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Asma: Definição, Epidemiologia e Diagnóstico

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Pediatria Bruna Marques Dadona 
Asma 
1. Definição 
Asma é uma doença inflamatória crônica das vias 
aéreas, na qual muitas células e elementos celulares 
têm participação. Está associada 
à hiperresponsividade das vias aéreas, que leva a 
episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão 
torácica e tosse, particularmente à noite ou no início 
da manhã. Esses episódios são uma consequência da 
obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar generalizada 
e variável, reversível espontaneamente ou com 
tratamento. 
 
 
2. Epidemiologia 
- Cerca de 20% das crianças brasileiras apresentam 
sintomas indicativos de asma 
- 20 milhões de asmáticos no Brasil (crianças e adultos) 
- 4ª principal causa de internação no SUS 
- 130.000 hospitalizações e 2000 mortes em 2013 
 
3. Fatores desencadeantes 
- Infecções respiratórias virais 
- Fatores ambientais: poluição atmosférica, poeira 
domestica, pelo e saliva de animais, insetos, tabagismo 
direto ou indireto, polem, mofo, mudança climática, 
exposição ocupacional 
- Atividade física: AIE → é GRAVE 
 - Obs: fatores desencadeantes são coisas que podem 
causar a crise asmática 
 - Obs: atividade física no auxílio das crises → quando 
trabalhada e planejada auxilia na diminuição das crises. 
Quem não tem preparo físico irá ter um aumento de 
crises na realização de atividade física 
 
3. Tipos de asmáticos (Heterogeneidade) 
- Fenótipos: são características observáveis de um 
individuo 
 - Asma eosinofílica ou não eosinofílica 
 - Asma alérgica ou não alérgica 
- Endótipos: mecanismo molecular ou fisiopatológico 
subjacente ao fenótipo da doença 
 - Inflamação tipo 2 (T2) alta e baixa 
 - Os asmáticos com inflamação T2 alta geralmente 
apresentam asma de inicio precoce, mais grave, 
associada à atopia/IgE e à eosinofilia, são responsivos 
aos corticoides 
 - Os asmáticos com inflamação T2 baixa em geral tem 
asma de inicio tardio, com ausência de eosinofilia nas 
vias aéreas e sistêmica e responsividade diminuída aos 
corticoides 
 
4. Fisiopatologia 
 
 - Obs: linfócito T: T helper2 
 
 - Obs: resposta tardia de 2 a 3h. 
 
 
Pediatria Bruna Marques Dadona 
 - Obs: contato com o alérgeno pela mucosa -> isso 
desencadeia uma reação de hipersensibilidade (isso 
depende de uma predisposição genética) -> gera uma 
resposta inflamatória mediada por citocinas -> ocorre 
degranulação dessas células (mastócitos e eosinófilos 
principalmente) -> gera liberação de mediadores 
inflamatórios que causam os sintomas. 
- Inflamação brônquica 
 - Interação de células inflamatórias, mediadores e 
células estruturais das vias aéreas (mesmo nos 
assintomáticos) 
 - Linfócitos TH2 apresentam o alérgeno ao sistema 
imunológico e produzem citocinas para inicio e 
manutenção do processo inflamatório 
 - IL4: aumenta a produção de IgE especifico ao 
alérgeno 
 - Obs: a inflamação sempre será crônica 
- Em uma fase mais avançada 
 
 
5. Diagnóstico Clinico 
- Anamnese 
 - Tem ou teve episódios recorrentes de falta de ar? 
 - Tem ou teve crises ou episódios recorrentes de 
chiado no peito? 
 - Tem tosse persistente, particularmente à noite ou ao 
acordar? 
 - Acorda com tosse ou falta de ar? 
 - Tem tosse , sibilância ou aperto no peito após 
atividade física? 
 - Apresenta tosse, sibilância ou aperto no peito após 
exposição a alérgenos como mofo, poeira domiciliar e 
animais ou a irritantes como fumaça de cigarro e 
perfumes, ou após resfriados, alterações emocionais 
como riso ou choro? 
 - Usa alguma medicação quando os sintomas 
ocorrem? Com que freqüência? 
 - Há alívio dos sintomas após o uso de medicação? 
 - Tem antecedentes familiares de doenças alérgicas ou 
asma? 
 - Tem ou teve sintomas de doenças alérgicas (rinite ou 
dermatite atópica)? 
 - Tem variabilidade sazonal dos sintomas ? 
- Principais sintomas 
 - Tosse, dispneia, sibilância e contrição torácica 
(aperto no peito) 
- Exame físico 
 - Dispneia 
 - Aumento do diâmetro torácico 
 - Frêmito toracovocal diminuído 
 - Hipersonoridade à percussão devido à 
hiperinsuflação 
 - Sibilância (ou não !) 
 - Posição ortostática 
 - Obs: em caso de crises SEM sibilo ocorre de as vias 
aéreas estarem totalmente fechadas 
 
6. Avaliação do exame físico do asmático 
- Inspeção 
 - Estática: partes moles e óssea, pele (presença ou não 
de lesões) e formato do tórax 
 - Dinâmica: expansibilidade, frequência respiratória, 
presença ou ausência de retrações e ritmo 
-Palpação 
 - Expansibilidade 
 - Sensibilidade 
 - Avaliar frêmito toracovocal (FTV) 
- Percussão 
 - Som claro pulmonar: presente e simétrico? 
 - Hipersonoridade 
- Ausculta 
Pediatria Bruna Marques Dadona 
 - Murmúrio vesicular (MV) presente? Distribuição? 
 - Existem ruídos adventícios? Quais? 
 - Abolido? 
 
 
7. Diagnostico funcional 
- Espirometria 
 - Determina limitação ao fluxo de ar 
 - Estabelece diagnostico de asma 
 - Indicativo de asma: 
 - Obstrução de vias aéreas 
 - VEF¹< 80% do previsto 
 - VEF¹/CVF < 0,75 
 - Prova broncodilatadora (após B2 curta) 
 - ↑VEF¹ de 12% / 200ml 
 - ↑VEF¹ > 20% E > 250ml, espontaneamente no 
decorrer do tempo ou após medicação de controle 
- Pico de fluxo expiratório (PFE) 
 - Indicadores de asma 
 - ↑ 15% no PFE após do broncodilatador ou corticoide 
VO 
 - Variação diurna do PFE > 20% 
- Teste de broncoprovocação com: 
 - Agentes broncoconstritores : ↓VEF¹> 10-15% 
 * Boncoconstritores: metacolina, histamina, 
carbacol,.. 
 
→ Diagnostico clínico: anamnese e exame físico 
→ Diagnostico funcional: espirometria, PFE, teste 
broncoprovocação 
 - Obs: na criança o diagnostico é clinico 
 
8. Classificação 
- Definição → Diagnostico → Classificação → 
Tratamento → Controle 
- Classificação de gravidade 
 
- Intermitente: entre uma crise e outra a doença é 
assintomática 
- Persistente: pode ser leve, moderada ou grave 
 
9. Objetivos no manejo da asma 
- 1) Controle das limitações clinicas 
 - Paciente avaliado em relação as ultimas 4 semanas 
 - avaliar sintomas, necessidade de medicação de alivio, 
limitação de atividades físicas e intensidade da 
limitação ao fluxo aéreo 
- A asma passa a ser classificada em 3 grupos: 
controlada, parcialmente controlada e não controlada 
- 2) Avaliação e prevenção dos riscos futuros 
- Inclui: - Redução da instabilidade da asma 
 - Impedir exacerbações 
 - Reduzir a perda da função pulmonar 
 - Prevenir efeitos adversos do tratamento 
Pediatria Bruna Marques Dadona 
 
 
10. Tratamento de manutenção 
- Corticoide inalatorio 
 
 - Obs: Clenil = beclometasona (é disponível na 
farmacia popular e por isso é a mais utilizada) 
 
 - Obs: Fluticasona (Flixotide) também a mais usada 
 
 -Obs: Corticóide inalatório não causa edema na 
criança pois ele faz efeito local, se respeitado a dose 
limite. 
- Beta agonista de ação longa (LABA) 
 - Uso: crianças > 4 anos (efeitos cardiovasculares) 
 - Usar associado CI 
 - Terapia inicial associado a CI na asma moderada / 
grave 
 - Não usar em monoterapia 
 - Formoterol + Budesonida / Salmeterol + Flixotide 
 - Obs: Associação ocorre quando a dose que não 
causa dano ao paciente do corticóide inalatório não é 
suficiente e para que o aumento não cause dano é 
preciso fazer esta associação 
 - Obs: Alenia = Formoterol + Budesonida 
 - Obs: -Seretide = salmeterol + flixotide 
- Dispositivos 
 
- Antileucotrienos 
 - Montelucaste (Singulair , Montelair, Piemonte, Aria 
ou Viatine) 
 - Uso: substitutivo aos LABA ou adicional aos LABA-CI 
 - Indicações: 
 - Sibilância recorrente após bronquiolite viral aguda 
em lactentes 
 - AIE 
 - Asma persistente leve 
- Omalizumabe (Anti IgE) 
 - >12 anos com asma alérgica de difícil controle 
 - Uso: 2/2 semanas ou 4/4 semanas, SC 
 - Peso x nível IgE sérico total 
 - Obs: 90% de eficiência e sem efeitos colateraisem 
bebês 
 
11. Manejo da asma 
 
 
 
Pediatria Bruna Marques Dadona 
 
 - Obs: Para saber se sobe ou desce uma etapa no 
tratamento 
 - Obs: Asma, dermatite atopica, rinite, conjuntivite 
alérgica e alergias alimentares (comorbidades) 
 
 - Obs: Emocional: libera biomarcadores inflamatórios 
- SBPT – 2020 
 
 
12. Erros comuns em consultório 
- História e exame físico inadequados. 
- Não identificar o paciente de risco. 
- Dose insuficiente/ atraso para prescrição 
medicamentosa. 
- Não criar um plano de tratamento individualizado. 
- Não orientar sobre retorno e sinais de piora 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. Momento da crise (exacerbação) 
- Algoritmo de tratamento da asma em crianças 
 
 
 - Obs: corticoide demora de 2h30 a 3h pra agir não 
importa a via. 
 
14. Plano individual 
- Plano de ação para asma 
 - O que não pode faltar 
 - O nome e a idade da criança. 
 - Informações de contato médico e de emergência. 
 - O tipo, a dose e o tempo dos medicamentos de longo 
prazo. 
 - O tipo e a dose de medicação de resgate. 
 - Anotar a lista de gatilhos comuns de asma para 
aquela criança (que devem ser evitados). 
 - Indicar quais são os sintomas que devem gerar 
preocupação ou necessidade de medicação. 
 - Instruções sobre o que fazer quando os sintomas 
ocorrem e quando usar medicação de resgate. 
 
Pediatria Bruna Marques Dadona 
 - Deve ser lembrado 
 - Evitar gatilhos de asma. 
 - Usar o sistema de "semáforo" de agravamento dos 
sintomas (zonas verde, amarela e vermelha). 
 - Oriente quando procurar atendimento de 
emergência. 
 - Todos os cuidadores devem saber como usar o plano 
de ação. 
 - Realizar consultas regulares para ajustar o plano 
conforme a idade

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