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HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA

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HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA (HFI)
INTRODUÇÃO
A HFI é definida como uma lesão proliferativa não neoplásica, de origem reacional, apresentando tecido conjuntivo fibroso em resposta a uma irritação local ou por traumatismo crônico de baixa intensidade, causada normalmente por próteses mal adaptadas ou por hábitos parafuncionais.
CARACTERISTICAS CLÍNICAS
Clinicamente, a HFI surge como uma lesão exofítica ou elevada bem definida, de consistência variando entre firme à flácida à palpação, superfície lisa, com base séssil ou ocasionalmente pediculada, coloração variando de semelhante à mucosa adjacente a eritematosa, de crescimento lento e geralmente assintomático. sendo assintomática na maioria dos casos ou com queixa de dor, caso a área esteja ulcerada ou sobreposta por infecção fúngica por Cândida sp.
ETIOLOGIA
Além da influência de próteses mal adaptadas no aparecimento dessa lesão, enquadram-se, como fatores etiológicos, diastemas, bordos cortantes de dentes, procedimentos iatrogênicos e higiene bucal inadequada. O uso de próteses totais imediatas, através da reabsorção óssea da crista alveolar e da cicatrização do alvéolo, que ocorrem após o processo cirúrgico, pode provocar a desadaptação da prótese, ocasionado, assim, a hiperplasia fibrosa inflamatória
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da HFI é definido por meio das características clínicas da lesão, entretanto a confirmação histopatológica da hiperplasia fibrosa inflamatória pode se tornar necessária para a conclusão do diagnóstico.
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS
A lesão apresenta as seguintes características histopatológigas: epitélio pavimentoso estratificado, que envolve tecido conjuntivo fibroso hiperplásico, com número elevado de fibras colágenas, apresentando também alto grau de células inflamatórias crônicas e quantidade 
variável de vasos sanguíneos, sendo que o epitélio pode ser ceratinizado ou não.
TRATAMENTO
Em alguns casos, pode ocorrer a remissão espontânea de lesões pequenas após a remoção do agente causal, quando isso não ocorre, há necessidade de abordagem com procedimento cirúrgico eletivo. Na maioria dos casos o tratamento mais comumente utilizado da HFI é a remoção cirúrgica a frio com o uso de bisturi.Porém, essa técnica cirúrgica muitas vezes acarreta diminuição da profundidade do sulco de vestíbulo e consequentemente leva à perda do vestíbulo oral, tornando-se necessária nova abordagem cirúrgica para reversão desse quadro com o aprofundamento do vestíbulo e não união das bordas cirúrgicas. Mas, a ausência de suturas na ferida cirúrgica pode dificultar a hemostasia, principalmente em pacientes com discrasias sanguíneas ou em uso de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários . Outra associação comum a essa técnica cirúrgica é à dor pós-operatória e ao desconforto durante a fala, a mastigação e a alimentação comparada às demais técnicas cirúrgicas. Outras alternativas para o tratamento da HFI são a remoção utilizando eletrocautério, crioterapia, e recentemente a utilização dos lasers cirúrgicos. 
FONTE: estomatologiaonline.ne
FONTE:
DE JESUS, Alessandro Oliveira. Comparação da eficácia e segurança do laser cirúrgico de diodo com o eletrocautério no tratamento da hiperplasia fibrosa inflamatória. 2018.
FALCÃO, Antônio Fernando Pereira et al. Hiperplasia fibrosa inflamatória: relato de caso e revisão de literatura. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, v. 8, n. 2, p. 230-236, 2009.
SANTOS, Marconi Eduardo Sousa Maciel; COSTA, Wilson Rodrigo Muniz. TERAPÊUTICA CIRÚRGICA DA HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA-RELATO DE CASO SURGICAL THERAPY OF FIBROUS INFLAMMATORY HYPERPLASIA: A CASE REPORT. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, v. 4, n. 4, p. 241-245, 2004.

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