especificado também para as relações trabalhistas, sendo proibido o tratamento diferenciado no ambiente de trabalho e, em específico, o uso da raça ou da cor como critérios para justificar diferenças salariais ou para o processo de recrutamento. 
Apesar de o racismo ser crime, a desigualdade permanece na sociedade brasileira, combinando os aspectos étnicos (como cor ou raça) aos aspectos sociais relativos à divisão de classes. As estatísticas também demonstram como a desigualdade persiste na prática.
 Até os dias atuais, há enormes desigualdades sociais entre brancos e negros, refletidas em diferenças salariais e no acesso à educação. O Gráfico 4.1, a seguir, sobre a questão educacional, é um bom exemplo disso. Note que, de acordo com o Censo de 2010, há uma proporção bem maior de brancos do que de pretos e pardos no ensino superior: 
Ao longo do século XX, contudo, o Brasil foi frequentemente descrito como o país da democracia racial, no qual a miscigenação entre índios, brancos e negros teria produzido uma convivência pacífica entre todos, independentemente de raça ou cor. Então, como o país da democracia racial apresenta estatísticas tão desiguais em pleno século XXI? 
Nesta análise sobre o debate étnico-racial, discutiremos um viés do tema que tem causado muita polêmica e tem sido intensamente debatido pela sociedade brasileira nos últimos anos, a saber: as políticas de ação afirmativa. Iniciaremos essa discussão trazendo alguns elementos para pensar a complexa definição de raça, cor e grupo étnico. 
Anteriormente, vimos que, no Brasil, as diferenças de raça ou cor se traduzem, muitas vezes, em desigualdades sociais. Deste modo, as políticas de ação afirmativa, implementadas pelo governo ou pelas empresas, têm o objetivo de promover condições de acesso a oportunidades de ensino e de trabalho mais igualitárias para todos. A intenção dessas políticas é que, depois de determinado período de sua aplicação, as desigualdades sociais e raciais históricas sejam eliminadas. As ações afirmativas podem ter por base tanto critérios raciais como também sociais, de gênero, orientação sexual ou deficiência física. 
A grande polêmica atual no cenário das políticas de ação afirmativa diz respeito à implantação de cotas raciais. Falaremos, a seguir, da fundamentação teórica dessa discussão e das opiniões que têm sido expressas nos debates públicos, esperando enriquecer, deste modo, sua reflexão sobre o tema. 
As Definições Étnico-Raciais e as Políticas de Ação Afirmativa 
As Cotas Raciais 
Um dos problemas ao tratarmos das cotas raciais é definir quem tem direito a elas. Essa questão está relacionada à própria constituição do debate étnico-racial no Brasil e ao modo como, ao longo da história, as definições raciais usaram aspectos mais fluidos e descritivos, que remetiam à cor, do que a divisões categóricas das pessoas em grupos raciais bem-definidos.
 O debate em torno do uso do conceito de raça nas políticas afirmativas tem se constituído como um campo de disputas. Os biólogos e geneticistas têm afirmado a invalidade, do ponto de vista biológico, do conceito de raça. Na sociedade, em geral, muitos dos que se posicionam contra as políticas de cotas argumentam que, para esse sistema existir, é necessário um posicionamento racial no qual as pessoas, querendo ou não, seriam obrigadas a escolher um grupo de cor ou raça, o que levaria a uma divisão mais radical da sociedade. 
Aqueles que argumentam a favor das cotas, consideram-nas, contudo, uma medida emergencial, de caráter transitório e reparador, que visa equalizar as condições de acesso à educação, trabalho e renda, que são ainda muito desiguais.
Atualmente, o governo federal propôs um sistema misto de cotas que mistura critérios sociais e raciais para o ingresso nas universidades federais de todo o país. A lei, lançada em 2012, propõe uma implantação gradativa dessa política até que 50% das vagas sejam destinadas a alunos provenientes de escolas públicas. Dentro desses 50%, uma parcela será destinada àqueles de menor renda e outra porcentagem direcionada ainda a pretos, pardos e indígenas. O critério para a definição racial é apenas o da autoatribuição, e o programa proposto deverá ser revisto depois de dez anos de sua aplicação.
O debate sobre o tema está longe de atingir um consenso. Conhecê-lo é, contudo, fundamental para uma análise mais profunda sobre as políticas públicas baseadas em critérios étnico-raciais.
A Questão dos Índios e a Definição de Grupo Étnico 
De modo semelhante ao que vem ocorrendo em relação às políticas de cotas para negros, as discussões sobre demarcação de terras indígenas estiveram também pautadas na questão de se definir quem é índio no Brasil. No senso comum está frequentemente presente a ideia de que índio é uma categoria étnico-racial “pura”. Isto é, os grupos étnicos indígenas seriam os descendentes diretos das populações pré-colombianas, que, para serem definidos como índios, deveriam apresentar um modo de vida e uma cultura tradicionais. Contudo, nenhum grupo humano se reproduz sem nenhum tipo de miscigenação. Na história do Brasil, a miscigenação de índios e portugueses foi, em determinados períodos, até mesmo estimulada pelas administrações coloniais. Ao mesmo tempo, alguns elementos culturais, como a língua, a vestimenta ou a religião, também sofreram intervenções externas.
 Do ponto de vista antropológico, contudo, não há cultura estática. Por exemplo, nenhum de nós fala, age ou se veste de modo idêntico a nossos antepassados de 500 anos atrás.
Então, como definir quem é índio no Brasil? Atualmente, o critério mais bem aceito pelos antropólogos remete à definição de grupo étnico, que seria uma forma de organização social em que os próprios membros se reconhecem mutuamente como parte daquele grupo. Isto é, ao invés de se definir determinado grupo como indígena por meio dos traços culturais que ele exibe, dá-se prioridade à autodefinição dos membros desse grupo. Deste modo, índio é aquele que se considera como tal, e é assim visto pelo seu grupo, bem como pela sociedade que o circunda.
A identidade étnica é construída quando as diferenças se tornam conscientes, podendo ser acionada para demarcar o grupo e para as lutas por direitos. Nesta direção, vale lembrarmos que, de modo semelhante, a categoria negro foi reivindicada pelo movimento negro visando à autoconsciência de grupo. 
Embora a questão indígena seja um viés muito particular desse debate, ela traz um elemento fundamental ao enfatizar a importância da autodefinição e da autoatribuição étnico-racial, uma questão essencial nadiscussão das políticas de ação afirmativa.
CONCCEITOS FUNDAMENTAIS:
Civilidade: diz respeito às boas maneiras e etiqueta social. 
Cor: no contexto do debate étnico-racial, este termo se refere à cor da pele, sendo usado como uma imagem figurada da raça. Por exemplo, a cor preta é usada na classificação do IBGE como a imagem que representa a raça negra. 
Étnico: relativo a um grupo associado a uma cultura, idioma ou costumes comuns. Antropologicamente, um grupo étnico é também definido como uma organização social em que os próprios membros se reconhecem mutuamente como parte daquele grupo, dandose prioridade à autodefinição mais do que às atribuições externas. Feedback: pressupõe a noção de troca, reciprocidade e quer dizer retroalimentação.
 Gênero: construção sociocultural que atribui ao homem e à mulher papéis diferentes dentro da sociedade. Depende dos costumes de cada lugar, da experiência cotidiana das pessoas, bem como da maneira como se organiza a vida familiar e política de cada povo.
 Multiculturalismo: princípio que defende a necessidade de se ir além das atitudes de tolerância entre diferentes culturas em um mesmo território ou nação. 
Networking: é definido como a “arte do relacionamento”. Serve para captar, integrar e distribuir informações, bens e serviços de forma eficiente. Deve ser utilizado ao longo da vida, e não apenas nos momentos de necessidade. 
Poder pessoal: diz respeito ao impacto da nossa apresentação sobre outras pessoas. É resultado das impressões gerais que causamos nos outros (QUINN et al., 2003). 
Pré-colombianas: refere-se, de modo genérico, aos povos nativos das Américas antes da chegada de Cristóvão Colombo. 
Raça: do ponto de vista antropológico, raça não se refere a uma diferença biológica, mas a uma naturalização das diferenças sociais. Historicamente, o termo já foi usado para agregar indivíduos com base em idioma, costumes, fenótipo e, até mesmo, religião. Ao longo deste texto, usamos este e outros termos a ele associados (como cor, étnico, branco, preto, pardo, índio) em itálico para destacarmos a controvérsia em torno de seu significado. Racismo: preconceito com base na hierarquização das pessoas em termos de raça ou etnia. É também uma forma de explicar diferenças sociais e culturais a partir de diferenças tomadas como naturais.
 Redes Sociais: formas de compartilhamento de informações, interesses e necessidades mediados pela informática, por exemplo: MySpace, Facebook, Twitter, LinkedIn etc.
 Relações Virtuais: relações mantidas por pessoas que não se conhecem fisicamente, por meio de redes de tecnologias digitais: internet e telefonia celular, por exemplo. 
Sociodiversidade: diversidade social que se faz presente em uma sociedade.
Tema 5: Eu, Você, Nós: Comunicar é Preciso
A comunicação faz parte do nosso dia a dia e está presente, em suas várias formas, durante quase todo o tempo que passamos acordados. Considerada o ato ou o efeito de emitir, transmitir e receber mensagens, pode ser efetivada de diferentes modos e por meio de diversos canais, por exemplo, a fala, a escrita, os gestos e/ou sinais.
Fique por dentro!
 A comunicação como se conhece e se estabelece atualmente é fruto do processo evolutivo humano, marcado por três momentos: surgimento da comunicação oral (linguagem) e simbólica (desenhos), desenvolvimento da escrita e invenção da imprensa. Inicialmente, a comunicação ocorria de forma simbólica, por meio de desenhos produzidos pelos humanos nas paredes das cavernas. Por meio disso, era possível que os significados fossem trocados entre as pessoas, com o objetivo de organizar o trabalho, a comunidade e as relações interpessoais. 
Ao mesmo tempo, a comunicação oral também se estabelecia, porém, sob a forma de uma linguagem rudimentar, mas com os mesmos objetivos da comunicação simbólica. Foi com o desenvolvimento da escrita que as informações passaram a ser difundidas para um número maior de pessoas, inclusive para aquelas que estivessem mais distantes geograficamente. 
A partir disto, livros, estudos e ideias puderam ser reproduzidos exponencialmente, por causa da invenção da imprensa, consequência dos marcos históricos descritos.
Embora o tema comunicação possa parecer simples, interessa saber quantos de nós desenvolvemos uma comunicação adequada e obtemos os resultados esperados. A isso chamamos comunicação eficiente, pois requer que as pessoas entendam sua mensagem, respondam a ela e, de preferência, na direção que você deseja ou espera. 
O processo de comunicação envolve alguns passos, nos quais está inserido o emissor de uma mensagem, ou seja, a fonte de onde partiu a ideia ou o conteúdo a ser transmitido para outro(s), que usualmente chamamos de receptor(es). Nesse processo, é preciso eleger como e por qual meio transmitir as informações e cuidar para que ela chegue de modo claro (sem ruídos) ao receptor, que idealmente nos dará um feedback para sabermos se a mensagem foi compreendida. 
Quando ocorre um descompasso entre a mensagem que queremos transmitir e aquela que as pessoas recebem, em geral estamos falando de ruídos ou barreiras à comunicação, que podem ser de diferentes tipos, entre eles: problemas de semântica (escolha de palavras e expressões com significado incompreensível ou desconhecido pelos receptores da informação), distrações físicas (barulho, interrupções), efeito de status (diferença entre níveis hierárquicos ou sociais entre os interlocutores), bem como diferenças culturais e falta de feedback.
 Outros elementos que interferem diretamente neste processo são as formas de comunicação (verbal e não verbal) e a escolha dos canais para a transmissão da mensagem (conversa face a face, telefone, e-mails).
Há que se destacar a importância do saber ouvir, a chamada escuta ativa e o estabelecimento de diálogos como base para uma comunicação de qualidade. Outro fator bastante relevante, em especial nas organizações atuais, é o feedback, que vem sendo usado por gerentes para oferecer orientações ou avaliações aos funcionários quanto a seu comportamento e desempenho. 
O “fazer e receber críticas” não é uma tarefa fácil de ser realizada, mas, muitas vezes, é necessário para reestabelecer um relacionamento pessoal ou profissional, no qual esteja havendo algum desencontro ou problema entre as expectativas e o que está ocorrendo efetivamente. Para que um feedback seja produtivo e promova as mudanças de comportamento desejadas, a crítica deve ser feita de forma construtiva, independentemente de o conteúdo a ser tratado ter um foco positivo ou negativo.
Para elaborar e receber críticas de forma construtiva, a habilidade de comunicação é imprescindível, bem como a assertividade, que se refere a expressar o que realmente se pensa ou se sente, ser honesto e autêntico, sem ser agressivo ou grosseiro, e a empatia, que, por sua vez, significa conseguir se colocar no lugar do “outro”, percebendo a situação ou o problema da perspectiva dele. Tais cuidados são essenciais para evitar o desgaste dos relacionamentos e para mantê-los saudáveis e produtivos, já que as críticas inadequadas e repetidas podem se transformar, inclusive, em um problema legal de “assédio moral”.
Para finalizar, é interessante falarmos sobre as dificuldades do “falar em público”, lembrando que este medo é muito comum. Para vencê-lo, existem algumas alternativas, como cursos de formação e treinamentos em oratória e técnicas de apresentação, além de extensa literatura a respeito. Há consenso sobre a necessidade de se preparar para fazer apresentações, e isso inclui planejamento (objetivo, público-alvo, recursos), preparação (estudar o tema, elaborar as falas) e cuidados na execução (colocar em prática o que foi planejado) da apresentação.
CONCEITOS FUNCAMENTAIS
Assédio moral: ocorre quando há um conjunto de condutas abusivas, frequentes e intencionais, usadas para constranger e desqualificar uma pessoa. Não se trata de uma simples situação de conflito ou estresse.
 Barreiras à comunicação: distúrbio que ocorre no processo de comunicação e interrompe ou interfere na transmissãode mensagens.
 Canais: forma pela qual a informação é transmitida: conversa face a face, videoconferências, telefone, e-mails etc. 
Comunicação: do latim communicatione, significa ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer por meio da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual. 
Comunicação verbal: é a comunicação realizada por meio do uso da linguagem falada ou escrita. 
Comunicação não verbal: realizada por meio de gestos, expressões faciais, posturas corporais, enfim, sem o uso exclusivo de palavras. 
Diferenças culturais: gestos e palavras podem ter significados diferentes para pessoas pertencentes a culturas diferentes, tanto dentro de um país quanto entre países ou continentes. 
Distrações físicas: fatores que causam distração ou deslocam o foco de atenção do que se quer comunicar.
Feedback: no meio organizacional, utiliza-se o termo para designar uma atividade gerencial de oferecer orientações ou avaliações aos funcionários quanto a seu comportamento e desempenho.
TEMA 6 – Oh mundo cruel – Processo Seletivo
É comum que as pessoas se sintam incomodadas, inseguras ou ansiosas diante da possibilidade de participarem de um processo seletivo. Por isso, o objetivo desta discussão é ajudá-lo a conhecer melhor as etapas a serem cumpridas, fornecer ferramentas que possam auxiliar na elaboração de um currículo e no aproveitamento de situações de entrevista, dinâmicas de grupo ou provas diversas. 
O processo seletivo envolve um conjunto de técnicas e procedimentos que são utilizados para conhecer um candidato e aumentar a probabilidade de êxito na escolha daquele que melhor se adapta às atividades e ao contexto existentes na organização. 
Fique por dentro! 
A busca por um emprego ou trabalho é uma situação disparadora de ansiedades e angústias pelo fato de envolver, até certo ponto, a avaliação e a aprovação social de alguém que precisa gerar renda para sobreviver por meio de uma colocação profissional. Ser avaliado e necessitar de aprovação social de terceiros causam impactos subjetivos, como abalar a autoestima e a autoconfiança, o que, por sua vez, prejudica o processo seletivo em suas etapas.
Para começar o processo, é necessário investir esforços na elaboração de um bom currículo, para que ele possa abrir as portas da organização. Para tanto, ele deve demonstrar suas principais habilidades, conquistas e experiências, ser sempre atualizado, escrito de forma correta e bem distribuída. O planejamento pessoal é fundamental, pois, quanto mais você conhecer seus interesses, preferências, forças e fraquezas, maiores serão as chances de conquistar uma vaga. Conhecimento da realidade da área pretendida e atualização constante sobre a profissão também são diferenciais importantes.
O currículo é um documento e, como tal, não pode conter exageros, deve apenas comunicar claramente quais são seus objetivos e destacar seu potencial. Os itens mais comuns em um currículo incluem: dados pessoais, objetivo, formação acadêmica, resumo das qualificações, experiência profissional, cursos, idiomas, informática, entre outras informações, mas sempre é possível alterar a posição desses itens de acordo com seu objetivo e com os fatores que o tornam mais qualificado.
Buscar emprego é uma questão de estratégia e exige o planejamento dos canais e recursos disponíveis para isso. Atualmente, uma das ferramentas mais poderosas e abrangentes que temos é a internet. Então, prepare-se também para preencher fichas virtuais e use o currículo para resgatar as informações necessárias. 
Encontrar uma colocação no mercado é uma tarefa complexa, e você deve ter em mente que está “oferecendo seus serviços”, e não “implorando por uma vaga”, pois a autoimagem positiva é percebida por todos.
Considere que a entrevista é um momento de troca de informações, em que você poderá mostrar ao entrevistador quais são suas qualidades e por quais motivos deveria ser contratado. Ao mesmo tempo, você conhecerá a organização e estará analisando se esse local “se encaixa” em seu projeto de vida. Essa é uma conversa com objetivos predefinidos para ambos, em que as pessoas estarão frente a frente para descobrirem-se mutuamente. Vale lembrar a importância de cuidar da postura e da apresentação pessoal, entre outros aspectos a serem considerados neste momento.
Os entrevistadores em geral têm certa rotina de perguntas a fazer, e o ideal é que você se prepare antecipadamente para respondê-las, por exemplo: dados pessoais e familiares, formação escolar, experiência profissional, realizações, pontos fortes e aspectos a serem desenvolvidos, motivação, expectativas etc.
 Outra etapa seletiva são as dinâmicas, isto é, situações estruturadas para acontecer em grupo. Nas dinâmicas, as pessoas participam desempenhando um papel, cumprindo uma tarefa, relacionando-se com outros candidatos, discutindo e debatendo, sempre com propósitos já estabelecidos pelo selecionador. 
Os testes psicológicos são instrumentos planejados e padronizados, usados pelos psicólogos, que se baseiam nas diferenças individuais, procurando estabelecer uma relação com o desempenho do cargo. Eles permitem avaliar, por exemplo, aptidões, tendências de comportamento, capacidades mentais e aspectos da personalidade do candidato. 
Já as provas situacionais consistem na exposição de uma situação-problema, bem próxima de um acontecimento real, na qual o profissional deve apresentar uma alternativa de solução para o contexto proposto. Na mesma linha, os testes práticos e as provas técnicas são exigidos em algumas profissões que necessitam de demonstração de habilidade na tarefa. Também podem ser propostos testes de conhecimentos, tais como provas de português ou de matemática. 
Preparar-se de modo sério e comprometido para se submeter a essas técnicas seguramente será de grande valia para seu êxito na busca profissional.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Conhecimento: informações, ideias e noções de domínio das pessoas; acúmulo de saber, aprendizado. 
Dinâmicas de grupo: situações estruturadas nas quais as pessoas participam desempenhando um papel, cumprindo uma tarefa, discutindo e debatendo. O objetivo é identificar comportamentos que possam estar de acordo com a vaga em questão e colher mais dados que subsidiem a escolha do candidato.
Entrevista: conversa com objetivos predefinidos, um momento de troca de informações em que o candidato visa demonstrar ao entrevistador quais são suas qualidades e por quais motivos deveria ser contratado, ao mesmo tempo, ele poderá conhecer a organização e avaliar a proposta de trabalho oferecida. 
Habilidades: relacionam-se com a maneira de executar tarefas, de aplicar conhecimentos, de agir e podem ser treinadas ou aperfeiçoadas. 
Potencial: é uma condição ou situação passível de ser desenvolvida. Conjunto de recursos inatos ou desenvolvidos, disponíveis para aplicação em qualquer situação de vida ou trabalho. 
Provas técnicas: situações e/ou problemas inerentes às atividades da função que são respondidos de forma oral ou escrita pelo candidato. 
Testes práticos: testes necessários em algumas profissões que exigem habilidade na tarefa. É o caso, por exemplo, dos motoristas ou digitadores.
Tema 7: Desbravando o Mundo Digital
Você já ouviu falar em redes sociais, LinkedIn, Facebook, Twitter, Instagram, Google+, YouTube? As mudanças que ocorrem nas redes sociais são frequentes e tão rápidas que se torna difícil acompanhar tanta novidade no mundo virtual. 
O fato é que cada vez mais são disponibilizados diversos serviços e recursos na internet, e com eles surgem novas possibilidades para as pessoas, os mercados e as interações sociais.
Como definição de tecnologia entende-se o conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em determinado tipo de atividade, pois, para construir qualquer equipamento – seja uma caneta esferográfica ou um computador–, é preciso pesquisar, planejar e criar tecnologias.
Já Tecnologia da Informação (TI) é caracterizada como tudo o que está associado a soluções utilizadas em determinado sistema, com base em recursos metodológicos, tecnologias de informática, recursos de comunicação e de multimídia, incluindo os processos envolvidos com a geração, o armazenamento, a veiculação, o processamento e a reprodução de dados e informações (VELLOSO, 2004, p. 263). 
As tecnologias digitais abrem oportunidades para novos espaços de convivência para o ser humano, e isso ocorre porque a informação, quando digitalizada, pode ser facilmente transmitida, armazenada e manipulada, sem depender de um meio físico único. A internet traduz esse conceito, por ser uma rede que permite que milhões de pessoas no mundo tenham acesso a informações e se comuniquem por meio de serviços como e-mail, chat, fórum, redes sociais etc., que se classificam em serviços de comunicação, de compartilhamento de arquivos e de busca de informações.
Entre os serviços de comunicação, o e-mail, ou correio eletrônico, é a mais importante ferramenta e permite que uma pessoa se comunique com outra em qualquer parte do mundo, por meio do envio e recebimento de mensagens, de um computador a outro, ambos conectados à internet, sendo possível anexar arquivos, fotos e vídeos. O e-mail tem se tornado um dado pessoal tão importante quanto o endereço residencial. 
Outra contribuição da internet para pessoas e empresas é a possibilidade que ela oferece de recuperar informações, o que recebe o nome de download, e possibilita transferir uma informação para o computador local (baixar um arquivo). Além dos sistemas de busca destinados a analisar, ordenar e pesquisar informações na internet, disponibilizando resultados de acordo com a solicitação do usuário. 
Com a internet, empresas descobriram também novas oportunidades, e, assim, surgiram diversas empresas virtuais, ou seja, organizações que não possuem infraestrutura física, pois executam suas tarefas e seus serviços em locais remotos, interligados pela internet. 
A internet, no contexto das organizações, dá suporte também às atividades de e-business e e-commerce, integrando a organização no mercado global. De acordo com Velloso (2004), o e-commerce é o processo de compra e venda de bens e serviços pela internet, e o e-business é o processo em que se estabelece ligação eletrônica entre uma organização, seus clientes, seus fornecedores e demais elementos de seu relacionamento, com o objetivo de obter maiores ganhos nos negócios. 
Já o termo Web 2.0 trata de uma mudança de conceito na internet, pois permite aos usuários o compartilhamento de informações e a colaboração na criação de conteúdo como redes sociais, comunidades, wikis e blogs, que, por meio desses padrões de interação, de partilha e troca de informações, ficaram mais próximos da realidade. 
Comunidade virtual é o termo utilizado para representar os agrupamentos humanos que ocorrem no ciberespaço, como as redes sociais, por exemplo, que são formadas com o objetivo de agrupar pessoas com interesses em comum e disponibilizam espaços para discussões de temas variados. 
Algumas redes sociais são focadas em negócios e utilizadas principalmente por profissionais de recursos humanos e headhunters, que procuram, pela internet, profissionais e candidatos a vagas de emprego ou de estágio. 
Se você está buscando um emprego ou tentando se recolocar no mercado de trabalho, estes recursos podem ser valiosos para que você exponha seus conhecimentos e competências.
Existem redes sociais que têm um caráter mais pessoal e que, apesar de permitirem a inserção de dados profissionais no perfil, são utilizadas como ferramenta de comunicação com amigos, familiares e pessoas que estão fora do contato diário ou distantes geograficamente (exemplos: Facebook, Google+ e Instagram).
Muitas pessoas têm utilizado também o blog a favor da empregabilidade, como um espaço para divulgação do currículo. E, caso esse blog venha a ganhar reconhecimento pelo conteúdo disponibilizado, ele pode se tornar um excelente cartão de visitas. 
Em suma, pode-se dizer que atualmente o grande diferencial das Tecnologias da Informação e Comunicação está na interatividade, ou seja, na participação ativa do usuário e na capacidade de manipulação do conteúdo da informação, que pode oferecer aos indivíduos oportunidades significativas de construção de conhecimentos e valores.
Para garantir a boa convivência entre os milhões de usuários da internet, criouse uma série de princípios de comportamento para o mundo virtual, denominada Netiqueta.
Fique por dentro!
 No ambiente virtual da internet, a comunicação também tem aspectos inadequados e desadaptativos que, muitas vezes, beiram à ilegalidade, tal como o ciberbullying, ou seja, o bullying na internet, que consiste em uma modalidade de violência moral por meio de atos como excluir, humilhar, perseguir, amedrontar alguém, em que o agressor muitas vezes não é identificado. 
Roubar perfis, passar-se por outra pessoa, publicar fotos indevidas e não autorizadas também configuram o ciberbullying, que, como uma modalidade de violência, também pode ter um ciclo que se inicia como algo “despretensioso”, tal como falta de educação e/ou bom senso no uso e na comunicação via internet. 
Vale ressaltar que essas circunstâncias presentes na internet são passíveis de experiência por qualquer pessoa, e ninguém está isento de vivenciá-las. Mesmo não sendo um caso extremo como o ciberbullying, é recorrente que as pessoas não percebam a importância da netiqueta.
O cuidado com as regras de etiqueta na internet não deve ocorrer apenas no mundo corporativo, mas em toda a comunicação que for realizada no mundo virtual, garantindo a boa convivência entre colegas de trabalho, de escola, de faculdade, entre outros.
Para finalizar, é válido destacar que, a partir da junção das Tecnologias da Informação e da Comunicação, originaram-se as TICs, e, com isso, foi possível desenvolver ambientes por meio dos quais é possível trocar informações, opiniões e experiências, enfim, construir uma aprendizagem significativa. Estamos falando dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). 
No nosso caso, o Moodle é o ambiente que escolhemos para estar em contato com você, com o objetivo de desenvolver ao máximo, por intermédio da tecnologia, a possibilidade de aprendizado autônomo, para o qual sua participação é fundamental e deve gerar ganhos qualitativos para sua carreira. Afinal, quando falamos em mundo digital, a educação a distância é um ponto recorrente!
Tema 8:Conquistando o Mundo – Sua Independência Financeira
Ser rico é o sonho de grande parte das pessoas, mesmo que não manifestem isso de forma aberta e declarada. A riqueza compra conforto físico (casas, carros, boas roupas etc.), mas também traz tranquilidade, por oferecer uma sensação real de segurança, de estar protegido no futuro quando não se possa ou não se queira mais trabalhar. Esse desejo humano de possuir bens para seu conforto e segurança para sua aposentadoria é perfeitamente legítimo e saudável. Contudo, ser rico é um conceito muito subjetivo, cada pessoa pode ter uma ideia diferente de qual valor é necessário para atingir esse patamar.
 O dinheiro não compra a felicidade e, certamente, existem valores mais importantes como amor, saúde, respeito e companheirismo. No entanto, os recursos financeiros são parte da vida de todas as pessoas e a sua falta acarreta infelicidade. Assim, preocupar-se em administrar o seu dinheiro é fundamental para ter uma vida boa e tranquila. A seguir, serão apresentadas algumas estratégias que auxiliam a administração vantajosa ou mais inteligente de suas finanças.
Uma medida adotada para mensurar a evolução financeira pessoal é a independência financeira, que pode ser definida como o patrimônio pessoal que gera renda suficiente para a pessoa sobreviver sem precisar trabalhar. Tal conceito deriva da autonomia financeira, ou seja, do tempo que a pessoa consegue sobreviver sem precisar trabalhar, vivendo apenas dovalor de suas reservas (recursos acumulados), considerando que a pessoa atinja tal independência quando a autonomia financeira se estende por um prazo tão longo que será maior que sua vida. 
O apelo de ser milionário é amplamente difundido na nossa sociedade, a ideia de possuir mais de R$ 1 milhão é popularmente vista como um sonho distante, mas esse é um sonho possível para uma pessoa de renda modesta, embora a tarefa não seja fácil, pois exige muita disciplina e perseverança. Para isso, deve-se sistematicamente criar uma sobra de recursos financeiros a serem aplicados no mercado financeiro. Para tanto é necessário que a renda familiar supere as despesas – é simples, porém exige muito controle e disciplina, o que não é fácil. 
O fator tempo é de suma importância no processo de acumulação de riqueza, pois quanto antes começar a poupar, menor o valor a ser economizado mensalmente.
 De maneira geral, podemos dizer que existem cinco passos para alcançar a independência financeira: o primeiro, consiste em conhecer e buscar ampliar a sua renda. 
A renda de uma família, geralmente, é composta pela soma do salário das pessoas que trabalham na casa. A primeira dica é considerar sempre a renda líquida (já com o desconto dos impostos INSS e IR), e não a renda bruta da família, ou seja, apenas a renda disponível é que pode ser utilizada para pagamento de despesas, e quando se pensa de outra forma pode-se estar contando com uma renda que não existe. 
Outro fator fundamental na análise da renda familiar é buscar alternativas viáveis para incrementá-la. Mesmo pequenos aumentos de renda e, consequentemente, de investimentos mensais produzem grandes resultados em longo prazo. Algumas alternativas para ampliação de renda são: venda de cosméticos ou produtos por catálogo, criação de sites de internet e prestação de consultoria ou serviços especializados. 
O segundo passo para tornar-se independente financeiramente consiste em controlar as despesas, o que exige especial disciplina para não se deixar levar pelas muitas tentações de consumo. Além da força de vontade, para um bom controle você deve anotar todas as despesas incorridas e, assim, ter a real dimensão de tudo o que foi gasto; evitar parcelamentos, em especial os que embutem juros etc. Alguns itens que, muitas vezes, parecem irrelevantes como despesas podem significar, em seu conjunto, gastos significativos, por isso é importante mantê-los sob controle. É o caso, por exemplo, das tarifas bancárias e dos planos de telefonia celular (pré ou pós-pagos). O terceiro passo consiste em fazer orçamento mensal de sua renda e seus gastos. Essa recomendação, ainda que pareça trabalhosa e desnecessária, é de fundamental importância, pois permite visualizar tudo o que ocorreu na vida financeira naquele mês, bem como quanto foi o superávit (a sobra) ou o déficit (a falta) de dinheiro. Sugere-se anotar todas as despesas diariamente e transferi-las para uma planilha ou mesmo um caderno, somando-as no fim de cada mês (existem modelos de tabelas diversas para auxiliar na tarefa). 
Criado o superávit para aplicação, que é consequência dos passos anteriores, o quarto passo consiste em investir tal superávit no mercado financeiro a fim de conseguir receber juros que possibilitarão atingir o objetivo da independência financeira. 
As principais recomendações para investir são: compreender o produto financeiro de forma detalhada, em especial seu risco e sua possibilidade de ganhos; ser conservador com a maior parte dos seus recursos; e entender quanto tempo o seu dinheiro pode ficar retido, pois para cada prazo há um investimento mais adequado. As principais modalidades de investimentos disponíveis no Brasil são: Certificado de Depósito Bancário (CDB); Caderneta de Poupança; Ações em Bolsa de Valores; Fundos de Investimento e suas principais modalidades; além dos Títulos Públicos emitidos pelo Governo.
O quinto passo da independência financeira consiste em acompanhar a evolução do seu patrimônio para garantir que suas metas estejam sendo atingidas. O ideal é rever periodicamente se as metas de superávit foram cumpridas e certificar-se de que os juros recebidos no período foram superiores à inflação, obtendo juros reais positivos. Caso a rentabilidade da aplicação esteja permanentemente abaixo da inflação, é preciso reverter essa aplicação para outra mais rentável, para que se garanta o crescimento real do patrimônio.
Enfim, conquistar a independência financeira é possível para qualquer pessoa, porém exige comprometimento, disciplina e dedicação, sendo este o motivo que leva tantas pessoas a falharem. O esforço proposto nesse processo de cinco passos, se seguidos de forma rigorosa e metódica, leva a este objetivo e a todos os seus benefícios, garantindo um futuro tranquilo à família e valendo a pena no final das contas.
Fique por dentro!
 O desafio da inserção e permanência no mercado de trabalho é o caminho mais usual para a conquista de recursos financeiros, capazes de construir a independência financeira de uma pessoa. Isso exige esforço, disciplina, planejamento, comprometimento e dedicação. Exige também autoconhecimento no sentido do (re)conhecimento do seu projeto de vida, no qual o equilíbrio entre as questões socioeconômicas e afetivas, muitas vezes, não é algo simples de se alcançar. No entanto, muitas pessoas conseguem extrapolar esse desafio que, talvez para você que lê este texto, já tenha sido lançado e está sendo superado!

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