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MÓD II QOA MASTER-_MARÇO_E_ABRIL

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QOAA-AFN/2021 
 
TURMA MÁSTER 
CONHECIMENTOS GERAIS 
MÓDULO – II 
 
MARÇO - ABRIL 
2021 
 
PORTUGUÊS E REDAÇÃO Prof. Rafael Dias 
MATEMÁTICA Prof. César Loyola 
GEOGRAFIA ECÔNOMICA Prof. Odilon Lugão 
HISTÓRIA Prof. Vagner Souza 
 
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MATERIAL INTERNO DE USO EXCLUSIVO DOS ALUNOS 
Proibida a reprodução total ou parcial 
 
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CURSO www.cursoadsumus.com.br – adsumus@cursoadsumus.com.br - ESTUDE COM QUEM APROVA! 
 
 
http://www.cursoadsumus.com.br/
mailto:adsumus@cursoadsumus.com.br
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1 
P 
O 
R 
T 
U 
G 
U 
Ê 
S 
2 
Máster – Lista 9 
Funções do que 
1. substantivo: quando equivaler a “alguma coisa”. Nesse caso, virá precedida de artigo ou outra palavra
determinante e será sempre acentuada, por se tratar de um monossílabo tônico.
Ela tem um quê de sedutor.
Esse caso tem certo quê de mistério.
2. interjeição: quando exprimir espanto, admiração, surpresa. Nesse caso, também será acentuada. Existe,
também, a variante “o quê”:
Quê! Você ainda não tomou banho?!
O quê! Ainda não entregaram a mercadoria?!
3. preposição: quando estiver ligando dois verbos. Nesse caso, equivale a “de”.
Tenho que sair mais cedo hoje.
Ela tem que ir à escola ainda hoje.
4. partícula expletiva ou de realce: nesse caso, não possui função alguma. Como o próprio nome indica, aparece na
oração simplesmente para dar realce. Pode ser tirada sem prejuízo algum para o sentido. Costuma também
aparecer na variante “é que”.
Quase que ela consegue o primeiro lugar.
Ele é que resolveu o problema.
5. advérbio: quando estiver intensificado um adjetivo ou um outro advérbio . Nesse caso, equivale a “quão”.
Que bonitas são aquelas casa!
Que longe fica aquele lugar!
Conjunção: quando relacionar duas orações. Enquanto conjunção, o quê pode ser: 
6. conjunção coordenada explicativa: quando introduzir oração coordenada explicativa. Equivale a “pois”;
Venha depressa que já é tarde.
7. conjunção coordenada aditiva: quando introduzir oração coordenada aditiva. Equivale a “e”;
Marina dança que dança.
Ele chora que chora.
8. conjunção coordenada adversativa: quando introduzir oração coordenada adversativa. Equivale a “mas”;
Acuse-os, que não a mim.
9. conjunção coordenada alternativa: quando introduzir oração coordenada alternativa. Equivale a “ou...ou...”;
Que ele venha, que não venha, partiremos hoje!
10. conjunção subordinativa temporal: quando introduzir oração subordinada temporal. Equivale a “desde que”,
“quando”:
Faz dez anos que me formei.
11. conjunção subordinativa integrante: quando introduzir oração subordinada substantiva. Equivale a “isso”, “disso”:
Espero que todos compareçam.
12. conjunção subordinativa final: quando introduzir oração subordinada final. Equivale a “para que”:
"Criarei estas relíquias, que aqui viste, / que refrigério sejam da mãe triste."
Ela fez um sinal que ficássemos calados.
13. conjunção subordinativa consecutiva: quando introduzir oração subordinada consecutiva. Equivale a
“consequentemente”:
É tão delicada que a todos encanta.
Tamanha era a certeza, que apostou tudo.
14. conjunção subordinativa concessiva: quando introduzir oração subordinada concessiva. Equivale a “embora”,
“ainda que”:
Cruel que me julgassem, não cederia a seus rogos. (=ainda que).
Longe que fosse a casa dela, iria até lá. (=embora)
15. conjunção subordinativa comparativa: quando introduzir oração subordinada comparativa. Equivale a “como”,
“tanto... quanto”:
Sou mais alto que meu irmão.
16. conjunção subordinativa causal: quando introduzir oração subordinada causal. Equivale a “porque”
Saio daqui a pouco, que parou de chover.
Irei à praia mais tarde que parou de chover.
 Observações: 
1. Como todas as conjunções, a conjunção que não exerce função sintática alguma dentro da frase, funcionando
apenas como conectivo.
2. classifica-se a conjunção que de acordo com a oração que ela introduz. Quando iniciar oração subordinada
substantiva, receberá o nome de conjunção subordinativa integrante. No caso de iniciar outro tipo de oração,
receberá o nome da oração que estiver introduzindo.
pronome: como pronome, a palavra que pode ser: 
17. pronome relativo: quando equivaler a “o qual” e flexões. Introduz oração subordinada adjetiva.
Estas são pessoas que saíram.
Não conheço os assuntos de que você falou.
 Observação: O pronome relativo que pode exercer inúmeras funções sintáticas. 
18. pronome indefinido: quando é um pronome indefinido, a palavra que pode ser:
• pronome substantivo indefinido: equivale a “que coisa”.
Que aconteceu naquela noite?
Você tem medo de quê?
• Pronome adjetivo indefinido: determina um substantivo.
Que vida malvada!
Que dia é hoje?
 Observação: Você deve Ter notado que o pronome indefinido que pode aparecer em orações exclamativas e 
orações interrogativas,. Quando fizer parte de oração interrogativas, também será chamado de pronome 
interrogativo. 
Funções do se 
1. conjunção subordinativa integrante: quando introduz uma oração subordinada substantiva.
Perguntei se ela viria hoje.
Não sei se você está contente.
2. conjunção subordinativa condicional: quando introduz oração subordinada adverbial condicional. Nesse caso,
equivale a caso.
Iremos à praia se fizer bom tempo.
Se você me emprestar o dinheiro, poderei ir.
3. conjunção subordinativa causal: quando introduzir oração subordinada causal. Equivale a “porque”
Se o homem é mortal, ele deve ser menos vaidoso e arrogante.
 Observação: É muito importante lembrar que as conjunções não exercem função sintática na frase, funcionando 
apenas como conectivos. 
4. pronome reflexivo: como pronome oblíquo, a palavra se será pronome reflexivo quando equivaler a si mesmo
e fará parte de uma oração na voz reflexiva.
Quando é pronome reflexivo, a palavra se poderá exercer as seguintes funções sintáticas :
a) objeto direto:
Ela cortou-se com a faca.
b) objeto indireto:
Ela arroga-se direitos que não tem.
c) sujeito de um infinitivo:
Ela deixou-se estar à janela.
5. Pronome recíproco: quando faz parte de uma oração de voz reflexiva a equivale “a um ao outro”.
Os atletas agrediram-se.
Os inimigos olharam-se com desprezo.
6. partícula apassivadora: quando se junta a verbo que pede objeto direto, apassivando-o.
Compram-se moedas antigas. 
Divulgou-se o resultado da prova. 
Observação: quando a palavra “se” funcionar como partícula apassivadora, haverá uma oração na voz passiva 
sintética, sendo sempre possível sua conversão para a voz passiva analítica. 
Observe: Moedas antigas são compradas. 
 O resultado da prova foi divulgado. 
7. índice de indeterminação do sujeito: quando se junta a um verbo que não é transitivo direto, tornando o
sujeito da oração indeterminado.
Precisa-se de vendedores com experiência. 
Vive-se muito bem naquele lugar. 
Observação: Quando a palavra se for índice indeterminação do sujeito, o verbo estará sempre na terceira pessoa 
do singular. 
8. partícula expletiva ou de realce: nesse caso, a palavra se não possui função alguma. Como o próprio nome
indica, está na frase apenas para dar realce, tanto que ela pode ser retirada sem prejuízo algum ao sentido.
Ele se morria de ciúmes pela esposa. 
Passaram-se os dias e ela não apareceu. 
Vou-me embora. 
9. parte integrante do verbo: faz parte do verbo pronominal, isto é, de verbo que é conjugado com auxílio de um
pronome oblíquo.
Ela arrependeu-se do que fez. 
Ajoelhou-se no chão e rezou. 
Exercícios 
1- Classifique o que nas ocorrências abaixo de acordo com o código:
1- pronome substantivo interrogativo
2- pronome adjetivo
3- pronome substantivo relativo
a) O telefonema que eu iria receber nunca foi dado. ( )
b) Que pretendiamaquelas pessoas? ( )
c) Que brisa! ( )
d) É esse o direito que você se arroga? ( )
e) Que livro é esse? ( )
2- Classifique a palavra que nas frases seguintes.
a) Não se sabia que o prazo fora adiado.
b) Há um quê de tristeza no ar.
c) Dê licença que ele exponha sua opinião.
d) Faz meses que não a vejo.
e) Fala que fala e nada de dizer algo sério.
f) Foi mais feliz sua velhice que sua infância.
g) Fique atento, que há muitos perigos.
h) É tão chato que todos os evitam.
i) Quê! Ela não aceitou seu convite?!
j) Tem-se que acreditar em dias melhores.
k) Alguém, que não ele, deve ter feito isso.
l) Faladores que sejam, não me convencem: falta-lhes autenticidade.
m) Que Deus os proteja!
n) Fugimos, que ninguém ousava enfrentá-lo!
3- “A cláusula mostra que tu não queres enganar.”
A classe gramatical da palavra que no trecho acima é a mesma da palavra que na seguinte frase:
a) Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério.
b) Não foi a religião que te inspirou esse anúncio
c) Que não pedes um diálogo de amor, é claro.
d) Que foi então, senão a triste, longa e aborrecida experiência?
e) Quem és tu, que sabes tanto?
4.Nas passagens “Bebi o café que eu mesmo preparei...”e”... pensando na vida e nas mulheres que amei”, tem o que
a mesma função sintática? Justifique a resposta.
____________________________________________ 
5- “Oh! Que alto são os segredos da providência divina.”
O termo destacado é?
a) Conjunção subordinativa casual.
b) Conjunção subordinativa integrante.
c) Pronome relativo.
d) Pronome interrogativo
e) Advérbio de intensidade
6- O que está com função de preposição na alternativa:
a) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga!
b) Dize-me com quem andas, que direi quem és.
c) João não estudou mais que José, mas entrou na faculdade.
d) O fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro.
e) Não chores, que eu já volto.
7- Assinale a alternativa correta:
a) Daí porquê não aceitei tuas desculpas.
b) Saiu por que quis.
c) Todo crime tem seu por que.
d) Isso dói não sei por quê.
d) Eis porquê não vim.
8- “O olhador sente o prazer de novas associações de coisas, animais e pessoas; e esse prazer é poético. Quem disse
que a poesia anda desvalorizada? A bossa dos anúncios prova o contrário. E ao vender-nos qualquer mercadoria, eles
nos dão de presente “algo mais”, que é produto da imaginação e tem serventia, as coisas concretas, que também de
pão abstrato se nutre o homem.” (Carlos Drummond de Andrade)
A palavra que, no parágrafo acima, classifica-se respectivamente, como:
a) conjunção, pronome relativo, conjunção
b) conjunção, conjunção, conjunção
c) pronome relativo, pronome relativo, pronome relativo
d) pronome relativo, conjunção, pronome relativo
e) pronome indefinido, pronome indefinido, conjunção
9- Assinale a alternativa cuja palavra destacada não exerce a mesma função sintática do termo destacado na frase
abaixo:
“A saudade que ele trouxe, da aurora de sua vida, de sua infância querida que os anos não trazem mais, temos 
nós agora...” 
a) “...o apartamento modesto que ela enche com o seu ‘ingênuo folga’.”
b) “... ou ainda sendo esta que Giselinha vive agora...”
c) “... enchendo de tédio os dias que o poeta chamou...”
d) “...senhores que a maioridade tornou ignorantes.”
e) “ Mas que ela insinuou esta bela imagem que seria tão do gosto de Casimiro de Abreu...”
10- “Os olhos foram tão teimosos, que ela emendou logo palavra.” (Machado de Assis) O termo em destaque é:
a) Conjunção subordinativa consecutiva.
b) Conjunção subordinativa final.
c) Conjunção subordinativa comparativa.
d) Conjunção subordinativa adversativa.
e) Conjunção subordinativa aditiva.
11-Assinale a alternativa em que a palavra em destaque é pronome:
a) O homem que chegou é meu amigo.
b) Notei um quê de tristeza em seu rosto.
c) Importa que compareçamos.
d) Ele é que disse isso!
e) Vão ter que dizer a verdade.
12- Em “ Vem caindo devagar/Tão devagar vem caindo/Que dá tempo a um passarinho...”, a palavra que dá ideia de:
a) comparação
b) oposição
c) condição
d) causa
e) consequência
13- No trecho a seguinte, observe os termos em destaque:
“Mas a verdade é que este olho que se abre de quando em quando...”
a) pronome relativo, pronome relativo
b) conjunção subordinativa casual, pronome relativo
c) conjunção subordinativa integrante, conjunção subordinativa integrante
d) conjunção subordinativa integrante, pronome relativo
e) parte integrante da locução é que, conjunção subordinativa integrante
14- Classifique as ocorrências das palavras se de acordo com o código:
1-partícula apassivadora
2-índice de indeterminação do sujeito
3-partícula expletiva
4-parte integrante do verbo
a) Não se vêem certas coisas. ( )
b) Respeitem-se as normas estabelecidas. ( )
c) Está-se sujeito a incertezas. ( )
d) Foi-se a cavalo. ( )
e) Orgulhava-se de suas origens. ( )
f) Lamentava-se da falta de sorte.( )
15-No período “Não se fazem automóveis como antigamente”, a palavra se é:
a) Partícula apassivadora.
b) Índice de indeterminação do sujeito.
c) Pronome interrogativo.
d) Conjunção integrante.
16- Indique a alternativa em que a partícula se não tem valor de pronome apassivador:
a) ”... ouviam-se gargalhadas e pragas...”
b) “... destacavam-se risos...”
c) “... trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias...”
d) “... já não se destacavam vozes dispersas...”
e) “... pigarreava-se grosso por toda parte...”
18- Em qual das alternativas o pronome se é índice de indeterminação do sujeito?
a) Jabuticaba chupa-se no pé.
b) Amam-se como irmãos
c) O rapaz dá-se muita importância.
d) As moças sorriam-se, agradecidas.
e) Aqui, vive-se em paz.
19- Aponte o período em que a palavra se seja uma conjunção subordinada integrante.
a) A tristeza daquela jovem se funda em problema pessoais.
b) Em suas palavras, não se separam mentiras e verdades.
c) Se essa obra fosse impressa no Brasil, teria o valor de oito mil cruzeiros.
d) Os dirigentes indagaram se seriam ordens adequadas a sues subalternos.
e) Os chefes administrativos mantêm-se atualizados quanto a questões existenciais das mais complexas.
20. Assinale a opção em que “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito:
a) Se Tereza não for à festa, também não irei.
b) A criança machucou-se na bicicleta.
c) Trata-se do primeiro e último fundo no Brasil.
d) Ele impôs-se uma disciplina rigorosa.
e) “Ergueu-se, passou a toalha no rosto”.
21. Classifique as funções da palavra “se” nas frases a seguir, numerando, convenientemente, os parênteses: 
1. Partícula apassivadora. 
2. Índice de indeterminação do sujeito. 
3. Partícula de realce. 
4. Partícula integrante do verbo. 
5. Conjunção subordinativa. 
 
( ) “Ela quer saber se eu me sinto realizado”. (Drummond) 
( ) “Acabou-se a confiança no próximo”. (Drummond) 
( ) Suicidou-se, pulando no fim da tarde de um prédio de 10 andares. 
( ) Precisa-se de operários. 
( ) “Sentia-se o cheiro da panela no fogo, chiando de toucinho no braseiro”. (José Lins do Rego) 
 
A sequência correta é: 
a) 4-3-5-2-1 
b) 5-3-2-4-1 
c) 4-5-2-1-3 
d) 5-3-4-2-1 
e) 5-3-2-1-4 
 
22. Assinale a opção onde “se” exerce a função de índice de indeterminação do sujeito: 
a) Gosta-se muito de doces por aqui. 
b) Comprou-se um novo prédio para a loja. 
c) Emprestou-se o dinheiro ao professor. 
d) Deixou-se sentar na soleira da porta. 
e) As roupas, os varais, tudo isso se foi, levado pela correnteza. 
 
23. Em todas as orações abaixo, a palavra “se” aparece como pronome reflexivo, exceto em: 
a) Os namorados beijavam-se calorosamente. 
b) Mãe e filha queriam-se muito. 
c) Suicidou-se numa noite de verão. 
d) Era-se feliz na fazenda. 
e) Cortou-se a pobre menina nos arames farpados 
 
Máster - lista 10 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: 
 "Vivemos numa época de tamanha insegurança externa e interna, e de tamanha carência de objetivos firmes, 
que a simples confissão de nossas convicções pode ser importante, mesmo que essas convicções, como todo 
julgamento de valor, não possam ser provadas por deduçõeslógicas. 
 Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar a busca da verdade - ou, para dizer mais modestamente, 
nossos esforços para compreender o universo cognoscível através do pensamento lógico construtivo - como um objeto 
autônomo de nosso trabalho? Ou nossa busca da verdade deve ser subordinada a algum outro objetivo, de caráter 
prático, por exemplo? Essa questão não pode ser resolvida em bases lógicas. A decisão, contudo, terá considerável 
influência sobre nosso pensamento e nosso julgamento moral, desde que se origine numa convicção profunda e 
inabalável. Permitam-me fazer uma confissão: para mim, o esforço no sentido de obter maior percepção e compreensão 
é um dos objetivos independentes sem os quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma atitude consciente e 
positiva ante a vida. 
 Na própria essência de nosso esforço para compreender o fato de, por um lado, tentar englobar a grande e 
complexa variedade das experiências humanas, e de, por outro lado, procurar a simplicidade e a economia nas 
hipóteses básicas. A crença de que esses dois objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de 
nosso conhecimento científico, uma questão de fé. Sem essa fé eu não poderia ter uma convicção firme e inabalável 
acerca do valor independente do conhecimento. 
 Essa atitude de certo modo religiosa de um homem engajado no trabalho científico tem influência sobre toda 
sua personalidade. Além do conhecimento proveniente da experiência acumulada, e além das regras do pensamento 
lógico, não existe, em princípio, nenhuma autoridade cujas confissões e declarações possam ser consideradas 
"Verdade " pelo cientista. Isso leva a uma situação paradoxal: uma pessoa que devota todo seu esforço a objetivos 
materiais se tornará, do ponto de vista social, alguém extremamente individualista, que, a princípio, só tem fé em seu 
próprio julgamento, e em nada mais. É possível afirmar que o individualismo intelectual e a sede de conhecimento 
científico apareceram simultaneamente na história e permaneceram inseparáveis desde então. "(Einstein, In: O 
Pensamento Vivo de Einstein, p. 13 e 14, 5a. edição, Martin Claret Editores) 
 
 
 
 
1. Observe: 
I. "Essa atitude de certo modo religiosa de 'um' homem engajado no trabalho..." 
II. "Pedro comprou 'um' jornal" 
III. "Maria mora no apartamento 'um'." 
IV. "Quantos namorados você tem?" 'Um'. 
 
A palavra "um" nas frases acima é, no plano morfológico, respectivamente: 
a) artigo indefinido em I e numeral em II, III e IV. 
b) artigo indefinido em I e II e numeral em III e IV. 
c) artigo indefinido em I e III e numeral em II e IV. 
d) artigo indefinido em I, II, III e IV. 
e) artigo indefinido em III e IV e numeral em I e II. 
 
2. Na frase "... nenhuma autoridade 'cujas' confissões...", a palavra, entre aspas, no plano morfológico, é: 
a) pronome indefinido. 
b) pronome pessoal. 
c) pronome relativo. 
d) pronome demonstrativo. 
e) pronome possessivo. 
 
3. Em "A crença de que ESSES dois objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nosso 
conhecimento científico, uma questão de fé", o autor empregou a palavra em destaque porque 
a) é uma indicação da distância espacial entre o escritor e o leitor. 
b) é uma indicação da proximidade temporal entre o escritor e o leitor. 
c) é uma indicação da distância temporal entre o escritor e o leitor. 
d) é uma referência coesiva a elementos da frase posterior. 
e) é uma referência coesiva a elementos da frase anterior. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, á porta do Ateneu. Coragem para a luta." 
 Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança 
educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico, diferente do que se encontra fora, tão 
diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais 
sensível a criatura á impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo 
clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de 
hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos 
ultrajam. (Raul Pompéia ) 
 
4. Há, em Língua Portuguesa, algumas palavras que admitem ou não flexão de número (singular/plural), dependendo 
de seu valor morfológico. No texto em questão, aparece uma dessas palavras: 
"(...) BASTANTE experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança..." 
Considerando a possibilidade de flexão ou não da palavra, em função de seus diferentes empregos, assinale a 
alternativa incorreta: 
a) Bastantes verdades experimentei anos depois do aviso que meu pai me deu. 
b) Meu pai me falou bastante sobre verdades que eu encontraria anos depois. 
c) Bastante tempo depois, eu encontraria muitas das verdades anunciadas no aviso de meu pai. 
d) Bastantes anos depois, eu experimentaria as verdades do aviso de meu pai. 
e) Anos depois, bastantes verdadeiros se tornaram também outros avisos de meu pai. 
 
5. Indique a alternativa em que há erro gramatical: 
a) Não vá sem eu. 
b) Ele é contra eu estar aqui. 
c) Ele é contra mim, estar aqui é crime. 
d) Com eu estar doente, não houve palestra. 
e) Não haveria entre mim e ti entendimento possível. 
 
6. O termo ONDE encontra-se corretamente empregado na frase: 
a) A suspeita de falsificação nasceu no país onde havia muitos crimes. 
b) Não sei onde foi que te decepcionei: ao não responder à tua carta? Ao não me desculpar por isso? 
c) Nos piores momentos é onde podemos reconhecer os verdadeiros amigos. 
d) Não tenho saudades de minha infância, onde sofri tantas injustiças. 
e) À saída dos torcedores é onde costuma haver muito tumulto. 
 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: TER CEM ANOS, SER CENTENÁRIA 
 
1 Porto Alegre está ficando assim, quando e onde menos se espera aparece um centenário. [...] 1Bem, 2nós 
sabemos que uma 5cidade centenária é muito mais que uma 10cidade de cem anos, uma cidade onde meramente vivem 
figuras e centenários de cem anos. 4Esta, basta deixá-la6 vagar ao sabor do 8calendário, 7que mal ou bem corre17; 
9aquela, porém, precisa muito mais. Precisa, 3por exemplo, da 12vibração que 14só acomete os dispostos a segurar o 
tempo pelos cabelos e impor-lhe11 um ritmo, para fazer história, consistência, com a matéria-prima trivial, dispersão. 
2 Com seus mais de duzentos anos de existência, Porto Alegre se candidata 15agora à honraria de ser centenária. 
Coisas, ambientes, filhos ilustres, artistas, instituições, ruas porto-alegrenses estão fazendo 13acontecer, 16ao longo 
dos anos, a cidade -18 este silencioso depósito de sucessivas camadas de heroísmo, covardia, ousadia, destempero, 
fracasso, vitórias, esperanças, desinteresses, contrariedades, e desejos, em combinações díspares,19 humanas. 
(Fischer, L.A. TER CEM ANOS, SER CENTENÁRIA. Porto & Vírgula, Porto Alegre, nº. 26 agosto/1994, p.1) 
 
7. As alternativas a seguir apresentam algumas possibilidades de alteração na posição das expressões adverbiais 
SÓ (ref. 14), AGORA (ref. 15) e AO LONGO DOS ANOS (ref. 16). 
Assinale a única alternativa em que a reordenação causaria MUDANÇA no significado da frase em questão. 
a) SÓ poderia aparecer entre ACOMETE e OS DISPOSTOS (par 1). 
b) SÓ poderia aparecer entre SEGURAR e O TEMPO (par. 1). 
c) AGORA poderia aparecer entre PORTO ALEGRE e SE CANDIDATA (par. 2). 
d) AGORA poderia aparecer antes de PORTO ALEGRE (par. 2). 
e) AO LONGO DOS ANOS poderia aparecer antes de COISAS (par. 2). 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
 Pais e adultos em geral são incompetentes para entender 4o que vai pela cabeça das crianças; estas, por sua 
vez, são incapazes de detectar 5o que se esconde sob os gestos e as frases dos mais velhos.Na zona cinzenta que 
reúne essas duas conhecidas limitações, reside o objeto de "Quarto de Menina", estreia literária da psicanalista carioca 
Livia Garcia Roza. 
 Luciana, oito anos, filha única de pais separados, é inteligente, sapeca, sem papas na língua e mora com o 
pai, intelectual, pacato, caladão, professor de filosofia. É ela a narradora do livro. Ao longo de 180 páginas, relata o seu 
cotidiano, 6que 1se limita, aqui, ao próprio quarto, à biblioteca do pai, à sala e à casa da mãe. [...] 
 Apesar disso, não se trata de uma obra para crianças. A construção híbrida da narrativa descarta episódios 
mais banais ou preocupações que seriam em tese mais comuns às crianças, dando destaque para os 2diálogos, seja 
entre Luciana e os pais, seja entre a garota e suas bonecas. 
 No primeiro caso, Luciana frequentemente não entende certas insinuações dos pais, enquanto estes ficam 
perplexos diante de reações ou perguntas da filha. Já nas "conversas" com seus amigos de quarto, a narradora expõe 
seu estranhamento, desabafa, chora, faz planos e, ao mesmo tempo, revela indireta e inconscientemente a dificuldade 
de captar o significado dos eventos que ela mesma narra, significado que nós, 3leitores presumivelmente maduros, 
enxergamos logo de cara. 
 Nessa capacidade de explicar ao mesmo tempo uma história e a não-compreensão dessa mesma história pelo 
seu próprio narrador, aí está um dos pontos mais interessantes de "Quarto de Menina". [...] (Ajzenberg B. A ABISSAL 
NORMALIDADE DO COTIDIANO, Folha de São Paulo, 15.10.95, p. 5-11) 
 
8. Considere as seguintes propostas de substituições de expressões do texto. 
I - Substituir a palavra 'o' (ref. 4) por 'aquilo'. 
II - Substituir a expressão 'o que' (ref. 5) por 'o qual'. 
III - Substituir a palavra 'que' (ref. 6) por 'o qual'. 
Quais delas poderiam ser realizadas sem acarretar erro? 
a) Apenas I 
b) Apenas II 
c) Apenas III 
d) Apenas I e III 
e) I, II e III 
 
9. As expressões a seguir poderiam substituir a expressão 'Apesar disso' (no início do terceiro parágrafo) sem causar 
alteração essencial no significado da frase, à exceção de: 
a) Contudo 
b) No entanto 
c) Todavia 
d) Portanto 
e) Entretanto 
 
10. Indicar a ÚNICA frase correta na relação a seguir: 
a) O rapaz colocou-se entre eu e você; 
b) Entre mim e você há um grande segredo; 
c) Aquela notícia chegou até eu; 
d) Você trouxe o livro para mim ler; 
e) Nunca vi ele tão zangado. 
 
11. Aponte a alternativa que contém um QUE classificado morfologicamente como partícula expletiva (ou de realce). 
a) "A vida é tão bela que chega a dar medo." 
b) "Havia uma escada que parava de repente no ar." 
c) "Oh! Que revoada, que revoada de asas!" 
d) "O vento que vinha desde o princípio do mundo / Estava brincando com teus cabelos..." 
e) "Nós / é que vamos empurrando, dia a dia, sua cadeira de rodas." 
 
12. No período: 
"Queria chorar e sentia os olhos enxutos", o conectivo que une as duas orações indica: 
a) junção de ideias, portanto é uma conjunção aditiva; 
b) contraste de ideias, portanto é uma conjunção aditiva; 
c) disjunção de ideias, portanto é uma conjunção conclusiva; 
d) contraste de ideias, portanto é uma conjunção adversativa; 
e) disjunção de ideias, portanto é uma conjunção condicional. 
 
13. Aponte a alternativa que apresenta um uso adequado de conjunções ou locuções conjuntivas. 
a) Ele transforma-se num cavalheiro, na medida que vai crescendo. 
b) Perdeu o dinheiro, mas não teve, no entanto, nenhum gesto de desespero. 
c) Somos de paz, pois deves parar com as provocações. 
d) Não foi e nem ficou. 
e) Gosto de avião; prefiro, porém, navio. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 "Queria dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente, fugiu desvairado em 
busca do dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois. Mas, vendo a morte do cão narrada em capítulo especial, 
é provável que me perguntes se ele, se o seu defunto homônimo é que dá o título ao livro, e por que antes um que 
outro, - questão prenhe de questões, que nos levariam longe... Eia! chora os dous recentes mortos, se tens lágrimas. 
Se só tens riso, ri-te! É a mesma cousa. O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz 
alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens." 
Machado de Assis 
 
14. " ... e por que antes um que outro..." - por que (separado) tal qual na oração: 
a) não veio ............ choveu 
b) reza, filho, ............ Deus te ouvirá 
c) sei ............ não sabes: não estudas 
d) trouxe o guarda-chuva ............ estava chovendo 
e) o professor ensina, ............ o aluno vença 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Essas questões apresentam um período que você deverá modificar, iniciando-o conforme se sugere, mas sem alterar 
a ideia contida no primeiro. Em consequência, outras partes da frase sofrerão alterações. Assinale a alternativa que 
contém o elemento adequado ao novo período. 
EXEMPLO: 
Abraçou-me com tal ímpeto, que não pude evitá-lo. 
Comece com: Não pude evitá-lo ... 
a) assim 
b) quando 
c) à medida que 
d) então 
e) porque 
Neste caso, a resposta correta é "e", pois a frase transformada seria: 
Não pude evitá-lo porque me abraçou com grande ímpeto. 
 
 
 
15. Fosse assim como pensas, tudo seria fácil. 
Comece com: Tudo seria fácil ... 
a) visto que 
b) porque 
c) por conseguinte 
d) entretanto 
e) caso 
 
16. I - "O velho sorriu-SE, deixando apenas escapar em tom de dúvida um significativo - Qual..." 
 
II - "Nada (...) SE conseguiu com a receita; o mal continuou." 
 
III - "- Só lhe direi, respondeu a comadre depois de alguma hesitação, SE me prometerdes guardar todo o segredo, 
que o caso é muito sério." 
 
IV - "As três velhas conversaram por largo tempo, não porque muitas coisas SE tivessem a dizer..." 
 
Aponte a sequência correta quanto à classificação morfológica da palavra SE nessas frases de Manuel Antônio de 
Almeida. 
a) I - partícula expletiva, II - partícula apassivadora, III - conjunção subordinativa condicional, IV - pronome reflexivo. 
b) I - partícula apassivadora, II - partícula expletiva, III - conjunção subordinativa condicional, IV - pronome reflexivo. 
c) I - pronome reflexivo, II - partícula apassivadora, III - conjunção subordinativa integrante, IV - pronome reflexivo. 
d) I - partícula expletiva, II - partícula reflexivo, III - conjunção subordinativa condicional, IV - pronome reflexivo. 
e) I - partícula apassivadora, II - partícula apassivadora, III - conjunção subordinativa condicional, IV - partícula 
apassivadora. 
 
17. Observe o texto publicitário a seguir reproduzido, que explora de forma criativa o uso da conjunção. 
 
 
 
Assinale a afirmação correta a respeito dos procedimentos linguísticos encontrados em "Viver ou Sonhar?" e "Viver e 
Sonhar.". 
a) Temos, respectivamente, conjunção coordenativa aditiva e conjunção coordenativa alternativa, pois, quando se 
joga com o sentido das frases, opondo-se as ações umas às outras, as conjunções podem assumir valores e 
significados diferentes ou até mesmo opostos. 
b) A primeira frase traz uma conjunção coordenativa alternativa com valor aditivo, e a segunda frase, uma conjunção 
coordenativa aditiva com valor adversativo. Isto se dá devido à intenção do autor de fazer um jogo de palavras 
muito em uso na linguagem publicitária. 
c) Vê-se que a conjunção coordenativa, presente em ambos os casos, apesar de adquirir significativos diferentes, 
não altera o sentido das frases, já que liga elementos independentes, estabelecendo relações de alternância, no 
primeiro caso, e de igualdade ou alternância, no segundo caso. 
d) Temos, respectivamente, conjunção coordenativa alternativa e conjunção coordenativa aditiva. A mudança de 
sentido obtida com a troca das conjunções está na escolha a ser feita: a primeira implica exclusão de ações, o que 
leva à indecisão,enquanto a segunda expressa a soma de uma ação à outra, resultando disso um modo mais 
completo de vida. 
e) Temos, respectivamente, conjunção coordenativa alternativa e conjunção coordenativa aditiva. O autor do texto 
publicitário, ao fazer um jogo, alternando as conjunções, tenta obter uma mudança de sentido; porém, como 
podemos observar com uma leitura mais cuidadosa, nem toda troca de conjunção caracteriza uma alternância de 
pensamento. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
SOBRE ARTES E ARTISTAS 
 
 "Uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o nome de Arte. Existem somente artistas. 
Outrora, eram homens que apanhavam terra colorida e modelavam toscamente as formas de um bisão na parede de 
uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para os tapumes; eles faziam e fazem muitas 
outras coisas. Não prejudica ninguém chamar a todas essas atividades arte, desde que conservemos em mente que 
tal palavra pode significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não 
existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo passou a ser algo de um bicho-papão e de um fetiche. Podemos esmagar 
um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser muito bom no seu gênero, só que não é "Arte". E 
podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja contemplando com prazer um quadro, declarando que aquilo de 
que ela gosta não é Arte, mas algo muito diferente. Na realidade, não penso que existam quaisquer razões erradas 
para se gostar de um quadro ou de uma escultura. Alguém pode gostar de uma paisagem porque ela lhe recorda seu 
berço natal, ou de um retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. (...) Somente quando alguma 
recordação irrelevante nos torna parciais e preconceituosos, quando instintivamente voltamos as costas a um quadro 
magnífico de uma cena alpina porque não gostamos de praticar alpinismo, é que devemos perscrutar o nosso íntimo 
para desvendar as razões da aversão que estraga um prazer que de outro modo poderíamos ter. Há razões erradas 
para não se gostar de uma obra de arte."E. H. Gombrich 
 
18. Nas orações "e QUE Arte com A maiúsculo não existe" e "o QUE ele acaba de fazer...", as palavras em 
maiúsculo funcionam respectivamente como: 
a) conjunção integrante e pronome relativo 
b) pronome relativo e pronome relativo 
c) conjunção integrante e conjunção integrante 
d) pronome relativo e conjunção integrante 
e) conjunção aditiva e pronome demonstrativo 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Os gatos 
 Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e fez o crítico à semelhança do gato. Ao crítico deu ele, 
como ao gato, a graça ondulosa e o assopro, o ronrom e a garra, a língua espinhosa. Fê-lo nervoso e ágil, refletido e 
preguiçoso; artista até ao requinte, sarcasta até a tortura, e para os amigos bom rapaz, desconfiado para os 
indiferentes, e terrível com agressores e adversários... . 
 Desde que o nosso tempo englobou os homens em três categorias de brutos, o burro, o cão e o gato - isto é, 
o animal de trabalho, o animal de ataque, e o animal de humor e fantasia - por que não escolheremos nós o travesti 
do último? É o que se quadra mais ao nosso tipo, e aquele que melhor nos livrará da escravidão do asno, e das 
dentadas famintas do cachorro. 
 Razão por que nos acharás aqui, leitor, miando um pouco, arranhando sempre e não temendo nunca. 
FIALHO DE ALMEIDA 
 19. Razão por que nos acharás... . Observe que POR QUE foi escrito separadamente, tal qual nesta oração: 
a) A fumaça eleva-se, ............ é mais leve que o ar 
b) O médico não veio, ............ tinha consulta 
c) Sei ............ sofres: não te amo 
d) O professor ensina ............ aluno vença 
e) Creio em Deus, ............ não há criaturas sem criador 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
1Neste momento, o bordado está pousado em cima do console e o interrompi para escrever, substituindo a tessitura 
dos pontos pela das palavras, o que me parece um exercício bem mais difícil. 
2Os pontos que vou fazendo exigem de mim uma habilidade e um adestramento que já não tenho. 3Esforço-me e vou 
conseguindo vencer minhas deficiências. 4As palavras, porém, são mais difíceis de adestrar e vêm carregadas de 
uma vida que se foi desenrolando dentro e fora de mim, todos esses anos. 5São teimosas, ambíguas e ferem. 6Minha 
luta com elas é uma luta extenuante. 7Assim, nesse momento, enceto duas lutas: com as linhas e com as palavras, 
mas tenho a certeza que, desta vez, estou querendo chegar a um resultado semelhante e descobrir ao fim do 
bordado e ao fim desse texto, algo de delicado, recôndito e imperceptível sobre o meu próprio destino e sobre o 
destino dos seres que me rodeiam. 8Ontem, quando entrei no armarinho para escolher as linhas, vi-me cercada de 
pessoas com quem não convivia há muito tempo, ou convivia muito pouco, de cuja existência tinha esquecido. 
9Mulheres de meia-idade que compravam lãs para bordar tapeçarias, selecionando animadamente e com grande 
competência os novelos, comparando as cores com os riscos trazidos, contando os pontos na etamine, medindo o 
tamanho do bastidor. 10Incorporei-me a elas e comecei a escolher, com grande acuidade, as tonalidades das minhas 
meadas de linha mercerizada. 11Pareciam pequenas abelhas alegres (...), levando a sério as suas tarefas. (...) 
12Naquelas mulheres havia alguma coisa preservada, sua capacidade de bordar dava-lhes uma dignidade e um aval. 
13Não queria que me discriminassem, conversei com elas de igual para igual, mostrando-lhes os pontos que minha 
pequena mão infantil executara. (JARDIM, Rachel. O PENHOAR CHINÊS. 4ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 
1990.) 
20. A conjunção que, usada antes da oração "... de cuja existência tinha esquecido", não altera o sentido do 8º. 
período é: 
a) pois. 
b) ou. 
c) logo. 
d) nem. 
e) e. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 1Apesar de não termos ilusões quanto ao caráter das nossas elites, existia uma certa resistência a essa 
espécie de niilismo a que o Brasil nos leva. 2Os escândalos na área financeira estão acabando até com isso. 3Fica 
cada vez mais difícil espantar os burgueses. 4Os burgueses não se espantam com mais nada. 5Alguns talvez se 
surpreendam quando ouvem um filho pequeno ou um neto repetindo uma letra dos Mamonas, mas nestes casos o 
espanto é divertido, ou pelo menos resignado. 6A necessidade de se ser absolutamente claro sobre que tipos de 
atividade sexual causam AIDS e como fazer para preveni-la acabou com qualquer preocupação da imprensa e da 
propaganda com o pundonor (grande palavra) alheio, embora ainda façam alguns rodeios. 7A linguagem ficou mais 
leve, ficamos menos hipócritas. 8Burgueses epatáveis ainda existem, mas o acúmulo de agressões a seus ouvidos e 
pruridos os insensibilizou e hoje, se reagem, não é em público. (VERÍSSIMO, L. F. Conluio. Porto Alegre: Extra 
Classe, junho/julho de 1996. p.3). 
 
21. Assinale a alternativa em que há uma associação correta entre o pronome e a palavra que ele substitui no texto. 
a) que (10. período) - essa espécie de niilismo (10. período) 
b) isso (20. período) - niilismo (10. período) 
c) Ia (60. período) - atividade sexual (60. período) 
d) seus (80. período) - agressões (80. período) 
e) os (80. período) - ouvidos e pruridos (80. período) 
 
22. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do texto a seguir: 
Há endereços na lnternet que trazem respostas às dúvidas sobre finanças pessoais e mostram as razões 
_______________ todos devem fazer um orçamento de seus gastos. O usuário _______________ interesse é 
investir no exterior, por exemplo, pode selecionar uma lista de fundos de investimento e obter dados como a moeda 
_______________ são calculados os ganhos e o país _______________ pertencem os fundos. O que ainda 
atrapalha os brasileiros é a lentidão _______________ os dados são transmitidos. 
a) por que - cujo - com que - onde - na qual 
b) pelas quais - cujo -em que - a que - com que 
c) com que - em que o - na qual - a quem - em que 
d) porque - por cujo - em que - ao qual - na qual 
e) do porquê - para quem o - com que - a que - com que 
 
23. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas a seguir: 
 
"Como __________ mais de mil desentendimentos entre __________ e ele, um amigo __________, __________ de 
nos reconciliar. 
a) aconteceu; eu; interveio; afim 
b) aconteceram; mim; interveio; a fim 
c) aconteceu; mim; interveio; a fim 
d) houveram; eu; interviu; a fim 
e) houve; mim; interviu; a fim 
 
24. Digam o que quiserem dizer os hipocondríacos: a vida é uma coisa doce. 
 (Machado de Assis) 
 Os dois pontos representam a seguinte relação de ideias: 
a) consequência 
b) concessão 
c) adição 
d) adversidade 
e) explicação 
 
 
 
 
 
 
25. Assinale a opção cujo período, ao ser reescrito, está adequado à norma culta da língua. 
a) Puseram os ovos na geladeira, antes que a empregada pensasse em fazer outra omelete para o menino. 
PUSERAM-LOS NA GELADEIRA, ANTES QUE A EMPREGADA PENSASSE EM FAZER-LHE OUTRA 
OMELETE. 
b) Para nós, é muito difícil convencer o delegado. É-NOS MUITO DIFÍCIL CONVENCER-LHE. 
c) Não quero fazer a paciente esperar. NÃO QUERO FAZER ELA ESPERAR. 
d) Visitaria os presos se tivesse tempo. VISITARIA-OS SE TIVESSE TEMPO. 
e) Tem visto Helena ultimamente? TEM-NA VISTO ULTIMAMENTE? 
 
26. Assinale a alternativa em que a mudança de posição do termo destacado não implique a possibilidade de 
mudança de sentido do enunciado. 
a) Belo Horizonte já foi uma LINDA cidade. Belo Horizonte já foi uma cidade LINDA. 
b) Filho MEU não irá para o exército. MEU filho não irá para o exército. 
c) Autor DEFUNTO. DEFUNTO autor. 
d) Por ALGUM dinheiro ele seria capaz de vender a casa. Por dinheiro ALGUM ele seria capaz de vender a casa. 
e) Com uma SIMPLES dose do medicamento ficou curada. Com uma dose SIMPLES do medicamento ficou curada. 
 
27. Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas. 
- Você não quer vir conosco, e não diz o ........ da recusa. 
- Quer mesmo saber ........? Simplesmente ........ não tenho um centavo no bolso. 
a) por que - porque - porque 
b) por que - porquê - por que 
c) por quê - porquê - porque 
d) porque - por que - por que 
e) porquê - por quê - porque 
 
28. Assinale a alternativa em que a sentença destacada (formulada segundo regras do português oral) tenha sido 
reestruturada de acordo com a norma escrita culta. 
 
'Se eu ver ele, dou o recado pra ele.' 
a) Vendo-o, darei-lhe o recado. 
b) Na hipótese de o vir, eu lhe darei o recado. 
c) Se eu o ver, lhe darei o recado. 
d) Se o vir, darei o recado a ele. 
e) Quando vê-lo, dar-lhe-ei o recado. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia os trechos a seguir da obra de Guimarães Rosa, A HORA E VEZ DE AUGUSTO MATRAGA, e responda às 
questões: 
 "E o camarada Quim sabia disso, tanto que foi se encostando de medo que ele entrou. Tinha poeira até na 
boca. Tossiu. 
 - Levanta e veste a roupa, meu patrão Nhô Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, p'ra lhe contar. 
 E tremeu mais, porque Nhô Augusto se erguia de um pulo e num átimo se vestia. Só depois de meter na 
cintura o revólver, foi que interpelou. dente em dente. 
 - Fala tudo! 
 Quim Recadeiro gaguejou suas palavras poucas, e ainda pôde acrescentar: 
 -... Eu podia ter arresistido, mas era negócio de honra, com sangue só p'ra o dono, e pensei que o senhor 
podia não gostar... 
 - Fez na regra, e feito! Chama os meus homens! 
 Dali a pouco, porém, tornava o Quim, com nova desolação: os bate-pés não vinham... Não queriam ficar mais 
com Nhô Augusto... O Major Consilva tinha ajustado, um e mais um, os quatro, para seus capangas, pagando bem. 
 (...) 
 O cavalo de Nhô Augusto obedeceu para diante; as ferraduras tiniram e deram fogo no lajedo; e o cavaleiro, 
em pé nos estribos, trouxe a taca no ar, querendo a figura do velho. Mas o Major piscou, apenas, e encolheu a 
cabeça, porque mais não era preciso, e os capangas pulavam de cada beirada, e eram só pernas e braços. 
 - Frecha, povo! Desmancha!" 
 
 
 
 
 
29. Além do coloquialismo, comum ao diálogo, a linguagem de Quim e de Nhô Augusto caracteriza também os 
habitantes da região onde transcorre a história, conferindo-lhe veracidade. 
Suponha que a situação do Recadeiro seja outra: ele vive na cidade e é um homem letrado. 
Aponte a alternativa caracterizadora da modalidade de língua que seria utilizada pela personagem nas condições 
acima propostas. 
a) Levanta e veste a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar. 
b) Levante e veste a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar. 
c) Levante e vista a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, para lhe contar. 
d) Levante e vista a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meio ruim, para lhe contar. 
e) Levanta e veste a roupa, meu patrão senhor Augusto, que eu tenho uma novidade meio ruim, para lhe contar. 
 
30. ... se decida a pedir a este rio (...) 
QUE me faça aquele enterro (...) 
... e aquele acompanhamento 
de água QUE sempre desfila 
(QUE o rio, aqui no Recife, 
não seca, vai toda a vida). 
 
Nas ocorrências destacadas, a partícula QUE serve, RESPECTIVAMENTE, para 
I. introduzir um complemento para DECIDA; referir a ÁGUA o ato de DESFILAR, introduzir uma justificativa para o 
uso de SEMPRE. 
II. introduzir um complemento para DECIDA; estabelecer uma relação com AQUELE; introduzir uma justificativa para 
o uso de AQUI. 
III. introduzir um complemento para PEDIR; referir a ACOMPANHAMENTO o ato de DESFILAR, introduzir uma 
justificativa para o uso de SEMPRE. 
 
Em relação ao texto, está correto apenas o que se afirma em 
a) I. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) II. 
e) III. 
Máster - lista 11 
 
1. Examine a tira. 
 
 
O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar que 
“carinho” e “caro” sejam vocábulos 
a) derivados de um mesmo verbo. 
b) híbridos. 
c) derivados de vocábulos distintos. 
d) cognatos. 
e) formados por composição. 
 
2. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação da partícula “se”, na sequência em que aparece no 
período abaixo. 
 
O maquinista se perguntava se a próxima parada seria tão tumultuada quanto a primeira, com aquelas pessoas todas 
se debatendo, os bilhetes avolumando nas mãos do cobrador, os reclamos que se ouviam dos mais exaltados. 
a) objeto indireto – conectivo integrante – parte do verbo – partícula apassivadora 
b) objeto direto – conectivo integrante – pronome reflexivo – partícula apassivadora 
c) objeto direto – conjunção integrante – pronome recíproco – indeterminação do sujeito 
d) objeto indireto – conjunção integrante – pronome reflexivo – partícula apassivadora 
e) objeto direto – conectivo integrador – pronome oblíquo – partícula apassivadora 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Nós, escravocratas 
 
Há exatos cem anos, saía da vida para a história um dos maiores brasileiros de todos os tempos: o pernambucano 
Joaquim Nabuco. 1Político que ousou pensar, intelectual que não se omitiu em agir, pensador e ativista com causa, 
principal artífice da abolição do regime escravocrata no Brasil. 
Apesar da vitória conquistada, Joaquim Nabuco reconhecia: “2Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar 
com a obra da escravidão”, como lembrou na semana passada Marcos Vinicios Vilaça, em solenidade na Academia 
Brasileira de Letras. Mas a obra da escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social: pobres, especialmente 
negros, sem terra, sem emprego, sem casa, sem água, sem esgoto, muitos ainda sem comida; sobretudo sem acesso 
à educação de qualidade. 
Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra da escravidãose mantém e continuamos escravocratas. 
3Somos escravocratas ao deixarmos que a escola seja tão diferenciada, conforme a renda da família de uma criança, 
quanto eram diferenciadas as vidas na Casa Grande ou na Senzala. Somos escravocratas porque, até hoje, não 
fizemos a distribuição do conhecimento: instrumento decisivo para a liberdade nos dias atuais. Somos escravocratas 
porque todos nós, que estudamos, escrevemos, lemos e obtemos empregos graças aos diplomas, beneficiamo-nos da 
exclusão dos que não estudaram. Como antes, os brasileiros livres se beneficiavam do trabalho dos escravos. 
Somos escravocratas ao jogarmos, sobre os analfabetos, a culpa por não saberem ler, em vez de assumirmos nossa 
própria culpa pelas decisões tomadas ao longo de décadas. Privilegiamos investimentos econômicos no lugar de 
escolas e professores. Somos escravocratas, porque construímos universidades para nossos filhos, mas negamos a 
mesma chance aos jovens que foram deserdados do Ensino Médio completo com qualidade. Somos escravocratas de 
um novo tipo: a negação da educação é parte da obra deixada pelos séculos de escravidão. 
A exclusão da educação substituiu o sequestro na África, o transporte até o Brasil, a prisão e o trabalho forçado. Somos 
escravocratas que não pagamos para ter escravos: nossa escravidão ficou mais barata, e o dinheiro para comprar os 
escravos pode ser usado em benefício dos novos escravocratas. Como na escravidão, o trabalho braçal fica reservado 
para os novos escravos: os sem educação. 
Negamo-nos a eliminar a obra da escravidão. 
Somos escravocratas porque ainda achamos naturais as novas formas de escravidão; e nossos intelectuais e 
economistas comemoram minúscula distribuição de renda, como antes os senhores se vangloriavam da melhoria na 
alimentação de seus escravos, nos anos de alta no preço do açúcar. Continuamos escravocratas, comemorando gestos 
parciais. 4Antes, com a proibição do tráfico, a lei do ventre livre, a alforria dos sexagenários. Agora, com o bolsa família, 
o voto do analfabeto ou a aposentadoria rural. Medidas generosas, para inglês ver e sem a ousadia da abolição plena. 
Somos escravocratas porque, como no século XIX, não percebemos a estupidez de não abolirmos a escravidão. 
5Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia 
completar a quase-abolição de 1888. Não ousamos romper as amarras que envergonham e impedem nosso salto para 
uma sociedade civilizada, como, por 350 anos, a escravidão nos envergonhava e amarrava nosso avanço. 
Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra criada pela escravidão continua, porque continuamos 
escravocratas. E, ao continuarmos escravocratas, não libertamos os escravos condenados à falta de educação. 
CRISTOVAM BUARQUE. Adaptado de http://oglobo.globo.com, 30/01/2000. 
 
3. Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia 
completar a quase-abolição de 1888. (ref. 5) 
 
A criação da palavra composta, quase-abolição, cumpre principalmente a função de: 
a) desfazer a contradição entre os termos 
b) estabelecer a gradação entre os termos 
c) enfatizar a abstração de um dos termos 
d) restringir o sentido de um dos termos 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Você reconhece quando chega a felicidade? 
 
Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser feliz que acompanha o Carnaval. 17Quem foge da folia ganha 
o rótulo de antissocial, depressivo ou chato. Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão de conceitos. Uma 
festa alegre não significa que você esteja plenamente feliz. E 18forçar uma situação de felicidade tem tudo para terminar 
em arrependimento e frustração. 
8Aliás, você reconhece a felicidade quando ela chega? Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere 
um pouco antes de responder. Pense de novo. Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual é 
a diferença? Bem, descrever a felicidade não é fácil. 1Ela é muito recatada. Não fica ali posando para foto, sabe? Mas 
um Manual de Reconhecimento da felicidade diria mais ou menos o seguinte: 9ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo 
tempo é farta. 13Quando chega, ocupa um espaço danado. Apesar disso, você quase não repara que ela está ali. 10Se 
chamar a atenção, não é ela. É euforia. Alegria. 2A licenciosidade de uma noite de Carnaval. 3Ou um reles frenesi 
qualquer, disfarçado de felicidade. 
A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muito tranquila. Ela o faz dormir melhor. E olha, vou lhe contar 19uma 
coisa: a felicidade é inimiga da ansiedade. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor pista para o seu Manual 
de Reconhecimento da Felicidade. 11Se você se apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja 
 
superfeliz, não é felicidade. É excitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue. 
Mas ninguém garante. 
20É temperamental a felicidade. Não vem por qualquer coisa. E para ficar então... hi, não conheço nenhum 
caso de alguém que a tenha tido por perto a vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la quando ela chega. 
Entendeu agora por que a minha pergunta? Será que você sabe mesmo quando está feliz? 
Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou? 
12Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisionomista. 
Ou porque ela seja muito mais esperta do que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois. No futuro. Olho 
para o passado e reconheço: “16Nossa, como eu fui feliz naquela época!” Mas no presente ela sempre me dá uma 
rasteira. 14Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado. Por isso aproveito menos do que poderia a 
graça que é ter assim, tão pertinho, a tal felicidade. 
Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de momentos felizes. E aqui é importante deixar claro que esses 
momentos devem durar um certo período de tempo. 4Um episódio isolado feliz – como quatro dias de Carnaval, por 
exemplo – não significa felicidade. A felicidade, quando vem, não vem de passagem. 15Não dura para sempre, mas 
dura um tempinho. Gosta de uma certa estabilidade, [...] Sabendo quando você foi feliz, é mais fácil descobrir por que 
foi feliz. Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronológica. 7Lendo a minha, constato que fico cada vez 
mais feliz e por mais tempo. 
Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. 6Mas a paz de que desfruto agora é um sintoma dela. E isso não 
tem nada a ver com a tal obrigação de ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus estudos. 5Já tenho certeza 
de que hoje sou mais amiga da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo. 
Ana Paula Padrão (adaptado)Revista ISTOÉ 2206, de 22/02/2012. 
 
4. Assinale a alternativa em que a palavra entre parênteses pode substituir a destacada sem que haja prejuízo do 
sentido 
a) “Ela é muito recatada.” (ref. 1) (resignada) 
b) “A licenciosidade de uma noite de carnaval.” (ref. 2) (autoridade) 
c) “Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.” (ref. 3) (entusiasmo) 
d) “Um episódio isolado feliz – como quatro dias de carnaval...” (ref. 4) (trama) 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Caçadas a Pedrinho 
 
Talvez seja até um bom sinal, em país acostumado a dizer que "tudo termina em pizza", a circunstância de que tanta 
coisa, agora, alcance o Supremo Tribunal Federal. 
Constitui evidente exagero, todavia, que a polêmica sobre o livro "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, necessite 
da intervenção do STF para ser dirimida. 
Parece faltar equilíbrio em muitas dessas manifestações. Em primeiro lugar, não se trata propriamente de "censura" 
ao clássico infantil. "Caçadas de Pedrinho" continua a circular livremente. 
Para alguns setores do movimento negro, o recurso a notas explicativas não é suficiente. Com parcela de razão, 
argumentam que nem sempre os professores da rede pública estão preparados para desenvolver esclarecimentossatisfatórios sobre o assunto. 
A lembrança não exclui, entretanto, a comichão censória que tantas vezes acompanha o espírito politicamente correto. 
Julga-se eliminar o racismo recalcando, e não dissecando, suas manifestações. 
Há algo de ridículo nessa insistência, e não há conciliação possível quando uma das partes está mais interessada em 
manter a discussão para além do que seu âmbito, restrito e pontual, permite. 
(Adaptado, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/66111-cacadas-a-pedrinho.shtml) 
 
5. Sobre o valor semântico das preposições presentes em “Caçadas a Pedrinho” e “Caçadas de Pedrinho”, é correto 
afirmar que elas expressam, respectivamente, ideia de 
a) finalidade e instrumento. 
b) origem e companhia. 
c) limite e direção. 
d) oposição e origem. 
e) alvo e posse. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Sinal dos tempos 
 
Na semana passada, os jornais do mundo inteiro noticiaram, com alarde, o lançamento de um novo aparelho 
celular, desses que fazem de tudo e mais um pouco. Nas redes sociais, o assunto “bombou”, como se fosse um grande 
acontecimento. Os consumidores deslumbrados e os aficionados por tecnologia ficaram, é claro, ansiosos para 
comprar o brinquedinho – alçado (até que surja um modelo mais incrementado) a condição de preciosidade do ano. 
Uma frase no Twitter, entretanto, chamou-me a atenção no meio de toda essa euforia. Dizia mais ou menos o 
seguinte: “quando as manchetes do mundo são o lançamento de um celular, algo está errado com o mundo”. Concordo 
e assino embaixo. Não por ser contra o avanço tecnológico, muito pelo contrário. 
O que me incomoda é, sim, a submissão neurótica das pessoas a essas novidades e a tudo o que recebe o 
rótulo de “último lançamento”. 
 
Não deixa de ser patético, por outro lado, o descompasso entre os lançamentos tecnológicos e os serviços 
prestados à sociedade para o uso dessas novidades, como ocorre no Brasil. Em matéria de telefonia e acesso à 
internet, por exemplo, sabemos que os preços daqui são de Primeiro Mundo, enquanto os serviços são de quinta 
categoria. Os aparelhos estão cada vez mais sofisticados e acessíveis, o consumo atinge mais e mais pessoas de 
diferentes extratos sociais, mas o serviço está cada vez pior e com preços cada vez mais abusivos. Histórias de 
pessoas que ficam dias sem acesso à internet, por falta de assistência das operadoras, multiplicam-se. Sinais que 
despencam durante ligações telefônicas tornaram-se recorrentes. Agora mesmo, escrevo sem internet em casa, por 
causa do descaso da operadora. Isso ocorreu duas vezes em menos de um mês. Na primeira, foram três dias sem 
sinal e sem assistência técnica. Na segunda, o jeito foi cancelar a linha e contratar o serviço de outra empresa. 
Enquanto não instalam a nova linha, a internet do celular tem quebrado o galho, apesar de o sinal cair a toda hora. 
Um outro descompasso – este de ordem social – concerne as pessoas que não têm acesso às novas 
tecnologias e são obrigadas a usá-las a todo custo. É o caso de dona Geralda, que nasceu na roça e veio para a cidade 
trabalhar como faxineira. Hoje aposentada, vive com a irmã num bairro pobre e distante. Quando soube, no mês 
passado, que tinha direito a um benefício, a ser solicitado num órgão público, ela pegou dois ônibus e foi até lá. Depois 
de enfrentar a fila das prioridades, foi finalmente recebida pelo atendente que, em tom burocrático e ar displicente, lhe 
disse: “A senhora pode estar preenchendo o formulário na internet”. 
Confusa, dona Geralda disse que não tinha computador e nem sabia direito o que é internet. O rapaz insistiu: 
“É só pedir alguém para estar preenchendo para a senhora”. “Mas quem? Só tenho a minha irmã, que não mexe com 
essas coisas”, ela retrucou. “Então a senhora vai a um cybercafé, que lá eles fazem tudo. Tem um logo ali, na esquina.” 
– foi a resposta. E ela: “Sambacafé? O que é isso?”. O moço, então, despachou-a com impaciência, repetindo que o 
formulário tinha que ser preenchido pela internet e ponto final. A ele cabia a tarefa de fazer o cadastro, mas preferiu 
fazer andar a fila. 
Sim, algo está errado com o mundo. 
MACIEL, Maria Esther. Estado de Minas. Belo Horizonte, 18 set. 2012. Caderno Cultura. Disponível em: 
<http://impresso.em.com.br/>. Acesso em: 18.set.2012. 
 
6. “A ele cabia a tarefa de fazer o cadastro, mas preferiu fazer andar a fila. 
Sim, algo está errado com o mundo”. 
 
Nessa passagem, a autora mostra-se 
a) intransigente. 
b) impaciente. 
c) indignada. 
d) imparcial. 
 
7. O vocábulo “que” NÃO retoma um termo anterior a ele em: 
a) “Então a senhora vai a um cybercafé, que lá eles fazem tudo”. 
b) “É o caso de dona Geralda, que nasceu na roça e veio para a cidade trabalhar como faxineira”. 
c) “Um outro descompasso – este de ordem social – concerne as pessoas que não têm acesso às novas tecnologias 
e são obrigadas a usá-las a todo custo”. 
d) “Na semana passada, os jornais do mundo inteiro noticiaram, com alarde, o lançamento de um novo aparelho celular, 
desses que fazem de tudo e mais um pouco.” 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Esse texto do século XVI reflete um momento de expansão portuguesa por vias marítimas, o que demandava a 
apropriação de alguns gêneros discursivos, dentre os quais a carta. Um exemplo dessa produção é a Carta de Caminha 
a D. Manuel. Considere a seguinte parte dessa carta: 
 
Nela [na terra] até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muito bons ares 
assim frios e temperados como os de Entre-Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa 
que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode 
fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar. 
 
8. O trecho apresentado é preponderantemente descritivo. A classe de palavras que aparece associada a esse tipo 
textual é o adjetivo. São exemplos de palavras dessa classe, no texto, as seguintes: 
a) ...porém a terra em si é de muito bons ares... 
b) Águas são muitas e infindas. 
c) ...dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem... 
d) ...o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente... 
e) ...esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar. 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES: Buscando a excelência - Lya Luft 
 
Estamos carentes de excelência. A mediocridade reina, assustadora, implacável e persistentemente. Autoridades, altos 
cargos, líderes, em boa parte desinformados, desinteressados, incultos, lamentáveis. Alunos que saem do ensino 
médio semianalfabetos e assim entram nas universidades, que aos poucos – refiro-me às públicas – vão se tornando 
reduto de pobreza intelectual. 
 
As infelizes cotas, contras as quais tenho escrito e às quais me oponho desde sempre, servem magnificamente para 
alcançarmos este objetivo: a mediocrização também do ensino superior. Alunos que não conseguem raciocinar porque 
não lhes foi ensinado, numa educação de brincadeirinha. E, porque não sabem ler nem escrever direito e com 
naturalidade, não conseguem expor em letra ou fala seu pensamento truncado e pobre. [...] E as cotas roubam a 
dignidade daqueles que deveriam ter acesso ao ensino superior por mérito [...] Meu conceito serve para cotas raciais 
também: não é pela raça ou cor, sobretudo autodeclarada, que um jovem deve conseguir diploma superior, mas por 
seu esforço e capacidade. [...] 
 
Em suma, parece que trabalhamos para facilitar as coisas aos jovens, em lugar de educá-los com e para o trabalho, 
zelo, esforço, busca de mérito, uso da própria capacidade e talento, já entre as crianças. O ensino nas últimas décadas 
aprimorou-se em fazer os pequenos aprender brincando. Isso pode ser bom para os bem pequenos, mas já na escola 
elementar, em seus primeiros anos, é bom alertar, com afeto e alegria, para o fato de que a vida não é só brincadeira,que lazer e divertimento são necessários até à saúde, mas que a escola é também preparação para uma vida 
profissional futura, na qual haverá disciplina e limites – que aliás deveriam existir em casa, ainda que amorosos. 
 
Muitos dirão que não estou sendo simpática. Não escrevo para ser agradável, mas para partilhar com meus leitores 
preocupações sobre este país com suas maravilhas e suas mazelas, num momento fundamental em que, em meio a 
greves, justas ou desatinadas, [...] se delineia com grande inteligência e precisão a possibilidade de serem punidos 
aqueles que não apenas prejudicaram monetariamente o país, mas corroeram sua moral, e a dignidade de milhões de 
brasileiros. Está sendo um momento de excelência que nos devolve ânimo e esperança.(Fonte: Revista Veja, de 
26.09.2012. Adaptado). 
 
9. Sabe-se que o adjetivo é uma palavra que modifica o substantivo e que sua posição mais comum no português é 
a de suceder esse substantivo. Assinale o efeito de sentido que a autora consegue com o emprego do adjetivo 
antecedendo o substantivo em “as infelizes cotas” (2º parágrafo). 
a) produz uma sonoridade mais adequada ao trecho. 
b) provoca o estranhamento do leitor, pois algumas cotas são felizes. 
c) antecipa que nem todas as cotas são infelizes, como se poderia esperar. 
d) oferece pistas ao leitor de seu posicionamento crítico sobre o assunto das cotas. 
e) exemplifica a situação da educação do país, empregando inadequadamente o termo. 
 
10. No trecho – Alunos que saem do ensino médio semianalfabetos e assim entram nas universidades, que aos 
poucos – refiro-me às públicas – vão se tornando reduto de pobreza intelectual.(1º parágrafo) –, a palavra destacada 
refere-se 
a) a alunos que saem do ensino médio. 
b) às universidades. 
c) à pobreza intelectual. 
d) somente aos alunos semianalfabetos. 
e) aos alunos ingressantes nas universidades públicas. 
 
11. Assinale o pronome que corretamente substitui a expressão grifada no trecho – E as cotas roubam a dignidade. 
a) a 
b) as 
c) lhe 
d) na 
e) lha 
 
12. Assinale a classe de palavras correspondente a cada uma das palavras grifadas no trecho: A mediocridade reina, 
assustadora, implacável e persistentemente. 
a) adjetivo, advérbio, advérbio. 
b) advérbio, adjetivo, advérbio. 
c) advérbio, advérbio, adjetivo. 
d) adjetivo, adjetivo, adjetivo. 
e) advérbio, advérbio, advérbio. 
 
 
 
 
 
13. Substituindo-se o verbo haver por um sinônimo no trecho – ...a escola é também preparação [...], na qual haverá 
disciplina e limites –, o resultado correto e similarmente gramatical será: a escola é também preparação [...], 
a) na qual se manifestaram disciplina e limites. 
b) na qual existirão disciplina e limites. 
c) na qual se surpreende disciplina e limites. 
d) na qual se terá disciplina e limites. 
e) na qual teriam disciplina e limites. 
 
14. TEXTO I 
Antigamente 
 
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos 
braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. 
Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as 
plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que 
não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer 
todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram 
um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as 
barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pudesse tudo 
em pratos limpos, ele abria o arco.ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de janeiro: nova Aguilar, 1983 (fragmento). 
 
TEXTO II 
 
Palavras do arco da velha 
 
Expressão Significado 
Cair nos braços de Morfeu Dormir 
Debicar Zombar, ridicularizar 
Tunda Surra 
Mangar Escarnecer, caçoar 
Tugir Murmurar 
Liró Bem-vestido 
Copo d’água Lanche oferecido pelos amigos 
Convescote Piquenique 
Bilontra Velhaco 
Treteiro de topete Tratante atrevido 
Abrir o arco Fugir 
FLORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado). 
 
Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais 
outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que 
a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano. 
b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu. 
c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal. 
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente. 
e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada. 
 
15. (...) 
O segundo exemplo é de conhecimento de muitos: uma peça publicitária que, para enaltecer as qualidades de um 
carro, compara dois atores, um considerado um grande ator e o outro, um ator grande. Nesse comercial, é um brasileiro 
que se presta a ocupar o lugar de ator grande (com atuação considerada muito ruim em sua profissão). Foi dessa 
maneira que ele saiu do ostracismo e voltou a ser "famoso". Muitos jovens enalteceram a coragem do moço, sua beleza 
e o dinheiro que ele ganhou para fazer parte dessa campanha. (...) 
(SAYÃO, Rosely. Folha de São Paulo, 13/09/2011) 
 
No excerto acima, ao fazer um jogo de palavras com “ator grande” e “grande ator”, a autora produz diferentes efeitos 
de sentido. A alteração da ordem das palavras só não produz mudanças de sentido em: 
a) pobre homem. 
b) estrela esportista. 
c) poesia simples. 
d) novo modelo. 
e) homem algum. 
 
 
 
 
16. A morte do lápis e da caneta 
 
Boa notícia para as crianças americanas. Vai ficando optativo, nos Estados Unidos, escrever em letra de mão. Um dos 
últimos a se renderem aos novos tempos é o Estado de Indiana, que aposentou os cadernos de caligrafia agora em 
julho. 
O argumento é que ninguém precisa mais disso: as crianças fazem tudo no computador e basta ensinar-lhes um pouco 
de digitação. Depois do fim do papel, o fim do lápis e da caneta! Tem lógica, mas acho demais. Sou o primeiro a 
reclamar das inutilidades impostas aos alunos durante toda a vida escolar, mas o fim da escrita cursiva me deixa 
horrorizado. 
A máquina de calcular não eliminou a necessidade de se aprender, ao menos, a tabuada; não aceito que o teclado 
termine com a letra de mão. A questão vai além do seu aspecto meramente prático. A letra de uma pessoa é como o 
seu rosto. Como todo mundo, gosto de ver como é a cara de um escritor, de um político, de qualquer personalidade 
com quem estou travando contato - e logo os e-mails virão com o retrato do remetente, como já acontece no Facebook. 
(COELHO, Marcelo. Folha de São Paulo, 20/07/2011) 
 
Nesse artigo, o autor se propõe a contradizer a tese de que escrita cursiva 
a) represente um traço de identidade dos indivíduos. 
b) seja obsoleta num mundo imerso na cultura digital. 
c) constitua importante ferramenta pedagógica que estimula o raciocínio. 
d) ainda apresente alguma utilidade no mundo moderno, imerso na tecnologia. 
e) continue a ser ensinada nas escolas porque os cadernos foram substituídos pelo computador. 
 
17. Juliana, seu namorado Ricardo e mais alguns amigos do curso de gastronomia que ela frequenta alugaram uma 
casa de praia para passar as férias de verão. Durante o café da manhã, enquanto todos estavam sentados _________ 
mesa, Juliana percebeu que Ricardo não se servia dos diversos tipos de queijo que ela havia levado. 
— Escolhi com muito capricho essesqueijos, você não os experimenta _________? 
— _________, infelizmente, tenho intolerância à lactose, portanto devo evitar alguns alimentos. 
— Sorte sua não ser um apaixonado por gastronomia! 
 
Assinale a alternativa cujas palavras completam, correta e respectivamente, o texto a seguir. 
a) à – por quê – Porque 
b) à – por que – Por que 
c) à – porque – Por que 
d) na – por quê – Porque 
e) na – por que – Porque 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Uma campanha alegre, IX 
 
Há muitos anos que a política em Portugal apresenta este singular estado: 
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder, perdem o Poder, 
reconquistam o Poder, trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos, como uma pela* que quatro crianças, 
aos quatro cantos de uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos. 
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder, esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres 
de todos os outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da Fazenda, a ruína do País! 
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros 
liberais, os salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses do País. 
Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem tudo o que podem para continuar a ser os 
esbanjadores da Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E os que não estão no Poder movem-se, 
conspiram, cansam-se, para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros liberais, e os interesses do 
País! 
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os verdadeiros liberais, entram triunfantemente na 
designação herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto que os que caíram do Poder se resignam, 
cheios de fel e de tédio — a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País. 
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que 
não tenha sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País... 
Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado a pedir a demissão, pelas acusações mais graves 
e pelas votações mais hostis... 
Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra 
dos oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa constitucional do poder moderador... 
E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que continuarão dirigindo o País, neste caminho em que 
ele vai, feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto** tão triunfante! 
 
(*) Pela: bola. 
(**) Chouto: trote miúdo. 
(Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].) 
 
 
18. ... cheios de fel e de tédio... 
 
Nesta passagem do sexto parágrafo, o cronista se utiliza figuradamente da palavra fel para significar 
a) rancor. 
b) eloquência. 
c) esperança. 
d) medo. 
e) saudade. 
 
19. Assinale a alternativa cuja frase contém um numeral cardinal empregado como substantivo. 
a) Há muitos anos que a política em Portugal apresenta... 
b) Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente possuem o Poder... 
c) ... os cinco que estão no Poder fazem tudo o que podem para continuar... 
d) ... são tirados deste grupo de doze ou quinze indivíduos... 
e) ... aos quatro cantos de uma sala... 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Não interessa aqui discutir se cabe considerar a chegada dos europeus ao continente americano, em 1492, 
como descoberta, encontro ou o que seja: questão, no geral, mais esterilizante que produtiva. O fato é que, naquele 
ano, os europeus se deram conta da existência de uma porção vasta de terra 1até então desconhecida e habitada por 
homens diferentes dos da Europa. O navegador Cristóvão Colombo (1451-1506), responsável por viabilizar tal 
encontro, achou que estava chegando no Oriente: com base nas medidas adotadas pelo astrônomo árabe do século 
9, Abu al-Farghani, calculou mal o tamanho do grau, unidade na qual se dividia a esfera terrestre, e ainda errou ao 
converter a milha árabe para a milha italiana. 
O grego Ptolomeu (90-168) e toda a escola de Alexandria lhe teriam servido melhor, mas se calculasse bem, 
o genovês não teria chegado onde chegou. Mesmo porque a imaginação, encharcada de relatos sobre terras 
fantásticas e da obsessão por monstros, o guiava tanto ou mais que o conhecimento ‘científico’. Encontrar tais monstros 
era fundamental, com a tradição rezando que sua presença augurava riquezas. Foi grande o desapontamento de 
Colombo quando os naturais das ilhas do Caribe lhe disseram que nunca tinham visto 2tais seres. Conforme a realidade 
contradizia o que 3lhe ia pela cabeça, o navegador substituía elementos: na falta dos súditos do Grande Cã, levou para 
a Espanha os ‘índios’ de Hispaniola; em vez das sedas e dos brocados, exibiu aos reis católicos as máscaras estranhas 
e cintos feitos de osso de peixe; no lugar das presas de elefantes ou unicórnios, ostentou papagaios verdes. [...] 
Ao longo do século 16, Colombo já morto, cresceu na Europa a consciência da magnitude das transformações 
provocadas por aquelas terras novas, ignoradas pelos autores antigos e capazes de mostrar quanta coisa escapara a 
4sua sabedoria. O nome do Novo Mundo ainda flutuava, cada vez mais sendo identificado ao de outro navegador, o 
florentino Américo Vespúcio (1454-1512). Ao léxico faltava capacidade para exprimir tanta coisa nova e estranha, daí 
recorrer-se primeiro ao que era familiar e conhecido. As palavras não bastavam para um desesperançado Gonzalo de 
Oviedo descrever a plumagem brilhante dos pássaros americanos, nem para Jean de Léry contrastar o semblante dos 
tupinambás da costa brasílica, tão diferentes dos europeus: quem quisesse “desfrutar do prazer de 5os conhecer”, 
afirmou este, teria de “visitá-los no seu país”. Ao dedicar sua Historia General de Las Indias ao imperador Carlos V, em 
1553, Francisco Gómara escreveu bombasticamente: “O maior acontecimento desde a criação do mundo (excluindo a 
encarnação e a morte d’Aquele que o criou) foi a descoberta da Índia”. 
(SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a América e o Conhecimento. Ciência Hoje, julho 2011, p. 83.) 
 
20. Assinale a alternativa que não relaciona de forma adequada a expressão grifada com a informação que essa 
expressão retoma. 
a) “até então” (ref.1) = ano de 1492. 
b) “sua sabedoria” (ref.4) = de Colombo. 
c) “tais seres” (ref.2) = monstros. 
d) “lhe ia pela cabeça” (ref.3) = Cristóvão Colombo. 
e) “os conhecer” (ref.5) = seres da costa brasílica. 
 
Máster – lista 12 
 
1. O poder da vírgula 
Numa prova de português do ensino fundamental, ante a pergunta sobre qual era a função do apóstrofo, um aluno 
respondeu: "Apóstrofos são os amigos de Jesus, que se juntaram naquela jantinha que o Leonardo fotografou". 
A frase, além de alertar sobre os avanços que precisamos na excelência da educação, é didática quanto aos cuidados 
no uso da língua portuguesa, preciosidade que herdamos dos lusos, do galego e do latim. 
O erro gritante que o aluno cometeu ao confundir dois termos com sonoridade parecida foi agravado com a colocação 
da vírgula depois de "amigos de Jesus". 
(Josué Gomes da Silva, Folha de S. Paulo, 02/09/2012) 
 
 
 
A respeito da falha de pontuação cometida pelo aluno, é correto afirmar que o emprego da vírgula 
a) revela o caráter restritivo da expressão antecedente, indicando uma pausa desnecessária. 
b) permite subentender que os apóstolos mencionados não eram os verdadeiros amigos de Jesus. 
c) produz uma informação incoerente, pois indica que os apóstolos eram os únicos amigos de Jesus. 
d) expressa desrespeito à figura religiosa, pois o aposto está associado a necessidades mundanas. 
e) provoca uma ambiguidade, pois o pronome relativo pode se referir a “amigos” ou “Jesus”. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A questão toma por base um texto de Millôr Fernandes (1924-2012). 
Os

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