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Introdução à Fisiologia

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Introdução à Fisiologia 
A fisiologia vai trazer além do estudo do funcionamento, estudando as funções do organismo vivo, 
componentes incluindo processos químicos e físicos. Temos que saber a relação do componente com 
o funcionamento do determinado sistema. Aristóteles dizia que a boa saúde estava associada ao 
equilíbrio, ou seja, nem menos e nem muito (dietas que tem restrição absurdas não serão boas para o 
organismo de acordo com Aristóteles.) O corpo tem a necessidade de alguns elementos que precisam 
ser ofertados e se caso não forem ofertados o corpo vai começar a entender que ele tem que começar 
a diminuir o consumo e vai levar à uma mudança desse comportamento, porque ele está acostumado 
com uma determinada demanda, a partir do momento que essa demanda muda ele entra em um 
mecanismo adaptativo (estocando). A partir do momento em que se como um determinado alimento 
em excesso, o lógico seria eliminar (não preciso daquilo, jogo fora), só que o corpo não faz isso por 
conta de já ter entrado em um processo adaptativo, onde a necessidade biológica desse organismo já 
passou por períodos onde se ele não estocasse, o organismo estava com uma alta probabilidade de 
risco de óbito. 
Dentro do processo evolutivo, o organismo sabe que ele tem a necessidade de estocar certos 
elementos que são imprescindíveis para o nosso sistema, sendo um deles a glicose por conta da 
geração de energia para célula que é um alto consumidor. O organismo sabe que se continuar no 
mesmo ritmo, o consumo não vai ser da mesma função que a nossa demanda, ocorrendo uma 
mudança nos funcionamentos. “A constância do meio interno é a condição para a boa saúde.” 
(Claude Bernard). Constância do meio interno seria o equilíbrio, o corpo pode passar por 
mecanismos diferenciados do processo de repouso, só que a tendência do corpo é sempre retornar 
para o processo de equilíbrio. 
A partir do momento que a pessoa tem o estresse crônico (dificulta o retorno), tira o indivíduo da 
faixa de equilíbrio, modifica o organismo para poder enfrentar diversas situações, mas sempre com a 
possibilidade de retornar a constância do meio que gera esse equilíbrio. Estresse pode dar diabete, 
infarto, pode engorda. É considerado um processo de retirada do meio da constância do meio interno 
e a dificuldade do retorno para o processo de equilíbrio. 
A função do mecanismo de tratamento é restabelecer o funcionamento adequado daquele organismo 
(Obesidade: desequilíbrio que traz vários fatores que podem aumentar a probabilidade de várias 
doenças cardiovasculares.) 
O funcionamento do organismo ocorre da seguinte maneira: (o organismo está inserindo dentro de 
um ambiente), o oxigênio está no ambiente externo e precisa chegar em determinadas células, então 
ele precisa adentras o sistema respiratório que terá uma relação com o sistema vascular para atingir 
o sangue, precisando ser transportado (hemoglobina ou dissolvido), sendo levado até as células só 
que ocorre uma troca que não é diretamente com a célula, assim ele faz contato com o líquido 
intersticial para poder adentrar na célula. É transportado para ser consumido, só que a célula é uma 
indústria, que há o consumo e a produção de produtos que consequentemente vai ter produtos sendo 
produzidos que precisam voltar para a corrente sanguínea (CO2), voltar para o sistema respiratório 
para poder ser eliminado do corpo. No sistema, tanto o O2 quanto o CO2 são dependentes de 
transporte, seja ele transporte passivo ou ativo. A partir do momento em que não tiver uma 
possibilidade de transporte, esse O2 não chega até a célula. 
O principal problema de um paciente anêmico é a quantidade de hemoglobina e hemácia baixas e o 
ferro (faz ligação para transporte passivo). A partir do momento em que há o ferro na hemoglobina e 
ele é capaz de se associar a uma molécula de oxigênio, consegue fazer o transporte desse O2, não 
podendo fazer uma ligação forte para que haja uma fácil dissociação para poder entras dentro da 
célula. Se caso for uma ligação forte o oxigênio vai ficar circulando. Tudo é um mecanismo 
facilitador de acesso desse oxigênio dentro das células. A partir do momento em que o organismo 
chega no líquido intersticial ele precisa adentrar a célula, assim o transporte ativo vai ajudar na 
adesão celular. Se houver um desequilíbrio no mecanismo de transporte, a célula entra com um 
mecanismo de lesão, ou seja, nada adianta estar cheio de O2 no ambiente, se não houver um bom 
funcionamento do organismo. 
O paciente que está anêmico, não irá conseguir transportar o O2, mas tudo vai depender do grau de 
anemia e a idade do paciente portador. A partir do momento em que se tem um desequilíbrio no 
processo em relação ou integração do sistema, isso vai gerar um processo patológico, assim devemos 
aumentar a hemoglobina e as hemácias do paciente (descobrindo o que está levando a este 
problema), entrando em um mecanismo de tratamento desse paciente. 
Processo homeostático: equilíbrio (necessidade do funcionamento da célula) do meio interno, ~56% 
do corpo humano adulto são formados por líquido, por isso há uma grande preocupação com a 
questão da hidratação, principalmente em bebês e idosos por conta da alta facilidade de desidratação 
(provoca vários distúrbios, sinais e sintomas, afinal todo o estímulo vai emitir uma resposta que 
estará relacionada ao estímulo que foi aplicada). Nesse líquido 2/3 estão dentro da célula e 1/3 estão 
na região extracelular, portanto a nossa célula é banhada pelo líquido extracelular. Por mais que 
tenha um mecanismo de justaposição entre as células, há uma passagem de líquido extracelular por 
conta da célula ser consumidora de produto mas também é produtora de elementos, consumindo uma 
quantidade deles mas também produzir uma determinada quantidade de elementos. Esse equilíbrio 
do meio interno só vai acontecer e se manter enquanto estiverem disponíveis as condições 
adequadas. Para ter o equilíbrio de homeostase da célula, é preciso ter uma determinada 
concentração de determinados íons dentro e fora. 
OBS: íons é mais difícil de atravessar a membrana plasmática, por conta do tamanho e elementos de 
carga, acaba dificultando o mecanismo de transporte, assim vão precisar de um tipo de transporte 
específico para aquele sistema, não ocorrendo a simples difusão. Terá a dependência de uma proteína 
transportadora ou carreadora (que precisa ser produzida). Portanto, se tiver uma deficiência de 
proteína para transporte, não acontece. 
Resistência à insulina é a capacidade de transporte da glicose (C6H12O6) para dentro da célula. Pode 
haver a produção de insulina, mas não consegue se associar ao agente receptor que faz o transporte 
de glicose para dentro da célula. 
O líquido extracelular é transportado por todas as partes do corpo seguindo duas etapas, é necessário 
a movimentação sanguínea (bombeamento, levado para toda a região do corpo) e movimentação de 
líquidos entre os capilares e as células (a partir de uma estrutura muito mais fina é possível realizar a 
troca). A troca é constante e a movimentação de líquidos entre as células também é importante, 
precisando fazer com que os elementos que foram produzidos por essa célula, para que não fiquem 
paradas naquele lugar, para ter aceso ao vaso. A movimentação está acontecendo a partir de um 
processo altamente dinâmico, então a própria passagem do sangue oferta elementos para uma 
determinada área e ao mesmo tempo retira elementos benéficos para essa área. O mecanismo tem 
que ser contínuo porque a partir do momento em que se aumenta determinados elementos no corpo 
que não são benéficos, também irá levar à um processo patológico. 
O líquido intersticial é o que estará banhando a célula. Há a necessidade do transporte de sangue e 
além disso há uma movimentação desse líquido entre as células e os capilares. O oxigênios está 
sendo trazido, assim ele tem que se desassociar da hemoglobina, caindo nolíquido intersticial para 
depois adentrar a célula. Já no caminho inverso a produção de CO2 vai para o líquido intersticial 
para depois adentrar os vasos e para ser transportado e levado até os alvéolos, sendo eliminado na 
forma de CO2. 
O processo de homeostase é a manutenção das condições estáticas ou constantes do meio interno 
(possibilidade de se manter um equilíbrio seja em condições estáticas ou constantes dentro desse 
meio). Ex: pulmão fornece oxigênio para o líquido extracelular (estando em contato com a célula, irá 
ofertar o O2) / rins mantém constantes as concentrações iônicas. Nosso corpo é um processo de 
oferta e produção com a capacidade de se manter sempre uma manutenção de condições de 
equilíbrio. 
Atletas que jogam em grandes altitudes: quanto mas sobe, mas rarefeito é, consequentemente a 
pressão de O2 está menor. Diminuir a pressão de O2 significa que o paciente tem dificuldade de 
levar esse O2 para dentro do corpo. Houve a diminuição de oferta de O2, consequentemente o corpo 
terá que entrar em um mecanismo de adaptação. A primeira resposta que os atletas irão apresentar é 
o aumento de hemácias, além do aumento de frequência cardíaca e respiratória (aumenta acúmulo de 
O2). 
O mecanismo não é puramente relacionado ao processo de transporte e pode estar vinculado a 
participação de hormônios. A hipófise entra em um mecanismo de manutenção dos hormônios, tendo 
ação na tireóide (T3, T4 e calcitonina), suprarrenal (cortisol, testosterona e aldosterona) e gônodas 
(testosterona). Esse mecanismo está vinculado a todo o sistema, tendo uma ação mais hormonal, 
tendo um auxílio na manutenção da homeostase. 
Membrana Plasmática: constituída de uma bicamada fosfolipídia e uma camada de proteína (auxiliar 
o mecanismo de transporte). Para manter em homeostase, pode-se apresentar uma mudança externa, 
que vai tirar o organismo do processo de homeostase e pode-se ter uma disfunção interna, 
consequentemente será mudado o processo homeostático. A mudança interna vai resultar em uma 
perda de homeostase, levando ao desencadeamento de respostas de compensação, assim o corpo 
entra em um mecanismo adaptativo para retornar o processo homeostático. O desencadeamento de 
respostas de compensação pode ter duas vias: sucesso na compensação e mantém o processo de 
saúde ou ele tem uma falha na compensação e entra em um mecanismo de doença. O corpo tem um 
mecanismo para responder um certo tipo de estímulo, tudo vai depender da resposta que o organismo 
vai dar. Dentro do nosso meio, somos expostos a grandes quantidades de micro organismos, a partir 
do corpo que não tem uma alta resposta imunológica, começa a entrar com o processo de doença, a 
todo o momento estaremos sendo retirados do processo de homeostase (sempre sendo expostos a 
várias variações).

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