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Aparelho digestivo exame físico 1

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Isabell� Alve�
HABILIDADES CLÍNICAS
TÓRAX
EXAME FÍSICO
ABDOME- APARELHO DIGESTIVO
Inspeção
Permite apreciar a forma e mobilidade. A parede abdominal está no mesmo nível que a
torácica, mas, no lactente, pode estar levemente saliente. Observar os seguintes dados:
1. Caracteres morfológicos - alterações de forma e volume. Distensão abdominal ocorre no
abdome agudo obstrutivo (tanto maior quanto mais baixo o nível de obstrução e mais tardio o
diagnóstico), no perfurativo, no íleo paralítico e no megacolo.
2. Saliências e retrações não-simétricas; eventrações.
3. Cor de pele e outras alterações cutâneas.
4. Alteração de umbigo.
5. Cicatrizes.
6. Contrações visíveis de vísceras ocas (ondas peristálticas).
7. Circulação venosa superficial.
8. Movimentos respiratórios e suas alterações. A criança tem respiração predominantemente
diafragmática.
Palpação
É um método de grande importância, mas seu sucesso depende do relaxamento muscular da
parede do abdome. É preciso evitar a rigidez ou contratura voluntária da parede muscular.
a) Procurar ganhar a confiança da criança com atitude amistosa. Evitar manobras bruscas e,
pelo menos de início, manobras potencialmente dolorosas.
b) Posição da criança: decúbito dorsal, relaxada, cômoda, sem travesseiro ou, no máximo, um
travesseiro baixo.
c) Mãos do examinador aquecidas.
d) O médico mantém-se em pé ao lado da mesa de exame ou sentado no leito.
Isabell� Alve�
e) Se a criança coopera, solicitar que respire tranquila e profundamente. Nesse caso,
aproveitar a inspiração, durante a qual o relaxamento muscular é maior. Se o paciente chora
ininterruptamente, também aproveitar a fase inspiratória para a palpação.
f) Espalmar a mão na parede abdominal (as mãos não devem ficar na posição vertical). A
exploração é feita mais com a polpa dos dedos. No lactente, bastam as polpas dos dedos
indicador e médio unidos e em flexão ligeira. No pré-escolar, basta uma mão. Em escolares,
pode-se palpar com as duas mãos superpostas de modo que a inferior, que está em contato
com a parede abdominal, palpa e a superior se limita a pressionar. Essa pressão aproveita
também a inspiração.
g) Iniciar com palpação superficial (não tentar no início uma palpação profunda), deslizando
a mão pelo abdome. Em seguida, aumenta-se pouco a pouco a pressão, primeiro nas regiões
supostamente não-dolorosas e depois aproximando-se cautelosamente das zonas sensíveis.
Enquanto se palpa, procurar desviar a atenção da criança com brinquedos ou conversa. Ao
mesmo tempo, observar a fisionomia para surpreender demonstração de dor. Evitar
sugestionar a criança.
h) Para completar a palpação, fletir as pernas da criança e palpar as fossas ilíacas.
Convém usar uma seqüência fixa de palpação. Observar:
a) em estado normal, a parede abdominal é elástica, depressível e indolor;
b) espessura e turgor do subcutâneo, pelo pinçamento efetuado com os dedos polegar e
indicador;
c) sensibilidade cutânea, descartar hiperestesia;
d) contratura ou espasmo permanente: ( 1) localizada (fossa ilíaca direita - apendicite), (2)
generalizada (peritonite);
e) dor à descompressão brusca, nos casos de dor localizada, refletindo processo inflamatório
subjacente;
f) defesa muscular - durante a palpação, o músculo da área correspondente a um órgão
inflamado (peritonite circunscrita - apendicite) torna-se duro, tenso;
g) relaxamento ou hipotonia muscular generalizada;
h) tumoração; tumor, oliva pilórica (com vômitos persistentes), invaginação intestinal (com
cólicas);
i) solução de continuidade, hérnias inguinais e crurais (tumoração cística, dura, imóvel,
irredutível na região inguinal ou inguinoescrotal).
Percussão
A percussão do abdome dá um som timpânico.
Isabell� Alve�
A percussão pode delimitar os órgãos maciços, como o fígado e o baço, além de tumores e
ascite.
O timpanismo se exagera na presença de excesso de gases (aerofagia), obstrução intestinal e
pneumoperitônio.
Ausculta
a) Os ruídos intestinais - borborismo - aumentam quando há exagero do peristaltismo:
diarréia, início de peritonite e abdome agudo obstrutivo (coincide com as cólicas).
b) Redução ou ausência (silêncio) dos ruídos intestinais no íleo paralítico e na peritonite
instalada. Necessário observação prolongada porque há normalmente intervalos de
inatividade intestinal.

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