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Termos, Classificação e avaliação dos alimentos, Métodos de avaliação da composição - NUTRIÇÃO ANIMAL 1

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NUTRIÇÃO ANIMAL 
 
 
Produtividade animal depende: 
Aproveitamento dos nutrientes ingeridos (alimentação), 
Sanidade, Manejo, Potencial genético. 
 
 
 
Nutrição: Ciência que estuda fenômenos bioquímicos e 
fisiológicos mediante os quais os alimentos ingeridos 
pelos animais são digeridos e os produtos de digestão 
são absorvidos e metabolizados para atender suas 
exigências de mantença e produção. 
 
Alimentação: É um ramo da nutrição que estuda os 
alimentos e os nutrientes que estes contém. Envolve 
escolha, preparo e fornecimento do alimento ao animal. 
Ato ou efeito de alimentar-se. 
 
Alimento: É todo ingrediente presente na dieta ou 
substâncias que podem ser ingeridas, parcialmente ou 
totalmente digeridas e assimiladas constituídas por 
produtos de origem animal, vegetal, de subprodutos 
preparados a partir destes, e também de substâncias 
sintéticas usadas para suplementar os alimentos 
naturais, contribuindo para a manutenção e produção 
dos animais. É todo o material normalmente consumido 
pelos animais e que fornece nutrientes. 
 
Os alimentos não têm a mesma composição, logo não 
são iguais. Os alimentos não são completos, logo sempre 
há falta ou excesso de algum princípio. Exceção se faz 
para o leite, que atende os requerimentos do lactante 
na fase inicial embora apresente certa deficiência em 
ferro, e do ovo que atende as necessidades do pinto 
quando embrião. 
*Quanto maior a conversão alimentar, pior. 
 
Nutrientes: Constituintes dos alimentos, de igual ou 
semelhante composição química que auxiliam na 
manutenção da vida e produção. São compostos 
químicos ou grupos de compostos que sendo ingeridos 
com os alimentos podem ser aproveitados no organismo 
preenchendo alguma função nutricional. São utilizados 
na síntese de compostos no organismo animal ou 
queimados para a produção de energia. 
 
Nutriente digestível: É a fração possível de ser digerida 
pelo animal, ou seja, a fração que não é eliminada nas 
fezes. Alimentos com mesma composição bruta (ex. PB), 
mas com coeficientes de digestibilidade distintos terão 
aproveitamento diferente (PD). Ex.: proteína digestível, 
gordura digestível. 
 
Nutriente digestível total: É uma das formas de 
expressar a concentração energética dos alimentos e 
representa o somatório das frações orgânicas 
digestíveis, fazendo-se a correção para a fração gordura, 
isto é, %NDT = proteína digestível + fibra digestível + 
extrativo não nitrogenado digestível + (gordura 
digestível x 2,25). Normalmente encontra-se expresso 
em porcentagem. 
%NDT = PD + FD + ENND + (EED X 2,25) 
Gordura libera 9 kcal EB/g enquanto PB, FB, ENN liberam 
4 kcal/g. 
 
Degradabilidade ruminal: Estima o desaparecimento do 
substrato (alimento). Seja por degradação microbiana, 
hidrólise ou simples solubilização. Quanto do alimento 
foi degradado no rúmen. Quantidade de alimentos que 
se disponibilizam para o ambiente ruminal. Importante: 
nutrição do animal e também dos microrganismos do 
rúmen. 
 
Digestibilidade: É a fração do alimento aparentemente 
aproveitada pelo animal, ou seja, a diferença entre a 
quantidade ingerida e a excretada. Este parâmetro pode 
ser determinado através de ensaios de digestibilidade 
“in vivo” ou estimado através de técnicas laboratoriais. 
 
Ração: É o total de alimento que um animal recebe em 
24 horas. Mistura composta por ingredientes e aditivos, 
destinada à alimentação do animal de produção, que 
constitua um produto de pronto fornecimento e capaz 
de atender às exigências nutricionais dos animais a que 
se destine. 
Dieta: É a enumeração dos alimentos que o animal 
ingere. Constituintes que compõem a ração. 
Ração balanceada: Deve conter todos os nutrientes 
exigidos pelo animal para satisfazer as exigências de 
acordo com raça, sexo, idade, fisiologia, produção, 
objetivo.. 
 
Refeição: é a parte da ração distribuída e consumida de 
cada vez. > nº refeições, > eficiência utilização 
 
Granulometria: Usada para caracterizar o tamanho dos 
grânulos de um produto moído. Sua importância está no 
tamanho das partículas, assim como a sua uniformidade 
(devem ser o mais indicado para mistura e para 
consumo). É avaliada pelo diâmetro geométrico médio 
(DGM), em milímetros ou mícrons. 
De acordo com a peneira do moinho, a granulometria 
pode variar de muito fina a muito grossa, mas esta 
forma de classificação pode ser considerada falha por 
não permitir a identificação da peneira ou 
granulometria. Fatores como a abertura dos furos da 
peneira, área de abertura da mesma, potência do motor, 
número e distância entre os martelos e a peneira, vazão 
de moagem, teor de umidade dos grãos e desgaste do 
moinho podem alterar a granulometria final. 
 
DGM (diâmetro geométrico médio) µm 
 
 
NORMAS OU TABELAS DE ALIMENTAÇÃO 
São guias para a correta formulação de rações. 
Descrevem quantidades de nutrientes e energia que 
devem ser incluídos nas rações para atender as 
exigências de acordo com a espécie animal, categoria, 
nível de produção, sexo, idade, peso vivo, ambiente. 
Apresentam também a composição dos alimentos. 
 
Exigências nutricionais 
São especificações das quantidades de nutrientes que 
devem ser incluídos nas rações de acordo com: espécie 
animal, categoria, sexo, peso vivo, condição corporal, 
propósito de ganho, ambiente de criação, idade, nível de 
produção.... 
Valores de tabelas provenientes de trabalhos de 
pesquisa. Exemplo, diferenças não-ruminantes e 
ruminantes devido à: Síntese proteína microbiana à 
partir proteína ou outras fontes N, Síntese proteínas 
complexo B e K, Melhor aproveitamento CHO estruturais 
e hemicelulose, Não ruminantes exigência em 
aminoácidos digestíveis. 
 
Importância da ração balanceada: estimar as exigências 
nutricionais do animal para promover um melhor 
balanço de nutrientes. 
Levantar e quantificar os alimentos já disponíveis, 
passando depois para o cálculo de nutrientes fornecidos. 
Relacionar a composição química e o valor energético 
dos alimentos a serem utilizados. 
Proceder com o balanceamento da ração para atender 
às exigências do animal e garantir o desempenho 
esperado. 
Verificar se todas as exigências nutricionais foram 
atendidas. 
 
Classificação dos alimentos 
De acordo com utilização, composição química, registro: 
• Volumoso • Concentrado • Mineral • Vitamina • 
Aditivos 
 
Volumoso: Alimento que possui alto teor de fibra 
(>=18% FB na MS). Exemplos: feno de alfafa, campo 
nativo, silagem de milho, pastagem de aveia.. • Ex 
pastagem aveia+azevém com 3% FB e 14% MS o que 
seria 21,4% FB na MS. 
*NDT < 60%. Composição bromatológica varia com 
desenvolvimento plantas. Planta jovem em geral: 
< MS, > PB, < FB, > CHO solúveis. Escolher melhor fase. 
 
Concentrado: Alimento que possui baixo teor de fibra 
(<=18% FB na MS) e alto teor em proteína ou energia. 
*NDT >60%. Classificados como: Energéticos e Proteicos. 
 
Concentrado energético: – 18% FB na MS e – 20% PB na 
MS. Grãos cereais, subprodutos, gorduras. Exemplos: 
milho, sorgo, cevada, centeio, aveia, cevada , arroz e 
seus subprodutos. 
 
Concentrado protéico: – 18% FB na MS e > 20% PB na 
MS. Divididos em produtos de origem vegetal e de 
origem animal. Exemplos: soja, algodão, amendoim, 
girassol, farinha de carne, carne e osso, sangue, vísceras, 
peixes, penas. 
 
Suplemento mineral: composto por minerais (micro 
e/ou macro). Na forma isolada ou misturas. 
Suplemento vitamínico: composto por vitaminas. 
(suplemento é a mistura composta por ingredientes ou 
aditivos, podendo conter veículo ou excipiente que deve 
ser fornecido diretamente aos animais para melhorar o 
balanço nutricional, quando se tratar de suplementos 
minerais destinados à alimentação de ruminantes, estes 
também poderão ser indicados para diluição. 
 
 
Aditivos: Substância que é ou não nutriente mas que, 
quando acrescido à dieta, pode produzirefeito benéfico 
na produção animal. (animais saudáveis). Ex. 
palatabilizante, pigmentante, enzima exógena, 
probiótico, prebiótico, antioxidante, adsorvente... 
 “Substância, microrganismo ou produto formulado, 
adicionado intencionalmente aos produtos, que não é 
utilizado normalmente como ingrediente, tenha ou não 
valor nutritivo e que melhore as características dos 
produtos destinados à alimentação animal dos produtos 
animais, melhore o desempenho dos animais sadios ou 
atenda às necessidades nutricionais” ou que tenha 
efeito anticoccidiano. 
Os aditivos são classificados como tecnológicos, 
sensoriais, nutricionais e zootécnicos. 
 
Para registro ou fabricação de produto para alimentação 
animal: 
- Ingrediente ou matéria prima: componente ou 
constituinte de qualquer combinação ou mistura 
utilizado na alimentação animal que tenha ou não valor 
nutricional, podendo ser de origem vegetal, animal, 
mineral, além de outras substâncias orgânicas e 
inorgânicas. 
- Premix: é a pré-mistura de aditivos e veículo ou 
excipiente, que facilita a dispersão em grandes misturas, 
que não pode ser fornecida diretamente aos animais. 
- Núcleo: é a pré-mistura composta por aditivos e 
macrominerais contendo ou não veículo ou excipiente, 
que facilita a dispersão em grandes misturas, que não 
pode ser fornecido diretamente aos animais. 
- Concentrado: é a mistura composta por ingredientes 
ou aditivos que, quando associada a outros ingredientes, 
em proporções adequadas, constitua uma ração. 
 
 
 
 
 
Proibido em todo o território nacional a produção, 
comercialização e utilização de produtos destinados à 
alimentação de ruminantes que contenham em sua 
composição proteínas e gorduras de origem animal. 
 
AVALIAÇÃO DOS ALIMENTOS 
Revisão dos conceitos: 
- Ingrediente/alimento: ingrediente presente na dieta ou 
substâncias que podem ser consumidas, parcialmente 
ou totalmente digeridas e assimiladas fornecendo 
nutrientes. Produtos de origem animal, vegetal, 
subprodutos, substâncias sintéticas usadas para 
suplementar os alimentos naturais. 
- Nutriente: são compostos químicos ou grupos de 
compostos que sendo ingeridos com alimentos podem 
ser aproveitados preenchendo alguma função 
nutricional (CHO, proteína, gordura, mineral, vitamina, 
água). 
- Exigências nutricionais: especificações de quantidades 
de nutrientes que devem ser incluídos nas rações de 
acordo com espécie animal, categoria, sexo, peso vivo, 
condição corporal, propósito de ganho, ambiente de 
criação, idade, nível de produção. Valores de tabelas 
provenientes de trabalhos de pesquisa. 
 
Métodos para avaliação da composição dos alimentos: 
Método de Weende ou análise proximal: 
- Separa alimentos em frações que contenham 
substâncias com alguma propriedade em comum 
permitindo análises químicas do grupo (não de 
nutrientes). 
 
 
 
 
 
 
Porcentagem: Matéria seca, matéria mineral (cinzas), 
proteína bruta, extrato etéreo (gordura), fibra bruta e 
extrativo não nitrogenado. 
Matéria seca: 
- Pré-secagem em estufa a 55°C (alimentos úmidos). 
- Grãos, farelos e rações (somente secagem). 
MS = 100% - umidade ou água 
- Importante para: 
Conservação (muita umidade – fermentação) 
Comparação entre alimentos 
Calcular quantidade fornecida matéria seca para 
ruminantes. 
 
Matéria mineral (cinzas): 
- Resíduo inorgânico de uma amostra incinerada, ideia 
de composição mineral, mufla de 600°C. 
- Permite analisar Ca e P 
- Importante para farinhas de carne e ossos (não ter 
muito osso aumenta a proteína bruta) 
MO = 100% - MM 
 
Proteína bruta: 
- Determinação do teor de nitrogênio contido no 
alimento. 
- N protéico e outros compostos nitrogenados não 
protéicos (não detecta se compostos nitrogenados estão 
disponíveis, ex.: forragem). 
- Princípio que as proteínas apresentam em média 16% 
N. 
PB = N x 6,25 
 
Extrato etéreo: 
- Mede substâncias extraídas pelo solvente orgânico 
utilizado. 
- Triglicerídeos, fosfolipídeos, ácidos graxos livres, 
colesterol, lectina, vitaminas lipossolúveis, clorofilas, 
ceras, resinas. 
- Gordura é fonte de ácido graxo essencial e energia. 
- Fornece 2,25x mais energia que proteína e CHO. 
- Importante: 
Conhecer teor de lipídeos 
Afeta conservaão – oxidação e rancificação 
Ração farelada – reduz pó; + palatibilidade 
Muita gordura – oxidação; Aditivo antioxidante 
 
Fibra bruta: 
- Celulose, hemicelulose, lignina e pentosanas. 
- CHO difícil digestão. 
- Determinação empírica pois inclui apenas celulose e 
lignina. 
- Altos teores de FB limitantes para não ruminantes. 
- Poedeiras recria-produção, porcas em gestação. 
- Mais usada para ruminantes, fonte de energia, 
movimentos peristálticos. 
 
Extrativo não nitrogenado: 
- Fração solúvel do alimento. 
- Amido, açúcares, parte lignina, celulose solúvel, 
hemicelulose, vitaminas hidrossolúveis. 
- Superestimada volumosos (contaminações que 
deveriam ser FB). 
ENN = 100% - (água% + EE% + PB% + FB% + MM%) 
 
Método de weende: Vantagens 
- Prático, rápido e de fácil execução. 
- Aceitável mundialmente. 
- Possibilita calcular %NDT (NDT = FBD + PBD + ENND + 
EED x 2,25) 
- Baixo custo, não exige mão de obra muito qualificada. 
- Utilizando rótulos de produtos comeriais como níveis 
garantia. 
 
 
 
Desvantagens: 
- Separa o alimento em frações e não nutrientes. 
- Na PB (compostos nitrogenados protéicos ou não) 
- Fator de correção N não é específico para cada 
alimento. 
- Não separa componentes FB (celulose, hemicelulose, 
lignina tem diferentes digestibilidades). 
- Erros sobram por diferença na fração ENN. 
 
Método de Van Soest: 
- Resolver problemas na determinação da fração fibrosa 
volumosos. 
- Fraciona fibra em componentes solúveis detergente 
neutro e ácido. 
- Frações: 
Parede celular ou fibra em detergente neutro (FDN) 
Fibra em detergente ácido (FDA) 
Lignina em detergente ácido (LDA) 
Hemicelulose = FDN – FDA 
Celulose = FDA – LDA 
FDN: celulose, hemicelulose, lignina, proteína insolúvel, 
silica. Alto FDN pode limitar consumo de ruminantes, 
saciedade. 
 
PC = parede celular 
 
FDA: Celulose, lignina, sílica, N lignificado. 
LDA: lignina + contaminação sílica. 
Hemicelulose = FDN – FDA 
Celulose = FDA - LDA 
 
 
Metodologias para avaliação dos alimentos: 
- Digestibilidade in vitro, in situ e in vivo. Avaliação valor 
nutricional e energético (ingredientes ou rações) 
 
Degradabilidade: 
- In situ; avalia degradação de alimentos ou de frações 
deles. 
- Amostras de alimentos – saco náilon – presas à cânula 
ruminal e suspensas por fio no interior do rúmen por 
tempo determinado. Tempos de incubação variam 
conforme amostra. 
 
 
 
- Modelo matemático degradação: 
- p = quantidade de nutriente degradado no tempo. 
- a = intersecção da curva de tempo zero e representa a 
fração solúvel em água. 
- b = fração insolúvel em água, mas potencialmente 
degradável no interior do rúmen. 
- c = taxa de degradação por hora da fração b. 
- e = logaritmo natural da constante. 
 
Degradabilidade efetiva: 
Diferentes técnicas e métodos menos invasivos. 
 
Digestibilidade in vitro: 
- Digestão realizada em laboratório com o uso de 
enzimas sobre ingrediente ou ração. 
- Digestão biológica é simulada e os aminoácidos são 
avaliados após a ação de enzimas proteolíticas. 
- Obtém: digestibilidade, % ou coeficiente. 
- Não é possível reproduzir as condições complexas e 
dinâmicas que ocorrem no TGI do animal. 
 
Digestibilidade in vivo: 
- Utiliza ensaios com animais, considerados mais 
precisos para avaliar a digestibilidade de nutrientes dos 
alimentos. 
- Métodos: coleta total de excretas, coleta parcial de 
excretas, coleta de fezes, coleta conteúdo ileal ou uso de 
cânula T. 
 
Avaliação do valor energético: 
- Coleta total de excretas ou fezes: 
Total valor consumido em gramas e energia consumida. 
Total excretadoem gramas e energia excretada. 
Pode usar marcador. 
 
- Coleta parcial de excretas ou fezes: 
Energia consumida e excretada. Utilizando indicador 
(substância indigestível que não vai alterar no TGI do 
animal). Obtém Energia metabolizável (EMA, EMAn, 
metabolizabilidade). 
 
Gaiolas metabólicas para suínos para coleta de urina e 
fezes: 
 
 
Isso, para chegar na partição de energia: 
Partição de energia: Formas de expressar o valor 
energético dos alimentos e exigências: 
 
 
Pra aves – EM, pois não é possível separar urina de 
fezes. 
Incremento – gasto calórico do animal descontado de 
digestão, transporte, etc. 
 
Valores de EM e ED, kcal/kg: 
 
 
 
 
- Coleta total de excretas: 
Energia metabolizável aparente (EMA) 
 
- Coleta parcial de excretas: 
Fator de indigestibilidade FI: CAI dieta/ CAI excreta 
Coeficiente de digestibilidade da matéria seca: (1 – FI) x 
100 
EMA dieta = EB dieta – (EB excreta X FI) 
 
Digestiblidade ileal: 
- Analisar nutrientes do conteúdo ileal, analisar 
indicador de ração e conteúdo ileal. Necessário abate 
dos animais (aves), menor contaminação de amostras. 
- Obtém: digestibilidade N, Ca, P, AA, energia. Energia 
digestível ileal (EDI). 
 
Digestibilidade aparente ileal: 
 
 
Valor energético dos alimentos: 
Ensaios metabólicos (em geral) cal, kcal, Mcal ou Joule 
(MJ). 
Formas para determinar: 
1. Nutrientes digestíveis totais (NDT): soma de 
todos os nutrientes orgânicos digestíveis dos 
alimentos em %. 
%NDT = %FD + %PD + %ENND + (%EED x 2,25) 
Forrageiras: superestimada energia, considera gordura 
OV = gordura OA. 
 
NIR (near infrared Reflectance Spectroscopy): 
Calibrado com curvas de análises convencionais (maioria 
curvas análises proximal e de nutrientes de 
ingredientes): Pode ter curva de EM, EMA, e ED. 
 
Determinação da energia metabolizável pelo sistema 
NIRS: 
Luz intravermelha  amostra  emissão de luz difusa 
 detector  logaritmização dos dados ajuste para 
elaboração das equações. 
 
Valor energético dos alimentos 
Formas para estimar: 
1 – equações de regressão específicas para as espécies. 
2 – equação pelo coeficiente de digestibilidade da 
matéria. 
3 – NDT e suas equivalências com ED, EM, EL 
 
Como se obtém a digestibilidade de um nutriente: 
ensaios laboratoriais, quanto consumiu/aproveitou. 
Como saber o valor energético de um alimento: 
calorímetro, modelos de regressão linear, ensaios 
metabólicos, NIR. 
 
Classificação e caracterização dos alimentos 
Volumosos, fontes energéticas e fontes proteicas 
 
Volumosos: 
- Úmidos: silagem de milho, silagem de sorgo, silagem 
pré secada, pastagem, campo nativo e capineiras. 
- Secos: feno, palhas, bagaço. 
- Outros: resíduos. 
 
Fontes energéticas: 
- Cereais: milho, trigo, sorgo, arroz, aveia e cevada. 
- Frutas: polpa, F. bananeira, resíduos, bagaço. 
- Mandioca: raiz e farelo. 
 
Fontes protéicas: 
- Vegetal: soja, algodão, amendoim, girassol e canola. 
- Animal: carne, carne/osso, peixe, sangue, penas, 
incubatório, vísceras. 
- Outros: uréia e amônia. 
 
A escolha depende: 
- Do custo, da disponibilidade, da composição 
bromatológica, da conservação, palatibilidade e 
caracterização (restrições de uso – princípios tóxicos). 
 
Antes de conhecer os ingredientes é importante 
salientar nos monogástricos: aminoácidos digestíveis nas 
rações e nos ingredientes, os Aminoácidos limitantes 
(faltam nos ingredientes vegetais/animais e precisa-se 
usar fonte comercial/industrial) que limitam o 
crescimento e produção dos animais se em falta na 
alimentação. 
Galinha: Met, Lys, Thr, Arg, Val, lle. 
Porco: Lys, Met, Trp, Thr, Val, lle, Arg. 
Peixes: Met, Lys, Thr, Arg, Trp. 
 
Proteína ideal: balanço exato de aminoácidos que é 
capaz de prover sem excesso ou falta, as necessidades 
de todos os aminoácidos essenciais, expressando-os 
como porcentagem da lisina.  Relação entre a lisina e 
os outros aminoácidos essenciais permanece, em grande 
parte, inalterada apesar de fatores dietéticos, 
ambientais e genéticos poderem afetar as exigências de 
aminoácidos  1994, Han e Baker  lisina com síntese 
de PB muscular e com facilidade de análise. 
Alimentos energéticos: 
Cereais, Subprodutos de origem do beneficiamento de 
cereais e Fontes de gordura 
- PB < 20% (8-15%) 
- Baixo VB da PB – pobre metionina, lisina 
- Boa palatabilidade 
- Teor de óleo (1-6% grão) e (10-35% semente) – permite 
extração 
- EE – 2-5% 
- Ricos em NDT (60-80%) e mais de 3000 kcal/KgED 
- Elevado teor CHO (73-83%MS) 
- FB é > na casca – milho 2% e aveia 12%. 
 
Valor biológico: proteína correspondente à proporção 
de Nitrogênio absorvido que é retido pelo organismo 
para manutenção e crescimento celular. Determinado 
pela presença de aminoácidos essenciais como leucina, 
isoleucina, valina, lisina, metionina, triptofano, 
fenilalanina, treonina e histidina. Determinar uma fonte 
nutricional é usada por um organismo e com 
determinada eficiência. 
 
MILHO 
Composição: PB: 8-9%; EE: 4%; NDT: 80%; EM: 
3400Kcal/Kg; Ca: 0,02%; P: 0,25%; Amido: 60-70%; FB: 
1,7%. 
Características: 
- Rico em amido (amilose + amilopectina) 
- Alto valor energético e digestível e baixa FB 
- Ácidos graxos insaturados 
- Rico em pigmentos: caroteno, xantofila. 
- Pobre em minerais e vitaminas. 
- Pobre em lisina, triptofano e metionina. 
- Maior palatabilidade 
- Contém 2 tipos de proteína: zeína (insolúvel –AA) e 
glutelina (+AA). 
 
Conservação: grão, umidade máxima 13%; impurezas, 
grãos ardidos, murchos, quebrados, micotoxinas e 
energia. 
 
Disponibilidade: R$, Qualidade das safras; principal 
matéria-prima de rações de aves e suínos (50-70%) 
representando 40% do custo. Cada 100Kg de milho que 
grão produz: 62-68Kg de amido, 3Kg de óleo, 3,2Kg de 
farelo de gérmen, 20Kg de glúten e 4,5Kg de farelo de 
glúten. 
 
Subprodutos: Glúten milho, gérmen, laminado, 
floculado, óleo, farelo, rolão milho, MDPS (desintegrado 
com palha e sabugo). 
 
Farelo de glúten de milho: 
- Alta energia, alta proteína, alta digestibilidade (mas 
proteína é de baixa qualidade). 
- Alto teor de xantofila e beta-caroteno (10vzs maior que 
milho em grão). 
- Usado como pigmentante natural 
- Alto teor de metionina (1,9%) 
- Muito usado em rações para pet 
- Boa qualidade de treonina e triptofano 
- Se for barato, deixa ração mais barata. 
 
DDGS de milho: 
- Grãos secos por destilação 
- Coproduto de destilaria, obtido após secagem dos 
resíduos do processo de obtenção do etanol a partir do 
milho. 
- Alternativa para regiões com excedente de milho. 
- Substitui o farelo de soja. 
- Rico em pigmentos 
- Alta PB (30-40%); FB (5-7%), EE 9% 
- Valor médio de energia 
- Limitante: triptofano, arginina e lisina 
- Alta PB (monogástrico e restante ruminante) 
 
 
Milho laminado: 
- Laminação: Seco (passagem dos grãos entre dois rolos, 
sob alta pressa) e vapor (efeito físico e também 
aumento da umidade e temperatura dos grãos, por meio 
de vapor de água, potencializando gelatinização do 
amido). 
- Principal uso em rações para ruminantes e equinos. 
- Partículas diferentes em uma ração. 
- Potencializa fermentação do amido no rúmen e 
minimiza limitações da digestão do amido, aumentando 
digestibilidade. 
 
 
SORGO 
Composição: PB: 9-11%; EE: 3%; NDT: 70%, EM: 
3200Kcal/Kg; Ca: 0,03%; P: 0,31%; FB: 3%; Amido: 65-
75%. 
 
Características: 
- Rico em amido (74%), sacarose e maltose. 
- Maior PB que milho, porém com menor valor biológico 
e AA. 
- Proteína solúvel: kafirina. 
- Pobre em pigmentos, minerais, vitaminas, lisina, 
treonina e metionina. 
- Tipos: granífero e forrageiro. Maior uso do grão ou 
trituração grosseira. 
 
Disponibilidade: 
- R$ menor que milho. 
- Sorgo grão: rico em tanino (fator anti-nutricional) 
- Tanino: protege proteínas naturais na passagem pelo 
rúmen, causando complexação dessas proteínas, tem 
sabor amargo (adstringente)e baixa palatabilidade. 
Quanto mais escuro o grão, mais tanino. 
- Sorgo forrageiro: plantas jovens inferiores a 80cm 
possuem princípio tóxico – durrina que é hidrolisada 
após consumo e pode produzir ácido cianídrico 
(timpanismo). 
 
TRIGO 
Composição: PB: 12-14%; EE: 1,5-2%; NDT: 80%; EM: 
3000Kcal/Kg; FB: 2,5%; Amido: 55% 
 
 
Características: 
- Rico em P e pobre em Ca e em vitamina D e beta-
caroteno. 
- Alto em lisina, triptofano e metionina, alta FB. 
- Pentosanas (5-8%) e arabinoxilanos: viscosidade da 
digesta. 
- Pior para aves e suínos. 
- Trigo duro tem mais amido e proteína e mais Lis, sendo 
mais usado panificação. 
 
Disponibilidade: R$, Cereal de inverno, recomendado 
para vacas de leite, poedeiras recria e produção, fêmeas 
suínas, próximo ao parto, trigo grão para ruminantes. 
 
Subprodutos: farelo de trigo, gérmen, farelo grosso, 
triguilho (grãos quebrados, pequenos). 
 
Subprodutos: 
Farelo de trigo: 
- 16% PB (melhor qualidade que grão), deficiente em 
lisina e metionina, 9-12% FB e 3-4% EE, NDT: 56-62%. 
- Rico em P (1,1%) – grande parte forma ácido fítico 
- Boa palatabilidade, ingrediente que mais facilita o 
processamento de ração, principalmente extrusão. 
 
 
 
Fósforo aproveitado só 1/3 – origem vegetal em forma 
de ácido fítico 2/3. 
Possui agrupamentos negativos que liga vários 
compostos positivos como o cálcio, zinco, ferro, etc, 
formando o fitato. Toda essa estrutura será excretada 
(não aproveitada). Diminuindo a disponibilidade de 
vários outros nutrientes. 
 
 
Enzima exógena – FITASE (aditivo): 
- Fontes vegetais: apenas 1/3 do P total disponível para 
monogástricos. 
- 2/3 P  ácido fítico ou fitato que ocorre em complexos 
orgânicos nas plantas. 
- Para monogástricos. 
- Libera o fósforo e os outros elementos ligados a ele. 
 
*Farinha de carne e ossos deixa a ração mais barata. 
 
ARROZ 
Composição: PB: 12%; NDT: 90%. 
- Menos PB que milho, Com casta de FB semelhante à 
aveia, alimentação animal. 
Subprodutos: farelo de arroz integral, farelo de arroz 
parboilizado, farelo de arroz desengordurado, quirera 
arroz. 
 
 
 
Subprodutos: 
Farelo de arroz integral: 
- Originário do polimento no beneficiamento do grão de 
arroz sem casca. 
- pericarpo, gérmen, pedaços do grão, pequena 
quantidade de casca, odor bom. 
- 10-15% EE, FB 8%, PB: 14%, P: 1,7%, 2670Kcal/Kg EM, 
NDT de 65% e 22% FDN 
- Fonte de energia mas casca rica em sílica 
- Facilmente oxidado (reduz vitaminas lipossolúveis e 
piora palatabilidade. 
 
 
 
 
 
 
Farelo de arroz desengordurado: 
- Obtido do farelo integral após extração de óleo. 
- Odor bom, Max 2% EE, e min 16% de PB, 11% FB, 1,8% 
de P. 
- PB e FB > milho; EE e ED < milho. 
- 80% P na forma de ácido fítico – requer fitase. 
- Pouco Ca (precisa correção relação Ca:P) 
- Baixo teor de gordura < oxidação 
- Para monogástricos e ruminantes. 
 
 
 
 
 
Quirera de arroz: 
- Obtido da seleção do arroz para consumo humano. 
- Grãos quebrados, rica em amido e energia. 
- Bom para processamento de rações por extrusão. 
- Alternativa de substituição de milho em rações livres 
de transgênicos. 
- Observar preços; Pobre em PB, FB, EE e minerais. 
- PB: 8%, 3200Kcal/kg EM, 75% amido, P: 0,2% e 0,05% 
Ca. 
 
 
AVEIA 
Composição: PB: 11-14%; EE: 5%; NDT: 68%; EM: 
3000Kcal/Kg; FB: 4%; Ca: 0,10%; P: 0,35%. 
Características: 
- Pobre em beta-caroteno 
- Alto em lisina, triptofano e metionina. 
- Polissacarídeos não amídicos; viscosidade da digesta 
em monogástricos; alta palatabilidade. 
- Alta FB (equino nutri sem engordar), aveia laminada e 
farelo (texturas diferentes com pellets ração). 
Subprodutos: aveia descascada (monogástricos), Farelo 
de aveia: 15,5% PB, 5% EE, 3,3% FB; Aveia laminada (alta 
fibra melhora a digestibilidade). 
 
 
 
CEVADA 
Composição: PB: 11%, EE: 2%, NDT: 73%, EM: 
2700Kcal/Kg, FB: 5%, Ca: 0,05%, P: 0,30%. 
Características: 
- Pobre em beta-caroteno, vit D, lisina baixa 
- Úmida, de custo elevado e difícil conservação 
- Alta FB e < ED, menor amido. 
- PB milho < PB cevada < PB trigo 
- Pior qualidade e menos digestível 
- Indústria malte e cerveja seleciona características que 
pioram o uso na nutrição; Palatável em eqüinos e 
ruminantes. 
 
Subprodutos: Brotos de malte, polpa cervejaria, 
levedura seca de cervejaria (alta PB 40% e 
digestibilidade), farelo de cevada. 
Resíduo úmido de cervejaria: 
- Mostro formado após fermentação do amido e 
conversão em açúcar 
- 75% água, se utiliza em silagem 
- Polpa ou resíduo seco: 18% PB e 15% FB. 
 
 
MANDIOCA 
Composição: PB: 2,6%; EE: 0,2%; NDT: 72%; EM: 
3000Kcal/Kg, FB: 5%; Ca: 0,05%; P: 0,30%; ENN: 74%. 
Características: alta umidade (75-90%) difícil transporte 
e armazenamento, baixa vitaminas, mas rica em K, CHO 
(50-70%) amido, grande potencial energético com baixo 
valor biológico. 
Fornecimento: caule, folha (alta PB, boa forragem), Raiz 
(pobre PB), Raspas/farelo (60%NDT, 3%FB, 4%FB, 1%EE), 
Silagem. 
- Alterações digestivas em animais não adaptados 
- Palatável 
- Fatores anti-nutricionais: glicosídeos cianogênicos 
(linamarina e lotaustralina), mais concentradas na raiz, 
com ação de ácidos e enzimas produz ácido cianídrico + 
cetona + glicose = tóxico. Inativadas pela secagem ao 
sol. 
- Mansa ou doce (<0,01% de HCN), Brava ou amarga 
(0,02 a 0,03% HCN). 
 
POLPA CÍTRICA 
Composição: Variável conforme matéria-prima; PB: 7%; 
EE: 2,3%; NDT: 77%; EM: 1530Kcal/Kg; FB: 12%; 20%MS. 
- Subproduto da extração de suco de frutas cítricas. 
- Elevada FB, alta digestibilidade da fibra, aumenta 
gordura do leite (ácido acético), bovinos confinamento, 
rica em pectina. 
- Fornecimento in natura, desidratada, poletizada, feitas 
de cascas, polpas e sementes. 
 
OUTROS INGREDIENTES ENERGÉTICOS 
TRITICALE (trigo x centeio) 
MILHETO EM GRÃO 
CANA DE AÇÚCAR (MELAÇO): 26% água, 3% PB, 54% 
NDT, 2400 Kcal/Kg ED, até 50% açúcares totais. Nutrição, 
palatabilidade e consumo (revestimento): mercado 
(MKT). 
 
INGREDIENTES ENERGÉTICOS 
SEBO: 8600 kcal/kg EM 
BANHA: 8000 Kcal/Kg EM 
GORDURA DE VÍSCERAS DE AVES: 8600 Kcal/Kg EM 
ÓLEO DE PEIXE 
ÓLEO DE SOJA: 8800 Kcal/Kg EM, mais comum 
ÓLEOS VEGETAIS: milho, girassol, amendoim, canola, 
arroz, algodão. 
- Energia, alto aproveitamento, ácidos graxos essenciais, 
palatabilidade, consumo e processamento. 
 
Caracterização dos alimentos, custos e processamento 
de rações 
- Indique ingredientes energéticos apresentados na 
última aula. 
- Cite alguns subprodutos que são comumente utilizados 
em rações. 
- Escolha um ingrediente que chamou sua atenção e fale 
algumas características e informações sobre 
composição. 
 
Gordura by-pass de óleo de palma 
EnerFAT, uma fonte de gordura saturada inerte (by-pass) 
de sabão de cálcio de óleo de palma que em condições 
de Ph ruminal, permite cerca de 99% de passagem do 
produto através do rúmen sem dissociação, 
aumentando a disponibilidade de ácidos graxos 
(gordura) de cadeia média e longa para absorção 
intestinal. Possui um perfil de ácidos graxos superior, 
com alta concentração de ácido palmítico, resultando 
em mais energia disponível para aumentar a produção e 
porcentagem de gordura do leite. 
Gordura 82,5% mínimo; Cinzas 15% máximo, fibra 0%, 
umidade de 5% máximo; cálcio de 8%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alimentos protéicos de origem vegetal e animal 
PB > 20% MS 
- Grãos de oleaginosas 
- Alta palatabilidade 
- Alta degradabilidade ruminal 
 
SOJA 
PB: 40%; EE: 19%; NDT: 84%; FB: 5,5%; Ca: 0,25%; P: 
0,60%. 
 
Oleaginosa, de alta energia com alto EE. CHO 75% 
sacarose e 25% rafinose. Quando processa Baixa 
energia, pobre em caroteno e vit. D. 
Monogástricos: precisa de processamento. Tostagem 
destrói inibidores de tripsina e atenua efeitos sojina 
(digestão PB e absorção AA). 
Ruminantes: pode ser grão cru ou triturado, cuidado 
com quantidadee tempo, evitar grão com uréia (urease) 
Processamento térmico: calor ou cozimento, extração 
do óleo. Ponto crítico avaliação da qualidade é 
determinar se o FS foi sub ou super processado pelo 
calor. 
Testes: atividade ureática (pH) e solubilidade protéica 
(%), Subprocessada: ainda possui fatores 
antinutricionais, Superprocessada: prejudica VB proteína 
e desnatura AA. 
Subprodutos: torta, farelo, resíduo, casca de soja, óleo, 
lecitina de soja. 
 
Farelo de soja: melhor farelo de oleaginosas, palatável e 
digestível. Alta PB (42-50%), bom balanço de 
aminoácidos, baixa concentração de fibras, baixa energia 
2650 kcal/kg, rico em lisina e deficiente em metionina e 
tireonina, fibra depende da quantidade de casca: > casca 
> FB < PB 
 
ALGODÃO 
PB: 25%; EE: 20% 
 
Fonte PB para ruminantes, cuidado com quantidade e 
tempo médio, VB proteína monogástrico. Pobre em 
lisina e metionina. Princípio tóxico: goddipol e ácidos 
graxos ciclopropenoides (ligam Fe), secagem úmida com 
vapor. 
Subprodutos: torta (extração óleo do caroço 36-41% PB, 
Rico P), Farelo (extração óleo com solvente e moagem 
(70% NDT, 30-40% PB, 2000 Kcal/kg EM, 2% EE, 15% FB 
 
AMENDOIM 
PB: 45%; EE: 1%; EM: 1980 Kcal/Kg; FB: 10% 
Boa fonte de PB para ruminantes, Pobre em Ca, 
Caroteno, Lis, Met, Ter. Baixa qualidade PB para 
monogástricos. Propício para micotoxinas (AFL). Grão 
40% óleo e 50% farelo. 
 
Subprodutos: torta (alta palatabilidade, sem casca e 
cutícula tem qualidade semelhante ao FS, suínos gera 
gordura mole) e Farelo (moagem grão e extração óleo, 
80% NDT, 48% PB, 2300 Kcal/Kg EM, 1,9% EE, 7% FB, 
0,7% P. 
 
GIRASSOL 
PB: 46%; EM: 3200 Kcal/Kg, FB: 6%; Ca: 0,5%, P: 1%. 
Ruminantes: boa fonte de PB. Rico em ácidos graxos 
insaturados, linoléico e oléico. Monogástricos: limita a 
alta FB. Ácido clorogênico limita consumo e mancha 
ovos. 
 
Subprodutos: Farelo (sementes descascadas ou não após 
extração de óleo: sem casca 25% FB, 30-53% PB, 1-13% 
EE, 2320 Kcal/Kg EM; Com casca 45% FB, 20-30% PB, 1-
8% EE, 1540 Kcal/Kg EM), Sementes (palatável, 
ruminantes aumenta gordura no leite; óleo girassol). 
 
CANOLA 
PB: 25%; EE: 38% 
Desenvolvida no Canadá, Rica em ácidos graxos 
insaturados, linoleico e oleico. Óleo com boa aceitação 
(42%), aumento da área cultivada. Limite do uso de 
grãos em ruminantes (EE), conservação moída, farelada 
e peletizada. 
 
Subprodutos: torta (extração óleo do caroço 36-41% PB 
e Rico em P), Farelo (32-38% PB, 11% FB, 2000 Kcal/Kg 
EM, 4% EE, 7% MM). 
 
Outros ingredientes proteicos vegetais: linhaça, fava, 
mamona, colza e levedura (fermentação, produção de 
alcool) 
 
Farinha de carne/Farinha de carne e osso: 
PB: 60%; EE: 8%; Ca: 12%; P: 4%. Carne e osso PB: 38-
60%; EE: 10-12%; Ca: 8-14%; P: 5-7%; MM: 24-40%. 
Cuidado presença de materiais estranhos. Produzida 
graxarias (resíduos, tecidos, após desossa, completa 
bovinos, ovinos, aves e suínos), picados, cozidos, 
prensados para extração de gordura e moídos. Não deve 
ter sangue, cascos, unhas, chifres e pelos. 
Alta proteína: gordura oxida facilmente. Fontes de 
proteína Ca e P. Reduzem custo de formulação. Fonte de 
lisina. Análises bacteriológicas prévias. Carne e osso > 
MM (mais osso) < PB. 
 
FARINHA DE PEIXE 
PB: 54-62%; EE: 9-11%; Ca: 6%; P:4%; EM: 2630 Kcal/Kg. 
Cortes e/ou partes de peixes (cabeças, rabo, pele, 
vísceras, barbatanas) com ou sem extração de óleo, 
cozido, seco e moído. 
Ácidos graxos poli-insaturados, lisina, cuidar teores de 
NaCl nas farinhas. 
 
FARINHA DE SANGUE 
PB: 80%; EE: 1,9%; Ca: 0,32%; P: 0,25%. 
Alta proteína, mais baixa digestibilidade, sangue 
desidratado e moído. 5,5L sangue = 1L farinha. Lisina 
pouco disponível, baixa palatabilidade. 
 
FARINHA DE PENAS 
PB: 85%; EE: 3,3%, Queratina. 
Cocção sob pressão penas, hidrolisada (ácido ou 
alcalina), digestibilidade 60%, pobre em lisina e 
metinona, rica em cisteína (8%). 
 
FARINHA DE VÍSCERAS 
PB: 65%; EE: 8-12%; Cuidar variabilidade. 
Processamento de vísceras, requer esterilização, 
secagem, moagem, análises microbiológicas. Usa mais 
de aves. 
 
Formas de avaliar os ingredientes: 
 
 
 
DESAFIOS PARA UMA BOA RAÇÃO 
Nutrição: boa formulação, fábrica precisa atender. 
Suprimentos: boas matérias-primas, equilibrar qualidade 
e preço. 
Produção: boa fábrica = bom processo = boa gestão, 
projeto fluxograma, máquinas e equipamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOAGEM 
OBJETIVOS: 
- Mistura: uniformidade das partículas 
- Peletização: médio das partículas (500 a 700µ) 
- Digestão: médio das partículas varia conforme espécie 
animal (suínos 350 a 650 e aves 900 a 1100µ) 
- Satisfazer a preferência do comprador 
PONTOS CRÍTICOS: 
- Limpeza e organização da célula 
- Alimentação e câmara de moagem 
- Exaustão/aspiração: T°C produto moído, rendimentos e 
condensações. 
- Efeito esperado: granulometria. 
 
GRANULOMETRIA: DGM (diâmetro geométrico médio) 
µm. 
Meta: 
 
 
MISTURADOR 
- Capacidade do misturador, da produção requerida em 
toneladas por h, quantidade e tipos de líquidos 
adicionados, densidade da massa a ser misturada, tipo 
misturador. 
 
FATORES DE MISTURA: 
MISTURADOR: TIPO/TEMPO: 
- Horizontal: 2-4min 
- Vertical: 10-20min. 
Outros fatores: 
- Tempo de mistura (curva) 
- Matéria prima/formulação 
- Ensilamento (erros de ensilamento comprometem a 
mistura) 
- Dosagem (precisão dos elementos de dosagem e 
balança) 
- Granulometria (tamanho, forma e estrutura das 
partículas) 
- Peso específico 
- Enchimento (volume) 
- Injeção de líquidos 
- Cronologia das adições. 
 
PELETIZAÇÃO 
- Aumento da palatabilidade 
- Aumento do consumo (forma): baixa seleção de 
ingredientes. 
- Plastificação – proteína: aumenta digestibilidade 
- Diminui efeitos desmitura 
- Diminui perdas de ração: facilita manuseio (menos pó) 
- Redução de microrganismos 
- Maior durabilidade (conservação – shelf live) 
- Menor consumo de energia para consumir. 
 
 
 
 
 
Vapor: aumentar temperatura e umidade. 
Temperatura: pré-cozimento: gelatinizar/plastificar – 
digestibilidade. 
Umidade: facilita aquecimento e pré-cozimento (bom 
condutor de T°C), as reações físico-químicas e é fator 
determinante da passagem no furo. 
 
RESFRIAMENTO: 
- Determinante para sucesso peletização. 
- Temperatura de pellets saída resfriados não pode 
ultrapassar 10°C de temperatura ambiente. 
- Desejável seria o máximo de 7°C. 
 
PELETIZAÇÃO: ASPECTOS QUALITATIVOS 
Temperatura dos Pellets saíde do resfriamento máximo 
8°C acima da temperatura ambiente. 
- Dureza dos pellets: teste Kahl, método Schleuniger. 
- Resistência dos Pellets: metodos pfost, PDI/DLU, 
Holmen e granulostar. 
- Temperatura e umidade. 
- Microbiologia 
- Uniformidade física: diâmetro, comprimento. 
- Percentual de finos. 
- Densidade. 
- Peso específico: ração de peixe – velocidade de 
afundamento e estabilidade em H20. 
- Aparência e aspectos organolépticos: cor, sabor, 
cheiro, queimado. 
- Valor nutricional: avaliação de eventuais perdas: 
vitaminas, enzimas. 
 
% Pellet: PDI (índice de durabilidade do pellet: 
 
 
 
OUTRAS ANÁLISES DE QUALIDADE: 
 
 
Fluxograma de produção na extrusão 
 
 
R: C 
 
R: I, II e IV estão certas.

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