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Raças de Bovinos (Angus, Indubrasil e Piemontês) Zootecnia Especial Básica O presente trabalho versará sobre as diferentes raças bovinas, especialmente as raças Angus, Indubrasil e Piemontês. Taxonomia é um método utilizado em biologia para nomear, identificar e classificar o seres vivos. Ela organiza os grupos e com base em características comuns e os posiciona em táxons como reinos, filos, classes, ordens, família, gênero e espécie. Classificação Taxonômica dos Bovinos Reino: Animal Filo: Cordata (com uma coluna vertebral) Classe: Mamíferos Ordem: Ungulados (presença de casco) Suordem: Artiodáctilos (casco fendido) Família: Bovidae Subfamília: Bovinae Gênero: Bos Espécie: B. Taurus (bovino europeu), B. Indicus (bovino zebu) Grupo: Ruminantes Abordaremos um breve histórico dessas raças, a classificação taxonômica, o grupo, as vantagens e características gerais, bem como a particularidade da raça, correlacionando com sua importância bioclimática em relação à produção . RAÇA ANGUS (Aberdeen Angus) O Aberdeen Angus é uma raça de bovinos destinada à produção de carne de qualidade superior e tem destaque entre diversas raças de touro, em virtude da reunião de características de caráter positivo que asseguram resultados muito importantes para a economia em relação ao gado de corte. Reino:Animalia Filo:Chordata Classe:Mammalia Ordem:Artiodactyla Família:Bovidae Subfamília:Bovinae Género: Bos Espécie: Bos taurus Subespécie: Bos taurus taurus RAÇA ANGUS (Aberdeen Angus) Devido à qualidade da carne, à eficiência na conversão de alimentos, ao elevado rendimento de carcaça e por ser mocho, a raça Angus é muito apreciada para cruzamentos. Sua adaptabilidade permitiu a introdução e difusão em muitos países do mundo, onde ocupa um papel importante na produção de novilhos de corte. Características: � A raça Aberdeen Angus é de porte médio, pesando pesando as vacas de 600 a 700 kg, e os touros, de 800 a 900 kg. Os machos nascem, aproximadamente, com 28 kg e as fêmeas com 26 kg. � Apresentam pele com pigmentação escura, pelagem negra e uniforme (Fig.1), podendo ocorrer ainda indivíduos de pelagem vermelha (Fig.2), denominados Red Angus (esta alteração na pelagem é causada por um gene recessivo). Fig. 1 Fig. 2 Características: � O corpo é cilíndrico e apresenta-se longo com dorso reto e amplo, além de grande profundidade torácica. � Massa muscular bem desenvolvida � Baixa exigência nutricional � Testículos bem desenvolvidos e prepúcio aderido ao corpo � Cabeça de tamanho médio, pouco alongada, perfil côncavo a reto. � Olhos amplos, separados. � Orelhas de tamanho médio. � Pescoço de comprimento médio musculoso. � Corpo comprido, de profundidade média, dorso e lombo amplos e compridos, quartos muito amplos, pernas amplas, grossas e cheias. � Pele fina à média, de pêlos finos, curtos, densos e brilhosos. Características: � Sua carne apresenta boa marmorização (gordura entremeada bem distribuída) e rendimento de carcaça elevado � É uma raça mocha muito utilizada em cruzamentos industriais e na formação de novas raças de corte. � Em média, as novilhas dão a primeira cria aos dois anos. Os bezerros nascem pequenos, em comparação com os de outras raças britânicas, mas crescem rapidamente. � As vacas atingem a idade de reprodução com cerca de 15 meses. � Raça geneticamente mocha com cabeça pequena, curta e larga. Além de todas essas vantagens, é importante dizer que essa raça tem grande adaptabilidade ao solo brasileiro, bem como extraordinária adaptação às diversas condições climatéricas e ambientais. importância bioclimática para raça em relação à produção. Curiosidades: � No Brasil ocorre uma preferência pela linhagem vermelha (Red Angus). � Os touros desta raça apresentam alta libido e excelente fertilidade, já as vacas destacam-se pela sua facilidade de parto e boa capacidade de aleitamento. � Sua carne é reconhecida como a melhor em todo o mundo, com base nas características de maciez, suculência e marmoreado, tornando portanto as perspectivas de comercialização as melhores possíveis. � São bons pastejadores, adaptando-se bem a pastos duros e pobres de campos naturais de regiões frias. � Os bezerros Angus nascem pequenos, o que reduz a taxa de distorcias no parto, porém ganham peso rápido, o que é interessante comercialmente. INDUBRASIL � O Indubrasil foi obtido, em 1930, a partir da fusão entre Gir, Guzerá e Nelore, no Estado de Minas Gerais, especificamente na região do Triângulo Mineiro. O primeiro registro genealógico na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) aconteceu em 1938. Reino:Animalia Filo:Chordata Classe:Mammalia Ordem:Ar4odactyla Família:Bovidae Subfamília:Bovinae Género: Bos Espécie: Bos taurus Subespécie: Bos taurus indicus INDUBRASIL A raça está sendo selecionada para duplo propósito, com excelentes resultados em produção de leite e de carne, estando apta para enfrentar os desafios de produzir proteína animal a baixo custo. Características: � Orelhas grandes (a maior entre os bovinos), grande porte, com as fêmeas podendo atingir 750 kg na fase adulta (casos de 900 kg) e os machos adultos com peso máximo de 1000 quilos (recordes acima de 1.200kg). � Os animais da raça indubrasil tem como padrão racial à cabeça média, perfil subconvexo, orelhas longas e pendentes. A pelagem é branca, cinza ou vermelha, sempre sobre pele escura, bem pigmentada. Características: � Habilidade materna, docilidade e conversão alimentar estão entre os destaques da raça. � Boa adaptação em confinamentos, com ótimo ganho de peso diário e bom rendimento de carcaça. � Dupla aptidão e grande heterose nos cruzamentos (vigor híbrido dos cruzados, quando comparado às raças sintéticas). Curiosidades: � Atualmente o Rio Grande do Sul possui o maior mercado de sêmen da raça. Podem ser utilizados em cruzamentos com animais de sangue zebu como de europeu. Já há inclusive cruzamento do Indubrasil com o gado Holandês. � Esta raça já teve outros nomes: Induberaba, Induaraxá , Indubahia, Indu porã. Com o nome Indubrasil aprovado em 1929 oficialmente � O Indubrasil já representou quase 80% o rebanho nacional, em 1940. � Em 1946, os EUA importaram este animal para melhoramento do Brahman PIEMONTÊS � O gado piemontês é originário de uma região isolada pelos Alpes no norte da Itália, o Piemonte. O primeiro registro da raça data de 1887, e as primeiras importações para o Brasil aconteceram em 1974. Reino:Animalia Filo:Chordata Classe:Mammalia Ordem:Artiodactyla Família:Bovidae Subfamília:Bovinae Género: Bos Espécie: Bos taurus Subespécie: Bos taurus taurus PIEMONTÊS Há estudos que afirmam que o piemontês surgiu de um cruzamento natural. Cerca de 25 mil anos a.C, animais zebuínos provenientes da área onde hoje existe o Paquistão teriam migrado em direção ao norte italiano e cruzado com o gado europeu que habitava a região. O piemontês tem porte médio e pelagem branco-acinzentada sobre pele negra, herança marcante do zebu primitivo. Características: � A cabeça é pequena, curta e o perfil é reto; as orelhas são pequenas, finas e com poucos pêlos; os olhos são vivos, mas não salientes; os chifres são curtos, grossos e dirigidos para frente, sendo que no Brasil se realizada descorna tanto nos machos como nas fêmeas. � O pescoço é musculoso, curto e bem implantado, com a barbela discretamente desenvolvida, chegando até o externo. � Apresenta um porte médio, com excelente comprimento e largura de garupa. Características: � As pernas são curtas, todo o corpo e ́ coberto por uma abundante massa muscular e tem uma finíssima capa de gordura. Sua carne e ́ muito magra, não apresentando marmorização e a diferente composição das fibras lhe assegura uma grande maciez. � A principal característica da raça e ́ o seu rendimento de carcaça e de desossa. � Em 1886 os fazendeiros italianos notaramdesenvolvimento de traços da característica conhecida como musculatura dupla, e logo reconheceram a vantagem para produção de carne. Características: � Dupla aptidão (carne e leite). � No Brasil a raça Piemontesa tem se fixado por, seus excelentes resultados como raça para cruzamento com zebu ́. � Os resultados de abate dos animais 1⁄2 sangue tem apresentado rendimento de carcaça entre 54 e 60%. � Os animais são abatidos com 16 a 18 arrobas entre 24 e 30 meses em regime de pasto absoluto. O Piemontês tem boa adaptação ao clima tropical em regime de pasto no Brasil. No entanto, sofre com os ecto e endoparasitas. https://www.infoescola.com/biologia/endoparasita/ Curiosidades: � Somente 2% dos animais que ingressam no centro genético italiano, sa ̃o aprovados para serem doadores de sêmen. � A fertilidade da rac ̧a Piemontesa é outro aspecto muito positivo, sendo a rac ̧a precoce e muito fértil, as fêmeas entram em reproduc ̧a ̃o entre 13 e 15 meses e os machos comec ̧am a ser testados em sua progênie entre 12 e 13 meses. � O gado Piemontês atual é o melhor exemplo da característica de dupla musculatura, com ossos e pele fina. � Como resultado o Piemontês tem o melhor rendimento de carcac ̧a e melhor porcentagem de cortes de todas as rac ̧as. � O Piemontês é uma rac ̧a moderna. Sua produc ̧a ̃o de carne é diferenciada porque agrada os consumidores e atende as exigências dos produtores. � Ha ́ tendências que no futuro dominara ̃o as rac ̧as (como Piemontês) que apresentem bom rendimento a qualquer idade, precocidade, alta conversa ̃o alimentar e produzem carne com baixo teor de gordura. � A habilidade materna e uma boa produc ̧a ̃o de leite, sa ̃o também características dominantes nas fêmeas mestic ̧as.
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