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TRAUMA TORÁCICO

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Soniely Melo 
TRAUMA TORÁCICO 
 
TRAUMAS: 
▪ Lesões iatrogênicas do tórax: hemotórax 
ou pneumotórax na inserção de um cateter 
central, lesões esofágicas durante uma 
endoscopia. 
▪ Traumatismos fechados 
▪ Lesões penetrantes 
SINAIS E SINTOMAS + COMUNS: 
Hipóxia Resulta: 
▪ da oferta 
inadequada de 
oxigênio aos tecidos 
devido à 
hipovolemia; 
▪ Da alteração 
ventilação/perfusão: 
contusão, hematoma, 
colapso alveolar; 
▪ Alter. Nas relações 
pressóricas 
intratorácicas: 
pneumotórax 
hipertensivo, 
pneumotórax 
aberto, etc; 
Hipercapnia Devido à acidose 
respiratória, decorrente de 
ventilação inadequada – alt 
nas relações pressóricas 
intratorácicas + 
rebaixamento do nível de 
consciência 
Acidose Causada pela hipoperfusão 
dos tecidos 
 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: via aérea -> 
ventilação -> circulação 
VIA AÉREA 
1. Ouvir os movimentos do ar no nível do 
nariz, boca e campos pulmonares; 
2. Inspecionar orofaringe à procura de 
corpos estranhos; 
Soniely Melo 
3. Observar contrações musculares 
intercostais e supraclaviculares; 
VENTILAÇÃO 
1. Exposição do tórax e do pescoço -> 
requer abertura temporária do colar 
cervical -> a imobilização da coluna 
cervical deve ser mantida segurando-se a 
cabeça do doente; 
2. Inspeção, palpação e ausculta 
 
➔ Lesões com risco iminente à vida: 
▪ pneumotórax hipertensivo, 
▪ hemotórax maciço, 
▪ tamponamento cardíaco, 
▪ tórax instável e contusão pulmonar 
▪ pneumotórax aberto; 
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 
Ocorre quando há vazamento de ar do pulmão e 
da parede torácica para o espaço pleural por um 
sistema de “válvula unidirecional”. 
 
O ar entra para a cavidade pleural sem 
possibilidade de sair, colapsando completamente o 
pulmão. 
O mediastino é deslocado para o lado oposto, 
diminuindo o retorno venoso e comprimindo o 
pulmão contralateral. 
 
Causas: 
▪ ventilação mecânica com pressão positiva 
em doentes com lesão da pleura visceral 
(+ comum); 
▪ complicação de pneumotórax simples; 
▪ lesões torácicas 
Diagnóstico: CLÍNICO! 
Clínica: 
↓retorno 
venoso
↓débito 
cardíaco
choque 
obstrutivo
Soniely Melo 
Dor torácica 
Dispneia importante 
Desconforto respiratório 
Taquicardia 
Hipotensão 
Desvio da traqueia para o lado contrário à 
lesão 
Ausência unilateral de murmúrio 
vesicular 
Timpanismo à percussão 
Elevação do hemitórax sem movimento 
respiratório 
Distensão das veias do pescoço 
Cianose como manifestação tardia 
 
Ddx: tamponamento cardíaco 
Tratamento: não deve ser adiado à espera de 
confirmação radiológica! 
Exige descompressão imediata com a 
inserção de uma agulha de grosso calibre no 
2º espaço intercostal na linha medioclavicular 
do hemitórax afetado; converte para 
pneumotórax simples; 
Uma agulha de 5cm atinge o espaço pleural 
em >50% das vezes -> chance de 
pneumotórax subsequente à inserção da 
agulha 
 
 
Tratamento definitivo: inserção de um dreno 
torácico no 5° espaço intercostal 
(normalmente no nível do mamilo), 
imediatamente anterior à linha média. 
PNEUMOTÓRAX ABERTO 
(FERIDA TORÁCICA 
ASPIRATIVA) 
Causado por ferimentos que permanecem 
abertos. 
Pressões intratorácicas = atmosférica -> o 
ar tende a passar pelo local de menor 
resistência; o ar saí pela lesão -> prejuízo na 
ventilação -> hipóxia e hipercapnia 
 
Tratamento: fechamento imediato da lesão 
através de um curativo estéril. 
Soniely Melo 
O curativo deve ser grande o suficiente para 
encobrir todo o ferimento e fixado com fita 
adesiva em três de seus lados para produzir 
um efeito de válvula unidirecional. 
 
Um dreno de tórax deve ser inserido longe do 
ferimento assim que possível. 
Em geral, o ferimento necessita ser fechado 
definitivamente por procedimento cirúrgico. 
TÓRAX INSTÁVEL (RETALHO 
COSTAL MÓVEL) E CONTUSÃO 
PULMONAR 
Ocorre quando um segmento da parede 
torácica não tem mais continuidade óssea com 
a caixa torácica. 
Causa: 
▪ trauma com múltiplas fraturas de 
arcos costais; 
A instabilidade da parede torácica leve ao seu 
movimento paradoxal durante a inspiração e 
a expiração, isoladamente, não causa 
hipóxia. 
Consequências: 
▪ lesão pulmonar adjacente = contusão 
pulmonar = hipóxia -> dor associada 
à restrição dos movimentos 
ventilatórios e a lesão do parênquima 
pulmonar; 
Tratamento: 
Correção da hipoventilação + administração de 
oxigênio umidificado + reposição volêmica 
Pode-se usar narcóticos endovenosos ou 
anestésicos locais para produzirem analgesia e 
evitar a necessidade de IOT. 
 
HEMOTÓRAX MACIÇO 
Resulta do rápido acúmulo de 1.500ml de sangue 
ou de 1/3 ou mais do volume de sangue do doente 
na cavidade torácica. 
Principal causa: ferimentos penetrantes que 
dilaceram os vasos sistêmicos ou hilares. 
Clínica e exame físico: 
▪ as veias do pescoço podem estar 
colabadas devido à grave hipovolemia 
ou distendidas quando existir um 
pneumotórax hipertensivo 
concomitante. 
in
sp
ira
çã
o
o curativo oclui o
ferimento,
bloqueando a
entrada de ar
ex
pi
ra
çã
o
o lado que não
está fixado
permite o escape
de ar de dentro
da cavidade
pleural
Soniely Melo 
Diagnóstico: 
Choque com ausência de murmúrio vesicular e/ou 
macicez à percussão de um dos hemitóraces. 
Tratamento: 
Reposição volêmica + descompressão da cavidade 
torácica 
Conseguir acesso venoso com cateter calibroso -> 
iniciar infusão de cristaloide -> administrar 
sangue tipo-específico 
 
Drenagem do tórax -> o sangue deve ser 
coletado em disposto que permita a autotransfusão 
Insere-se um dreno de tórax (nº 36 ou 40 
French) no nível do mamilo, anteriormente à 
linha axilar média, e continua-se com a reposição 
volêmica rápida à medida que se completa a 
descompressão da cavidade torácica. 
Indicações de toracotomia: 
1. Se o volume drenado imediatamente for 
+/- 1500ml, é muito provável que seja 
necessária uma toracotomia de urgência 
para o doente. 
2. Volume de sangue drenado por hora 
(200ml/h por 2 a 4 horas) 
3. Estado fisiológico do doente 
4. Necessidade persistente de transfusões 
sanguíneas; 
Calculo da reposição volêmica: volume de sangue 
perdido imediatamente após a drenagem + 
volume que continua drenando a seguir 
Os ferimentos torácicos penetrantes anteriores e 
mediais à linha dos mamilos ou posteriores e 
mediais às escápulas devem alertar o médico para 
a eventual necessidade de toracotomia, pela 
possível lesão dos grandes vasos, das estruturas 
hilares e do coração, com risco potencial de 
tamponamento cardíaco. 
Contraindicação da toracotomia: não estar 
presente um cirurgião qualificado por seu 
treinamento e por sua experiência. 
TORACOTOMIA DE REANIMAÇÃO 
Em pacientes hipovolêmicos, a massagem 
cardíaca externa convencional em caso de parada 
cardíaca ou atividade elétrica sem pulso não é 
eficiente. 
Indicações: 
▪ Lesão torácica penetrante sem pulso, 
porém com atividade elétrica 
miocárdica. 
▪ Doentes com sinais de vida: pupilas 
reativas, movimentos espontâneos ou 
atividade eletrocardiográfica 
organizada. 
Soniely Melo 
Contraindicações: 
▪ Doentes com trauma fechado, que 
chegam sem pulso, mas com atividade 
elétrica miocárdica 
A lesão torácica pode ocasionar impactos nas 
etapas A/B/C do ATLS; 
Traumatismo torácico ou contusão fechada: 
Lesão sem solução de continuidade entre a pele e 
a cavidade torácica: 
▪ Fraturas de costela 
▪ Fraturas de esterno 
▪ Hemotórax 
▪ Pneumotórax 
▪ Sínd desconforto respiratório 
▪ Ruptura traqueobrônquica 
▪ Ruptura de aorta 
▪ Hérnias diafragmáticas 
Lesões que determinam soluções de continuidade 
da pele com a cavidade torácica: 
▪ Lesões de esôfago, traqueia, 
pneumotórax aberto, etc; 
Fraturas de costelas: 
É a lesão das estruturas ósseas mais comum no 
trauma torácico; 
Lesões nos primeiros arcos costais têm maior 
correlação com lesões vasculares associadas 
(subclávia, aorta e pulmonar) 
Lesões de órgãos adjacentes (baço, fígado); 
Crianças: maior elasticidade do arcabouço ósseo 
(rupturas quando existentes indicammaior 
energia cinética no trauma); 
Fraturas múltiplas X instabilidade da parede 
torácica 
Risco de contusão pulmonar associada; 
Diagnóstico: dor, enfisema, instabilidade focal 
(sinal da TECLA) 
RX tórax: traço da fratura; hemo-pneumotórax; 
TC de tórax: lesões múltiplas costelas; 
Tto: analgesia (convencional -EV ou IV X peri-
dural); 
Drenagem de tórax (eventualmente); 
Tratar possíveis lesões associadas. 
Ventilação mecânica. 
Observar evolução tardia (hemo-pneumotórax/ 
contusão pulmonar/ não consolidação da 
fratura); 
Se necessário, Fixação cirúrgica; 
PNEUMOTÓRAX: 
Ocasionado por perfuração de espicula óssea ou 
por alteração na pressão intra-torácica gerada 
no momento do trauma; 
Ventilação por pressão positiva; ruptura de bolha 
pleural; 
Sempre pesquisar o componente hipertensivo no 
pneumotórax; 
Soniely Melo 
Avaliar bilateralidade e repercussão 
hemodinâmica e respiratória. 
Drenagem de tórax precedida ou não de punção 
de alivio (caso necessário) 
Suporte clínico. 
Indicação cirúrgica: fistula; uso de aspiração 
contínua no sistema de drenagem; ausência de 
expansão pulmonar; avaliar a necessidade de 
broncoscopia; abordagem por toracotomia ou 
CTVA; 
Clínica: dor torácica + dispneia + ausência de 
murmúrio versicular + desvio contralateral de 
traqueia + cianose (tardio) + distensão de vasos 
(jugulares externos – veia jugular externa 
dilatada) + taquipneia + elevação do hemitórax 
sem movimento respiratório + taquicardia 
(compensatória) + esforço respiratório + 
hipotensão (pela compressão dos grandes vasos) 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO -> não atrasar tto 
por exames 
 
Pulmão colabado + desvio da traqueia 
 
Ausência da trama vascular periférica!!! 
Tratamento: 
1. Toracocentese de alivio: 5° espaço 
intercostal na linha hemiaxilar/axilar 
anterior 
2. Drenagem : é o tratamento definitivo!!! 
DERRAME PLEURAL: 
É definido como uma coleção anormal de líquidos 
no espaço pleural. 
Na população pediátrica, cardiopatia congênita, 
pneumonia e malignidade são as causas mais 
comuns de derrames pleurais. 
Em adultos, insuficiência cardíaca congestiva e 
cirrose hepática são as causas mais comuns de 
derrames pleurais exsudativos. 
Soniely Melo 
 
Radiografia de tórax, mostrando grande 
quantidade de derrame pleural à esquerda. 
A TC contrastada é capaz de diferenciar 
empiema de abscesso pulmonar e transudato de 
exsudato. 
Características macroscópicas dos derrames: 
Característica Etiologia 
Derrame sero-
hemorrágico 
Neoplasia 
Derrame fracamente 
hemorrágico 
Hemotórax 
Derrame turvo Empiema 
Derrame leitoso Linfoma 
Derrame límpido ICC 
 
Diagn. Diferencial: 
 Atelectasia: diferenciar pelo sinal de 
Signorelli e abaulamentos intercostais 
expiratórios. 
O tratamento do derrame maligno é 
geralmente paliativo e aproximadamente 2/3 
dos pacientes com derrame pleural maligno 
não responde à toracocentese, é uma opção de 
tratamento a realização de: 
• Pleurodese, que consiste no 
procedimento de obliterar o espaço 
pleural; 
• Toracotomia aberta com pleurectomia 
e desvio pleuroperitoneal; 
• Cateter de drenagem tunado, tornando 
possível o tratamento ambulatorial a 
longo prazo; 
PNEUMOTÓRAX 
HIPERTENSIVO: 
Ocorre quando há vazamento progressivo de ar 
para o espaço pleural, culminando em colapso 
pulmonar e deslocamento do mediastino para o 
lado oposto, levando compressão do pulmão 
contralateral e a diminuição do retorno venoso, 
motivo que leva o paciente rapidamente à óbito. 
Diagnóstico: clínico! 
Seu tratamento nunca deve ser postergado à 
espera de confirmação radiológica! 
DRENAGEM TORÁCICA 
Tem como objetivo a restauração das pressões 
pleurais e da fisiologia respiratória normal. 
INDICAÇÕES 
Pneumotórax hipertensivo ou bilateral 
Qualquer pneumotórax sob VM com pressão 
positiva 
Hemotórax 
Soniely Melo 
Empiema e derrame pleural parapneumônico 
complicado 
Quilotórax 
Pneumotórax persistente após punção 
Pós operatório de cirurgia cardíaca 
 
CONTRAINDICAÇÕES: 
➢ Relativa: 
Coagulopatia 
 
COMPLICAÇÕES: 
Sangramento 
Neuralgia intercostal 
Perfuração de órgãos: 
- pulmão 
-vasos do mediastino 
- órgãos intra-abdominais 
Enfisema subcutâneo 
Edema pulmonar de re-expansão 
Drenar > 1500ml 
 
PREPARAÇÃO 
1. Identificação (do médico e do paciente) 
2. Explicação sobre o procedimento; 
3. Solicitar autorização; 
4. Preparar material; 
OBS: o tubo torácico borbulhante nunca deve ser 
preso. 
POSICIONAR O PACIENTE: 
Paciente em decúbito dorsal; 
Membro superior elevado, com a mão atrás da 
cabeça; 
 
Uma das posições é com o pct na cama, 
ligeiramente girado, com o braço do lado da lesão 
atrás da cabeça visando expor a área axilar. 
A inserção do dreno ocorre no “triângulo 
seguro”, delimitado pela: 
▪ borda anterior do latíssimo dorsal 
▪ borda lateral do músculo peitoral maior 
▪ uma linha superior ao nível horizontal do 
mamilo 
▪ um ápice abaixo da axila 
 
MATERIAIS: 
▪ Luvas estéreis; 
▪ Avental estéril; 
▪ Campos cirúrgicos; 
▪ Anestésico local; 
Soniely Melo 
▪ Caixa de pequenos procedimentos: Kelly, 
Cabo de bisturi; Porta-agulha; 
▪ Fio de sutura 
▪ Seringa 10 e 20ml 
▪ Clorexitina; 
▪ Tubo torácico: 14 a 34F; 
▪ Selo d’água 
▪ Soro 500ml; 
PROCEDIMENTO: 
1. Degermação das mãos e antebraços; 
2. Luvas, gorro, máscara, avental estéril; 
3. Determinar o local de drenagem: 5° EIC 
imediatamente anterior à linha axilar 
média 
 
4. Anti-sepsia do local 
5. Cobrir com campos cirúrgicos 
6. Marcação do dreno com pinças Kelly: na 
porção distal e na porção mais proximal 
(marca o comprimento que vai ficar 
dentro do paciente – medir da fúrcula até 
o local da incisão) 
 
7. Anestesia por planos (Lidocaína): 
inclusive pleura parietal; 
8. Incisão horizontal de 2 a 3cm
 
9. Dissecção dos planos; colocar o dedo para 
ter certeza do trajeto que foi feito; 
 
10. Inserir o tubo; 
 
a pleura visceral não é ultrapassada; 
Soniely Melo 
11. Conectar o selo d’água; 
 
12. Fixar o tubo: sutura em bailarina; 
 
13. Radiografia de controle; 
 
O sistema de drenagem é composto, dentre outros 
itens, por um frasco de vidro ou plástico 
transparente para permitir o controle do volume 
drenado, onde deve haver um nível líquido 
cobrindo os 2cm distais do tubo de drenagem – 
selo d’água, o qual: 
▪ Permite a drenagem do líquido ou gás e 
impede a entrada de ar na cavidade 
pleural. 
▪ A permeabilidade do tubo é confirmada 
pela oscilação da coluna de água dentro do 
dreno. 
▪ Se o tubo estiver mergulhado >2cm no 
nível líquido, a drenagem torácica acaba 
sendo prejudicada porque aumenta a 
resistência do fluxo de drenagem. 
PADRÃO-OURO PARA DRENAGEM 
PLEURAL: videotoracoscopia. 
CRITÉRIOS PARA RETIRADA DO 
DRENO 
▪ Drenagem inferior a 200ml/24h; 
▪ Líquido seroso; 
▪ Ausência de bolhas: pedir ao paciente 
para tossir, se o conteúdo borbulhar 
significa que ainda tem alguma fistula; 
▪ Melhora do padrão respiratório e 
expansibilidade pulmonar: clinicamente e 
radiologicamente; 
Treinar a retirada do tubo com o paciente: o 
paciente faz uma expiração profunda e nesse 
momento o médico tira o dreno e rapidamente 
oclui o orifício. Para não refazer um 
pneumotórax; o paciente não pode fazer 
inspiração antes da oclusão do orifício; 
Um paciente com 65 anos apresenta história 
clínica compatível com pneumonia comunitária. 
Radiografia de tórax revela derrame pleural 
ocupando o terço inferior do hemitórax direito. 
Após toracocentese diagnóstica, a drenagem 
torácica imediata está indicada se: 
pH: 7,15, glicose= 35mg/dl; DHL=5.000UI/L e 
predomínio de polimorfonucleares. 
TORACOCENTESE 
É a punção da cavidade pleural; 
Objetivo/Indicações: 
Soniely Melo 
▪ Diagnóstico 
▪ Terapêutico 
Pode ser Guiado por USG; 
 
Diagnóstico do derrame pleural: 
Critérios de Light 
Parâmetros Transudato Exsudato 
Proteína do 
líq. 
Pleural/sérica 
<= 0,5 >0,5 
DHL do líq. 
Pleural/sérica 
<= 0,6 >0,6 
DHL do 
líquido 
pleural>2/3do limite 
superior no 
soro 
Não Sim 
CONTRAINDICAÇÕES: 
➢ Uso de anticoagulante 
➢ Coagulopatia 
➢ Trombocitopenia 
➢ Infecção cutânea (puncionar outro sítio) 
PREPARO 
Orientações sobre o procedimento e cuidados: 
termo de consentimento + separar material 
Posicionamento do paciente: 
Paciente sentado sobre a borda do leito, apoiando 
os membros superiores em uma mesa auxiliar, e 
o paciente abduzindo os mmss, para as escápulas 
rodarem para a lateral e abrir o espaço 
intercostal; 
O paciente também pode ficar em decúbito lateral; 
Localizar o nível do derrame pleural: percussão 
(macicez) 
Radiografia de tórax (supina e decúbito lateral): 
localizar o derrame + determinar se existe 
loculação) 
 
Local de punção: 
1 a 2 espaços intercostais do nível do derrame; 
5 a 10cm lateral a coluna vertebral: +/- na linha 
hemiclavicular posterior; 1 ou 2 espaços 
intercostais abaixo da linha da escápula; 
Soniely Melo 
NUNCA puncionar abaixo da 9ª costela; alto risco 
de punção abdominal; 
 
TÉCNICA CIRURGICA 
1. Degermação + paramentação 
2. Montagem da mesa e testagem dos 
materiais 
3. Antissepsia + assepsia + campos 
cirúrgicos 
4. Anestesia local: lidocaína 1 ou 2%; 
- puncionar borda superior da costela; 
 
O feixe vasculonervoso intercostal passa na 
borda inferior do arco costal, então não se pode 
realizar a punção na borda inferior da costela; 
5. Anestesiar o espaço intercostal e a pleura 
parietal; 
6. Realizar a punção com cateter agulhado 
(técnica em Z) 
 
Durante a passagem do dreno na cavidade 
torácica para realização da toracocentese, a 
pinça hemostática curva é introduzida com a 
ponta perpendicular ao bordo superior da costela 
inferior e com a concavidade da pinça voltada à 
parede do tórax para evitar lesão do plexo 
intercostal. 
7. Conectar o cateter siliconado e remover 
agulha; 
8. Conectar válvula em “T” 
 
9. Aspirar material para diagnóstico com 
seringa (50-60ml) 
10. Caso necessário, realizar drenagem com 
sistema a vácuo (terapêutico) 
11. Retirar cateter 
12. Curativo 
Soniely Melo 
COMPLICAÇÕES 
➢ Pneumotórax (cuidado com paciente em 
ventilação assistida) – por lesão da pleura 
visceral e do parênquima pulmonar; 
➢ Dor local 
➢ Infecção 
➢ Tosse + dispneia (edema de reexpansão) 
 
➢ NÃO DRENAR MAIS DO QUE 
1500ml 
ORIENTAÇÕES PÓS-
PROCEDIMENTO: 
▪ Observar sinais de alarme 
▪ Reavaliar necessidade de punções 
seriadas 
▪ Manter curativo por 48h 
TORACOSTOMIA 
É um sistema à vácuo com aspiração contínua. 
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA: lesões 
torácicas potencialmente letais 
▪ Exame físico + detalhado 
▪ RX tórax AP se a condição do doente 
permitir: deve-se procurar 
alargamento do mediastino, desvio da 
linha média ou perda de algum detalhe 
anatômico. 
▪ Gasometria arterial 
▪ Oximetria de pulso 
▪ Ecg 
▪ Usg: detecta pneumotórax e 
hemotórax 
➔ Lesões letais: 
▪ Pneumotórax simples 
▪ Hemotórax 
▪ Contusão pulmonar 
▪ Lesão da árvore traqueobrônquica 
▪ Contusão cardíaca 
▪ Ruptura traumática de aorta 
▪ Lesão traumática de diafragma 
▪ Ruptura esofágica por trauma 
fechado 
Essas lesões são frequentemente despercebidas 
durante o período pós-traumático inicial; no 
entanto, se forem ignoradas podem resultar em 
perda de vidas. 
PNEUMOTÓRAX SIMPLES 
Resulta da entrada de ar no espaço virtual entre 
a pleura visceral e a parietal. 
Tanto o trauma penetrante como o fechado 
podem causar pneumotórax. 
A laceração pulmonar com vazamento de ar é a 
causa mais comum de pneumotórax após um 
trauma fechado. 
A presença de ar no espaço pleural rompe a 
força de adesão entre as pleuras visceral e 
parietal, permitindo o colabamento do pulmão. 
Isso resulta em alteração na ventilação/perfusão 
Soniely Melo 
porque o sangue que perfunde áreas não 
ventiladas não é oxigenado. 
▪ Murmúrio vesicular diminuído no lado 
afetado; 
▪ Percussão demonstra hipertimpanismo; 
Tratamento: inserção de um dreno de tórax no 4° 
ou 5° espaço intercostal, anteriormente à linha 
axilar média. 
Após a inserção de um dreno de tórax e sua 
adaptação a um sistema de selo d’água com ou sem 
aspiração, é necessária um novo RX TÓRAX 
para confirmar a reexpansão pulmonar. 
Os doentes que apresentam pneumotórax 
traumático ou que tenham risco de desenvolver 
um pneumotórax hipertensivo no 
transoperatório, não devem ser submetidos a 
anestesia geral ou a ventilação com pressão 
positiva até que tenham seu tórax drenado. 
 
 
HEMOTÓRAX 
A causa mais comum é a laceração pulmonar ou 
a ruptura de um vaso intercostal ou da artéria 
mamária interna devido tanto a trauma 
penetrante quanto a trauma fechado. 
As fraturas da coluna torácica também podem 
levar ao hemotórax. 
O hemotórax agudo suficiente para aparecer no 
RX TÓRAX deve ser tratado com um dreno de 
tórax de grosso calibre (36 ou 40 french). 
O dreno de tórax remove o sangue, diminui o 
risco de formação de coágulos e também serve 
como método de monitoração do sangramento. 
Decisão de operar ou não: estado fisiológico do 
doente e o volume de sangue eliminado pelo dreno 
de tórax. 
A exploração cirúrgica – toracotomia de 
emergência- deve ser considerada sempre que a 
drenagem inicial for igual a 1500ml de sangue, 
sempre que ocorrer drenagem de mais de 
200ml/h durante 2 a 4h ou quando tornar-se 
necessária a transfusão contínua de sangue. 
CONTUSÃO PULMONAR 
Pode ocorrer sem fraturas de arcos costais ou 
tórax instável, mas é a lesão mais comum em 
adultos com fraturas de arcos costais. 
▪ Insuficiência respiratória progressiva 
Doentes com hipóxia significativa (PaO2 
<65mmHg ou 8,6kPa em ar ambiente ou 
Soniely Melo 
SatO2<90%) devem ser intubados e ventilados já 
na 1ª hora após a lesão. 
Doenças associadas, como DPOC e insuficiência 
renal, predispõem à necessidade de intubação 
precoce e de ventilação mecânica. 
 
LESÕES DA ÁRVORE 
TRAQUEOBRÔNQUICA 
No trauma fechado, a maioria das lesões ocorrem 
próximo à carina (2 ou 3cm) – a maioria dos 
doentes com essa lesão morre no local do trauma; 
O doente frequentemente apresenta hemoptise, 
enfisema subcutâneo ou pneumotórax. 
A expansão pulmonar incompleta após a 
drenagem torácica sugere lesão da árvore 
traqueobrônquica, sendo frequentemente 
necessária a colocação de mais de um dreno 
torácico para o tratamento da fistula aérea de alto 
débito. 
A broncoscopia confirma o diagnóstico da lesão. 
Para garantir o fornecimento adequado de 
oxigênio, pode ser necessária, temporariamente, 
a intubação seletiva do brônquio-fonte do pulmão 
oposto. 
Frequentemente, a intubação pode ser difícil, seja 
pela distorção anatômica decorrente do 
hematoma paratraqueal, seja pelas lesões 
orofaríngeas associadas ou pela própria lesão 
traqueobrônquica. 
Já em doentes mais estáveis, o tratamento 
cirúrgico das lesões traqueobrônquicas pode ser 
postergado até a resolução do processo 
inflamatório agudo e do edema local. 
CONTUSÃO CARDÍACA 
Pode resultar em contusão do músculo cardíaco, 
ruptura das câmaras cardíacas, dissecção e/ou 
trombose das artérias coronárias ou laceração 
valvular. 
A ruptura da câmara cardíaca manifesta-se 
tipicamente por tamponamento cardíaco e deve 
ser reconhecida durante a avaliação primária. 
A utilização precoce do FAST pode facilitar o 
diagnóstico. 
▪ Desconforto torácico 
Diagnóstico definitivo: inspeção direta do 
miocárdio. 
Sequelas clinicamente importantes: 
▪ Hipotensão, arritmias e/ou 
anormalidades da motilidade da parede 
miocárdica vistas na ecocardiografia 
bidimensional. 
▪ Achados ecocardiográficos + comuns: 
extrassístoles ventriculares múltiplas, 
taquicardia sinusal inexplicada, fibrilação 
atrial, bloqueio de ramo (geralmente 
direito) e alterações do segmento ST; 
Soniely Melo 
▪ Elevação da pressão venosa central, na 
ausência de uma causa obvia, pode indicar 
disfunção ventricular direita secundária à 
contusão. 
O evento traumático pode ter sido precipitado por 
um episódio de isquemia miocárdica; 
Troponinascardíacas não oferecem informação 
adicional além daquela disponível pelo 
eletrocardiograma. 
Os doentes com contusão miocárdica 
diagnosticada através das anormalidades de 
condução apresentam risco de desenvolver 
arritmias súbitas e devem ser monitorados nas 
primeiras 24h após o trauma. Após este período, 
o risco de arritmias súbitas parece decrescer 
substancialmente. 
Os doentes sem alterações eletrocardiográficas 
não requerem monitoração. 
RUPTURA TRAUMÁTICA DE 
AORTA 
Causa morte súbita. 
Se o doente sobrevive ao evento inicial, a 
recuperação é possível desde que a ruptura 
aórtica seja identificada e tratada precocemente. 
Ruptura potencialmente tratável: ruptura 
incompleta perto do ligamento arterioso da aorta. 
Tratamento: manutenção da integridade da 
camada adventpicia ou o hematoma mediastinal 
contido previnem a exsanguinação e a morte 
imediata. 
Presença de um hematoma restrito ao 
mediastino. 
Sinais e sintomas específicos de ruptura de aorta 
são frequentemente ausentes. 
Diagnóstico: Forte suspeição pela história de 
trauma por desaceleração + sinais radiológicos 
(podem estar presentes ou não) 
 
 
Soniely Melo 
A TC helicoidal contrastada do tórax são tem 
sensibilidade e especificidade de quase 100% -> 
doente hemodinamicamente anormal não deve 
ser submetido a tomografia. 
Aortografia avalia a extensão da lesão. A 
ecocardiografia transesofágica também pode ser 
útil. 
Tratamento: cirurgia – sutura primária da 
aorta como ressecção da área traumatizada 
seguida pela interposição de um enxerto. 
RUPTURA TRAUMÁTICA DE 
DIAFRAGMA 
É mais comumente diagnosticada do lado 
esquerdo, porque o fígado oblitera o defeito ou 
projeta o lado direito do diafragma enquanto o 
intestino, o estômago e a sonda nasogátrica sejam 
mais facilmente detectados no lado esquerdo do 
tórax. 
O trauma contuso produz rupturas radiais 
grandes que levam à herniação. 
O trauma penetrante produz pequenas 
perfurações que levam algum tempo para 
resultar em hérnias diafragmáticas. 
A visualização de elevação do diafragma direito 
no RX TÓRAX pode ser o único achado da lesão 
diafragmática desse lado. 
Na suspeita de ruptura do hemidiafragma 
esquerdo, deve-se passar uma sonda gástrica. 
Quando a sonda gástrica aparecer na cavidade 
torácica no RX TÓRAX, não precisa fazer 
estudo contrastado. 
A saída, pelo dreno de tórax, do líquido usado na 
lavagem peritoneal também confirma o 
diagnóstico. 
Tratamento: sutura primária. 
RUPTURA ESOFÁGICA POR 
TRAUMA FECHADO 
Mais comum em lesões penetrantes. A lesão 
contusa do esôfago é causada por uma expulsão 
forçada do conteúdo gástrico para o esôfago, 
decorrente de um golpe forte no abdome superior. 
Essa ejeção forçada produz lacerações lineares 
no esôfago inferior, permitindo o escape para o 
mediastino. A mediastinite resultando e a ruptura 
imediata ou tardia para o espaço pleural causam 
o empiema. 
Suspeitar: 
▪ Pneumotórax ou hemotórax à esquerda 
sem fraturas de arcos costais 
▪ Vitima de golpe em região esternal 
inferior ou no epigástrio 
▪ Apresenta dor ou quadro de choque fora 
de proporção com a lesão aparente e 
elimina material suspeito através do dreno 
de tórax quando o sangue começa a 
clarear. 
▪ Presença de ar no mediastino 
Soniely Melo 
Tratamento: ampla drenagem do espaço pleural 
e do mediastino com sutura primária da lesão 
através da toracotomia. 
➔ LESÕES PREJUDICIAIS AO 
DOENTE: 
1. Enfisema subcutâneo 
2. Esmagamento torácico 
3. Fraturas de arcos costais, esterno e 
escápula 
ENFISEMA SUBCUTÂNEO 
Pode ser resultado de uma lesão da via aérea, de 
lesão pulmonar ou, raramente de explosão. 
Não necessita de tratamento. 
Se for necessária a utilização de ventilação com 
pressão positiva, deve ser considerada a 
drenagem do tórax do mesmo lado do enfisema 
subcutâneo pela possibilidade de ocorrer um 
pneumotórax hipertensivo. 
ESMAGAMENTO TORÁCICO 
(ASFIXIA TRAUMÁTICA) 
Achados: 
➔ Pletora em tronco, face e membros 
superiores 
➔ Petéquias secundárias à 
compressão aguda e transitória da veia 
cava superior 
➔ Edema maciço, edema cerebral 
As lesões devem ser tratadas. 
FRATURAS DE ARCOS 
COSTAIS, ESTERNO E 
ESCÁPULA 
A dor à movimentação resulta em restrição dos 
movimentos respiratórios, o que prejudica a 
ventilação, a oxigenação e a tosse. 
Os primeiros arcos costais (1 a 3) são protegidos 
pela estrutura óssea dos membros superiores. A 
escápula, o úmero e a clavícula, junto com suas 
inserções musculares, atuam como uma barreira 
protetora para esses arcos costais. 
As fraturas da escápula e do primeiro ou segundo 
arco costal ou do esterno colocam em risco outros 
segmentos como a cabeça, o pescoço, a medula 
espinhal, os pulmões e os grandes vasos. 
Pela gravidade das lesões associadas, a 
mortalidade pode chegar a 35%. 
Fratura de esterno: - avaliar contusão pulmonar 
e contusão cardíaca; 
Ocasionalmente indica-se a correção cirúrgica 
de fraturas esternais ou escapulares. 
Raramente a luxação posterior na articulação 
esternoclavicular resulta no deslocamento da 
extremidade medial da clavícula para dentro do 
mediastino, causando obstrução da veia cava 
superior. A redução imediata é obrigatória. 
Os arcos costais intermediários (4 a 9) sofrem a 
maioria dos traumas fechados. A compressão 
anteroposterior da caixa torácica força os arcos 
Soniely Melo 
costais para fora, fraturando-os na sua porção 
média. A força aplicada diretamente sobre os 
arcos costais tende a fraturá-los e a direcionar os 
segmentos fraturados para dentro do tórax, 
aumentando o risco de lesões intratorácicas, como 
pneumotórax ou hemotórax. 
A existência de fraturas dos últimos arcos costais 
(10 a 12) deve aumentar a suspeita de trauma 
hepatoesplênico. 
Clínica: 
➔ Agravamento da dor à palpação e 
crepitação; dor localizada; 
➔ Deformidade palpável ou visível 
Solicitar RX TÓRAX; 
A fratura de arcos costais em idosos é causa de 
preocupação. A incidência de pneumonia e morte 
é o dobro que em doentes mais jovens. Ataduras, 
cintas costais e fiXação externa são 
contraindicadas. O alívio da dor é importante 
para permitir uma ventilação adequada. O 
bloqueio intercostal, a anestesia epidural e 
analgésicos sistêmicos são eficazes e podem ser 
necessários. Controle agressivo da dor precoce, 
incluindo o uso de narcóticos sistêmicos e anestesia 
local ou regional, melhoram o resultado nessa 
população. 
 
Comochion cords;

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