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Importância da Segunda Língua na Educação Infantil

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A importancia da Segunda Língua na Educação Infantil
Letícia Gabriela Delphino Guerrero Negrão de Castilho
Professora Orientadora: Joana Darc Venancio
resumo:
palavras-chaves: segunda lingua,ensino,educação infantil,importancia inglês.
Introdução:
Justificativa Introdutória
Objetivo principal
Este projeto tem como objetivo principal discutir e elaborar propostas para a produção de material didático pedagógico para o ensino de Língua Estrangeira (Inglês), centrado na modalidade oral da língua, para o aprendiz infanto-juvenil, das primeiras séries de Ensino Fundamental. Alicerçando-nos em uma abordagem de ensino de línguas que congrega fatores cognitivos e afetivos envolvidos no processo de aprender uma nova língua e centrando-nos na modalidade oral da língua, esse projeto envolve três etapas, a saber: – levantamento e seleção de materiais na língua-alvo, com traços marcantes de oralidade - canções, poemas, jogos, histórias e rimas – potencialmente apropriados para serem utilizados com crianças. – discussão visando propostas de atividades e dinâmicas de interação que promovam a prática individual e interpessoal da língua-alvo, tendo em vista o material previamente selecionado. – aplicação dessas atividades no contexto da sala de aula.
Recorrendo às propostas de atividades para o ensino língua inglesa para crianças e jovens, apresentadas por Lewis & Bedson, (1999) Reilly & Ward, (1997), Philips (1997) e Wright (1993,1995 e 1997), foi realizado um levantamento de canções, jogos e poemas apropriados para atividades voltadas para alunos nessa faixa etária, no contexto da sala de aula das escolas da rede pública de ensino. Com vistas a identificar as atividades e os materiais que favoreçam a prática oral da língua-alvo e promovam a interação e a participação dos alunos, procuramos obter subsídios para desenvolver material didático-pedagógico que auxilie e estimule o professor a realizar atividades centradas na oralidade, nas aulas de língua inglesa com os alunos das primeiras séries do Ensino Fundamental.
Compreende uma exposição com justificativas que ajudam na elaboração deste projeto. Fazemos uma descrição e avaliação das atividades realizadas em sala de aula com os alunos e podemos perceber certas limitações e possíveis desdobramentos de projetos cujo foco crianças do primeiro ao nono ano do ensino fundamental sendo introduzido o ensino da língua e cultura estrangeira inglesa para essas crianças dessa faixa etária.
Observando o Plano Curricular Nacional da Lingua Estrangeira, afirma-se que aprender língua pressupõe a relação entre aprender conhecimento e aprender o uso deste conhecimento. Entende-se que é o uso da língua, pelos participantes do mundo social, que sustenta e promove o processo de construção de significados e, igualmente, desencadeia o processo de aquisição da língua. No que concerne ao ensino de língua estrangeira, proporcionar aos aprendizes oportunidades para seu envolvimento no uso de língua diferente e garantir seu engajamento discursivo nessa língua são objetivos que ultrapassam a mera assimilação e manipulação de conteúdos e envolvem a compreensão e expressão de significados, conhecimentos e valores.
Conforme ressalta Brown (1994), aprender uma segunda língua é um processo complexo e dinâmico que envolve um número aparentemente infinito de variáveis. Talvez mais do que outras disciplinas que compõem o currículo escolar, no processo de ensinar e aprender uma nova língua concentram-se desafios à identidade pessoal, social e cultural do aprendiz, nos quais enleiam-se fatores cognitivos e afetivos, diretamente vinculados à sua personalidade. Tolerância às diferenças e ambigüidades, disponibilidade de correr riscos, predisposição auditiva ou visual, ansiedade, inibição, motivação e auto-estima compõem alguns desses fatores permanentemente presentes no convívio com uma nova língua.
Em seus primeiros contatos com a língua estrangeira, no contexto da sala de aula, o aprendiz vivencia a insegurança de ultrapassar os limites da língua materna e a curiosidade por outras possibilidades de conhecer e interpretar o mundo. É fundamental que esse convívio inicial 762 venha contribuir para despertar a percepção e a curiosidade das crianças e jovens quanto à rede de semelhanças e diferenças entre a língua materna e a língua estrangeira, bem como ampliar suas visões de mundo e a compreensão de sua identidade social e cultural.
Ensinar língua estrangeira para crianças e jovens requer do professor atenção especial à relação oralidade/escrita. Nesse sentido Phillips (1993) destaca que atividades com foco na modalidade oral da linguagem, na percepção e produção da articulação oral, são indicadas como potencialmente apropriadas para serem desenvolvidas com esses aprendizes. Membro de uma equipe responsável pelo desenvolvimento de material didático pedagógico para o ensino de inglês – língua estrangeira para crianças e jovens, Phillips observa que, quanto mais jovem o aprendiz maior sua predisposição para atividades em que o uso da língua envolve diretamente a oralidade. Jogos, canções, poemas acompanhados de movimentação física, rimas, histórias simples e repetitivas, pequenos diálogos com reconhecido valor comunicativo, fazem da aula de língua estrangeira uma experiência agradável e estimulante para os alunos, mantêm alto o nível de motivação e favorecem a interação e participação de todos os alunos. Ainda no que diz respeito à relação oralidade/escrita, vale destacar as observações de ONG (1998: 87) ao afirmar que, -A comunicação oral congrega as pessoas. - a expressão oral é mais conforme às tendências agregativas do que às analíticas e dissecadoras,- é igualmente mais conforme ao pensamento situacional do que ao pensamento abstrato, mais conforme a uma certa organização humanística do conhecimento, que envolve as ações dos seres humanos e antropomórficos, indivíduos interiorizados, do que a que envolve coisas impessoais. Vale acrescentar, também, que atividades com foco na oralidade favorecem a percepção da cadência rítmica da língua, a criação de um ambiente de equilíbrio harmônico e rítmico entre os alunos e possibilitam dinâmicas que contribuem para manter o nível de disciplina e motivação na sala da aula.
Ao pensarmos neste tema para propormos nossa conclusão de curso de Pedagogia, pensamos no trabalho da segunda língua nas séries iniciais do ensino fundamental, visando explorar atividades para o ensino da língua inglesa com ênfase na oralidade. Achamos de total importância o desenvolvimento deste trabalho pois a maioria do material didático disponível para o ensino de inglês junto a crianças e jovens está centrado na modalidade escrita da língua.
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
Crianças entre 9 e 10 anos, cursando as 3ª e 4ª séries do ensino fundamental, no período diurno, foram reunidas em dois grupos de aproximadamente 25 alunos que passaram a participar de um encontro semanal de 1 hora e meia, no período da tarde, às quintas-feiras, para as aulas de língua inglesa, ministradas pelas alunas estagiárias do projeto. A direção e o corpo de funcionários da escola colocaram a nossa disposição uma sala de aula e os materiais da biblioteca da escola, bem como aparelhos de áudio e um conjunto de jogos pedagógicos. Neste sentido, conforme relatam as estagiárias, a escola oferecia todo o material necessário para a confecção de cartazes, jogos e outros acessórios utilizados durante a aula.
Nós alunas estagiárias buscamos criar um ambiente visualmente estimulante para os alunos, decorando a sala de aula com cartazes, mapas, fotos e ilustrações diversas que de algum modo apresentassem informações em língua inglesa. Procuraram também dispor as cadeiras da sala de modo a facilitar a interação entre os alunos e as professoras, estabelecendo assim um espaço apropriado para a realização das atividades previamente definidas. Vale ressaltar que a escola concedeu total liberdade para a aplicação das atividades previstas.
O entusiasmo das crianças pelas aulas de língua inglesa, mesmo como atividade extra-curricular,seu interesse, motivação e disposição para participar das atividades propostas durante as aulas, segundo relatos das estagiárias, inicialmente geraram momentos de grande alvoroço, decorrentes da curiosidade e dos ímpetos próprios da infância. Os pais dessas crianças também tiveram uma reação bastante positiva pelo fato da escola estar oferecendo aulas de língua estrangeira para seus filhos. Suas atitudes com relação ao trabalho das alunas estagiárias compreendiam desde um acompanhamento e verificação constante do que era produzido nos cadernos de seus filhos até, por exemplo, a solicitação às professoras de tradução de letras de música. Podemos afirmar que a qualidade da interação entre as professoras, os alunos e seus pais e o apoio da direção da escola foram fundamentais para proporcionar aos alunos contatos e vivências prazerosas com a língua estrangeira, através das atividades desenvolvidas na sala de aula e, igualmente, criar um espaço apropriado para investigar o potencial didático dessas atividades, tendo em vista os objetivos principais do projeto ao qual estavam vinculadas.
Para a formulação de atividades e dinâmicas para o ensino de inglês, centradas na oralidade, as estagiárias recorrerem principalmente às propostas veiculadas nos trabalhos de Wright (1993), que apresentam uma série de ilustrações, desenhos e atividades para o ensino de inglês como língua estrangeira; Wright (1995, 1997), que apresentam uma série de atividades relacionadas ao uso de histórias para o ensino de inglês para crianças; Philips (1997) e Reilly & Ward (1997), que apresentam propostas de atividades que envolvem jogos, canções, histórias, poemas em língua inglesa para o público infantil: Lewis & Bedson (1999), que apresentam um conjunto de jogos, organizados a partir de temas específicos, tais como família e amigos, o corpo e roupas, animais, comida, etc. Também foi utilizado o livro My English Songbook (1981), que contem canções rimas e poemas direcionados às crianças.
A aula de língua estrangeira para crianças deve prever uma dinâmica de atividades que ofereça aos alunos momentos para a prática de material lingüístico anteriormente apresentado e momentos para a apresentação e prática de novos conteúdos.
A partir dessa perspectiva, a dinâmica sugerida por Reilly & Ward (op. cit.15) compreende a seqüência de atividades:
1 – uma canção já conhecida pelos alunos;
2 – novo conteúdo lingüístico;
3 – uma atividade manual que envolva o novo conteúdo apresentado;
4 – uma canção, poema ou história que envolva o novo conteúdo apresentado;
5 – um jogo já conhecido ou atividades de Total Physical Response (TPR)
6 - uma história já conhecida pelos alunos.
Os temas selecionados para serem trabalhados com os alunos foram: identificação pessoal, família e amigos; cores; números; partes do corpo; animais; alimentos. Tendo em vista as obras utilizadas para consulta, as alunas/professoras procuraram levantar e preparar material ilustrativo correspondente para acompanhar a apresentação e desenvolvimento daqueles temas. Como não foi adotado nenhum dos livros didáticos para o ensino de língua inglesa, disponíveis no mercado, uma vez que o objetivo principal do projeto previa a elaboração de propostas para a produção de material didático-pedagógico, fomos responsáveis pela confecção de todos os materiais utilizados nas aulas.
A atividade realizada no decorrer da apresentação do tópico identificação pessoal, família e amigos envolveram principalmente jogos, canções e a confecção de desenhos e ilustrações. Este tópico e as atividades a ele associadas representam um ponto de partida mais apropriado para os primeiros encontros com o grupo, favorecem a interação e a comunicação e requerem conteúdo lingüístico facilmente assimilável.
Para a maioria dos alunos essas aulas de língua inglesa representavam seus primeiros contatos com uma língua estrangeira. Em situações como essa, fatores de ordem psicológica diretamente associados aos traços da personalidade dos alunos, tais como auto-estima, nível de ansiedade, inibição, entre outros, constituem elementos potencialmente influentes no processo convivência com as diferenças que uma nova-língua coloca para o aluno.
A insegurança dos alunos principalmente frente aos desafios de um sistema sonoro que lhe é desconhecido pode ser motivo para indisciplina; os jogos e canções trabalhadas nesses primeiros encontros devem contribuir para desenvolver a autoconfiança do aluno, criando nele expectativa positivas em relação às suas possibilidades de aprender uma nova-língua.
Podemos afirmar que, de maneira geral, tendo em vista a seqüência de atividades sugeridas por Reilly & Ward,nós procuramos desenvolver e manter uma dinâmica de sala de aula que respondesse aos interesses e necessidades dos alunos, com vista a manter um alto nível de motivação. Jogos, canções, poemas e rimas - atividades tipicamente centradas na oralidade - certamente fazem parte desta seqüência e constituem estímulos dinâmicos e envolventes com potencial para garantir ao jovem aprendiz de língua estrangeira seu engajamento no processo discursivo nessa nova língua. Tendo em vista os autores e obras, anteriormente mencionadas, às quais nós recorremos como material básico de apoio para o levantamento e produção de material didático-pedagógico para o ensino de língua inglesa com foco na oralidade, as atividades realizadas em sala de aula, juntamente com alunos da 3ª e 4ª séries de uma escola da rede municipal de ensino constituíram momentos de prática e experimentação quanto à adequação dessas atividades ao perfil, expectativas e necessidades dos alunos daquela faixa etária e grau de escolarização. Passamos, a seguir, a algumas considerações quanto aos resultados dos trabalhos realizados em sala de aula, tendo em vista os objetivos delineados no projeto que apresentamos.
Considerando os objetivos básicos delineados em nosso projeto, qual seja propor atividades para o ensino da língua inglesa, com ênfase na modalidade oral, os trabalhos desenvolvidos permitiram explorar as potencialidades e limitações das atividades propostas, bem como observar as reações dos alunos em termos de sua motivação para o aprendizado e em termos de seu desempenho na língua-alvo. É importante destacar, conforme nossa constatação, que os alunos demonstraram necessidade de um contato visual e até mesmo tátil com algo diretamente relacionado assunto abordado na aula. Rimas, canções e poemas associado ao material visual estimulante e variado, bem como a objetos trazidos para a sala de aula devem, sempre que possível, compor o conjunto de atividades realizadas com os alunos. É importante, também observar, conforme a experiência descrita neste relatório, que a ênfase na oralidade não deve excluir o trabalho com a modalidade escrita; os alunos sentem necessidade de registrar em seus cadernos os conteúdos trabalhados em sala de aula. Também as expectativas de alguns pais, com relação ao que seus filhos estão fazendo na escola, pressupõem a existência de livros e cadernos que explicitem o que as crianças realmente estão aprendendo nas aulas. Quanto às atividades, centradas na oralidade, desenvolvidas na sala de aula, algumas recomendações se fazem apropriadas com vistas a facilitar o trabalho do docente.
No caso da utilização de jogos é importante destacar a necessidade de uma preparação prévia para evitar problemas na sua realização na sala de aula; as regras e os objetivos dos jogos apresentados devem ficar bem claros aos alunos de modo que eles possam desempenhar o conteúdo lingüístico que é solicitado.
Todo material extra a ser utilizado no jogo deve estar à disposição dos alunos; cuidados também devem ser tomados quanto à organização do espaço necessário para a realização do jogo. As canções, as rimas e os poemas também exigem uma preparação, principalmente quanto aos seus aspectos sonoros e rítmicos, uma vez que um dos objetivos principais deste tipo de material é familiarizar os alunos com a sonoridade da língua; os alunos certamente percebem qualquer hesitaçãopor parte do professor o que poderá prejudicar o andamento das atividades propostas.
Vale mencionar que, caso haja acompanhamento de algum instrumento musical, a atividade adquire um caráter extremamente instigante para os alunos; instrumentos de percussão certamente acrescentam colorido especial a este tipo de atividade.Concluindo, é importante salientar que os trabalhos desenvolvidos no decorrer desse projeto, representam um ponto de partida para projetos e pesquisas mais abrangentes que visem investigar o lugar da oralidade no ensino de língua estrangeira nas séries do Ensino Fundamental, tanto do ponto de vista da preparação do professor, da preparação do material didático, quanto do desempenho, nível de motivação e interesse dos alunos. As expectativas institucionais em relação ao lugar do ensino de língua estrangeira nas escolas da rede pública de ensino igualmente despontam como possível alvo para investigações de pesquisas de tal natureza. Dentre os resultados iniciais dos trabalhos realizados no decorrer desse nosso projeto, destaca-se a exigência de uma formação específica do/a professor/a em vista das características próprias do público infantil, principalmente no que diz respeito aos seus conhecimentos e sua fluência na modalidade oral da língua inglesa; conhecimento musical certamente contribui para o bom desenvolvimento das atividades, principalmente daquelas que envolvem canções, rimas e poemas. Quanto ao material didático selecionado e trabalhado em sala de aula, consideramos como um ponto de partida para experiências semelhantes para que se possa observar suas potencialidades em outras situações de ensino e, caso necessário, adequá-lo às demandas específicas que essas situações apresentam. Nesse sentido, entendemos que os resultados das experiências realizadas no decorrer do projeto que ora descrevemos contribuem com elementos para desencadear novas pesquisas que tenham como objetivo investigar o processo de ensino/aprendizagem de língua estrangeira nas primeiras séries do Ensino Fundamental.
As crianças assimilam uma língua estrangeira, em particular o Inglês, com maior naturalidade quando começam mais cedo, pois dessa forma poderão dedicar mais tempo ao aprendizado da língua, acumulando um conhecimento maior e mais sólido. Uma das razões para esse aprendizado se tornar eficaz na vida de uma criança é devido a sua curiosidade que é extremamente notado nas crianças menores. Haja vista que, a intenção nesse momento não é levar a criança a ter uma pronúncia perfeita ou trabalhar técnicas que deixe o inglês mais próximo possível de alguém nativo do idioma, mas sim incentivá-lo a tentar se expressar na língua e levá-la aos poucos ao domínio total do mesmo, fazendo que ele mesmo vá criando seu próprio conhecimento e inserindo-o no seu cotidiano.
Segundo Vygotski, o aprendizado de uma língua estrangeira facilita em muito o aprendizado da língua materna, quando a criança ainda está na fase de alfabetização.
Até os 10 anos de idade o aprendizado de uma língua estrangeira pode fluir com naturalidade. O ensino de língua estrangeira foi implantado nas escolas públicas de seu município desde a pré-escola a pedido dos pais que, estavam preocupados com os altos níveis de problemas de aprendizagem nessa língua nos alunos da 5ª série.
O melhor momento de elas começarem a dar início a aprendizagem de um novo idioma é exatamente antes dessas ligações de neurônios estarem totalmente prontas, facilitando também nesse período a falar a nova língua sem nenhum sotaque, coisa que com muita dificuldade poderá acontecer em outro período. Não podemos esquecer, porém, que nessa etapa da vida, o aprendizado flui naturalmente, já que o cérebro está em constante transformação nesse período, assim como o sistema fonético que reproduz com muito mais facilidade e perfeição os mais diferentes tipos de sons. Nós nascemos com habilidades de diferenciar os sons de qualquer língua, essa capacidade é mais aguda nos primeiros cinco anos de vida depois disso, vamos perdendo essa capacidade gradativamente. O ensino de uma língua para crianças pequenas, só será realmente benéfico a ela, na medida em que isso for inserido no dia a dia, incluído como algo leve, natural, sem pressões, e principalmente, sem apressar o aprendizado dela respeitando assim os aspectos emocionais e intelectuais de cada criança. É importante lembrar, que para cada família a importância do inglês se torna diferente.
Há vários pais que preferem matricular seus filhos em uma escola bilíngüe porque são estrangeiros e precisam praticar a língua estrangeira em casa ou têm intenção de mudar-se para o exterior em breve. Sendo assim a língua estrangeira será uma grande necessidade na vida dela. Já as crianças um pouco maiores, entre sete e oito anos até a adolescência o ideal são os cursos com destaque na conversação, já que nessa idade o aluno já consegue produzir com mais facilidades, frases e pequenos textos espontaneamente. Falar Inglês fluentemente é um instrumento indispensável para pertencer ao mundo atual e moderno. Os especialistas dizem que a maior vantagem de uma criança aprender um idioma está na pronúncia, na fácil aquisição de vocabulário e na total desinibição nessa fase da vida. Permitir que seu filho aprenda uma segunda língua enquanto criança, é explorar a capacidade que ela tem em aprender.É dar a ele novas oportunidades!
QUATRO PRINCIPAIS MOTIVOS PELAS QUAIS UMA CRIANÇA É CAPAZ DE APRENDER UMA NOVA LINGUA MAIS FACILMENTE QUE UM ADULTO
	 As crianças são mais abertas ao novo às crianças estão sempre preparadas a enfrentar novos desafios, a receber e ter novas idéias, elas simplesmente não conseguiriam viver bem se não fossem desse jeito! As crianças, por ainda estarem em processo de aprendizagem de sua língua materna, acabam assimilando o vocabulário da nova língua como uma novidade e não como um desafio, então, para ela os dois idiomas são aprendidos de forma natural. O adulto por sua vez, acha que tudo que é novo foge da regra, e por isso cria barreiras que atrapalham muito na aquisição de um novo idioma. O adulto, também, cria resistência à qualquer coisa que o inglês tenha de diferente do português, achando então tudo difícil, e dando início a muitas críticas que o desmotiva a seguir em frente no aprendizado do novo idioma.
	 Crianças estão sempre prontas a mostrar o que sabem fazer Quando você está ensinando a sua criança a manusear uma máquina por exemplo, você começa a explicar para ela passo a passo como se usa, mas sabemos que o mais provável é que, antes mesmo que você acabe a explicação, ela já comece a gritar e falar que já sabe, e pede pra fazer e mostrar o que aprendeu. Isso é uma diferença maravilhosa no "sistema de aprendizado" das crianças; as crianças sempre fazem questão de mostrar o que aprendem. E o melhor de tudo, é que ela não mostra só para uma pessoa, ela continua mostrando a todos que aparecem ao redor dela. E com isso sem ela perceber, ela está praticando. Eis a chave para um aprendizado de sucesso: a prática! Esta diferença também se nota no aprendizado de línguas. Enquanto a maioria dos adultos acha que praticar é perda de tempo, afinal se ele já viu como se faz para que precisa praticar? As crianças querem usar tudo que aprenderam o mais rápido possível, o que, evidentemente, ajuda em muito o aprendizado de uma nova língua.
	 As crianças têm sempre o tempo a seu favor Para os jovens e adultos dos dias de hoje, o ingresso ou procura a vida profissional estabilizada, tornam então os conhecimentos de uma língua estrangeira muito mais importante hoje do que nas gerações passadas. Mas os melhores alunos que alcançaram melhores competência com relação a aprendizagem de um novo idioma, foram aqueles que tiveram uma aprendizagem de tempo mais longo. E esse processo de aprendizagem longa, só acontece com quem aprende mais cedo. Os adultos sabem como ninguém, que o tempo é um grande desafia a se administrar diariamente, e com as responsabilidades, e preocupações que a vida adulta já o traz, dificilmente deixa a mentelivre para um novo tipo de aprendizado.Já as crianças, são as grandes beneficiárias nesse aspecto, já que elas têm todo o tempo do mundo para adquirirem novos conhecimentos, em desenvolver novas técnicas e aprender de forma muito mais tranqüila e eficaz.
	 As crianças não têm medo de errar A criança encontra-se num processo contínuo de aprendizagem da língua. Por este motivo é absolutamente normal que ela faça erros. E o mais bonito nessa fase, é que ela lida com o erro de uma maneira tão natural, que quase sempre nem percebe que errou, já que ela se auto corrige rapidamente. Diferentemente dos adultos que durante uma aula de inglês, por exemplo, estão sempre tomando o máximo cuidado na elaboração de cada frase, precisando, em conseqüência disto, de muito mais tempo para praticarem e portanto, de muito mais tempo para aprenderem sem contar, que dificilmente aceitam com facilidade que cometeu erros.
As escolas de idiomas e as atividades lúdicas: Atualmente, cresce consideravelmente o número de escolas que investem no ensino da língua inglesa para as crianças. Em muitas delas, o investimento em recursos áudio visuais, é que atrai cada dia mais as crianças para o mundo desse tipo de conhecimento. As aulas, são sempre adaptadas a idade e efetuadas das mais variadas formas, visando as áreas de interesse das crianças. Na grande maioria dos casos, as aulas também são ministradas em inglês pelo professor, que utilizará gestos e gravuras para auxiliá-lo durante as aulas. Através de trabalhos lúdicos, a criança passa a ter uma finalidade melhor em seu aprendizado,já que através do lúdico ela pode ser estimulada e com isso facilitar seu progresso intelectual e psicológico, além do mais, não existe uma melhor forma de aprender algo nessa fase, do que aprender, brincando.Assim, a criatividade e a curiosidade das crianças estarão sendo bastante estimuladas, passando a desenvolver uma ótima capacidade de concentração: Brincadeiras, jogos e outras atividades são de extrema importância para a construção do conhecimento da criança. Mas cabe ao professor também, explorar o grande potencial que seus alunos têm em produzir seu próprio conhecimento. Enfim, as atividades propostas pelo professor devem incentivar o aluno a usar a língua para se comunicar com outros colegas, focando não apenas o aprendizado de palavras novas, ou expressões utilizadas durante as aulas, mas o contato que favoreça a produção criativa das crianças.
Nos primeiros anos de vida, também existe uma maior acuidade auditiva, bem como uma maior flexibilidade muscular do aparelho articulatório das crianças para produzir sons, o que pode explicar sua capacidade de assimilar a pronúncia da segunda língua tão perfeitamente quanto um falante nativo. Portanto, segundo Schutz (2004), a melhor idade para iniciarmos o estudo de uma segunda língua é a idade pré-escolar, dos três aos seis anos, pois o ser humano assimila o conhecimento recebido nos primeiros anos com maior facilidade. A língua é um processo típico do desenvolvimento humano e está presente em todos os grupos de pessoas e em todas as sociedades. A criança nasce com a capacidade aguçada de desenvolver a fala, por isso a língua vai sendo construída aos poucos com as pessoas a sua volta. Sendo assim, a criança vai desenvolvendo sua fala, imitando as pessoas de seu convívio, construindo sua linguagem por meio de diálogos e brincadeiras com as pessoas ao seu redor. Em um mesmo ambiente, existem diferenças entre a fala de uma criança e outra, pois cada uma viveu em situações sociais particulares, portanto no ambiente escolar, isso também acontece. Estas em idade escolar já têm um bom domínio da fala, embora umas se destaquem mais do que as outras nas conversas entre elas, pois todas nascem com a mesma condição de desenvolver sua fala. Sendo assim, a história de cada criança, faz com que ela seja única, resultando no fato de que algumas crianças têm um diversificado vocabulário, enquanto outras encontram dificuldade para expressarem-se. Segundo Papalia, “O modo dos pais falarem com as crianças lhes ensina as normas de sua cultura juntamente com as regras de sua língua”.(PAPALIA, 2000, p.147). Os bebês não compreendem o significado preciso das palavras utilizadas pelos adultos, mas conseguem comunicar seus desejos e emoções por meio de sons, gestos e expressões. Com o passar dos anos, sentem a necessidade de que a comunicação aconteça através de palavras, pelas quais sejam compreendidos seus pensamentos, sentimentos e vontades. Piaget, citado por Gessel (1989), entende que a linguagem interior e o pensamento nascem do complexo de inter-relações entre a criança e as pessoas que a rodeiam, assim estas inter-relações são também a origem dos processos volitivos da criança. Ao perceber que para um determinado objeto há várias formas de se expressar (idiomas diferentes), a criança remeterá o pensamento (objeto dito) desenvolvendo a vontade de aprender esses idiomas. Chomsky ( apud Gardner, 1995, p.62) quando “[...] alega que as crianças devem ter nascido com considerável ‘conhecimento inato’sobre as regras e formas da linguagem.[...]”. Sabendo que as crianças têm uma capacidade inata para desenvolver a linguagem e que ela é ativada e estimulada pela maturação, pelo desenvolvimento cognitivo e por certas experiências ambientais, a comunicação entre os educadores (adultos que convivem com a criança) e a criança é essencial para o desenvolvimento da linguagem. O vocabulário aumenta na troca, ou seja, aproveita-se a oportunidade que surge, durante as conversas, para repetir as palavras corretamente, sem chamar a atenção da criança. O ensino da segunda língua deve obedecer também esse esquema de instigar sua curiosidade. Logo, a aprendizagem precisa ser o mais natural possível, já que, simplesmente, ouvir a língua estrangeira na televisão não é suficiente para que ocorra o aprendizado, precisa haver uma troca. Como ressalta Papalia (2000, p. 145), “[...] crianças holandesas que assistem televisão alemã todos os dias não aprendem alemão”. Vygotsky (1993) defende que a fala egocêntrica assume um papel importante na vida da criança, mas também que a função primordial da fala é a comunicação, o contato social.
Segundo Gardner(1996), cada inteligência pode ser vists em termos de uma sequência de estágios:
1º estágio– habilidade de padrão cru – o aparecimento da competência simbólica é visto pelos bebês, quando eles começam a perceber o mundo ao seu redor.
2º estágio – simbolizações básicas (3 aos 5 anos) demonstra habilidade, através da compreensão dos símbolos, músicas, sons, através de desenhos.
3º estágio – sistema de segunda ordem: aprimora os sistemas simbólicos que demonstra ter maior eficácia no desempenho de atividades valorizadas pelo grupo social.
4º estágio – ocupações vocacionais: adolescência e idade adulta,o individuo adota um campo específico e focalia, e se realiza em papéis que são significativos em sua cultura. Por meio dos estudos das Inteligências Múltiplas podemos dizer que o ensino da segunda língua para crianças (três a seis anos) deve ser trabalhado de forma que o educador desperte nestas o interesse, a fim de que elas sejam coerentes com os desafios que a vida impõe, utilizando técnicas diversas estimuladoras das diversas inteligências, da atenção e da aprendizagem significativa.
De acordo com Gardner (1994), as pessoas envolvidas com o desenvolvimento de projetos educacionais, em algum momento, vão deparar-se com a necessidade de “dar conta” destas indagações e, como maneira de sobrevivência, traçarão seu caminho em busca do “aprender sobre o aprender”. Segundo Celso Antunes (2004) “[...] quando a aprendizagem da segunda língua se processa após a alfabetização, tudo torna-se muito mais difícil [...] toda a morfologia do lado esquerdo do cérebro já se moldou [...]” por isso é importante estimular o cérebro da criança antes dos seis anos pois esta desenvolverá a linguagem mais facilmente e aprenderá a segunda língua, na maioria das vezes, sem dificuldades. A teoria das Inteligências Múltiplasapresenta suporte teórico necessário para que se redimensione o “fazer pedagógico” na sua relação com o ensino da segunda língua para crianças.
Ainda de acordo com Gardner (1998), sempre envolvemos mais de uma habilidade na solução de problemas, embora existam predominâncias. Portanto, as inteligências se integram. Nessas relações complementares entre as inteligências é que está a possibilidade de explorar uma em favor da outra. É o uso da rota secundária, para se alcançar à “rota” principal da inteligência. Por exemplo, se uma criança tem dificuldade para memorizar uma nova língua, mas é musical, podemos usar a música como rota secundária, para ajudá-la na memorização. Ainda de acordo com este autor, todos nascem com o potencial das várias inteligências, exceto casos de lesões neurológicas. A partir das relações com o ambiente, incluindo os estímulos culturais, o homem irá desenvolver mais algumas e deixar de aprimorar outras. Isso é que dá, a cada pessoa, um perfil particular de inteligência.
O PAPEL DO EDUCADOR NA APRENDIZAGEM DA SEGUNDA LINGUA 
De modo geral, o processo de aprendizagem das crianças inicia-se na família, sendo os pais os primeiros educadores. Este processo é pouco a pouco ampliado e as crianças começam a participar de outros contextos, como a escola - por exemplo, e a interagir com diferentes pessoas, as quais passam a influenciar, também, em sua aprendizagem. O aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas. (VYGOTSKY, 1984, p. 101). No momento em que as crianças ingressam na escola, cabe aos educadores aproveitarem as aprendizagens anteriores das crianças e depois partir para a aprendizagem da nova língua, utilizando assim todo o conhecimento adquirido anteriormente fora da sala de aula. Segundo Vygotsky (1996), o desenvolvimento e a aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, porque a criança vai adquirindo visão do mundo, através da interação com o outro e com o meio sócio-cultural e, neste caso, também o educador, além da família, e das demais influências (TV, músicas...) deve ser o agente mediador do conhecimento. Portanto, no ensino de uma segunda língua, o educador deve estar sempre atento ao processo de aprendizagem de cada criança, intervindo e questionando, ou seja, interagindo sempre. Desta forma, a criança assimila melhor a informação sobre a outra língua. O educador deve transformar a sala de aula, torná-la um lugar mágico para as crianças, lugar onde possam viajar com a imaginação.
 Há várias maneiras de deixar a sala de aula mais atraente e propícia para o ensino de uma segunda língua: 
Nomear o mobiliário e objetos da sala, espalhar cartazes, figuras, bandeiras entre outras coisas que lembram a cultura a ser estudada e ter uma parte na estante com revistas de seis línguas estrangeiras e tudo o que sua criatividade mandar. O professor deve instigar o desejo e a curiosidade em aprender uma segunda língua nas crianças de sua turma, isto é, ir além das paredes da sala de aula e levá-las a passeios, visitas, encontros, laboratórios, promovendo oportunidades para as mesmas praticarem a língua estudada, pois as aulas diferenciadas despertam a curiosidade. Apresentar informações sobre os hábitos, costumes dos países nos quais esta língua é falada ajuda à criança a entender o novo idioma e o grupo a que este pertence.
O educador de uma língua estrangeira deve estar atento à motivação de seus alunos muito mais que os outros educadores, pois depende da sua atuação para tornar as aulas interessantes e agradáveis para as crianças, despertando assim à vontade de eles aprenderem.
Acreditamos que qualquer conhecimento construído com base no desejo de aprender fica gravado para sempre na memória e quando mais tarde precisarmos, este conhecimento se manifesta. A língua estrangeira trabalhada na escola infantil tem um valor enorme, pois é nesta fase que as crianças apresentam maior facilidade de aprender outra língua. As crianças ao desenvolverem a fala expressam-se de forma espontânea ao mesmo tempo em que ampliam seu vocabulário. É importante, no aprendizado de uma língua estrangeira, que as palavras e estruturas ensinadas sejam repetidamente ouvidas e faladas para que sejam bem assimiladas. O bom ensino de uma língua estrangeira nesta fase de zero a seis anos, portanto, segue uma estratégia didática apoiada em atividades que exploram a oralidade e a familiarização com o idioma. Não mais do que isso. Somente as crianças conseguem assimilar a segunda língua sem sotaque por isso é tão importante ao educador possuir a qualificação necessária para tal ensino. O educador ao ensinar a segunda língua, além do domínio da mesma, precisa possuir habilidade no plano afetivo para desenvolver a auto-estima das crianças. Outro fator importante, é que as crianças têm um ouvido musical; ou seja: antes de compreender o significado das frases, elas captam sua musicalidade. Por isso, quando se aprende uma língua estrangeira na infância, a pronuncia é perfeita. Cabe ao educador o papel de familiarizar as crianças da escola infantil de três a seis anos com a língua que não é aquelas as que estão habituadas.
O ensino de uma segunda língua precisa ser dinâmico e alegre, devendo-se introduzir a língua estrangeira de uma forma mais comunicativa com o apoio de recursos gráficos e gestuais, os quais motivarão a aprendizagem.
As crianças, ao contrário dos adultos, não têm medo de errar e é isso que facilita o aprendizado. Aos poucos, as crianças assimilam os elementos da nova língua já que o vocabulário apresentado é aquele que elas já estão seguras na língua materna.
Aquisição e Aprendizagem de uma Segunda Língua com Crianças de Educação Infantil
Os seres humanos conseguem aprender uma língua estrangeira em qualquer idade, mas as crianças são mais pré-dispostas a perceberem o som de outra língua, distinguindo certos detalhes mais tarde. Da mesma maneira, que elas estão expostas desde cedo a falantes proficientes que interagem, naturalmente com ela em uma língua estrangeira de maneira vivencial, a criança pode de fato vir a tornar-se mais competente do que um adulto que aprende o idioma em cursos de língua.
Percebe-se com isso, a importância de que quanto mais cedo à criança conviver com uma língua estrangeira, melhor será seus benefícios futuros, na qual poderá ter percepções mais evidentes da língua estrangeira aprendida.
Segundo Slama-Cazacu (1978), a língua pode ser adquirida por um indivíduo independente das particularidades de sua idade, e pelo outro fato de que ele aprende uma língua falada, sem influência direta da língua escrita (esta exerce sua influência, contudo, indiretamente, por intermédio dos adultos que se dirigem a criança e que – em função também do meio – utilizam certas formas da língua escrita).
Essas afirmações reforçam que a criança é apta a aprender uma segunda língua desde a Educação Infantil.
Slama-Cazacu (1978) afirma que a criança em idade escolar tem possibilidades de abstração que podem, seguramente, ser desenvolvidas, sendo essencial que ela seja colocada dentro de situações que lhe indiquem a necessidade de certo modo de expressão. A motivação contribuirá sobremodo para assimilação das regras.
Assim sendo, percebe-se que a criança é apta a aprendizagem de uma segunda língua, onde a vivência e a experiência, também são meios para a língua vir a ser desenvolvida, e isso ocorrerá conforme a motivação das pessoas envolvidas a transmitir a língua estrangeira.
Gargalho (1999) em seus estudos define aquisição e aprendizagem, sendo: o primeiro, um processo espontâneo e inconsciente de internalização de regras e em consequência do uso natural da linguagem com fins comunicativos e sem atenção expressa da forma, ou seja, é a internalização de um sistema linguístico poruma exposição natural, sendo um processo inconsciente. No entanto, a aprendizagem é um processo consciente que se produz, através da instrução formal na aula e, implica um conhecimento explícito da língua como sistema, ou seja, a internalização de um sistema linguístico e cultural mediante as reflexões sistemáticas e guiadas de seus elementos, sendo um processo consciente.
Com as devidas definições de aquisição e aprendizagem pode-se perceber que a criança é capaz de adquirir e aprender ao mesmo tempo, sendo a aquisição um processo natural e aprendizagem um processo consciente.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muitos estudiosos denominam o período de maior aprendizagem para crianças, como “período crítico ou sensível”, devido à maturação de novas áreas cerebrais. Dentro dessa perspectiva, é durante este período que há uma maior facilidade para as crianças desenvolverem novas habilidades e aprender outro idioma.
SHÜTZ (2004), estudioso do período crítico na aprendizagem de uma segunda língua, afirma que a idade máxima para se aprender um novo idioma pode variar de pessoa para pessoa e, principalmente depende do ambiente lingüístico em que a aprendizagem vai ocorrer. Nesse ponto, as limitações que começam a se manifestar a partir da puberdade são fundamentalmente de pronúncia.
Contudo, os pais precisam estar atentos ao profissional que trabalhará com seu filho, seja este profissional professor de um curso particular ou de escola infantil, pois as possíveis falhas que este profissional apresentar na pronúncia das palavras será internalizado rapidamente pelas crianças. Sintetizando, a procura a um bom curso e profissionais bem preparados são requisitos fundamentais para o sucesso da aprendizagem de uma segunda língua na educação infantil para aplicá-la ao período crítico.
A influência da idade no aprendizado de idiomas
As crianças aprendem inglês melhor?
os adolescentes e jovens adultos fazem progressos mais rápidos que as crianças, especialmente durante a fase inicial do aprendizado por já terem maior vivencia pratica com o conhecimento da linguagem. ‟Nestas áreas do aprendizado, os adultos contam com um repertório muito maior de conhecimentos gerais e conceituais em sua língua nativa. E, como postula a psicologia do aprendizado, um estudo bem-sucedido é construído a partir de uma base do saber já existente.”
Quem já passou bastante tempo aprendendo línguas estrangeiras com sucesso e prazer, também terá facilidade para aprender novos idiomas, mesmo em idade avançada, apesar de o envelhecimento prejudicar o armazenamento de informações novas.
Crianças aprendem com o corpo, adultos com a cabeça
Crianças geralmente reagem a novos idiomas de maneira aberta e curiosa, enquanto os adultos, ao aprenderem palavras, estruturas e conceitos de uma língua nova, contam com uma experiência de aprendizado e de vida cada vez maior. Isto resulta no fato de o aprendizado das crianças ter uma forte característica imitativa e lúdica, e a forma de as pessoas mais velhas se aproximarem de novos idiomas ser freqüentemente mais analítica, utilizando o auxílio de regras explícitas. Na opinião de Grotjahn, um ensino de idiomas eficiente tem de levar em consideração estas diferenças de recursos e abordagens. Desde canções infantis como cantarolar Frère Jaques ou La Bamba,a cumprimentar o garçon em seu idioma de origem,sendo ele estrangeiro.Lendo livros infantis de idiomas diversos, – a alegria de se aprender línguas e se familiarizar com culturas estrangeiras pode ser sentida com a mesma intensidade em qualquer idade.
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